Denatran determina rastreador de R$ 2 mil a 2.500 para veículos novos a partir de 2009

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Denatran determina rastreador de R$ 2 mil a 2.500 para veículos novos a partir de 2009

Brasília, 24.8.07 – O Departamento Nacional de Trânsito já decidiu qual será o tipo de rastreador que se tornará obrigatório nos carros novos a partir de 2009 e os especialistas ouvidos pelo Jornal Nacional criticaram a escolha.
O equipamento que o Denatran escolheu custa hoje de R$ 2 mil a R$ 2,5 mil. Ele terá de ser completo. A posição do carro será definida por no mínimo quatro satélites e o trasmissor que leva os dados à central de monitoramento tem que permitir o bloqueio do veículo à distância.
Se o comprador do carro quiser pôr o equipamento para funcionar, e isso é opcional, terá de pagar em torno de R$ 200 por mês. Quem trabalha no ramo critica o equipamento escolhido. “Ele não é o mais adequado para roubo e furto, ele serve para monitorar e gerenciar veículos e frotas”, explica Marcelo Orsi, diretor de empresa de rastreamento.
Nenhum rastreador, seja simples ou complexo, é considerado um sistema antifurto. Ele pode localizar um carro depois de roubado, mas não impede o ladrão de render o motorista e entrar no automóvel.
Alguns especialistas em segurança dizem até que o uso generalizado do rastreador poderá aumentar a violência dos assaltos.
Para o ex-secretário nacional de segurança pública, José Vicente da Silva, a tendência do assaltante será manter o motorista como refém. ?Pode gerar aí uma atividade nova de seqüestro-relâmpago praticamente levando o sujeito pra um local ermo pra desativar o sistema?.
O Procon de São Paulo estuda uma ação na justiça contra a obrigatoriedade do rastreador por não garantir a segurança do motorista. ?Esse equipamento não contempla nada da segurança física, da segurança do consumidor. Ele apenas tá visando à segurança patrimonial a localização do veículo?, diz Carlos Coscarelli, assessor-chefe do Procon-SP.
A direção do Denatran afirmou, em nota, que escolheu o que há de mais moderno no mercado e que as montadoras terão liberdade para escolher a operadora do equipamento. Quanto às mensalidades, o Denatran afirmou que, muitas vezes, elas são pagas pelas seguradoras.
Fonte: Jornal Nacional

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