PRE/SC coíbe abusos no transporte de madeira

Calmon, 12.5.06 – Se antes da instalação do posto da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) em Calmon, no Meio-oeste catarinense, o que se via na SC-302 era uma série de abusos, hoje, 45 dias depois, a realidade é bem diferente. A mudança mais brusca é percebida nos caminhões que transportam madeira retirada de áreas de reflorestamento, que agora andam dentro dos limites de peso impostos pela legislação.
Além de acabar com os excessos, a presença dos patrulheiros também está servindo para conscientizar os motoristas dos perigos que a rodovia, com longas retas, oferece. Segundo o comandante do posto, sargento Roberto Lane Fraga, a mudança de comportamento foi rápida, assim como a extinção dos abusos que eram cometidos. “O excesso de peso chegava a 70%, e isso não ocorre mais, preservando a pista e diminuindo risco de acidentes”.
A infração acarreta multa de 80 Ufirs, que é majorada progressivamente a cada 200 quilos de peso além do permitido. “Aquela realidade de caminhões com madeira transbordando não existe mais”, garante ele. Os patrulheiros abordam metade dos veículos que passam pela rodovia, diariamente, e a fiscalização contínua, com balança móvel, serviu para inibir a infração.
A tendência, segundo Fraga, é que ocorrências desta natureza praticamente desapareçam. Quando isso acontecer, a PRE pretende atingir outro ponto crítico da rodovia, que é o grande número de acidentes. Foram 18, com 11 vítimas no período. “É um número alto, mas que tende a baixar nos próximos meses, principalmente com campanhas preventivas que vamos desencadear”, finaliza.(topo)

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Protesto fecha
SC-438 para cobrar lombadas

Gravatal РBastou a chuva dar uma tr̩gua e eles logo foram para a rua. Dezenas de manifestantes pararam o tr̢nsito na SC-438, em Gravatal, ontem pela manḥ. O grupo pedia, mais uma vez, a coloca̤̣o de lombadas. Vereadores e at̩ o prefeito Rudinei Fernandes (PMDB) participaram. O tr̢nsito entre a serra e o litoral ficou lento. Houve congestionamento durante o protesto, que durou 40 minutos.
As cerca de 30 mortes e as centenas de acidentes já registrados no trecho levaram os manifestantes mais uma vez às ruas. No último protesto, em novembro do ano passado, a maioria era estudante e pedia lombadas eletrônicas. “Como diversos pedidos de colocação de lombadas não surtiram efeito, a única solução foi fechar a rodovia. Os moradores querem, com este ato, chamar a atenção para a preservação da vida, conscientes de que nenhum motorista gosta de lombadas, mas também ninguém respeita a sinalização que regulamenta a velocidade no local”, explica Guilherme Deucher.
Caso não haja resultados, outra manifestação deve ocorrer semana que vem, dia 17. “Vamos convocar mais pessoas para participar e fechar a rodovia. São vidas que estão em risco. Não estamos pedindo muito”, reclama Sérgio Füllman, 47, morador local. A estudante Maria Cecília Orth, 16 anos, tem um amigo que ficou hospitalizado após um atropelamento. “Os carros passam muito rápido por aqui”, conta ela.
A Secretaria de Desenvolvimento Regional de Tubarão já sinalizou que a solicitação deve ser atendida. Prefeitura e Câmara de Vereadores já formalizaram a reivindicação. O trecho da SC-438 é um dos mais monitorados da região. A Polícia Rodoviária Estadual é temida pelo rigor da fiscalização, inclusive com lombadas eletrônicas. Fonte: A Notícia