Lages, 20.8.04 – Concebida para ser elo de ligação entre o Litoral e o Extremo-oeste catarinense, partindo de Florianópolis até a divisa com a Argentina, a BR-282 é uma rodovia utilizada desde 1766, mas somente na metade da década de 90 teve seu primeiro trecho de asfalto concluÃdo, entre Lages e a Capital do Estado. Sua completa utilização não é possÃvel porque de Lages até o entroncamento com a BR-470 em Campos Novos, cerca de 82 quilômetros, não há asfalto.
Esse trecho está dividido em três partes. A primeira, de Lages a São José do Cerrito, faltam concluir 13 quilômetros. Na segunda, entre Cerrito e o municÃpio de Vargem, são mais 53,4 quilômetros e a terceira, entre Vargem e Campos Novos, são mais 17 quilômetros. Um convênio entre o DNIT e o 10º Batalhão de Engenharia de Construção do Exército (BEC) permite que o trecho entre Lages e São José do Cerrito seja o único em obras. Segundo o comando do 10º BEC, o ritmo das obras só não é mais rápido porque o repasse de verbas é truncado. Para concluir os 13 quilômetros que separam os dois municÃpios, são necessários cerca de R$ 12 milhões.
Os outros dois trechos estão totalmente paralisados. Tudo porque o Tribunal de Contas da União (TCU), em abril de 2002, recomendou a suspensão de repasse de recursos para a obra de asfaltamento por ter encontrado irregularidades, como o superfaturamento da obra.
Já o asfaltamento do prolongamento da BR-282, ligando São Miguel do Oeste a ParaÃso, na fronteira com a Argentina, é uma reivindicação que se arrasta há 30 anos. O trecho de 26 quilômetros é o que falta para a efetiva ligação de Santa Catarina com todos os paÃses do Mercosul por vias rodoviárias, projeto defendido pelos governos de Santa Catarina e da provÃncia argentina de Missiones. O prolongamento chegou a ter as obras de asfaltamento licitadas em 2000 pelo antigo DNER, mas ficou apenas no papel. Agora o Ministério dos Transportes assegurou recursos no Orçamento da União para 2005, no valor aproximado de R$ 10 milhões.
Para ParaÃso, o asfaltamento do trecho é considerado a redenção econômica do municÃpio, que poderá se transformar em um dos principais corredores do Mercosul no Estado, avalia o prefeito Ênio Reckziegel (PPS). Para São Miguel do Oeste, a pavimentação do trecho significa a presença de consumidores argentinos, que hoje não usam esta passagem em função da estrada de chão. Fonte AN
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