Clipping Imprensa – Autopista esclarece informação sobre trecho final do contorno viário

Clipping Imprensa – Autopista esclarece informação sobre trecho final do contorno viário

Palhoça, 7.7.15 – A Autopista Litoral Sul esclarece, sobre nota publicada aqui na semana passada: a empresa aguarda autorização da ANTT (agência Nacional de Transportes Terrestres) quanto ao trecho final do contorno viário, não quanto ao trecho sul total. O trecho final é o que está em questão em Palhoça, com cerca de três quilômetros, e cuja decisão, pela ANTT, deve ser anunciada em definitivo nesta quinta-feira.

Fonte: Notícias do Dia (Ponto Final – Carlos Damião)

Baixa produção leva à 20ª queda de empregos

O número de postos de trabalho na indústria automotiva caiu pelo 20º mês seguido. No acumulado do primeiro semestre, a queda no emprego é de 9,6%.
O cálculo é baseado nas informações divulgadas pela Anfavea (Associação Nacional das Montadoras) e considera os trabalhadores empregados pelas empresas que fazem parte da entidade. Hoje, há 136,9 mil funcionários nas montadoras instaladas no Brasil. Em outubro de 2013, eram 159,6 mil.
A queda no emprego acompanha a produção de veículos no Brasil, que caiu 14,8% em junho sobre o mesmo período de 2014 e 12,5% sobre maio, para 184 mil unidades. Com o resultado, o Brasil acumulou queda de 18,5% na produção de veículos no primeiro se mestre na comparação anual, para 1,277 milhão de unidades.
“Temos 36,9 mil empregados fora do trabalho, seja em férias coletivas, lay-off [medida emergencial de proteção de emprego] ou licença remunerada. Isso representa 27% da força de trabalho das montadoras”, afirma o presidente da Anfavea, Luiz Moan.
Dependente do mercado interno, a indústria automotiva sente a queda de 20,7% nas vendas entre janeiro e junho (inclui carros de passeio, comerciais leves, caminhões e ônibus).
A Anfavea investe em ações de estímulo às vendas para tentar reverter os resultados negativos. Hoje, há cerca de 389 mil veículos em estoque, o que equivale a 47 dias de vendas. O setor de veículos pesados vive momento mais crítico, com queda de 42,3% no licenciamento de ônibus e caminhões no primeiro semestre de 2015 em relação a igual período em 2014.

Fonte: Notícias do Dia

Crise, a hora certa

A discussão sobre a revisão do cálculo dos repasses de recursos aos poderes mostra que não existe nada mais pedagógico do que acabar o dinheiro. Em 2011, o governador Raimundo Colombo (PSD) tentou colocar o tema em debate e logo tirou o time de campo diante das pressões, especialmente do Judiciário. No mesmo ano, a constatação de que os recursos do Fundeb estavam inflando o valor que deveria ser repassado aos poderes gerou indignação justa, principalmente entre os professores. Perdeu-se ali uma chance de reduzir esse volume de recursos. Retirou-se o Fundeb da conta, mas se calibraram os percentuais para que tudo permanecesse como estava.
Desta vez, em meio a uma crise que já começa a mostrar seus reflexos, a iniciativa capitaneada pela Assembleia Legislativa tem tudo para dar resultado. Entre os fatores, a constatação de que mudar só depende dos deputados, na votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias na próxima quarta-feira. Outro ponto: com a arrecadação em queda, não haverá efeito imediato sobre ninguém. A aposta é no longo prazo. Se nova regra proposta por emenda do presidente Gelson Merisio (PSD) tivesse sido aprovada há quatro anos, R$ 1,5 bilhão teria ficado com o Executivo. Para os próximos quatro anos, já contando com uma retomada da economia, estima-se pelo menos R$ 1 bilhão.
Até quarta, é possível chegar a um texto que mantenha o espírito da proposta e que seja mais palatável aos poderes. Vencidas as resistências iniciais, as conversas estão nesse ponto. Ontem, técnicos do Legislativo e do MP-SC tiveram um encontro para essa discussão. Amanhã será a vez do TJ-SC.
Uma ausência é a Udesc, também beneficiada pelo sistema de percentual. Merisio entende que ela não faz parte dessa conversa por ser um órgão ligado ao Executivo – que tem a prerrogativa de ampliar ou não a injeção de recursos no órgão.

