Florianópolis, 16.6.08 – O transporte de mercadorias está em média 13% mais caro por conta do reajuste do diesel, que chegou aos 12% nos postos de combustÃvel, valor superior aos 8,8% pretendidos pelo governo federal.
A elevação do diesel teve impacto direto no preço do frete, que tem sua planilha dependente em 45% do combustÃvel, conforme indica o presidente da Federação das Empresas Transportadoras de Cargas de SC (Fetrancesc), Pedro Lopes.
Na época do reajuste do diesel, justificado pelo aumento do preço do petróleo, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, chegou a afirmar que haveria punições para os postos que aumentassem o combustÃvel acima do valor determinado.
Além da elevação direta nos postos, o diesel sofreu aumento na taxação de impostos. O presidente da Fetrancesc explica que, com o reajuste anunciado, o preço base sobre o qual é calculada a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) teve elevação de 12,5%, passando de R$ 1,84 para R$ 2,07.
Na avaliação de Lopes, o repasse feito ainda está aquém do necessário. Ele afirma que o preço do transporte de mercadorias estaria com déficit de 11,1% devido a aumentos do ano passado que foram incorporados aos custos.
Para o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas no Estado de SC (Setcesc), Osmar Labes, todos transportadores estão negociando os contratos para tentar repassar o aumento dos custos ao preço para o cliente.
– Ninguém mais tem gordura para queimar.
O repasse também já começa a chegar ao preço dos produtos distribuÃdos por meio do transporte rodoviário. Entre eles, estão os alimentos, que já são alvo de outras formas de pressões de aumento e estão no centro das preocupações sobre a disparada da inflação. Fonte: Diário Catarinense
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