Lagunda, 27.6.15 – A informação foi repassada pelo presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Construção das BRs 101 e 285, deputado federal Ronaldo Benedet (PMDB), e pelo prefeito de Laguna, Everaldo dos Santos (PMDB), que estiveram em uma última vistoria na estrutura, ontem.Em conversa com o engenheiro Maury Maicone Morales, da Construbase Engenharia Ltda. que compõe o Consórcio Ponte de Laguna, responsável pela obra, o deputado foi informado que no próximo dia 30 de junho será feita a última concretagem na ponte.– Depois da concretagem serão necessários três ou quatro dias para a cura (fase de secagem do concreto) e depois disso quatro ou cinco dias para as medições de carga e serviços técnicos de medição – explicou Benedet.De acordo com a vistoria feita pelo deputado cerca de 98% dos postes de iluminação estão instalados e a ponte, segundo sugestão da construtora responsável, estará liberada para a inauguração a partir do dia 7 de julho.
Fonte: Diário Catarinense
Liberação depende da agenda de Dilma
De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) a data de inauguração ainda não foi firmada pois depende da agenda da presidente Dilma Rousseff, que pretende vir para a solenidade. Na próxima terça-feira, o deputado Benedet estará em Brasília para ter mais informações da data em que a ponte será inaugurada.
Fonte: Diário Catarinense
O mapa do poder passa pelas eleições de 2016
Os números da eleição de 2012, por si, já justificariam a análise de que o eleitorado catarinense é extremamente conservador, pois o resultado oficial do Tribunal regional eleitoral confirmou que os cinco maiores partidos políticos do estado (PMDB, PP, PSDB e PT), juntos, elegeram, 276 dos 295 prefeitos.
O resultado da eleição ao governo, dois anos depois, deu a vitória a Raimundo Colombo (PSD), embalado por uma ampla aliança, engrossada por PR. PDT, DEM e PSC, que somaram mais 14 prefeituras à coligação. Ou seja, ocupação territorial faz a diferença, e uma eleição municipal vitamina projetos ou os leva ao fracasso, daí a necessidade de se preparar o que virá no ano que vem.
Vale lembrar que peemedebistas, pessedistas e tucanos, à época coligados na tríplice aliança que governava o estado em torno de Raimundo Colombo, já eram responsáveis pela administração de 186 municípios, mais de 63% do total.
Nem mesmo a saída do PSDB, se considerarmos que houve traições à campanha de Paulo Bauer ao Centro administrativo, e outras defecções trocinadas pelos pepistas, deixaram de assegurar a reeleição no primeiro turno.
No novo cenário, com muitas especulações à mesa, PMDB e PSD devem patrocinar um grande embate. Os peemedebistas, que já detiveram 105 prefeituras – houve perdas sobre decisões judiciais e cassações -, com a necessidade de manter a estrutura gigantesca, embora reconheçam que perderam terreno nos municípios com mais de 50 mil habitantes e precisam trabalhar em cima deste histórico.
O PSD disposto a virar o jogo e subir de 55 prefeitos para o simbólico número de 100 administrações, uma forma de manter o aliado no alcance.
Quem terá a obrigação de crescer e se fazer notar são PSDB, PP e PT. Caso não consigam manter a performance da última corrida municipal, correm o risco de ficar na desconfortável condição de coadjuvantes, sem poder de barganha na montagem de composições mais vantajosas ao governo.
Erra, portanto, quem não vê a relevância do pleito do ano que vem e prefere jogar as fichas em 2018.
Fonte: Notícias do Dia (Roberto Azevedo)
Atraso + custo = corrupção
Na série “A passos lentos”, que o RIC Notícias apresentou nessa semana, listando as obras de infraestrutura do governo federal que há décadas se arrastam sem previsão de conclusão, revelou também outro dado significativo. Além dos atrasos intermináveis, o custo das obras, principalmente quando envolvem empreiteiras, é visivelmente suspeito. Ou seja, extrapola a razão, transita pela casa de milhões e até bilhões de reais. Essa perda provocada pelos passos lentos é facilmente localizada pelos abutres do poder, que produzem todas as espécies de benefícios próprios. Quem perde somos nós, enquanto inquilinos do poder usufruem dos atrasos e do custo elevado das obras inacabadas do Brasil. É uma vergonha indigesta. Fica claro que a politicalha exacerbada contribui com uma onda de deboche. Fazem festa na assinatura da ordem de serviço. É bem possível que isso aconteça porque eles temem não estar mais no cargo quando da inauguração, que dura anos para acontecer. Antecipam a festa. O custo, além do atraso, deveria ser tratado como um eixo da corrupção. As reportagens mostraram uma triste e vergonhosa realidade. Como no caso do trecho de Xanxerê, que não ultrapassa os três quilômetros e que há sete anos está em execução. Imagine os 70 quilômetros da br-470. Quanto tempo será que levará caso mantenha esse tradicional ritmo? Décadas.
