Florianópolis, 3.1.07 – Uma trágica coincidência. O ano que acabou no domingo contabilizou 894 mortes no trânsito, em acidentes ocorridos nas estradas que cortam Santa Catarina. O número é exatamente igual ao de 2005. A única diferença é que em 2006 o número total de ocorrências foi menor do que no ano anterior, tanto nas rodovias estaduais quanto federais. Isso significa que os acidentes eles estão mais violentos.
Para o policial rodoviário federal Adriano Fiamoncini, no entanto, houve uma melhora no trânsito no último ano. Ele pondera que no perÃodo a frota catarinense aumentou em 200 mil veÃculos, mas o número mortes permaneceu estável. Isso, acrescenta, representou uma queda do Ãndice de acidentes por veÃculos.
Fiamoncini ressalta, ainda, a queda verificada no número de acidentes. Para ele, estes números são resultado de uma fiscalização mais eficiente e da maior conscientização dos motoristas.O policial rodoviário acredita que quando a duplicação da BR-101 estiver concluÃda, Santa Catarina deixará de ser o segundo Estado do paÃs onde que mais acontecem mortes nas estradas federais – o primeiro é Minas Gerais, que tem uma malha viária quase três vezes maior.
Para ele, o número de vÃtimas fatais na BR-101 cairá em 50%. Fiamoncini explica que a pista dupla impede que ocorram colisões frontais, considerado o tipo mais grave de acidente de trânsito porque soma as velocidades dos veÃculos envolvidos.
Obras na BR-101 exigem ainda mais atenção dos motoristas
O policial observa que este é o perÃodo mais delicado do ano para se viajar. Aliado ao fluxo intenso de turistas que visitam Santa Catarina no Verão, está a construção das novas pistas da BR-101, obras de viadutos e trevos e muitos desvios na estrada. Por isso, o conselho de Fiamoncini é dirigir com total atenção e cuidado.
– As principais causas dos acidentes são o excesso de velocidade e as ultrapassagens em locais proibidos, ou seja, a imprudência dos motoristas – ressalta.
Uma combinação perigosa nas rodovias catarinenses
O capitão da PolÃcia Militar Rodoviária Luciano Jansen cita ainda a combinação praia, festa, álcool e volante como outro fator que contribui para a ocorrência de acidentes.
O capitão lembra que a possibilidade de morte é maior quando uma motocicleta está envolvida, por não existir nenhuma proteção para o condutor. Além da exposição, Jansen afirma que há muita imprudência por parte dos motociclistas. Ultrapassagens em locais indevidos e pela direita são exemplos.
Durante a Operação Natal realizada pela PolÃcia Rodoviária Federal seis pessoas morreram, cinco delas eram motociclistas.