Chapecó, 5.8.05 ? O reconhecimento pela coragem de ser o primeiro, o desbravador de novos caminhos, de novos mercados e pelas conquistas veio com uma homenagem do Sitran (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas da Região de Chapecó) a 13 homens e mulheres do oeste catarinense. Numa festa realizada na noite de sexta-feira passada, 29 de julho, no Country Club de Chapecó, Alfredo Sabadin, Carlos Sarturi, David Gheller, Francisco Berta, Francisco José Gallon, Honorino Luiz Brustolin, Laurides Trombetta, Luiz Giotto, Nelso Novelo, Nilo Bonassi; Nolte Feroldi, Osvaldir Busatto e Ulisses Vicenzi receberam o troféu Pioneiros do Transporte da Região Oeste.
Eles são os precursores do transporte. Na ocasião, houve a posse do vice-presidente da Fetrancesc para a Região Oeste, Edir Felix de Marco. O presidente da Federação destacou a importância dessa homenagem para a memória do transporte de Santa Catarina, Lopes disse que breve teremos o museu do transporte e a que a iniciativa do Sindicato é um importante passo para a implantação desse projeto.
O presidente do Sitran, Ivanor Araldi, emocionado, contou que era sua intenção de longa data, homenagear esses bravos motoristas que junto com seu pai, João Araldi, levaram o nome de Chapecó para os mais distantes rincões. ?E que devemos tê-los como exemplo para continuarmos na atividade, já que encontramos estradas esburacadas e dificuldades para entregar as mercadorias com qualidade e sem rendimento compatÃvel com o nosso investimento?. Ressaltou Araldi.
Os homenageados com o Troféu Pioneiros do Transporte da Região Oeste atuaram por mais de 30 anos na Estrada e alguns hoje já passaram da casa dos 80 anos de vida. Por exemplo, Carlos Sarturi, tem 87 anos e iniciou a trabalhar em 1940 e parou em 1987. Transportava farinha e salgados num Chevrolet Gigante 1936, depois um Chevrolet Especial 1942. Teve ainda Seu Ford 1946 e um Fnm 1960. Seu principal trajeto era Sarandi-Carazinho, Sarandi-São Paulo e Chapeco-São Paulo. Também foi o fundador do Matador Xapecoense, em 1951, Depois FrigorÃfico Marafom. E hoje FrigorÃfico Aurora.
Francisco José Gallon esteve na estrada entre 1942 e 1965, teve como primeiro veÃculo, um Chevrolet Gigante 1937, movido a Gasogênio e transportava cargas de cereais como feijão e milho, salgados e banha das indústrias da região. Fazia as entregas entre Porto Alegre ? São Paulo, Bento ? Rio De Janeiro, Chapecó ? São Paulo. Ele foi um dos fundadores da Cotraoca. Começou a dirigir nas estradas com apenas 22 anos de idade. Com um caminhão International Kb8 ? Reboque Ano 1948, Nelson Jose Novelo, começou na estrada transportando madeira serrada e frios para a Saic.
Ele nasceu em 1931 e permaneceu nas estradas até 1987, durante 37 anos de sua vida. Fazia os caminhos, Capinzal-Itajaà (Porto), Chapecó-São Paulo, Chapecó-Rio De Janeiro. Foi o motorista do Primeiro Alfa com truque com pneus grandes transportados. Alfredo Sabarin trabalhou até 2003, ou seja, 51 anos na estrada. Nasceu em 1931 e em 1952 começava na profissão com um ônibus Ford F 8 1952. Depois também transportou cargas de feijão, salgados e frios. Suas entregas eram entre Chapecó ? Carazinho, Palmas ? Porto União, Curitiba Pela Serra Da Ribeira, São Paulo e Rio De Janeiro. Tinha como importantes amigos, João Araldi, Pedro Dalmo e Chico Dalmo.
Nolte Feroldi foi a primeira mulher caminhoneiro da Região. Viajava em dupla com o senhor Feroldi e depois passou a dirigir seu próprio caminhão. Trabalhou entre 1954 até 1980. O primeiro caminhão foi um Alfa Romeu 1954. Movimentou cargas de feijão, milho, café e soja, carne, banha e salgados. Seus trajetos eram Chapecó ? São Paulo ? Rio de Janeiro, Belo Horizonte ? Porto Alegre ? Uruguaiana e Paraguai, Argentina e Uruguai. Ficava até 10 meses no transporte de soja do Paraguai ao porto de Paranaguá.
David Gheller, iniciou a vida de motorista profissional em 1957 com Ford F 600 Ano 1955 e continua na estrada. Também transportava cereais e suÃnos. Suas cargas f eram movimentadas entre Caxambu Do Sul-Porto Alegre, Chapecó-Bento Gonçalves, Chapecó ? São Paulo ? Rio De Janeiro. Foi o fundador da Comercial Gheller.
Um caminhão conhecido como Marta Rocha, o Toco Chevrolet Brasil de 1957 foi o primeiro da vida do Motorista Nilo Bonassi, que trabalho entre 1957 e 1975, com mudanças e suÃnos. Fazia entregas entre Blumenau-Paraná, Concórdia-São Paulo, Ita-Chapecó, Chapecó-Concórdia. Como empreendedor, fundou a Bonassi E Irmãos e o Comercio De SuÃnos E Transportes.
Luis Giotto, nasceu em 1940 e em 58 estava na boleia de Mercedes Lp 321. Fazia o transporte produtos da agroindústria e carga seca, entre Chapecó-São Paulo, Chapecó-Bauru e Chapecó-Rio de Janeiro.
Laurides Trombetta começou em 1969, já com 41 anos de vida, a trabalhar e permaneceu por mais de 20 anos. Seu primeiro caminhão foi um Alfa Romeu 1958. Transportava bebidas, estrados de madeira, salgados e frios.
Fazia os caminhos entre Joinville ? Chapecó, Chapecó-São Paulo, Chapecó-Rio De Janeiro 1971 ele comprou seu primeiro caminhão, Um Mercedes-Benz 1111, Ano 1969, diz que suas viagens duravam até 25 dias para chegar ao Recife, como é caso de Recife.
Osvaldir Busatto nasceu 1943 e aos 19 anos começou a atuar como motorista com um Dodge Roquette. Desde os 15 anos puxava madeira seu pai. Trabalha até hoje. Fazia entres dentro de São Paulo e entre São PauIo-Bahia. Transportava Madeira e produtos da Sadia. Seu sonho diário é ?Viajar…Viajar…Viajar…Viajar Até Quando Deus Permitir?.
Durante 25 anos, Honorino LuÃs Brustolin dirigiu um Alfa 62. Mas começou mesmo na função em 1953 com Chevrolet 1951. Parou de exercer a função em 1986. Nesse tempo de estrada, conheceu todos os estados do Brasil e ainda transporte para a Argentina e Uruguai. Em 1975 Honorino LuÃs Brustolin passou a ser cooperado da Cotraoca.
Ulisses Vicenzi começou cedo aos 13 anos de idade com licença especial, dirigia um caminhão Chevrolet Modelo Gigante Especial 1946. Isso aconteceu em 1947 e permaneceu na estrada até 1971. Depois, passou a cuidar de seus negócios. Transportava erva mate e suÃnos entre Erechim ? Joaçaba ? Passo Fundo e Bauru- Ribeirão Preto-Rio de Janeiro- São Paulo. Procurava viajar em comboio para ter ajuda dos amigos. Ele fundou e hoje administra o Grupo Vicenzi que atua na distribuição de bebidas, alimentos, combustÃveis e transporte e logÃstica. Fonte: Imprensa Fetrancesc
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