Conheça a história dos empresários homenageados

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Conheça a história dos empresários homenageados

Florianópolis, 17.3.06 – Não são poucas as histórias de empreendedores do transporte rodoviário de carga catarinense que superaram limites, que aproveitaram as chances da vida, que criaram oportunidades e que usaram e abusaram da perspicácia e perseverança. Que uniram os objetivos comuns e que souberam sonhar, desbravar, superar, liderar e que, por sua luta, fazem uma história de vencedores. Conheça um pouco desses homens, que receberam, ontem, no Cambirela Hotel, em Florianópolis, a Medalha Ordem do Mérito do Transporte de Santa Catarina 2005

Augusto Dalçóquio Neto

Depois de prestar o serviço militar, em Curitiba, quando fez sua primeira habilitação, Augusto Dalçóquio Neto, retorna a Itajaí e passa a trabalhar como motorista de caminhão. Antes disso, havia trabalhado na agricultura com os pais Emílio Dalçóquio e Rosa Orsi Dalçóquio e oito irmãos. Em 1964 decide, com ajuda de parentes e amigos, comprar seu próprio caminhão, um International com tanque de 12 mil litros e passa a trabalhar agregado a transportes Vanolli.
Quatro anos depois, ele funda a transporte Augusto Dalçóquio, credenciada pela Petrobras Distribuidora, com a “invejável” frota de cinco caminhões. O empresário inaugura no ano seguinte um posto de gasolina e 1975 muda o nome da empresa para Transportes Dalçóquio Ltda. Assim, Dalçóquio Neto fortalece a parceria com a distribuidora de petróleo. Nesta época já possui uma frota de 50 caminhões.
Augusto Dalçóquio Neto decide ampliar o negócio e faz também o transporte de produtos corrosivos e tóxicos e mais tarde, minérios e fertilizantes. Já em 1983 faz sociedade com a Petrobras Distribuidora e passa a ser Transporte Dalçóquio S/A com frota de 150 caminhões. Compra as ações da empresa de petróleo e em 2001 passa a ser Transporte Dalçóquio Ltda.
Augusto Dalçóquio Neto foi presidente da Fetrancesc por duas gestões e hoje é presidente de honra do Conselho Superior da Fetrancesc.

Arnaldo Zappellini

Motorista de caminhão, fazia o transporte de toras de madeira na serra catarinense, foi o primeiro passo para Arnaldo Zappellini, iniciar vitoriosa carreira de empreendedor. Isso aconteceu no início da década de 70, quando fundou a TRC Zappellini Ltda ? transporte rodoviário de cargas em geral. E a transformou numa das empresas mais modernas do setor, com soluções de logística, transporte e distribuição de cargas líquidas e a granel para todo o país.
O seu crescimento pessoal e empresarial, Zappellini atribui à perseverança, muito trabalho e a valorização constante de seus colaboradores. O empresário se propôs uma administração arrojada e desafiadora, com exigências de renovação da frota e rígida manutenção dos veículos, atendimento qualificado, ágil e seguro.
Além o transporte, o empresário fundou empresas na área de fabricação de móveis, reflorestamento e revende de veículos. E os compromissos se estendem para a educação e a área sindical. Zappellini é um dos incentivados e fundadores do Isett (Instituto Serrano de Educação no Trânsito e Transporte). Também integra o Conselho Fiscal do Setplan. No ano passado foi agraciado com o título de Cidadão Lageano e recebeu o prêmio de Qualidade do Transporte por Seus Clientes. É casado com Eliana e seus filhos Gilberto e Daniel seguem seus passos.

Celso Kindermann (In memorian)

O transporte fez parte da sua vida de Celso Kindermann, desde os 16 anos, quando começou, em 1949, a trabalhar na Transporte Coletivos Áurea, do pai Fernando Kindermann, em Braço do Norte. Em 1958 entrou em definitivo para o transporte rodoviário de carga e quatro anos depois fundou a Celso Kindermann Cia. Fazia o transporte de cerâmica para empresas da região. Mais tarde, ampliou a frota e se especializou no transporte de vidro e molduras, atividade mantida até hoje, 43 anos depois.
Celso Kindermann se dedicou ainda ao fortalecimento do segmento de transporte da região. Ajudou a fundar o Setransc (Sindicato das Empresas de Transporte de Carga do Sul Catarinense) e na compra da sede da entidade. Teve participação intensa na comunidade e se elegeu vereador para mandato entre 1973 e 1977. Kindermann faleceu no último dia 26 de fevereiro. Deixou uma empresa sólida, comandada pelos filhos Roberto, Ricardo e Carlos. Era casada com Felicia Meurer Kindermann e teve cinco filhos, além de Roberto Ricardo e Carlos, teve ainda Fernando e Laila Cristina.