Fonte: Notícias do Dia (A vida segue – Paulo Alceu)
Parceria essencial
A presidente Dilma Rousseff chega aos Estados Unidos hoje com a missão de resgatar a confiança dos norte-americanos no Brasil e fortalecer uma parceria econômica essencial para a recuperação do país. É um desafio e tanto, considerando-se a conjuntura nacional e as incertezas que as indecisões do governo vinham transmitindo aos investidores. É uma oportunidade também para que se inicie uma nova etapa nas relações com os americanos, quase dois anos depois de a presidente ter cancelado uma viagem a Washington em represália às denúncias de que organismos daquele país espionavam atividades governamentais e empresariais do Brasil.
Essa é uma questão superada. Importa que o governo de Barack Obama já enviou fortes sinais de que o tratamento à delegação brasileira será diferenciado. A comitiva ficará hospedada na Blair House, onde são acolhidos os visitantes considerados especiais. Mesmo que as principais medidas do governo brasileiro, no sentido de corrigir a rota da economia, ainda dependam da aprovação do Congresso para implementação, sabe-se que não só os americanos, mas investidores de outros continentes, têm percebido mudanças na conduta do Planalto. Essa é a mensagem que a senhora Dilma Rousseff e seus ministros, em especial o titular da Fazenda, devem levar a Washington.
Trata-se, portanto, de muito mais do que uma missão da diplomacia. As autoridades brasileiras terão, em pelo menos quatro dias, a chance de conversar diretamente com empreendedores, em reuniões e seminários, e apresentar o mais recente programa de investimentos, de cerca de R$ 200 bilhões em infraestrutura. A expectativa é de retomada das relações em alto nível, para que os impasses dos últimos anos sejam finalmente esquecidos e os americanos contribuam para o início da recuperação da economia nacional.
Fonte: Diário Catarinense (Editorial)
Definido: Traçado do contorno não muda
Agora parece que é definitivo: o traçado do contorno viário da BR-101 em Florianópolis não vai ser alterado. Será executado pela Autopista Litoral Sul o projeto já aprovado nas últimas reuniões do Fórum Parlamentar Catarinense na ANTT com os prefeitos e o governador. Este traçado termina na BR-101, cortando a BR-282, e já tem todas as licenças aprovadas. Está, assim, descartada qualquer nova proposta de conclusão do contorno sul na 282, como desejavam lideranças de Palhoça.
Esta posição inarredável foi tomada na Casa dAgronômica durante reunião do governador Raimundo Colombo com o prefeito Camilo Martins, presentes o secretário da Região Metropolitana, Cássio Tanigushi, o secretário Murilo Flores, o deputado Esperidião Amin. Mudar a saída sul agora seria prorrogar ainda mais as obras do contorno viário. Opção que só interessa à concessionária e à ANTT.
A mesma decisão foi aprovada por consenso na reunião do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana (Comdes) realizada na Associação Catarinense de Engenheiros, com participação do Fórum Parlamentar Catarinense e do secretário Tanigushi.
O coordenador do Fórum, deputado Mauro Mariani (PMDB), vai comunicar agora ao presidente da ANTT, Jorge Bastos, essas duas decisões sobre o contorno viário para que a concessionária agilize a obra que é considerada fundamental na mobilidade urbana da Grande Florianópolis.
Espera-se que agora o processo caminhe porque a população, que sofre todos os dias com gigantescos congestionamentos, não suporta mais tanta embromação e sucessivos atrasos.
Orquestra
A Orquestra Filarmônica da Sociedade Cultura Artística (Scar), de Jaraguá do Sul, fará um concerto pop neste domingo no Teatro do CIC. Repertório com músicas dos Beatles, Queen, Michael Jackson, Coldplay, David Guetta, U2, Abba, Led Zeppelin, George Michael, Tom Jobim e Roberto Carlos, além de compositores do clássico e popular. Integra o projeto Caminhos da Música, patrocinado pela WEG e Duas Rodas.
