Venda interna de caminhões quebra recorde de 30 anos

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Venda interna de caminhões quebra recorde de 30 anos

São Paulo, 11.12.07 – As vendas domésticas de caminhões irão superar uma marca que já dura há trinta anos. Em 1977 foram comercializados 90.247 veículos, volume que está superado agora, em dezembro deste ano já que de janeiro a novembro a indústria vendeu 89.494 caminhões. E para adquirir um veículo novo é necessário enfrentar uma fila de pode chegar de três a quatro meses, em média.
“De 2002 a 2007 as vendas de caminhões cresceram 46%”, destaca Jackson Schneider, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Ele destaca também que o volume de carga cresceu 40% no período.
As vendas ao mercado local fecharam os onze primeiros meses 29,7% acima do volume comercializado no mesmo período de 2006. A produção acompanha o crescimento, ficando 29,9% superior no mesmo período, com 127,4 mil unidades fabricadas.

Mário Rinaldi, diretor-geral da Associação nacional dos fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir), afirma que as vendas de reboques e semi-reboques estão estimuladas pelos setores de construção civil e pesada, agricultura e mineração.
“A própria economia forte também ajuda a aumentar essa demanda. O trabalhador consome mais sapato, mais comida, mais eletrodomésticos. E tudo isso precisa ser transportado da fábrica para os distribuidores”, conta o diretor.

Exportações sobem

Ao contrário do restante do setor, o volume exportado também está em alta. Enquanto no geral há queda de 6,6% entre janeiro e novembro, os embarques de caminhões subiram 6,8% no período, num total de cerca de 37 mil unidades. Para atender a crescente demanda interna e externa ,as montadoras precisaram correr para eliminar gargalos e elevar a produtividade de suas fábricas. A Scania, por exemplo, não dará férias a seus funcionários no final do ano para conseguir atender à demanda.
Além disso, algumas anunciaram investimento em aumento de capacidade, como a Iveco, a Ford Caminhões e a Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO).
A Iveco aportará R$ 375 milhões no Brasil e na Argentina, para expandir a produção de 18 para 26 mil caminhões pesados por ano. A Ford Caminhões também tem um programa de R$ 300 milhões de investimentos, para modernização das suas linhas de produtos. E a Volkswagem, segundo seu presidente Antonio Roberto Cortes, também, terá um novo plano de investimentos após concluir o atual, que consumiu R$ 2 bilhões nos últimos dez anos.
Mas o temor dos executivos é que haja problemas com relação ao abastecimento de peças, além de falta de maquinário para realizar as expansões.
“Temos alguns gargalos a resolver”, diz Gilson Mansur, diretor de vendas da Mercedes-Benz.

2008

Os principais dirigentes das montadoras estimam que o setor crescerá mais 10% em 2008, com cerca de 106,4 mil caminhões vendidos no mercado doméstico.
A maior parte das montadoras têm parte da carteira de pedidos tomada para o ano que vem. Algumas, por exemplo, já recebiam no final de agosto pedidos para 2008. Os dirigentes notam uma mudança de postura do consumidor que, com medo de ficar sem receber o veículo por conta da demanda forte, acabam por fazer uma programação de compras.
Fonte: DCI

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