Florianópolis, 13.1.1 – Palco de mais uma tragédia com ônibus, a BR-282 já é a rodovia federal que mais mata em Santa Catarina. Em 2014, a rodovia contabilizou 147 mortes ao longo dos seus mais de 600 quilômetros de extensão, num balanço trágico e que pela primeira vez a faz ultrapassar a BR-101, onde 145 pessoas perderam a vida no mesmo período.
Os dados são da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em SC e não incluem as mortes de 2015, como a dos ocupantes do ônibus da empresa Reunidas que despencou de uma ribanceira em Alfredo Wagner na madrugada do último domingo, matando nove pessoas.
O aumento significativo do tráfego de veículos nos últimos anos é apontado como o principal motivo dessa matança na BR-282, estrada conhecida por ser a principal ligação do Oeste catarinense com a Grande Florianópolis, além da bela paisagem ao longo do trecho.
– Ela teve um aumento muito grande de veículos nestes anos, principalmente de caminhões, sem contar as muitas curvas e os trechos de subida e descida. É um conjunto de fatores que reforça a necessidade de duplicação – ressalta o inspetor Luiz Graziano, chefe de Comunicação Social da PRF no Estado.
Ainda não foi divulgado um estudo profundo sobre as causas das mortes na rodovia. O inspetor acredita que um grande número delas foi em razão de colisões frontais. Ele informa que na região Oeste a expressiva quantidade de acidentes tem chamado a atenção da PRF.
Fato recorrente
Há sete meses, José Olímpio Rosa – o Zé – vem erguendo uma casa no terreno que possui às margens da BR-282, em Alfredo Wagner. Apenas neste período, dois caminhões, um de madeira e um de cerveja, perderam o controle e acabaram tombando dentro da área. Carros, ele nem lembra quantos foram neste mesmo tempo.
Para o comerciante de 49 anos, o acidente com um ônibus neste domingo, que matou nove pessoas, não é um espanto: além de ser uma curva perigosa e mal sinalizada, o único radar da região foi instalado distante do ponto mais perigoso.
Já foi pior. Hoje, um guard-rail e uma contenção de pedras impedem que os carros menores caiam diretamente no barranco. Há cerca de dois anos, o motorista de um Corola perdeu o controle e jogou o veículo direto na ribanceira, parando a alguns metros da casa de José, mas não se machucou. Na mesma época, um taxista teria se confundido entre a BR-282 e uma marginal e morrido em um acidente. Um caminhão de frango tombou sobre a pista, derramando toda a carga na rodovia. Relatos de situações bem diferentes – carros, caminhões, motos, ônibus – demonstram a frequência que esse tipo de acidente acontece.
– Eu acredito que 99% seja imprudência. Há um radar, mas ele está muito antes da curva, e os mais inconsequentes voltam a acelerar logo em seguida. O radar deveria estar um pouquinho antes. Infelizmente, as pessoas só se conscientizam quando mexe no bolso – comenta.
Os eucaliptos em que o ônibus da Reunidas bateram durante a queda foram plantados por seu Zé há quatro anos. Sem a árvore, que provavelmente impediu que o veículo continuasse capotando, o acidente poderia gerado ainda mais vítimas.
Polícia vai pedir mais exames à perícia
Uma passageira que sobreviveu ao acidente relatou um possível mal-estar do motorista antes do acidente. Maria Adriana Schwab afirmou ter ouvido o condutor dizendo: “Estou passando mal, alguém me ajuda”.
A Polícia Civil, que investiga o caso, afirma não ter nenhuma informação oficial sobre essa possibilidade, mas informa também que vai solicitar que o Instituto Geral de Perícias (IGP) verifique a hipótese.
O IGP esteve no local do acidente no domingo e fez coleta de sangue do corpo do motorista. Perito criminal e gerente mesorregional do IGP de Lages, Rafael Gazola explica que, para o instituto iniciar a perícia técnica, é necessário que algum órgão – Polícia Civil, Ministério Público, Justiça – faça a solicitação.
Após o pedido, o IGP teria 10 dias para finalizar a perícia, mas procedimentos mais demorados, como exames de sangue, podem demorar até um mês.
– Não temos como saber exatamente o que será pedido da perícia até que a investigação prossiga e eles façam a requisição. Pode ser que seja necessária uma perícia no ônibus, por exemplo, mas pode ser que não – explica.