Violência
O prefeito Udo Döhler (PMDB) quer aumento do efetivo policial Civil e Militar em Joinville. Mas defende medidas urgentes, como inteligência policial e mais equipamentos. O governo instalou agora 16 câmeras de segurança e promete 100 câmeras em três semanas. A prefeitura colocará 20 câmeras itinerantes. Udo quer também melhorias na relação entre todas as polícias para duro combate à criminalidade.
Suspensão
As atividades do Sine em todo o Brasil estão suspensas. Os empregados deixaram de trabalhar desde ontem na unidade de Santa Catarina. A Plansul, que tem contrato de prestação de serviços, não recebe desde fevereiro. A secretária Ângela Albino informou que o Ministério do Trabalho liberou nota técnica e que espera a liberação dos recursos em julho.
Expulso
O prefeito de Presidente Nereu, Antônio Comandoli, vai ser expulso do Partido dos Trabalhadores. A decisão foi anunciada pelo presidente do diretório estadual, Cláudio Vignatti, ao lembrar que o correligionário vinha em rota de colisão desde o início do mandato. Em nota, enfatiza que a expulsão decorre dos ilícitos praticados pelo prefeito.
Novo código
O ministro catarinense Marco Aurélio Buzzi, do Superior Tribunal de Justiça, foi nomeado presidente do grupo de trabalho que vai estudar o novo Código de Processo Civil na área de mediação e conciliação. O ato foi assinado pelo presidente do Conselho Nacional de Justiça, ministro Ricardo Levandowski. O grupo terá 30 dias para apresentar relatório.
Curtas
Veículos que circulam em Florianópolis trazem no para-brisa traseiro: “Eu não tenho culpa. Votei no Aécio”.
Jornalistas que trabalharam ou atuam em A Notícia participam neste sábado do 2º Encontro de Confraternização em Pirabeiraba. A organização é dos jornalistas Júlio Franco e Luiz Veríssimo.
“O governo é nosso inimigo” (Entrevista com Paulo R. de Castro, economista)
Após encontro com o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Gelson Merisio, o economista falou sobre o agravamento da crise.
Qual a saída para esta grave crise?
Paulo Rabelo – A saída para a crise é parar de fazer um ajuste no lombo do contribuinte. O erro da proposta de ajuste é o governo que faz a despesa em excesso não cortar a própria gordura. Não corta a própria gordura e quer cortar a carne da empresa, da família brasileira que, neste misto de recesso com inflação alta, ainda vai ter que enfrentar aumento da carga tributária. Esse é um mau ajuste, que freia mais a economia gerando mais desemprego e criando um círculo vicioso que precisa ser quebrado.
Como reduzir o desemprego que deve aumentar no 2º semestre?
Rabelo – Hoje não há mais nada o que fazer porque os demônios do desemprego já foram liberados. A indústria já está desempregando na faixa de mais 300 mil postos de trabalho, destruídos nos últimos 12 meses. Na construção civil, o número é ainda maior. A soma destes dois segmentos altamente empregadores já representa a destruição de mais de 600 mil empregos. Até o final do ano, o país vai perder mais de um milhão de postos de trabalho.
Quais os efeitos econômicos disso?
Rabelo – É um fato muito grave e indica que a crise vai espirrar para 2016. Apenas uma modificação completa da atitude do governo em relação a transformações indispensáveis é que poderia mudar este cenário. Ou seja, mudar este reajuste pífio para um novo pacto. Hoje o governo é inimigo dos que trabalham e dos que produzem.
Fonte: Diário Catarinense (Moacir Pereira)
Sacada social
O Instituto Guga Kuerten abriu inscrições para a 13a edição do Prêmio IGK – A Grande Jogada Social. A premiação é aberta a pessoas e instituições que desenvolvam ou divulguem iniciativas sociais que tenham como objetivo a educação de crianças e pessoas com deficiência em Santa Catarina. Os candidatos deverão enviar projetos, reportagens e fotos para o IGK até o dia 31 de julho. Os vencedores serão conhecidos no dia 16 de agosto, durante a cerimônia de premiação que também comemorará os 15 anos de atuação do IGK que atende anualmente 740 crianças e 13 mil pessoas com deficiência no Estado. Informações e inscrições no site igk.org.br.
Incentivos fiscais
O Programa de Fomento Econômico e de Incentivos Fiscais para Empresas do Município de Palhoça, vigente desde 2006, passará por uma reformulação. Com o atual texto da lei complementar que institui o Prodep, o município deixou de arrecadar mais de R$ 2 bilhões. A redação original gera insegurança jurídica, tanto para o administrador público quanto para o empresário. A ideia é que o processo seja transparente e menos burocrático, tornando o município ainda mais competitivo como destino de investimentos em Santa Catarina. O projeto de lei deve ser encaminhado para a Câmara de Vereadores pelo prefeito Camilo Martins, ainda esta semana.