Fonte: Diário Catarinense (Moacir Pereira – Upiara Boschi/Interino)

Tudo pela redução das despesas

Sem a vigilância do ex-governador Luiz Henrique, falecido em maio, ficou mais fácil para o Executivo mexer nas questionadas Secretarias de Desenvolvimento Regional, criadas em 2003 com o objetivo de descentralizar a administração estadual. Ocorre que a elevação do custeio dessas estruturas e a falta de função de boa parte delas, porque a maioria das decisões é tomada em Florianópolis, justificava, com sobras de argumentos, a mudança que agora vem, ainda tímida, com a oficialização do projeto de corte de cargos enviado ao Legislativo.
Para a oposição, eliminar 106 cargos comissionados e 136 funções gratificadas não resolve o problema maior, que é o excesso de gastos com as SDRs. De sua parte, o governo alega que deixar de despender R$ 5,5 milhões por ano justifica a importância dada ao enxugamento que a Assembleia Legislativa vai apreciar nas próximas semanas. O impacto principal será a extinção da Secretaria da Grande Florianópolis, cuja criação nunca foi bem recebida porque estava colada à estrutura do governo, na Capital.
De qualquer maneira, é melhor que os cortes venham, ainda que em número menor que o esperado. À extinção de cargos sem preenchimento deveria se agregar uma redução na quantidade de secretarias, como sugeriu o Tribunal de Contas do Estado. Auditoria feita em 2014 propôs a manutenção de no máximo 21 das 36 SDRs, num modelo conservador. Se a opção for por uma economia significativa de recursos, a sugestão era pela manutenção de apenas nove secretarias.

Fonte: Notícias do Dia (Editorial)

Concessão da Celesc vence hoje. Aneel renova em setembro

Hoje, 7 de julho de 2015, marca o fim do contrato de concessão de 30 anos da Celesc. A data foi muito aguardada pela companhia e seus empregados, mas a transição encaminhada pelo governo federal fez com que este aniversário se tornasse uma data tranquila. É que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu parâmetros a serem seguidos e deve renovar somente em setembro. O prazo continua tacitamente até que saia a audiência pública e a gente tenha os contratos para assinar afirmou ontem o presidente da Celesc, Cleverson Siewert. Segundo ele, a Aneel foi mais exigente do que as distribuidoras imaginavam, principalmente nos indicadores técnicos e econômicos, mas os da Celesc estão 20% acima da média nacional.

Reajuste da energia de 10% a 15%

Outra data importante para a celesc é o dia 7 de agosto, quando ocorre o reajuste tarifário anual da companhia. Conforme o presidente da estatal, Cleverson Siewert, a decisão é da aneel e não é possível antecipar números. mas a expectativa é de que fique na média das distribuidoras que tiveram reajuste há pouco, em torno de 10% a 15%.

Conta de luz mais barata

O programa Energia do Bem anunciado ontem pela Celesc vai reduzir de 10% a quase 50% o custo da conta de luz de 32 mil famílias de menor renda. A estatal vai trocar lâmpadas, refrigeradores e instalar aquecedores de água em residências que consomem até 130 kw/mês.

Aposta na geração

Ampliar a geração de energia é uma das prioridades da Celesc, afirmou ontem o governador Raimundo Colombo no evento de lançamento Energia do Bem. Além da PCH Celso Ramos, que receberá investimento de R$ 45 milhões, outras estão sendo lançadas.

Fonte: Diário Catarinense (Estela Benetti)