Itacir Camilo Biava

Administrar a sua transportadora, a Andrei Anderson, agregada à agroindústria com sede em Arroio Trinta, não é a única tarefa diária do empresário, Itacir Camilo Biava. Ele é um grande motivador e defensor dos empresários e do setor de transporte de carga. Líder do setor fundou em 1994, a Asmoart (Associação dos Motoristas de Arroio Trinta) e é presidente desde 1999. É também vice-presidente do Sintravir (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas da Região de Videira) e já fez parte da diretoria da entidade como suplente e foi ainda diretor social do Clube Recreativo das Empresas de Transporte da Cidade de Videira. Um dos seus sonhos foi a construção da sede própria da asmoart, cujo objetivo é melhorar a vida das pessoas e fortalecer o transporte de carga. Nasceu em arroio trinta, em 1979, já casado com Vidalvina Ribeiro, começou a trabalhar como motorista de caminhão. Transportava suínos para Blumenau. Com a ajuda do tio, João Casaletti, comprou o veículo de carga e fez fretes para todo o Brasil. Nessa época, não havia estradas, eram muitas horas de viagem para percorrer custas distâncias. As condições precárias o fizeram vender o caminhão, e atuar como motorista empregado. Voltou a montar sua empresa, a transporte Andrei Anderson na década de 90. Ele é pai de Andrei, Anderson e Andréia Maria.

Luiz Alberto Cordenonsi

A experiência do pai, Antonio Cordenonsi Filho, no transporte rodoviário e as oportunidades que se desenhavam na região Oeste com a agroindústria, motivaram Luiz Alberto Cordenonsi a criar, junto com o irmão Volmir e o cunhado Nelson dos Santos, a empresa Transporte Cordenonsi Ltda, em 1982. O empreendimento fazia parte de um plano de novos negócios, pois administrava uma distribuidora de bebidas da família. No transporte, começou com um caminhão truque para transportar produtos frigoríficos. Mais tarde, sempre parceiro da agroindústria, rumou para o transporte internacional de cargas com temperatura controlada. Em 1999, Cordenonsi vislumbrou um novo roteiro para seu negócio, com a tendência muito grande em aumentar o fluxo de carga. Começa a movimentação de contêineres até o porto de Itajaí. Abriu uma filial na cidade litorânea e adquiriu 20 carretas exclusivas para essa modalidade de transporte. E há um ano faz a distribuição de uma agroindústria para a região sul país e para facilitar a logística instalou uma filial em Curitiba.

Manfried Nehring

O transporte rodoviário de carga já é parte da vida do empresário Manfried Nehring há muitos anos. Mas até cinco anos atrás, se restringia a um caminhão-tanque que levava o combustível para o Auto Posto Nehring, fundado por seu pai, Alvin Nerhing em 1960. Queria ter novos empreendimentos para entregá-los mais tarde aos três filhos, Talita, Guilherme e Manfrini. A indústria madeireira oferecia a chance de atuar no transporte de carga. Mafried já fornecia o combustível à madeireira e fez a proposta para transportar as toras. Fechou negócio. Comprou quatro caminhões para levar a madeira dos locais de corte até a unidade de processamento.
Por se tratar de uma empresa com ISO 14000, o transportador precisou se adaptar e seguir uma série de regras de respeito ambiental, como evitar vazamento de óleo, manter os caminhões regulados e fiscalizar o peso da carga. A cada seis meses a fábrica exige o laudo da emissão de fumaça. A transportadora também precisa promover o treinamento dos motoristas para evitar acidentes. Manfried Nehring considera esses procedimentos positivos, porque, além da questão ambiental, reduz gastos e ajuda a preservar o seu patrimônio.

Marcos Antônio Simioni

No mês de junho próximo, Marcos Antônio Simioni será um dos torcedores privilegiados a ver os jogos da seleção brasileira na Alemanha. Isso porque ele é o melhor motorista do Brasil 2005, concurso realizado por uma montadora. Pelo título ele ganhou a viagem para assistir a copa do mundo e um curso de aperfeiçoamento. Essa conquista é o resultado de um aprendizado de 13 anos no transporte rodoviário de cargas.
Simioni lembra que a inexperiência nas estradas o fez aprender com os erros. Diz que não é o melhor caminho, porque o custo é elevado. Porém, nunca quis desistir, porque via no transporte de carga a oportunidade de desenvolver uma carreira. Decidiu estudar. Fez uma série de cursos voltados ao transporte de carga. E justamente esse conhecimento é que lhe garantiu a vitória de melhor motorista. Paralelo à capacitação, decidiu comprar parte da sociedade que fez com um primo, vender o velho caminhão e comprar um zero quilômetro. E o novo veículo fez a diferença para o sucesso do seu empreendimento. Em 2000 e deixou de dirigir para administrar o negócio. A sua empresa MV Simioni atua com transporte de carga frigorificada e grãos no território nacional e para o Mercosul.

