Florianópolis, 23.12.04 – O diretor-executivo da Fetrancesc, Pedro Lopes, concedeu entrevista à equipe de reportagem do SBT sobre a cobrança de pedágio na BR-101. Ele disse que a entidade contesta a forma como está sendo realizado o debate sobre a implantação dessa tarifa no trecho Norte da BR-101 e quer a definição de regras claras sobre o processo.
O Ministério dos Transportes estabeleceu a realização de apenas uma audiência pública, que já ocorreu em BrasÃlia, sobre a concessão de rodovias e o pedágio. Não havia um representante dos deputados e senadores, presente. Poucos da sociedade participaram. Por isso, Lopes defende que as audiências públicas sejam realizadas em cada Estado onde há rodovias que deverá passar para a iniciativa privada. Para que o cidadão possa opiniar sobre o modelo do governo e fazer as sugestões de mudança.
O diretor-executivo afirmou ainda que o Edital, que prevê a concessão, estima a circulação diária entre 8 a 10 mil veÃculos, quando pelas estatÃsticas da PolÃcia Rodoviária Federal, o número é superior a 20 mil veÃculos em dias normais e em torno de 30 mil veÃculos na temporada de verão. O número baixo poderá aumentar a tarifa para cobrir o investimento. Falta ainda definir como será calculado o valor da tarifa, se por quilômetro rodado ou por outorga de um trecho. As praças estáticas, previstas na proposta, são outro problema, já que isso significa que se o motorista estiver numa rodovia, paga o pedágio e se entrar numa segunda estrada e passar por outra praça terá que pagar nova tarifa. E isso pode ocorrer após ter trafegado por apenas 20 ou 30 quilômetros e não os 75 previstos de distância entre esses postos de cobrança.
Segundo Lopes, a Federação trabalha há quase dois anos no projeto da SC-Transportes, que já foi encaminhado ao governador Luiz Henrique da Silveira, com o pedido de estadualização das rodovias federais. A SC-Transportes atuará como uma PPP (Parecria Público-Privada) e com a cobrança de um pedágio social, já que o mnotorista só pagaria o pedágio pelo quilômetro rodado e não a cada praça um valor fixo.
O controle será feito por um sistema inteligente, que também pode monitorar o veÃculo e a carga. Além disso, o custo do quilômetro poderá ser reduzido com o aumento do fluxo, o que não está previsto no projeto do governo federal, e com a cobrança dos espaços ocupados nas faixas de domÃnio. Lopes disse ainda que já há investidores interessados no projeto e que numa primeira etapa, a BR-470, a 280 e a 116 são prioridade por sua importância econômica. Fonte: Imprensa Fetrancesc.
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