Balneário Camboriú, 1º.12.14 – A BR-101 será totalmente fechada em Balneário Camboriú na noite de segunda-feira para obras da Autopista Litoral Sul, empresa que administra a rodovia federal. O bloqueio em todas as pistas em ambos os sentidos começa às 23h30 e será feito entre o Km 135,2 e o Km 136,2, próximo às cabeceiras da ponte sobre o Rio Camboriú.
O motivo da interdição do trânsito é a construção da marginal no sentido Sul da BR, conforme informe de obras divulgado pela concessionária. Não há previsão de horário para liberação das pistas. O Sol Diário.
A ponte
Quer dizer que só agora a TDB Produtos e Serviços desiste das obras do vão central da Ponte Hercílio Luz, e admite que não tem competência para execução do projeto? Piada de muito mal gosto. Há muito mistério nesses contratos da ponte com o Deinfra. Faltou seriedade durante décadas. E no Espírito Santo informa-se que a TDB anda mal das pernas. Moacir Pereira – Diário Catarinense
Parem. Vamos planejar!
Perguntar não ofende: a construção de mais uma ponte vai resolver os problemas de engarrafamento no trânsito, que a modernidade chama de imobilidade? Por que não investir os mais de R$ 500 milhões em um sistema eficiente de transporte? Esse dinheiro não daria para custear pelo menos um terço de um metrô de superfície? Os chineses estão oferecendo tecnologia a preços baixíssimos. É preciso dar um basta à improvisação. A Ilha exige planejamento. Cacau Menezes – DC 30.11.14
Histórico
Paulo Meller, do Deinfra, diz que a Roca, empresa paranaense convidada a tocar emergencialmente a obra de recuperação da ponte Hercílio Luz em Floripa, depois que a TDB também desistiu, não tem nada que a desabone.
Curioso é que essa mesma empresa já trabalhou por quase 30 anos na restauração da mesma ponte. A demora foi tanta que a até a Polícia Federal abriu um inquérito. Isso pode, Arnaldo? Cacau Menezes – DC 30.11.14.
Mínimo regional
Nesta fase de negociações dos novos valores do mínimo regional, cujas reuniões serão mais intensas em dezembro, o baixo índice de crescimento da economia, a baixa produtividade e a inflação alta vão pesar. Os sindicatos de trabalhadores estão solicitando para as quatro faixas do salário mínimo catarinense, reposição de 6,5% do índice de inflação INPC, mais 6% ou 7% de aumento real, o que coloca o pleito total em torno de 15%. A Federação das Indústrias (Fiesc) vai defender que os valores sejam atualizados com base na inflação.
Razões da indústria
A Fiesc vai argumentar que aumentos reais nesta fase de estagnação vão prejudicar ainda mais a oferta de emprego. Um dos dados que coloca é que a oferta de novas vagas na indústria do Estado teve retração de 30% este ano. De janeiro a outubro de 2013 foram 38,7 mil novos empregos e, nos mesmos meses deste ano foram abertos 26,8 mil. Outro dado é que a renda real no período cresceu 2,5%. Estela Benetti/Diário Catarinense
Porto Seco
O município de Dionísio Cerqueira, no Oeste, vai sediar a partir de quarta-feira encontro dos bares e restaurantes da fronteira, organizado pelo Ministério da Integração Nacional. A ideia é fortalecer a relação com os vizinhos nos 11 Estados que fazem divisa com países da América Latina. Visor
Filé
O deputado Jorginho Mello (PR) está convencido de que o partido continuará no comando do Ministério dos Transportes, embora exista grande pressão do PMDB para assumir a pasta. As negociações estão por conta de Antonio Carlos Rodrigues (SP), suplente de Marta Suplicy (PT) no Senado. Carolina Bahia/DC
Transporte coletivo deve ser prioridade
O resultado final das pesquisas do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável da Grande Florianópolis foi apresentado ontem para cerca de cem pessoas na UFSC. O estudo mostrou os principais entraves do trânsito na região metropolitana e apontou a necessidade de rever a lógica que gere a mobilidade na Capital – priorizando o transporte público em vez dos automóveis.
Um dos levantamentos mostra que 75% dos veículos que ocupam a Ponte Colombo Salles no horário de pico são carros. Eles ocupam 90% da capacidade da ponte e transportam cerca de 11 mil pessoas. Em contrapartida, os ônibus representam apenas 3% dos veículos, ocupam 1% da capacidade da via e transportam quase o mesmo número de pessoas: 10 mil passageiros. Caso fossem priorizados, os ônibus que hoje atravessam a ponte no horário de pico poderiam levar até 18 mil pessoas – o que poderia tirar 6,2 mil carros deste tráfego.