Osvaldo Corrêa (in memorian)

Obstinado pelo trabalho, Osvaldo Corrêa, não tinha hora para sair da sua empresa, a Manchester Logística Integrada, que ele fundou em 1965, em Joinville com o sócio Joaquim dos Santos. Em mais de 35 anos de dedicação, nunca teve férias. Além da incansável dedicação ao ofício do transporte, ele era um homem simples e de honestidade ímpar.
o transporte entrou para a vida de Osvaldo Corrêa a partir do emprego numa indústria metalúrgica, em Joinville. Ele percebeu que nessa empresa poderia atura como transportador dos produtos. Comprou um caminhão como o sócio Joaquim dos Santos. Passou a levar motores e
peças de Joinville para São Paulo. Com o aumento das vendas dessa indústria, exigiu de Corrêa e Santos a compra de mais caminhões e contratar agregados.
Corrêa atuava mais na área operacional e seus filhos José Corrêa, hoje diretor-presidente, e Joel Corrêa, atual diretor, atuavam na área comercial e administrativa. A empresa se modernizou e ampliou a atuação com novos clientes, a indústria automobilística em especial. E com o objetivo de trabalhar de forma mais integrada com o cliente, opera também com logística. Osvaldo Corrêa faleceu em outubro de 2004, com 79 anos.

Osvaldo Krauss

O empresário Osvaldo Krauss gosta de dizer que ?por mais obstáculos que apareçam no caminho, lutar sempre, desistir jamais. Trabalhar com ética e transparência e honrar sempre seus compromissos com seus clientes e fornecedores?. Essa frase também pode resumir um pouco de sua trajetória profissional. A sua história com caminhões e transporte começa em 1975, quando ele decide deixar a agricultura para trabalhar como motorista. Compra o seu primeiro caminhão, com o aval de dois amigos.
Seis anos depois, fundava com dois irmãos a Transportadora Ociani, mas em 1985, os irmãos deixam a parceria ele dá continuidade ao negócio. No entanto, em 1987, vende os veículos, compra um mercado. Não demorou muito para descobrir que administrar caminhões era muito mais emocionante. Voltou em 1990 para o transporte de carga. vendeu o estabelecimento e compra três carretas. começou a trabalhar com os filhos Eduardo, Carlos, Jaison, Everson, e Jefferson. E há 10 anos, Osvaldo Krauss, fortaleceu o negócio ao acertar parceria para fazer a logística e distribuição de uma indústria têxtil, com o transporte interno de suas filiais em Santa Catarina para Goiás. Em 2002, ele inaugurou sede própria da Ociani.

Pedrinho Giacomin

A expansão das unidades de produção da agroindústria catarinense motivou o então contador, Pedrinho Giacomin, a montar a empresa Peval Transportes, em sociedade com a mulher Gisa Giacomin, com sede em Catanduvas. Fazia o transporte de grãos do Paraná para a fábrica de ração em Catanduvas. Um ano se passou, em 1986, trocou o nome da empresa para Andarra Transportes e abriu uma filial em Pato Branco no Paraná e mais tarde, outra em Rio Verde, Goiás. A expansão aconteceu para atender a demanda por outras cargas como a frigorificada, a viva ? suínos, aves e ração.
O empresário diz que o desenvolvimento do transporte depende da união dos transportadores, não só para questões políticas e econômicas, mas para um trabalho integrado para diminuir custos, negociar o frete e melhorar o desempenho. Com essa finalidade, ele se uniu a outros três transportadores para fundar a Plac Logística e Transporte com matriz em Catanduvas e filiais em Chapecó, Uberlândia em Minas Gerais e Rio Verdes. Giacomin também montou uma empresa madeireira e faz parte de uma sociedade numa fazenda no maranhão.

Renato dos Santos

O engenheiro civil, Renato dos Santos, começou sua carreira ao fundar, com mais dois sócios, Décio Roeder e Gerson Gallotti, a Encoplac ? Engenharia Construção Planejamento Canoinhas. Oito anos mais tarde, decidiram partir para a diversificação de negócios, pois havia boas perspectivas para a região. Adquiram dois postos de combustíveis e no ano seguinte ingressaram no ramo de transporte com a criação da Encoplac Transportes. Eram dois caminhões que transportavam madeira para as indústrias de celulose de Canoinhas.
O empresário, Renato dos Santos, que é sócio-administrador, diz que a Encoplac Transportes conquistou seu espaço no mercado, porque prima pela qualidade dos serviços prestados, conta com uma oficina própria para a manutenção da frota, treinamento constante para os motoristas, programa de valorização e de inclusão social dos funcionários e de suas famílias.

