Florianópolis, 25.8.08 – A Federação das Empresas de Transporte de Carga e LogÃstica de Santa Catarina (Fetrancesc) deu mais um passo para acompanhar de perto a chegada da cobrança de pedágios em Santa Catarina. Na noite de quinta-feira, 21 de agosto, estiveram reunidos empresários do setor, representantes de entidades da sociedade e de órgão de trânsito para conhecer a proposta da OHL, detentora da concessão dos dois trechos rodoviários, tanto para a BR?116 como para o trecho da BR-101, no território catarinense. Os transportadores presentes falaram das suas expectativas em relação à qualidade dos serviços e à segurança, pois esse é um dos problemas que também contribui para elevar os custos ao setor de carga.
O presidente da Fetrancesc, Pedro Lopes, destacou logo na abertura do encontro que a Federação participou ativamente no processo de concessão de rodovias e cobrança de pedágios e que isso contribuiu de forma significativa para que o modelo a ser implantado em Santa Catarina tenha sido adotado algumas das sugestões feitas pela Fetrancesc. Um dos exemplos, é o usuário não precisar parar para pagar o valor do pedágio. Apenas instala um equipamento em seu veÃculo que permite ler a placa do veÃculo toda a vez que passar na praça e recebe a fatura em casa. A diferença que é a Federação defendia naquele momento a cobrança por quilômetro rodado. Mas claro, a cobrança em pras estática ainda é o que vai prevalecer nos dois trechos.
Lopes também ressaltou a diferença que faz a presença de diversos setores da sociedade e de segmentos de usuários da rodovia, como transporte, nesse momento e nos próximos 25 anos, tempo da concessão. Essa proximidade torna o programa mais transparente e principalmente que o usuário conheça o Programa e que esse possa atender aos seus direitos.
A concessionária, tanto da BR-116 como da BR-101, deveriam iniciar a cobrança das tarifas em 15 de agosto passado, mas por falta de conclusão das praças de pedágio, o motorista só deve passar a pagar em outubro ou novembro. Tanto no trecho da 101 como da 116, os serviços e estrutura são os mesmos, apenas variando a quantidade, pois depende da extensão.
Representante da OHL fala das obras para a BR-116
Na apresentação sobre o trecho da BR-116, o diretor-superintendente da Autopista Planalto Sul, Arnaldo da Silva Júnior, empresa da OHL, disse que o Governo Federal não exigiu a outorga e na definição do vencedor para o trecho, houve um deságio de 39% do valor inicial, definindo a tarifa em R$ 2,54 por praça para trecho – BR 116 ? do km 115 (Curitiba ? PR) ao km 211,8 (Rio Negro – PR) e BR 116 ? do km 0 (Mafra ? SC) ao km 315,9, municÃpio de Capão Alto (divisa SC / RS). Silva Júnior apresentou um relatório com fotos das obras já realizadas na estrada. Disse que desde fevereiro de 2008, a empresa trabalha na execução dos serviços iniciais que incluem roçada, tapa buraco, fresagem e recuperação de pontes e da sinalização vertical e horizontal. A Autopista terá de investir R$ 105,4 milhões durante o primeiro ano da concessão. O total de investimentos chegará a R$ 1,9 bilhão nos 25 anos de administração do trecho Curitiba. Ele também mostrou o cronograma de obras nesse perÃodo de concessão que está no Programa de Exploração da Rodovia (PER), definido pela ANTT. Devem ser realizadas ações em vários pontos, como a correções de traçados; execução de ruas laterais em pista simples; melhoria de acessos existentes; melhorias de interseções existentes; Implantação de trevos em desnÃvel, com alças, em pista simples e dupla; entre outras ações.
Estão previstas praças de pedágios na BR-116 km 134,4 ? Mandirituba /PR; na BR-116 km 104,1 ? Rio Negro / PR; na BR-116 km 81,6 ? Monte Castelo/SC; na BR-116 km 152 ? Santa CecÃlia/SC e na BR-116 km 233,1 ? Correia Pinto/SC.