Deslocar-se por transporte coletivo, contudo, gera insatisfações para além das filas. A maior reclamação dos usuários apontada no estudo é o tempo de viagem, que chega a ser o dobro do deslocamento por carro. Em seguida, está a falta de informação e a pontualidade dos veículos. Para os ciclistas, a maior insatisfação é a falta de ciclovias e de segurança. Já os pedestres se incomodam principalmente com a largura das calçadas.
De acordo com o coordenador Guilherme Medeiros, as informações do Plamus estão sendo repassadas às prefeituras dos 13 municípios envolvidos. A intenção é contribuir com a revisão e elaboração dos planos diretores das cidades para integrar a mobilidade urbana à ocupação do solo.
Uma das conclusões do estudo é que os locais de trabalho e residência estão segregados. Os empregos estão concentrados no centro de Florianópolis de modo que no horário de pico, 70% dos veículos se deslocam em um sentido e 30% no outro. Com uma melhor distribuição, o tráfego seria diluído em ambos os sentidos.
– Não tem como pensar em um sistema de transportes sem pensar em reorganização urbanística da cidade – disse Claudia Martinelli, que apresentou o estudo e é representante da Logit, uma das empresas que compõem o consórcio do Plamus. Diário Catarinense – 29.11.14
Momento Rússia para aves e suínos, por Francisco Turra*
O comércio internacional recebe influência das relações políticas entre as nações. Em um determinado momento, por força das circunstâncias, um mercado pode fechar seus portos a um fornecedor tradicional. Nesse mesmo momento, outro país, que está fora do contencioso, passa a aproveitar a oportunidade aberta.
Exemplo dessa situação é o atual fornecimento de proteína animal brasileira à Rússia. Os embarques aumentaram porque estão substituindo o produto que era fornecido pela União Europeia (UE) e pelos EUA. Ambos se viram proibidos de exportar carnes para o mercado russo, no contexto da crise ucraniana. A Rússia, segundo maior mercado consumidor de alimentos da UE, embargou frutas, vegetais, laticínios e carne, em resposta às sanções da Europa. A retaliação fez com que as exportações de países da América Latina para a Rússia aumentassem, sobretudo a carne brasileira.
Crises entre países abrem oportunidades para terceiros. Graças a habilitação de novos frigoríficos, as vendas de carne de frango do Brasil para a Rússia, em outubro, aumentaram 455% em volume na comparação com outubro de 2013 e o valor alcançou US$ 75,61 milhões, alta de 305%. Já em carne suína, a participação da Rússia nos embarques brasileiros, em outubro, foi bastante representativa: quase 47% em volume e 60% em valor.
Este momento nos evoca os tempos em que a Rússia abocanhava 75% das nossas vendas de carne suína, há cerca de 10 anos. Claro, a dependência russa diminuiu bastante em carne suína, pois o Brasil abriu vários outros mercados, entre eles EUA, Japão e China. Devemos buscar a diversificação de mercados.
Com a Rússia vivemos uma relação comercial embasada em respeito, seriedade e fornecimento responsável de produtos com alto grau de confiabilidade. Mas o histórico de altos e baixos no relacionamento comercial com a Rússia nos coloca em posição de cautela.
*Presidente-executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal – Diário Catarinense
PIB catarinense está acima da média nacional
A expansão da economia catarinense está bem acima da média nacional segundo o Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR-SC) calculado pelo Banco Central, considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB). O Estado registrou em setembro alta de 5% na comparação com o mesmo mês do ano passado, enquanto a média nacional frente ao mesmo mês ficou em 0,9%.
Na comparação com o mês anterior, agosto, SC cresceu 2,4% e o Brasil, 0,4%. No acumulado de janeiro a setembro, a economia de SC alcançou alta de 2,9% e a média do país ficou em 0,0%.
Segundo o departamento de estatísticas da Federação das Indústrias de SC (Fiesc), que apresenta os dados catarinenses, o Banco Central utiliza no cálculo do IBCR o comportamento da agropecuária, indústria, comércio e serviços. Uma das razões da alta de setembro foi o aumento de 19,6% das exportações frente setembro de 2013. Também em setembro, a produção industrial do Estado frente a agosto cresceu 2,9%; e as vendas do setor avançaram 3,2% frente ao mesmo período de 2013, com alta de 14,4% em alimentos e de 8,7% em têxteis.
Já o resultado do comércio foi negativo. As vendas do setor recuaram 4,4% em setembro frente ao mesmo mês de 2013. Apesar do crescimento pífio da economia nacional, a pesquisa do BC sinaliza que SC vai fechar o ano com alta do PIB em torno de 3%. Diário Catarinense.