Inmetro dá prazo aos reformadores de pneus

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Inmetro dá prazo aos reformadores de pneus

Brasília, 5.1.06 – As empresas de reforma de pneus para carros de passeio têm até o dia 1º de julho para se adaptar às regras do Instituto Brasileiro de Metrologia (Inmetro) e continuar vendendo seus produtos legalmente.
Desde o começo da década, quando a normatização para pneus recauchutados de carros de passeio foi criada, apenas 10 das 1,3 mil reformadoras obtiveram certificação, conforme o diretor de qualidade do Inmetro, Alfredo Lobo. ?O prazo já foi estendido duas vezes, não é mais prorrogável?, diz.
Quem não tiver o certificado até o fim deste semestre não poderá mais vender os pneus reformados. O Inmetro está preparando também uma normatização para a recauchutagem de pneus de caminhões e ônibus, sem prazo para vigorar. Pneus de motocicleta não têm certificação – e nem terão enquanto vigorar a resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), de que este tipo não pode rodar no Brasil.
?Se o Contran proibiu, acabou, não certificamos nada?, disse Lobo.
Desde o primeiro dia de 2006, a venda de pneus reformados para motocicletas está proibida no país, inibindo um mercado de R$ 40 milhões anuais. O Contran considera que os pneus reformados não são seguros. A Associação Brasileira do Segmento de Reforma de Pneus (ABR) alega que houve pressão da indústria de pneus novos para tirar do mercado as 120 empresas reformadoras. Os reformados detêm 40% do mercado de pneus para motocicletas e custam menos da metade do preço dos novos: R$ 40 ante R$ 80 a R$ 90.
O presidente do Contran, Alfredo Peres da Silva, diz que testes estão sendo feitos desde 2004. Os próprios fabricantes afirmam que as motos não devem rodar com pneus reformados, ao contrário dos carros e veículos de carga, observa.

Sem garantia de segurança

O que é pneu reformado: Produto que, depois de gasto, tem os restos das ranhuras raspados e ganha nova cobertura. Pneus com qualquer avaria não se prestam à reforma e são descartados. A vida útil é de 7 mil a 9 mil quilômetros (pneu dianteiro da moto). Custa em torno de R$ 40 a R$ 50. Os novos custam a partir de R$ 70. Não tem certificação do Inmetro.
Entenda o caso: Em abril de 2004, o Contran publicou a resolução 158, proibindo a venda de pneus reformados de motocicletas, por falta de segurança. A resolução foi suspensa pouco depois pelo próprio Contran, para que o produto fosse mais testado. No dia 1º, voltou a vigorar a resolução 158, porque o Contran e o Inmetro não se convenceram de que o produto é seguro.

Fonte: Zero Hora – RS

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