Economia de água
Uma estação compacta de tratamento de água implantada pela Casan na comunidade de São Miguel, em Biguaçu, pode se tornar referência para profissionais de saneamento. Adaptada para reaproveitar a água que seria descartada ao final do processo de tratamento, a unidade gera uma economia de 65 mil litros de água por dia. É água suficiente para atender 350 pessoas por dia.
Enquanto isso
A adaptação também traz vantagem ambiental, pois não há descarte de efluente líquido no ambiente. O lodo gerado na última etapa de tratamento é recolhido e encaminhado a um aterro industrial. A experiência será apresentada no sexto Encontro Técnico da CASAN, que inicia nesta terça-feira (30).
Silêncio na pista
Em respeito à comunidade da praia de Cabeçudas, em Itajaí, que é caminho para a festa MOB Sunset que será realizada na praia Brava hoje, os organizadores do evento, MOB e Green Valley, vão dispor seguranças durante o trajeto, em seis pontos do bairro, para orientar o trânsito e pedir silêncio durante todo o período da festa, entre 17h e meia-noite.
Ciclovia no caminho
A famosa ciclovia da Osni Ortiga, que deve estar pronta em setembro, mostra problemas na estrutura. Já se veem falhas nas placas de concreto sobre as muretas, algumas jazem inteiras ou quebradas na beira da Lagoa. A prefeitura atribui o estrago a um acidente de carro e diz que exigirá todos os reparos da empreiteira antes de receber a obra.
Incentivos fiscais
O Programa de Fomento Econômico e de Incentivos Fiscais para Empresas do Município de Palhoça, vigente desde 2006, passará por uma reformulação. Com o atual texto da lei complementar que institui o Prodep, o município deixou de arrecadar mais de R$ 2 bilhões. A redação original gera insegurança jurídica, tanto para o administrador público quanto para o empresário. A ideia é que o processo seja transparente e menos burocrático, tornando o município ainda mais competitivo como destino de investimentos em Santa Catarina. O projeto de lei deve ser encaminhado para a Câmara de Vereadores pelo prefeito Camilo Martins, ainda esta semana.
Fonte: Diário Catarinense (Visor – Rafael Martini)
Habilidades do profissional de negócios no mundo competitivo, por Octávio René Lebarbenchon Neto*
Embora estejamos vivendo momentos de muita tensão nos negócios, ainda há uma grande maioria de empresários, executivos e profissionais liberais pensando fora do quadrado. Tenho ouvido empresários falarem de investimentos que seguem realizando e de diversas inovações que estão implantando. Estão enfrentando de frente o mercado e seus desafios. Esses dias, fui perguntado por um grupo de jovens empresários que habilidades o profissional moderno está usando para levar adiante os negócios e como se pode obter resultados positivos.
Não gosto de fórmulas milagrosas, então, preferi dizer o que a experiência de mais de 30 anos me ensinou e tem confirmado na prática: é preciso ter algumas habilidades diferenciais. A primeira é a capacidade de se relacionar. Hoje, se você possui uma boa rede de contatos, que começa a ser construída muito cedo, certamente você poderá ter muita agilidade e celeridade nos negócios. Saber construir relacionamentos com consistência é um grande patrimônio.
Outro ponto fundamental é a credibilidade. Em um mundo que todos os dias nos coloca em um turbilhão de corrupção, a credibilidade é tudo que precisamos construir. Imaginem o quanto pode ser útil um profissional altamente relacional e com credibilidade para uma nação. Não podemos mais permitir que o sucesso venha sem credibilidade, sem um comportamento ético exemplar. Por fim, a habilidade de focar em resultados. Foco em resultados é a habilidade de fechar negócio. É a capacidade que temos em fazer nossas ideias serem aceitas e desejadas pelos nossos clientes.
Portanto, diria que ter habilidade de se relacionar, com altíssima credibilidade adquirida pelos seus atos e comportamento, aliados à capacidade de fechar negócios, são os atributos que o profissional do futuro e do presente devem ter. É isso que dá sustentação e permite vencer desafios.
*Presidente da ADVB/SC
Fonte: Diário Catarinense (Artigo)
O alpinismo político, por Eduardo Pinho Moreira*
O desgaste sofrido pela classe política é equivocadamente transferido aos partidos, sob o jugo feroz de cidadãos de bem que não suportam mais conviver com escândalos de corrupção. Todavia, faz-se necessário evidenciar que não existiria um regime democrático sem agremiações partidárias.