Os caminhos do baixo carbono, por Fernando L. Zancan*

A manchete “Os países do G7 defendem o fim dos combustíveis fósseis” foi noticiada na mídia internacional nas últimas semanas. Na realidade, o que o comunicado do G7 tem é o desejo de reduzir as emissões de carbono na matriz energética, algo defendido pelo recente relatório da Agência Internacional de Energia (IEA), “Energia e Mudanças Climáticas”.
É muito diferente não usar mais os combustíveis fósseis do que reduzir as suas emissões.
Para haver o desenvolvimento, com a desejada redução da miséria (maior impacto ambiental do mundo) e conciliar com a redução dos gases de efeito estufa, é necessário continuar usando os combustíveis fósseis, porém, de forma mais eficiente e com a utilização da captura de CO2.
No Canadá, o projeto de Boundary Dam, uma planta antiga de carvão de 120 MW, que incorporou a tecnologia de pós-combustão de captura de CO2, está operando desde outubro de 2014 com resultados excelentes, capturando 90% do gás carbônico gerado. Como o projeto foi caro, iniciou-se a curva de aprendizado que, ao ganhar escala, fará com que o custo seja reduzido, competindo com outras formas de energia.
Segundo a Alstom, fabricante de equipamentos geradores, as usinas térmicas com Captura e Armazenamento de Carbono (CCS), serão competitivas com as renováveis nos próximos cinco anos, desde que seja adotada uma posição política firme para que os projetos de demonstração sejam implantados.
Para que isso ocorra, o discurso do G7 deve sair da retórica e mudar de curso, pois, de 2004 até 2013, o investimento em todas as formas “limpas” de energia foi de US$ 1.929 bilhões, enquanto em CCS foi de US$ 20 bilhões.
O que precisamos é parar com o discurso dicotômico de que só as fontes renováveis resolverão o problema. Uma matriz energética equilibrada necessita de todas as formas de energia. O que se busca para atender às demandas das mudanças do clima é uma energia de baixo carbono, que pode ser feita com os combustíveis fósseis, desde que sejam usadas as tecnologias que dispomos. A sociedade e os políticos devem adotar posturas coerentes com a resolução do problema. Discursos e acordos políticos não levam a caminho algum, a não ser distorções que aumentam a pobreza energética.

*Presidente da Associação Brasileira de Carvão Mineral (ABCM)
Fonte: Diário Catarinense (Artigo)

Vó, sabes o que é pixuleco?
De volta a este cantinho ao cabo de três semanas, quase preciso entrar para o Berlitz para aprender a nova língua vigente no país do Pixuleco.
É a nova moeda da República, como revelou a Operação Lava-Jato, vó, a gigantesca investigação nascida para descobrir o tamanho do alcance na Petrobras, maior roubalheira da história da estatal desde que Getúlio Vargas proclamou que o petróleo era nosso.
É nosso, mas tem que pagar pixuleco.
No glossário da corrupção que assola o país, vó, pixuleco é a divisa de trocas entre agentes públicos, partidos políticos e empreiteiras, coisa grande, que o tesoureiro João Vaccari Neto, do PT, chama carinhosamente pelo diminutivo pejorativo – propriedade de todo sufixo terminado em “eco”.
No teu tempo, vó, o jargão da espécie era menos debochado, falava em “molhar a mão” do guarda, do garçom, do burocrata. Coisa antiga. Em Memorial de Aires (1908), Machado de Assis refere-se à necessidade do narrador arranjar uma “molhadura” para um cocheiro. Ainda na literatura, vó, o formidável contista João Antônio usa o termo pixulé no conto “Paulinho perna torta” para referir-se ao trocado ganho por um engraxate:
“Tudo pixulé, caraminguás, notas de dois e de cinco cruzeiros”…
Quer dizer, bem o contrário do dinheiro da Lava-Jato, pois pixulecos valem milhões.
No tempo em que a roubalheira não ocupava os 40 minutos do mais famoso telejornal do Brasil, vó, propina era “jabaculê”, imortalizada no verso de Jackson do Pandeiro na música “Tem jabaculê”. E o compositor Moreira da Silva apelidava esse “jabá” de “cafezinho”, antes de assinar a clássica peça que serve de prefixo para nossa triste época:
“Se gritar pega ladrão, não fica um meu irmão”…
Saudades do tempo, vó, em que minha única corrupçãozinha era te extorquir um pixulé pra comprar um picolé.
Pelo menos pra alguma coisa risível está servindo este novo glossário da corrupção. “Pixuleco” dá samba. E certamente não demora em aparecer em alguma música ou cena de novela. Já apareceu substantivo pra tudo: petrolão, pixuleco, tulipa, brahma…, uma rica variação de neologismos expressando corrupção, podridão, putrefação, decomposição de costumes.
Os “salafras” de antigamente, vó, eram bem menos salafras do que os “pixulões” de hoje.

Fonte: Diário Catarinense (Sérgio da Costa Ramos)

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