Florianópolis, 7.5.08 – O alagamento entre os Kms 403 e 412 da BR-101 e a conseqüente interdição da via fizeram com que as empresas de transporte de carga perdessem, ontem, entre R$ 2,25 milhões e R$ 2,5 milhões.
Por volta das 17h, quando o trecho foi liberado para caminhões, cerca de 3 mil veÃculos de carga estavam nas filas da rodovia e em postos da região, segundo informações da PolÃcia Rodoviária Federal. Cada caminhão parado gerava perdas de R$ 750 a R$ 850 por dia – sem contar o eventual prejuÃzo com cargas perecÃveis.
O presidente da Federação das Empresas de Transportes de Cargas no Estado de Santa Catarina (Fetrancesc), Pedro Lopes, lembrou que, além do prejuÃzo financeiro, os motoristas precisaram passar 48 horas desabrigados no meio da estrada. Lopes contou que a perda com produtos perecÃveis não é contabilizado devido à impossibilidade de quantificar esse tipo de estrago.
As empresas de ônibus interestadual, responsáveis por 80 ônibus que passam pelo trecho diariamente, também tiveram prejuÃzos. Ademir Buerger, gerente comercial da viação Santo Anjo, disse que apenas quem realmente precisa está viajando.
Além disso, os gastos com combustÃveis e com hora-extra paga aos motoristas também aumentaram, visto que as rotas foram mudadas. O desvio passa pelas cidades de Turvo, Forquilhinha e Criciúma, aumentando em até três horas a viagem.
Elevados devem acabar com interdição das pistas
Dois elevados, um no Km 404 da BR e outro no Km 408, devem ser inaugurados em junho, diminuindo a possibilidades de novas interdições causadas por chuvas. As obras fazem parte da duplicação da BR-101 e, segundo o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT), não foram prejudicadas pelo alagamento. No entanto, sozinhos, os elevados não resolvem.
O engenheiro regional do DNIT Avanir Aguiar de Sá explica que, após o Km 408, há outros pontos da estrada baixos, passÃveis de alagamento.
Para evitar alagamentos, uma das alternativas seria unir dois elevados que ainda serão construÃdos no Km 410, cada um com 378 metros, formando uma estrada única acima do nÃvel máximo que a água pode atingir em caso de enchente. Essa obra, no entanto, ainda está em estudo.
O projeto original prevê, em vez do elevado, um aterro. O aterro, porém, teria 250 metros de largura e prejudicaria a plantação de arroz na região.
– O viaduto é melhor porque agride menos o ambiente – observou Sá.
Fonte: DC