Rudemar Miguel Bucher

O empresário Rudemar Miguel Bucher, compra seu primeiro caminhão em 1976 e se associa ao Seveículos (Sindicato das Empresas de Transporte de Carga da Região de Itajaí). Quatros se passaram e cria a empresa Transporte Bucher, que se especializa no transporte de carga indivisíveis, de embarcações, de lanchas de extração de areia e de contêineres e atende clientes para o porto de Itajaí. Quando garoto acompanhava o pai, Antônio Nicolau Bucher, no transporte de casas de madeira e de açúcar para o porto de Itajaí. Seus filhos, Willian Bucher e Wisley Bucher já trabalham no segmento.
Paralelo à atividade empresarial, presidiu o Seveículos em 1976, e exerceu o cargo de primeiro-diretor financeiro por três gestões consecutivas, função que exerce atualmente. Fez parte do conselho fiscal da Fetrancesc na gestão 1999/2001 e foi conselheiro do Sesi, representado a Federação. Para ele, o momento do transporte nacional é o mais difícil, porque os custos elevados exigem esforços extras do transportador para manter o negócio em equilíbrio.
Bucher é casado com Jacqueline Elizio Bucher.

Sizenando Andriani

Um emprego como gerente operacional da filial em Tijucas de uma empresa de transporte, foi o primeiro passo para que o jovem Sizenando Andriani se tornasse um empreendedor no transporte rodoviário de cargas. Então, com dois sócios, fundou a empresa Sideril Comércio e Transporte Limitada, com sede em Criciúma e filial em Tijucas, esta gerenciada por ele.
Há 11 anos decidiu deixar o negócio e em sociedade com a mulher Lourena Cabral Andriani criaram a STR Transporte Rodoviário Ltda, especializado em transporte de pisos cerâmicos e tem como principal mercado o interior de São Paulo, o Triânguilo Mineiro, Goiânia e o Distrito Federal.
Além dos negócios, Sizenando Andriani também dedica parte de seu tempo às entidades empresariais e à comunidade. Participa da Associação Comercial e Industrial de Tijucas e do Sindicargas (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Florianópolis).

Valdir Fontanella

Aproveitar os momentos de dificuldades para criar algo novo e seguir em frente. Assim se pode definir a trajetória profissional do empresário Valdir Fontanella, de Lauro Müller. Primeiro, se formou técnico em contabilidade, aprovado no vestibular, não freqüentou a universidade porque não teria dinheiro suficiente para pagá-la. Convidado a trabalhar numa grande empresa, recusou a proposta, pois entendeu que poderia fazer mais.
Participou de uma sociedade numa madeireira com a verba que deveria custear parte dos estudos na universidade. Com a proibição do corte, veio a crise da Madeira. Então encontra uma saída ao ingressar no transporte rodoviário de carga. Em 1990, comprou o primeiro caminhão e sem conhecer nada, sem saber dirigir uma carreta, fez um frete para Recife, Pernambuco. E isso trouxe sorte. O cliente gostou tanto que o contratou para outros fretes. Seis meses depois, convidou amigos para ajudar no transporte e um ano depois criou a Fontanella Transportes Ltda. E nesses 16 anos, construiu uma rede de filiais nas principais capitais do Nordeste, Centro-oeste e Sul brasileiro. Com a finalidade de reduzir custos, o empresário abriu um posto de combustível em Lauro Müller.

Zeno Walter

Quando criança, sua maior diversão era viajar com o pai, o motorista de caminhão, João Carlos Walter, que fazia o transporte de suínos entre municípios da região. As aventuras nas estradas não deixaram dúvidas, queria também ser caminhoneiro. Depois de fazer a habilitação, começou a transportar suínos vivos de Iporã do Oeste para Ponta Grossa, no Paraná. As viagens só de ida duravam até 15 horas porque na época, as estradas eram precárias.
Atuou como empregado e já em 1975 fez sociedade com uma empresa da região e passou transportar para um frigorífico de Itapiranga. Passaram se doze anos e saiu da sociedade e montar a Transportes Zeno Ltda. Manteve o cliente, mas passou a transportar carga frigorificada e contêineres.
Como transportador, sua maior preocupação foi sempre com a qualidade do serviço, segurança e aumento do desempenho. Um dos seus orgulhos é ter viajado e conhecido quase todo o Brasil. No esteve apenas em Roraima e Amapá. No ano passado assumiu a função de delegado sindical do Setcom em Iporã do Oeste. Fonte: Juraci Perboni/Imprensa Fetrancesc

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