A dificuldade em separar o joio do trigo leva a opinião pública a associar atitudes individuais ou de pequenos grupos aos blocos partidários, colocando agentes políticos e agremiações em um mesmo patamar de questionamentos. Busquemos clareza nas palavras do jurista Darcy Azambuja, quando disse que “os defeitos dos partidos são, em verdade, defeitos dos homens. O que cumpre é seguir corrigindo-os, para que em marcos saudáveis se possa mantê-los”.
É fato que a história político-partidária do Brasil não apresenta a estabilidade secular dos Estados Unidos, onde democratas e republicanos vivem uma infindável alternância de poder. A instabilidade política que marca nossa trajetória talvez explique a ausência de raízes profundas, embora se possa observar que, efêmeros ou não, os partidos se constituem majoritariamente com base em interesses e ideais coletivos.
Lamentavelmente, o desrespeito a essa condição começa dentro das próprias instituições e é detectado, por exemplo, na atitude de detentores de mandatos que trocam de legenda por motivos questionáveis. Não entremos aqui no mérito jurídico, que trata da fidelidade partidária amparado nas leis eleitorais. Atentemos para o prejuízo causado às agremiações, tratadas como trampolins pelos alpinistas políticos.
A prática é comum em todas as esferas de poder e os números surpreendem. Optar pela troca de partido movido por ambições pessoais ou interesses externos representa um ato ofensivo à instituição que o abrigou, sua militância e seus eleitores. O exercício da verdadeira democracia começa no âmbito partidário, onde a força surge da união e as grandes ações nascem nas divergências. Práticas que promovem o enfraquecimento das instituições partidárias representam um golpe fatal à democracia e devem ser veementemente repudiadas. E que a grandeza dos partidos influencie o engrandecimento dos homens.
*Vice-governador de Santa Catarina
Fonte: Diário Catarinense (Artigo)
Pregão
O Ministério da Fazenda deve atualizar nos próximos dias as projeções de crescimento e inflação que permitirão a área de infraestrutura do governo realizar as simulações econômicas do contrato da concessão da BRs-476/153/282/480 entre Lapa (PR) e Chapecó. As audiências públicas em Curitiba e Chapecó, que antecedem o leilão, estão previstas para julho.
Creches
O secretário da Educação, Eduardo Deschamps, já tem a lista de municípios contemplados com recursos federais para creches. Sua missão é explicar as novas normas do MEC. A partir de agora, a verba será repassada ao prefeito para que ele contrate a empresa responsável pela obra. Antes, a União indicava a empreiteira.
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A bancada catarinense se reúne na próxima semana para uma análise dos cargos de segundo e terceiro escalão que ainda estão vagos. O deputado Edinho Bez (PMDB-SC) conta que foram colocados à disposição postos que os parlamentares nem sabiam que existiam. Bez defende que o governo cobre metas dos futuros funcionários.
Com fé
O deputado Jorginho Mello (PR-SC) leva fé que em um mês a nova superintendência da ANTT estará funcionando no Estado. Ele acredita que o escritório possa agilizar processos.
Fonte: Diário Catarinense (SC no Planalto – Guilherme Mazui)
2018 e o futuro de Colombo
Não há precedentes na história política catarinense. A sucessão estadual não está nas ruas, mas se espalha como rastilho de pólvora nos bastidores dos principais partidos. Todos dizem trabalhar pelas eleições municipais, mas já se executam estratégias de alianças visando 2018.
É cedo para visualizar cenários. Mas no quadro atual é possível identificar fatos que serão decisivos. O primeiro é sem dúvida a eleição municipal. Os partidos que conquistarem as maiores prefeituras já se destacam com mais possibilidades de sucesso na disputa majoritária estadual. Foi assim nos últimos pleitos.
O segundo fator depende de Raimundo Colombo. O governador tem dito e reiterado que não tem compromisso de apoiar o candidato do PMDB ao governo. Isto significa que se considera livre para voar. Voar aqui significa terminar o mandato ou renunciar em abril de 2018 para que Eduardo Moreira (PMDB) assuma o governo.
Tendência que vai se consolidando: o PMDB terá candidato ao governo. O PSD já tem dois. Colombo vai mesmo passar o governo a Moreira para beneficiar o PMDB em detrimento do PSD?
No lançamento do programa SC+Energia, Eduardo Moreira destacou que em 2018 o PMDB estará no governo. Quem falou com o governador constatou: no silêncio, destronado antes, Colombo reprovou.
