Florianópolis, 6.12.04 – O trânsito na localidade de Penha, no municÃpio Paulo Lopes, liberado a 1 hora da madrugada de ontem, tornou o fluxo pela BR-101, trecho Sul, ainda mais lento. O reflexo do acidente com carga tóxica ocorrido sábado por volta das 10 horas, provocou o fechamento da rodovia por aproximadamente 15 horas, levando a formação de filas com 25 quilômetros para cada lado, principalmente caminhões e ônibus.
Cerca de uma hora depois do acidente, os postos da PolÃcia Rodoviária Federal (PRF) ao longo da BR-101 nos Estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná passaram a informar os motoristas sobre o problema. Eles foram aconselhados e retornar a suas casas, aguardar em pontos distantes do local do acidente ou seguir por outra rodovia. Mas isso não evitou o acúmulo de veÃculos.
A demora na retomada do trânsito foi devido a retirada do produto do tanque do caminhão Scania 113 (placas IBF 1234) de Canoas (RS) – o acrilonitrila, altamente tóxico e inflamável, que chegou a vazar por dois lugares durante várias horas. A transferência foi feita por funcionários da empresa responsável pelo transporte da mercadoria, a Igara.
Meio ambiente
O processo teve acompanhamento de técnicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e Fundação Estadual de Meio Ambiente (Fatma), PolÃcia Ambiental, Defesa Civil, PolÃcia Militar, Bombeiros e PRF. Representantes do Conselho Regional de QuÃmica no Estado também foram até o local.
Aparentemente não ocorreram danos ambientais e o Centro de Informações Toxicológicas (CIT), que funciona junto ao Hospital Universitário, em Florianópolis, não tem nenhum registro de contaminação de moradores ou usuários da rodovia. Os órgãos ambientais que foram ao local devem se manifestar hoje sobre o acidente.
Segundo o plantão da PRF na Capital, o problema ocorreu devido ao estouro de um dos pneus do caminhão Ford Cargo (placas BUR 2784) de Simões Filho (BA), que conduzia veÃculos (cegonheiro), fazendo com que o motorista fizesse um desvio e batesse no que estava indo na direção de Porto Alegre com a carga tóxica. Fonte: Imprensa Fetrancesc