“Nossa meta é olhar 95% do serviço”
Felipe da Silva Medeiros, Coordenador de Fiscalização de Transporte Rodoviário da ANTT
Coordenador da ANTT diz que responsabilidade de manutenção é das empresas e que momento é de discutir o que a agência deve fiscalizar.
Como funciona a fiscalização?
Felipe da Silva Medeiros – Temos uma meta de olhar 95% do serviço de transporte ao longo do ano. Em geral, onde temos postos de fiscalização fixo, que ficam nas maiores cidades e nas capitais, essa fiscalização é mais intensa. Verificamos mais de uma vez ao mês os veículos e as linhas.
Todos os ônibus precisam de um laudo de inspeção técnica?
Medeiros – Depende. As linhas de transporte interestadual não precisam de laudo de inspeção técnica. A ANTT atribui a responsabilidade pela manutenção e segurança dos veículos às empresas e não exige laudo quando se tratam de linhas regulares. O laudo é exigido em linhas internacionais.
Como é feita a fiscalização interestadual?
Medeiros – Todas as questões de segurança do veículo que são possíveis de serem verificadas visualmente, nós verificamos, como pneus, para-brisa, cintos de segurança, extintor de incêndio e se o aparelho de tacógrafo está com selo do Inmetro. Outras questões de manutenção, a ANTT não fiscaliza, como freios, suspensão, motor, essas que demandam fiscalização de engenharia mecânica.
E por que não fazem?
Medeiros – A legislação não atribui esse tipo de fiscalização à ANTT. Mas acredito que estamos num momento em que isso deve ser discutido.
A ANTT sabe se o veículo acidentado tinha certificado para fazer o trajeto internacional e se ele estava em dia?
Medeiros – Não temos essa informação no momento. Isso está sendo levantado pela nossa equipe.
Sul tem 40 fiscais para 700 linhas
Nos estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul são realizadas, em média, 3,5 mil viagens por dia nas 700 linhas autorizadas pela ANTT. Com 40 fiscais, para uma vistoria de 20 a 30 minutos, aproximadamente 20% dessas viagens são checadas
A região Sul do Brasil, que conta com aproximadamente 700 linhas por onde trafegam milhares de ônibus de passageiros por dia, é hoje fiscalizada por cerca de 40 técnicos da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A média é de 3,5 mil viagens diárias pelos Estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. De acordo com a agência reguladora, cada fiscalização demora de 20 a 30 minutos, o que levaria – caso todos os fiscais trabalhassem em tempo integral a jornada diária de oito horas – a um número entre 640 e 800 viagens fiscalizadas a cada dia, o que representa de 18% a 22% das 3,5 mil.
Segundo o coordenador de Fiscalização de Transporte Rodoviário de Passageiros da ANTT, Felipe da Silva Medeiros, não existe a obrigatoriedade de que 100% das viagens sejam monitoradas, embora a meta da agência seja verificar 95% dos serviços de transporte ao longo do ano.
E mesmo que todos os ônibus passassem por uma análise técnica, a inspeção realizada pela agência não detecta problemas mecânicos nos veículos. Limita-se a checar pneus, para-brisa, cinto de segurança, mas não avalia a condição do motor, dos freios e da suspensão, por exemplo. Caso encontre alguma irregularidade, as empresas são autuadas pela infração e o ônibus é impedido de sair.
Previsão de mais contratações
O Sindicato Nacional dos Servidores de Agências Reguladoras (Sinagências) afirma que hoje a ANTT vive um cenário de déficit de pessoal, fator que contribui para o aumento de acidentes nas estradas. A entidade diz que a ANTT possui cerca de 873 servidores públicos, apesar de uma lei de 2004 já autorizar à agência ampliar o quadro para 1.705.
“Todos os Estados têm carência. A ANTT precisa de mais funcionários para fiscalizar as rodovias e outros serviços concedidos. Muitos acidentes ocorrem em função da falta de fiscalização”, informou o Sinagências por meio da diretoria de comunicação.
A ANTT tem previsão para lançar edital de concurso para a contratação de mais 600 servidores para todo o território nacional ainda este ano, mas não está definida como será feita a distribuição desse pessoal pelos Estados. Hoje são 532 fiscais no país.
