Florianópolis, 12.3.07 – Pedágio mais barato e rodovias melhor conservadas. É o Pedágio Social, proposta discutida na sexta-feira, no 3º Fórum Nacional de Usuários de Rodovias Concedidas, em Florianópolis. Elaborado pela Federação das Empresas de Transportes de Cargas de Santa Catarina (Fetrancesc), o Pedágio Social, modelo que, se colocado em prática, seria controlado por uma comissão tripartite formada por governo, investidores e sociedade, é uma alternativa ao modelo de concessão das rodovias. O debate adianta uma discussão que deve ganhar força: o próximo lote de concessões incluiria a BR-101 e a BR-116.
?Condenamos o modelo de concessões, onde o processo não é claro e a fiscalização é superficial. Além disso, o pedágio como é feito é oneroso demais para a sociedade e não resulta em melhorias diretas. Uma das falhas do pedágio em vigor é o cálculo da tarifa feito independente do número de veÃculos que passa pela rodovia. Não importa se passam 10 mil ou 40 mil. O valor é sempre o mesmo e ainda pode sofrer reajuste de seis em seis meses, o que já não é compatÃvel com a inflação atual?, revelou Pedro Lopes, presidente da Fetrancesc.
A proposta sugere a cobrança de pedágio por quilômetro rodado, possÃvel com tecnologia já utilizada em auto-estradas de paÃses como o Chile cuja manutenção teria custo mais baixo que as praças de pedágio em vigor. Ainda sem um cálculo preciso, o valor da tarifa do Pedágio Social seria bastante reduzido, conforme a comissão.
?O que não pode acontecer é o governo colocar a obra que construiu com o dinheiro que tira da população na mão de empresas que vão cobrar para que as mesmas pessoas passem pela rodovia?, defendeu Severo.
O encontro de ontem vai resultar na Carta de Florianópolis a fim de tornar a proposta pública. O próximo encontro do grupo será com a comissão de infra-estrutura do Senado, dia 22 de março, em BrasÃlia. Fonte: A NotÃcia/Diário Catarinense
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