Nessa extensão pedagiada, haverá sistema de pesagem, de atendimento emergencial com nove unidades de Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU), com veÃculos de inspeção, guincho leve, guincho pesado e ambulâncias. E ainda sistema de Segurança ao Usuário. São equipamentos instalados estrategicamente que fornecem condições de comunicação do usuário com o Centro de Controle de Operações e que informam sobre as condições da rodovia. Mas também estarão radares, detectores de altura e câmeras de monitoramento.
Neste trecho deve ser gerado um valor de R$ 3,1 milhão em ISS, distribuÃdo entre os municÃpios com testada na rodovia, de acordo com a testada na rodovia e a extensão.
Pedágio na BR-101 começará a ser cobrado entre outubro e novembro
No trecho concessionado, que faz parte o Contorno Leste de Curitiba, da extremidade norte, na interseção com a BR-116/PR (km 71,1), até a interseção sul com a BR-116/PR (km 115,2), incluindo ramos e alças nas extremidades norte e sul; a BR-376/PR, da extremidade norte dos ramos da interseção com o Contorno Leste de Curitiba, até a Divisa PR/SC e a BR-101/SC, da divisa PR/SC até a cabeceira sul da ponte sobre o Rio Cubatão, a administração será da Autopista Litoral Sul. O andamento dos trabalhos foi apresentado pelo diretor superintendente da Autopista Litoral Sul, Márcio Protta. Ele detalhou as obras já realizadas e a estrutura que terá para atender a clientela.
A Autopista Litoral Sul investirá R$ 170 milhões durante o primeiro ano da concessão. O total de investimentos chegará a R$ 3,1 bilhão nos 25 anos de administração do trecho Curitiba ? Florianópolis, o equivalente a cerca de R$ 124 milhões por ano. Além disso, serão aplicados, anualmente, R$ 642 mil para o desenvolvimento de novas tecnologias. A empresa precisa seguir um cronograma de obras acertado pela ANTT.
O deságio no leilão neste trecho foi de 63%, o que baixou a tarifa de R$ 2,75 para 1,02. A cobrança, que deveria iniciar agora em agosto, só deverá iniciar em outubro ou novembro, porque a estrutura exigida pelo contrato de concessão não estava concluÃda. A tarifa a ser cobrada deve mesmo ser de R$ 1,10. Desde o dia 15 de agosto já está em operação o serviço de socorro e de emergência. No trecho total concessionado serão cinco praças de pedágios, sendo quatro no território catarinense. Uma será na BR-376 km 637,6 ? São José dos Pinhais/PR; outra na BR-101 km 1,3 ? Garuva/SC; a terceira na BR-101 km 79,4 ? Araquari/SC, quarta na BR-101 km 159,1 ? Porto Belo/SC e a quinta na BR-101 km 222,1 ? Palhoça/SC. A Autopista, de acordo com o contrato, pode recuar ou avança três quilômetros do ponto estabelecido para a praça.
No trecho pedagiado, haverá sistema de pesagem com duas balanças fixas, em Garuva e Itapema e oito móveis. Terá atendimento emergencial com oito unidades de Serviço de Atendimento ao Usuário (SAL) e 35 veÃculos de inspeção, guincho leve, guincho pesado e ambulâncias. E o sistema de segurança, são equipamentos ao longo da rodovia e que permitirão a comunicação do usuário com a central de controle de operações. O pedido de socorro será feito através do telefone 0800 e ainda através das câmeras, o usuário poderá ser localizado na estrada.
Com o serviço de concessão, a Autopista Litoral Sul deverá recolher aos cofres dos municÃpios que tem testada na rodovia, o valor de R$ 6 a R$ 8 milhões de ISS.
Contatos ? Contato para o usuário: Estrada – Trecho pedagiado da BR-116 -ouvidoria@autopistaplanaltosul.com.br ¬ 0800 642 0116
Trecho pedagiado da BR-101/376 ? 0800 725 1771
Fotos: juraci perboni
Legenda: diretor-superintendente da Autopista Planaldo Sul, Arnaldo da Silva JR
diretor-superintendente da Autopista Litoral Sul, Márcio Protta
Diretor da ABCR, João Chiminazzo Neto
Presidente da Fetrancesc, Pedro Lopes
Representante do prefeito de Florianópolis,
Superintente da PRF, Luiz Ademar Paes
Foto2 – Representantes acompanha exposição da concessionária
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