Cinto de segurança *

Florianópolis, 26.3.08 – Mais do que dobrou o número de crianças e jovens que deram entrada no Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, depois de perderem dentes em acidentes automobilísticos, entre janeiro e novembro de 2007.
Segundo o levantamento, 35 pessoas foram atendidas nessa situação nos onze meses. Em 2006 haviam sido 16 casos e no ano anterior, 11.
O não-uso do cinto de segurança está diretamente associado ao problema. Isso porque a utilização do cinto já é uma realidade para os passageiros que viajam no banco dianteiro, mas ainda não é prática comum no banco traseiro. Muitas vezes quem circula solto no banco traseiro são justamente crianças que os pais consideram “grandes” para usar a cadeirinha.
E sem a cadeirinha ou o cinto de segurança, meninos e meninas ficam muito expostos. Assim, em casos de batidas, mesmo que em velocidades não muito elevadas, as crianças são “arremessadas” com o rosto contra o banco dianteiro e sofrem lesões.
A preocupação com o assunto é importante porque em casos extremos esse descuido pode resultar em seqüelas na face, que poderão ser até mesmo irreversíveis. Jovens que ainda estão na fase de crescimento e perdem dentes não podem fazer implantes dentários.
Ao mesmo tempo, se o espaço ocupado pelo dente arrancado fica “vazio”, podem ocorrer problemas como desequilíbrios funcionais e estéticos da arcada dentária, que exigirão uso de aparelhos ortodônticos no futuro.
Para evitar problemas como esses, ou até conseqüências mais graves de um acidente, o ideal é abusar do bom senso e da prevenção.
Está mais do que na hora de o cinto de segurança se tornar item de uso comum também no banco traseiro.
Fonte: *Priscila Sell – Especialista em implantodontia

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