Crédito ficará ainda mais difícil

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Crédito ficará ainda mais difícil

Florianópolis, 30.12.08 – No meio de uma crise balizada pela falta de liquidez no mercado financeiro mundial, 2009 é um ano que inicia com parâmetros mais rígidos na concessão de crédito. Para o microempresário não é diferente.
Apesar de um possível aumento na abertura de novos negócios, em função do recrudescimento do desemprego, os empreendimentos já vão nascer com mais dificuldades.
Segundo o presidente da Associação de Microcrédito de SC, Luiz Carlos Floriani, que também é secretário executivo do Movimento Nacional das Micro e Pequenas Empresas (Monampe) e diretor do Banco do Empreendedor, o fato de as grandes e médias empresas estarem começando a demitir já está aumentando a procura por crédito para abertura dos novos negócios.
? No Brasil, a necessidade de sobrevivência é o maior motivador para o empreendedorismo. Por conta disso, 2009 é um ano perigoso. Com mais desemprego, mais pessoas vão querer abrir seus negócios próprios.
Floriani alerta, entretanto, que a capacidade de consumo deve cair em 2009. Isso reduz os preços dos produtos, pela lei da oferta e da procura, aumenta a concorrência, mas também a informalidade.

Procura por financiamento já cresceu entre 10% a 20%

? Para oferecer produtos mais baratos é preciso reduzir custos. A forma mais simples para isso, infelizmente, no Brasil, é não pagar impostos. Por isso, a tendência é de aumentar a informalidade e a sonegação no país. O que mais importa é o preço ? explica.
Como os agentes financeiros tradicionais estão concedendo menos crédito, com alto índice de reprovação dos cadastros, a procura por meios alternativas aumentou.
? Nós estamos com mais trabalho nas instituições de microcrédito. Mas no nosso caso específico, não avaliamos apenas a capacidade de pagamento do empreendedor, mas sim toda a viabilidade do negócio. A demanda aumentou entre 10% e 20% de outubro a dezembro ? estima.
O índice de negação de empréstimos também aumentou no período. Isso porque o empreendedor tem a tendência a achar que o crédito pode ser a solução de tudo, o que não é verdade, conforme Floriani.
? É preciso primeiro queimar gordura, reduzir custos, fazer compras com avaliação mais rigorosa, para saber se terá como vender. Os estoques não podem ser grandes ? lembra. Fonte: Diário Catarinense

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