Nova pesquisa indica defasagem de 17,6% nos fretes praticados na carga lotação

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Nova pesquisa indica defasagem de 17,6% nos fretes praticados na carga lotação

São Paulo, 5.6.08 – A NTC&Logística, por meio do seu Departamento de Custos Operacionais e Pesquisas Econômicas (Decope), da Câmara Técnica das Empresas de Transporte de Carga Lotação (CTL) e de empresas convidadas, realizou reunião no dia 27 de maio de 2008, na sede da entidade, em São Paulo, e examinou criteriosamente a situação tarifária do setor de transporte rodoviário de cargas de lotação.
Pesquisa do Decope, com empresas transportadoras, constatou que a defasagem média entre os fretes praticados na carga lotação tipo (aquela em que o caminhão com carga seca viaja para um único destinatário) e os custos efetivamente apurados, por meio de uma planilha realista, situa-se, na média, em 17,6%. A entidade sugere às empresas associadas que a correção no segmento de lotação – apenas – seja feita a partir deste mês de junho
Além das altas acumuladas dos insumos nos últimos 12 meses, contribuíram para este resultado, os resíduos não repassados de reajustes anteriores, como também, o aumento médio de 10% do diesel que ocorreu em 30 de abril e o acordo coletivo da categoria em São Paulo capital e área metropolitana gerou um aumento médio de 7,5% nos pisos salariais dos trabalhadores.
Outros fatores contribuem para esta defasagem. Segundo Flávio Benatti, presidente da NTC, um bom exemplo é a péssima condição de conservação das rodovias, que está gerando, não apenas maiores custos por quilômetro rodado, como também redução sensível na produtividade dos veículos.
Nas rodovias concedidas, em melhor estado, como as de São Paulo, os pedágios serão aumentados em 11,53% a partir de julho de 2008. A estas dificuldades vieram se somar a elevação do custo com gerenciamento de riscos, o agravamento dos custos administrativos com a enorme burocracia gerada pela ?guerra fiscal? entre os Estados e a própria necessidade de melhorar o nível do serviço prestado aos clientes, num mercado cada vez mais exigente.
O transporte rodoviário de cargas que, por injunções de mercado, vem suportando, há muitos anos, notória defasagem nos fretes praticados, vê-se agora numa situação-limite, que exige pronta recomposição de suas receitas e margens. Só assim poderá realizar os investimentos necessários à modernização e ampliação da frota e de toda a sua infra-estrutura tecnológica e operacional. Caso contrário, poderá vir a se constituir em gargalo à retomada do crescimento econômico do país.
Diante disso, torna-se inevitável o realinhamento tarifário, que poderá ocorrer em níveis até superiores ao percentual médio divulgado, de 17,6%, dependendo das características de cada contrato. No entanto, como se trata de reajuste emergencial, poderá ser adotado o índice médio de defasagem, com posterior negociação mais técnica e detalhada, buscando a adequação a cada contrato de transporte e suas particularidades. Fonte: NTC

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