Luz vermelha
Equipe da Secretaria da Fazenda acendeu o sinal de alerta. A arrecadação estadual no mês de junho até aqui é a pior de todo o ano. Chegou apenas a 2%, para uma inflação superior a 9%. Como a despesa tem aumento vegetativo, o governo começa a avaliar medidas para cortes na máquina.
Zero homicídios
Apesar do aumento da criminalidade em várias cidades de Santa Catarina, estatísticas da Secretaria de Segurança Pública indicam que o número de homicídios vem se mantendo estável, com média mensal de 63 casos e na faixa dos 750 assassinatos por ano. Secretário Cesar Grubba revela também que em 194 municípios o índice é zero de homicídios.
Contestado
Secretário Regional de Caçador, Imar Rocha (PMDB) nega que tenha “desancado” o governo na audiência do Orçamento Regionalizado. Mas confirma que a região, desprezada em gestões anteriores, precisa de mais obras e serviços do governo estadual nas estradas, escolas e área da saúde. “Historicamente, a região do Contestado foi
abandonada”, diz.
Design em SC
Exposição Design para Todos, que ocorre no Museu de Arte de Santa Catarina, recebeu a visita do governador Raimundo Colombo. Estava acompanhado do secretário Paulo Costa, da curadora Roselie Lemos e do professor Sérgio Gargioni. Outra exposição com produtos catarinenses está na sede da Fiesc.
Projeção
O presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Santa Catarina, professor Marcelo Batista de Sousa, assume nesta segunda-feira, em Brasília, o cargo de diretor da Câmara de Educação da Federação Nacional das Escolas Particulares. Pedagogo e administrador, Sousa já ocupou a mesma função na Confenen.
Justiça Federal
O juiz Jairo Gilberto Schäfer vai assumir no dia 2 de julho, às 11h, a direção do Foro da Justiça Federal em Florianópolis. Gaúcho de Três Passos, atua na Justiça Federal desde 1996, tem mestrado e está concluindo doutorado em Direito. Começa inovando. Realizará visitas institucionais e nesta segunda-feira estará na sede da Associação Catarinense de Imprensa.
Terceira força
Um novo grupo de advogados começa a se organizar para também participar das eleições da nova diretoria da OAB de Santa Catarina. Já tem candidato a presidente. É Hélio Rubens Brasil, presidente da Associação dos Advogados Criminalista (Acrimesc). Paulo Brincas é consenso da situação, e o ex-presidente Adriano Zanotto também anunciou candidatura. Transportadora é condenada em R$ 1 milhão de reais e proibida de transportar amianto no Estado de São Paulo
Fonte: Diário Catarinense (Moacir Pereira – DC domingo, 28/06/2015)
O leque da intolerância
O Brasil promoveu, por deliberações institucionais pautadas pela sociedade, avanços importantes no sentido de ampliar direitos e respeito à diversidade, sob todos os pontos de vista. São ações afirmativas das liberdades, muitas das quais asseguradas por atos do Judiciário, dos governos e dos parlamentos. Tudo o que o país não pode, depois de vencer a resistência de costumes arraigados e aperfeiçoar leis e normas de convivência, é retroceder a conceitos há muito superados. Movimentos de resistência a mudanças vêm ganhando espaço, não só nas redes sociais, mas também no Congresso, e se caracterizam, em muitos casos, como fenômeno exacerbado de radicalismos.
A intolerância é, em circunstâncias variadas, a marca de muitas dessas manifestações. Tem sido assim na discriminação de pessoas por seus credos religiosos, na agressão a gays em lugares públicos, na negação do direito à homoafetividade e até na depreciação de imigrantes. Em todos os casos, o que se condena não é a crítica ou a livre manifestação de contrariedade com o comportamento alheio. Ninguém é obrigado a exaltar o que considera inaceitável, por convicções pessoais, e tampouco deve ser punido, por antecipação, por ideias e opiniões. Isso não significa a aceitação de ataques agressivos a direitos individuais.
É exemplar, como paradoxo, nesse ambiente de relações tensionadas, o caso de pessoas que investem contra credos alheios e, ao mesmo tempo, exigem respeito às próprias convicções. O país deve se submeter ao direito de ter e ao direito de não ter fé. Também é incoerente a ação de grupos que, em nome de certezas políticas, ignoram prerrogativas de adversários transformados em inimigos, num progressivo exercício de absolutismo. A maioria dos brasileiros não aceita tal comportamento, assim como rejeita manobras coordenadas pelos que pretendem, com um alegado Estatuto da Família, subtrair direitos conquistados a muito custo por minorias.
