BrasÃlia, 24.8.07 – O governo vai discutir com a sociedade a venda de bebida alcoólica nas estradas, segundo o ministro da Justiça, Tarso Genro. Em princÃpio o ministério já tem a proposta formal de proibição de venda de bebidas alcoólicas que será enviada ao Congresso por meio de projeto de lei ou medida provisória.
Entretanto, Tarso Genro informou que o Ministério da Saúde quer aproveitar a proposta para discutir sobre a propaganda. ?Isso dificilmente será aceito pela população se for feito por norma. Isso só pode ser positivo se for acordado com a comunidade?, disse Tarso Genro. De acordo com o ministro, a proposta será incluÃda no Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci).
O ministro citou o exemplo da cidade de Diadema (SP), que discutiu com a comunidade e comerciantes antes de implementar uma medida de restrição do horário de venda de bebidas alcoólicas, em 2002. De acordo com o ministro, houve uma queda nos Ãndices de homicÃdio de até 70% na região do Grande ABCD paulista.
Alto Ãndice de acidentes
De acordo com dados da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego, citados no site do Ministério da Saúde, 61% dos motoristas envolvidos em acidentes de trânsito no Brasil haviam ingerido bebida alcoólica. Por ano, segundo as informações do site, 35 mil pessoas perdem a vida nas ruas e estradas de todo o Brasil.
Junto com a proibição da venda de bebidas alcoólicas em estradas federais, o governo quer reforçar o policiamento nas grandes cidades nos fins de semana, para combater os acidentes de trânsito por consumo excessivo de álcool.
As medidas devem ser incluÃdas no PAC da Segurança ,afirmou o ministro José Gomes Temporão (Saúde). ´No Rio eu não vejo e aqui (em BrasÃlia) nunca vi blitz avaliando se os motoristas estão dirigindo embriagados ou não. É extremamente importante aumentar este tipo de fiscalização´, disse o ministro.
O ministro das Cidades, Márcio Fortes, também destaca a relação entre o uso de álcool e os acidentes de trânsito. Ele defende o uso de radares e de barreiras eletrônicas nas estradas para coibir o excesso de velocidade e reduzir o número de acidentes nas estradas.
Fonte: Diário do Nordeste/CE