BrasÃlia, 18.12.08 – A PolÃcia Rodoviária Federal (PRF) vai receber 300 novos bafômetros, até o fim do mês, para aumentar o alcance da fiscalização de motoristas embriagados durante as festas de fim de ano e as férias de janeiro. As aquisições representam aumento de 60% no número atual de aparelhos (500). O novo “arsenal” tem de dar conta das 134 estradas, duas (Régis e Fernão Dias) no Estado de São Paulo. Com o incremento, a proporção passará para um bafômetro a cada 76,9 quilômetros (são 61 mil no total) – atualmente a média é de 1 a cada 122 km.
Até o fim de 2009, segundo o Ministério da Justiça, a PRF vai ter 3.800 bafômetros. Com investimento de R$ 76,9 milhões, outros 7 mil equipamentos que detectam a dosagem alcoólica dos condutores devem chegar aos Estados. São Paulo vai ganhar 1.535. Emergencialmente, para fiscalizar a lei seca durante o verão, serão 125 aparelhos entregues ao governo paulista. Os critérios utilizados para definir a distribuição dos equipamentos em cada Estado foram: extensão da malha viária, o número de acidentes, “além do quantitativo de bafômetros que a polÃcia dispõe”.
A PolÃcia Militar de São Paulo, responsável pela organização das blitze locais, não informou quais cidades devem receber os novos bafômetros. Informou apenas que “o planejamento de ações futuras, incluindo o reforço (de fiscalização) no litoral” devem ser divulgados na próxima semana.
Para este verão, a PM de São Paulo prepara operações de fiscalização da lei seca no litoral, que literalmente vão “descer a serra”. Mesmo após quase seis meses de vigência da legislação que estabeleceu tolerância zero para a mistura de álcool e direção, das nove cidades da Baixada Santista, apenas Santos tem três bafômetros. A escassez de fiscalização faz predominar nas cidades litorâneas a sensação de que “a lei não pegou”.
A intensificação das blitze no litoral e nas rodovias tem o objetivo de reverter o recorde conquistado no Natal e réveillon passados. Entre 22 e 26 de dezembro de 2007, uma quarta-feira, morreram 196 pessoas e 1.870 ficaram feridas nos 61 mil quilômetros de rodovias federais do PaÃs, em 2.561 acidentes. As estradas estaduais paulistas tiveram na virada do ano aumento de 46% no número de mortes, 32% mais feridos e 11% mais acidentes que no ano anterior. Segundo a Associação Brasileira de Medicina do Tráfego, o álcool é apontado como principal causador em 35% dos casos de colisões fatais.
NÚMEROS
500 aparelhos existem hoje para fiscalizar 134 estradas federais
3,8 mil bafômetros serão comprados para a PRF
7 mil equipamentos serão repassados aos Estados
O Estado de São Paulo