Pretextos ditos moralizantes não podem sustentar atitudes demagógicas, retrógradas e discriminatórias. Nada sustenta a intolerância com religiões, opções políticas, orientação sexual, condição social e outros direitos fundamentais. O Brasil precisa reafirmar que o Estado é laico, para que as crenças religiosas sejam livremente exercidas, desde que não interfiram nas grandes questões institucionais. Liberdades pessoais e de grupos somente serão asseguradas se submetidas à contrapartida das liberdades e das discordâncias alheias.
Fonte: Diário Catarinense (Editorial)
Pamplona no clube das bilionárias
Esta é uma fase especial da Pamplona Alimentos, de Rio do Sul, agroindústria de carnes presidida por Irani Pamplona. A companhia inaugurou neste sábado fábrica de industrializados que recebeu investimento de R$ 70 milhões e, em breve, entrará no clube das empresas que faturam mais de R$ 1 bilhão por ano. Planeja fechar 2015 com receita bruta de R$ 1,1 bi.
Este é o ano em que a Pamplona Alimentos entra no seleto grupo das companhias bilionárias. Em que período vai alcançar essa marca?
No último trimestre deste ano.
Como foi a trajetória da empresa nos últimos anos?
Desde 2009, com a implementação do business plan da companhia, alinhado com o planejamento estratégico, a Pamplona Alimentos S.A. vem ampliando a comercialização dos produtos industrializados nos diversos canais, destacando-se a ampliação no varejo, melhorando significativamente a lucratividade, possibilitando a modernização do parque fabril.
O que representa a nova fábrica de industrializados inaugurada neste sábado em Rio do Sul?
É a concretização de um sonho que foi desenhado no planejamento estratégico da empresa e que só se tornou possível graças ao empenho dos acionistas, executivos e de todos stackholders (públicos estratégicos).
Em quais mercados a Pamplona comercializa industrializados e como se posiciona em termos de preços?
Estamos, nos últimos anos, ampliando as nossas vendas para todo o território nacional, direcionando a produção desta nova fábrica para o mercado interno, grande parte ao varejo. Acreditamos que com os atributos e qualidade alcançados pelos nossos produtos com a tecnologia de ponta adquirida vamos agregar ainda mais valor, aproximando nossos preços aos dos grandes players do mercado.
Quanto da produção da companhia é exportada e em quais mercados projeta crescer mais no exterior?
Exportamos 45% da nossa produção para mais de 20 países. Se destacam os crescimentos ainda em 2015 para o Japão, África do Sul e China, e no próximo ano, para a Coreia do Sul.
A Pamplona atua no segmento de proteína animal com carnes suína e bovina. Planeja atuar na avicultura?
Manteremos a nossa estratégia de focarmos somente em suínos, industrializando 40% do total faturado pela empresa, e pequena parte em bovinos.
A Pamplona aperfeiçoou a gestão, criou o conselho de administração. Quais são os principais resultados dessas mudanças?
O processo de governança começou em 2009 pela então presidente, dona Ana Pamplona, apoiada pelos demais acionistas. Naquele ano, com o apoio da Fundação Dom Cabral, a empresa reformulou a diretoria e instituiu o conselho de administração do qual o nosso irmão mais velho, Valdecir Pamplona, é presidente. Desde o início, foi integrado por conselheiros independentes. Atualmente são quatro. Esta mudança contribuiu sobremaneira para a recuperação econômico-financeira da Pamplona Alimentos, que desde então, suportada nos seus investimentos alinhados com planejamento estratégico, vem crescendo de forma sustentável, ampliando o mix de produtos e market share no mercado interno.
A senhora acaba de assumir a presidência do Sindicato das Indústrias de Carnes (Sindicarnes/SC). Quais são as prioridades da entidade?
A maior, sem sombra de dúvidas, é lutar pela manutenção da segurança sanitária do nosso Estado. Com o apoio das agroindústrias e dos órgãos públicos, manteremos o status diferenciado em relação aos demais Estados do Brasil, nos credenciando a ter acesso aos importantes mercados como o Japão, Estados Unidos, China, África do Sul e, futuramente, também a Coreia do Sul.
Qual é a sua avaliação sobre o cenário do setor para este ano e 2016?
Estamos otimistas com a nossa performance para 2015 e 2016. Entendemos que esta crise que assola os demais setores se dissipará nos próximos semestres.
A senhora preside a Pamplona Alimentos desde 2009. Como foi sua trajetória na empresa?
