São Paulo, 29.8.07 – O roubo de carga, divisão encarregada pela geração de caixa do crime organizado, custa R$ 3,3 bilhões por ano ao PaÃs. Dinheiro que, embora seja usado para combater a ação das quadrilhas, também alimenta prejuÃzos menos tangÃveis. Transportadores queixam-se de que, além de elevar os custos, esse gasto reduz a produtividade do transporte rodoviário, setor que respondeu por 5,9% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2004, equivalente a R$ 104,3 bilhões, segundo dados do Centro de Estudos LogÃsticos do Coopead/Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Depois da estabilidade nos roubos entre os anos 2000 e 2004, o número de ocorrências e os valores roubados nas operações cada dia mais sofisticadas voltaram a subir em São Paulo. Esse crescimento foi constatado por duas fontes diferentes. Os registros da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) apontam um aumento de 2.021 para 2.130 casos do primeiro semestre de 2004 para igual perÃodo de 2005, equivalente ao Ãndice de 5,4%. Segundo Tulio Cahn, responsável pela Coordenadoria de Análise e Planejamento da SSP-SP, o aumento pode ter ocorrido com a ampliação da fraude, em vez da ação de quadrilhas.
As estatÃsticas das transportadoras confirmam essa tendência. A média mensal de ocorrências no primeiro semestre deste ano superou as médias de todos os anos anteriores. Por mês, em São Paulo, foram 226 ocorrências, ante 210 em 2003 e 212 em 2004. Em relação ao ano passado, a elevação é de 6,77%.
Mais ocorrências e mais dinheiro para as quadrilhas. Isso porque o valor médio subtraÃdo nas ações de roubo de carga em estradas, cidades e entrepostos de distribuição (novo alvo em São Paulo) voltou a aumentar neste semestre. Enquanto o valor médio dos dois anos anteriores ficou em R$ 16 milhões, o prejuÃzo provocado pelas quadrilhas no primeiro semestre de 2005 elevou-se para R$ 18,6 milhões, aumento de 12,91%. Fonte: Estado de São Paulo
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