Mesmo insatisfeitos com o encaminhamento da reunião realizada na última terça-feira, em Brasília, com representantes do governo Federal, os caminhoneiros catarinenses resolveram esperar o desenrolar da construção de paradas de descanso nas rodovias e revisão do Marco Regulatório do Transporte de Cargas para fazer novas manifestações.
– Aqui no Oeste de Santa Catarina não vamos paralisar nem fazer bloqueios ainda. Aguardaremos até os próximos dias – afirmou Vilmar Bonora, um dos líderes do movimento que bloqueou rodovias do estado entre 18 de fevereiro e 3 de março.
Nova reunião é agendada
No dia 26 de março está agendada uma nova reunião entre representantes dos caminhoneiros, dos transportadores e do Governo Federal. As lideranças catarinenses querem a revisão do preço do frete e a redução dos valores dos combustíveis. Mas em reuniões realizadas ontem à noite, em São Miguel do Oeste, e hoje pela manhã, em Maravilha, os caminhoneiros avaliaram que não era o momento de uma nova mobilização no Oeste Catarinense.
– A decisão foi para não prejudicar a população – disse Bonora.
Durante a paralisação foram descartados 15 milhões de litros de leite e houve uma prejuízo de R$ 20 milhões só no setor.
Frigoríficos também tiveram perdas elevadas com a paralisação das unidades. Algumas cidades ficaram sem combustível e faltaram alguns produtos nos supermercados.
Fonte: Darci Debona – Diário Catarinense
Agricultores e trabalhadores do campo bloqueiam trechos
Agricultores e trabalhadores do campo bloquearam ontem as BRs 116 e 470 no trecho conhecido como Trevo do Patussi, em São Cristóvão do Sul. A ação, que reuniu 500 pessoas, é articulada pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul (Fetraf-Sul) e pela Via Campesina. Além da cidade da Serra Catarinense, houve outras manifestações no Estado: em São Miguel do Oeste, Curitibanos e Chapecó, onde manifestantes caminharam até uma empresa de laticínio.
De acordo com os organizadores das ações, os principais temas da mobilização são a crise do setor leiteiro, causada pela queda do preço do leite pago ao produtor, e o agravamento da situação com a paralisação dos caminhoneiros, e habitação rural.
A Fetraf esclarece que os atos não estão relacionados às manifestações contra a presidente que ocorrem no país.
Fonte: Diário Catarinense
Leite
Foi grande a mobilização dos agricultores no Oeste, ontem, para cobrar melhor preço do leite. Mas o produto está em baixa no Brasil e no mundo. Enquanto aqui, o valor do litro caiu até 40%, no exterior recuou mais de 50%. Para o presidente da Cidasc, Enori Barbieri, os produtores de SC devem melhorar a sanidade para poder exportar. A estatal vai desenvolver um projeto de cinco anos com esse objetivo. O preço só não está mais baixo porque o dólar alto retrai importação.
Fonte: Estela Benetti – Diário Catarinense
Ponte de Laguna
Mais uma série de boatos envolve o término da ponte Anita Garibaldi, em Laguna. Ontem, circulava informação de que o consórcio retardaria a conclusão da obra por falta de pagamentos do DNIT.
A assessoria de imprensa do órgão informou à noite para a coluna que a obra está dentro do cronograma e a redução da estrutura das empresas ocorre porque os trabalhos entraram na fase final. A inauguração continua prevista para maio. É grande a ansiedade de milhares de catarinenses para que a ponte fique pronta logo.
Fonte: Estela Benetti – Diário Catarinense