Minha vida profissional foi toda dedicada à Pamplona, desde muito cedo, aos 14 anos. Trabalho há 48 anos na empresa, sendo nove como diretora financeira, 25 no administrativo e, em 2009 assumiu a presidência. Nossos pais, os fundadores Ana e Lauro Pamplona tiveram cinco filhos: Edina, Valdecir, Irani, Jacir e Daurete. Hoje, Valdecir preside o conselho, Edina é conselheira e gerente da fábrica de Rações, Maria Daurete é gerente Comercial da filial de Itajaí e secretária do conselho.
Fonte: Diário Catarinense (Estela Benetti – DC Domingo, 28/06/2015)
Transportadora indenizará motorista autuado pela PF com mercadoria contrabandeada
Um motorista de caminhão da TNT Mercúrio Cargas e Encomendas Expressas será indenizado pela empresa por ter sido detido pela Polícia Federal ao transportar mercadorias importadas ilegalmente. A Oitava Turma do Tribunal Superior do Trabalho fixou em 5 mil reais o valor da indenização.
A carga foi apreendida em Coxim (RS), quando o motorista retornava da Bolívia rumo a São Paulo (SP). Ele foi conduzido por um agente policial até Campo Grande (MS) e teve que passar a noite dentro do caminhão. Após prestar depoimento, foi liberado.
Ao relatar o caso à Justiça do Trabalho, ele pediu indenização por danos morais por ter a liberdade cerceada provisoriamente e por suportar a humilhação e constrangimento de estar sob suspeita de prática ilícita.
Em defesa, a empresa disse que o episódio não gerou problemas, responsabilidades, nem inquérito criminal contra o motorista, que ficou detido somente para cumprir procedimentos da Polícia Federal.
A transportadora foi condenada na primeira e segunda instâncias a pagar 20 mil reais de indenização, no TST, ela alegou que o valor extrapolou os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. O pedido foi acolhido pela relatora do recurso na Oitava Turma, ministra Maria Cristina Peduzzi.
“Eu acho que cinco mil reais está razoável. Uma vez que em momento algum aqui se cogita transferir a ele qualquer responsabilidade pela fraude tributária”, pontuou a ministra.
A decisão foi unânime.
Reportagem, Lívia Albernaz
Fonte: Portal Tribunal Superior do Trabalho
Transportadora é condenada em R$ 1 milhão de reais e proibida de transportar amianto no Estado de São Paulo
A Oitava Turma do Tribunal Superior do Trabalho não acolheu o recurso da Rápido 900 de Transportes Rodoviários e manteve a decisão que condenou a empresa ao pagamento de 1 milhão de reais de indenização por danos morais coletivos pelo transporte inadequado de amianto.
A Rápido 900 também foi proibida de transportar, no Estado de São Paulo, o amianto “in natura” ou produtos que o contenham, sob pena de multa de 100 mil reais. Tanto a indenização quanto a multa serão destinados ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
A ação foi ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho. De acordo com a denúncia do MPT, em junho de 2009 a transportadora foi flagrada pela fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego carregando 24 toneladas de amianto branco em um caminhão, em embalagens rasgadas, com farpas de madeiras atravessando os sacos.
Em setembro daquele ano, houve outra apreensão de carga, num acidente na Rodovia Anhanguera, quando foi necessária a intervenção de outros trabalhadores para retirar o material contaminado da pista.
O juízo da 21ª Vara do Trabalho de São Paulo determinou que a transportadora se abstivesse de transportar amianto no estado e fixou a indenização por dano moral.
O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª região, na capital paulista, manteve a condenação, destacando que a sentença se baseou nos episódios narrados pelo Ministério Público quanto ao transporte inadequado, colocando em risco a integridade física dos trabalhadores.
Ao tentar trazer a discussão ao TST, a empresa alegou que não poderia haver restrição de transporte de amianto com base “em episódios isolados sem que houvesse mais investigação da forma como o transporte de substância era realizado”.
No entanto, a ministra relatora do caso, Dora Maria da Costa, ressaltou que, para o TRT, ficou evidente o dano moral, pela exposição dos trabalhadores à nocividade do amianto.
“Eu estou entendendo aqui essa decisão não ofende o artigo 186 do Código Civil e quanto ao dano moral coletivo, o valor também, o recurso, a meu ver, está inadequadamente fundamentado porque veio do 114 da Constituição e 186 do Código Civil”, disse a ministra Dora Maria da Costa.
A decisão foi unânime.
Reportagem, Ana Amélia Azevedo
Fonte: Portal Tribunal Superior do Trabalho