Segurança no carro
Quem está se preparando para ir ou voltar da praia sabe que tem uma tarefa importante pela frente: organizar o porta-malas. Para que todo o caminho seja feito com segurança, recomenda-se que a distribuição da bagagem nos fundos do veículo, equilibrando o peso dos objetos e tomando cuidado para que nada frágil fique solto. Dentro do carro, nos bancos, nada de malas pesadas: além da preocupação com a segurança, deixá-las entre os passageiros pode acarretar em multa e pontos na carteira do motorista. “O recomendado é que nada atrapalhe a visão de quem está conduzindo”, explica Alessandro Castro, chefe de Comunicação Social da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Trânsito 24 horas
Segurança no carro 2
Quanto ao que vai fora do carro, a recomendação é parecida. Nada pode esconder a placa ou ser maior ou mais largo que o próprio veículo – portanto, atenção ao levar outros meios de transporte e lazer para sua temporada no Litoral. Antes de organizar o porta-malas, vale ainda outro alerta: a bagagem não pode ultrapassar os limites estipulados pela montadora. Caso o condutor seja flagrado com excesso de carga, o veículo de passeio pode ficar retido até que o problema seja resolvido. Além de ser multado, o motorista pode ter sua viagem interrompida antes do esperado e corre o risco de ter de deixar parte das malas para trás. Trânsito 24 horas
Cidades cidadãs e habitáveis, por Ronaldo de Lima*
É prerrogativa da profissão de arquiteto e urbanista o desenho das cidades com planejamento dos espaços de forma que atendam às demandas de todos os cidadãos. E antes mesmo de qualquer esboço, é preciso entender um pouco (ou muito!) do comportamento humano e de como as pessoas se relacionam com os espaços públicos.
Não podemos mais admitir que obras sejam executadas sem um trabalho abrangente e coletivo, que inclua outras profissões e possa oferecer continuidade com o crescimento demográfico. Os arquitetos e urbanistas devem tomar para si essa responsabilidade de supervisionar e tecer as linhas básicas do planejamento urbano. Estudamos para isso e desenvolvemos habilidades que nos permitem fazer as escolhas certas, seja na primeira parte do trabalho – o projeto – ou na escolha de materiais. Cada etapa possui significados diferentes, mas o mesmo grau de importância.
Depois que conseguimos ver realizada a criação do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) estamos focados em evoluir as discussões sobre o rumo das cidades. Como presidente do CAU/SC, posso afirmar que a participação dos profissionais foi ampliada em conselhos municipais, diretorias e secretarias de planejamento, enfim, nos lugares onde as decisões são tomadas.
E é essencial que escolhas sejam efetuadas com base nas pessoas, nos fluxos, na utilização das áreas e nos tipos de vias que queremos.
Muitas das opções podem ser políticas, mas o conhecimento técnico do arquiteto e urbanista deve estar à disposição dos gestores, de modo que resulte em cidades habitáveis e cidadãs. Os governantes podem decidir que tipo de cidade querem, podendo manter o que existe ou transformar. A capital dinamarquesa Copenhague, por exemplo, construiu ruas só para pedestres na década de 1960 e hoje tem uma cidade viva. Mais de 80 mil pessoas circulam diariamente pelos espaços públicos, sendo 30 mil delas à noite.
Termino o mandato de três anos à frente do CAU/SC com a certeza que o caminho está pavimentado, precisando agora que o arquiteto urbanista seja de fato protagonista no desenho das cidades.
*Presidente do Cau/SC
EDITORIAL DC
A defesa do emprego
Previsões de que o pleno emprego está ameaçado exigem, sem saídas artificiais, a retomada do diálogo entre governo, empresas e sindicatos.Manifestações de metalúrgicos do ABC paulista contra demissões nas montadoras chamam atenção para um cenário que espreitava a paralisia da economia e as indecisões do governo. Ganha forma a ameaça concreta a um dos grandes trunfos dos avanços econômicos de pelo menos uma década e meia. O pleno emprego, que o país chegou a manter mesmo com a crise financeira de 2008, corre o risco de esgotamento, como decorrência dos equívocos acumulados e que somente agora começam a ser corrigidos pelo Executivo. A mais recente Sondagem da Indústria de Transformação, da Fundação Getulio Vargas (FGV), revela que o comportamento padrão é mais de demissões do que de contratações, após a redução de 3,2% nas atividade do setor, de janeiro a novembro, e das perspectivas não muito alentadoras deste início de ano.
Análises mais resignadas podem sugerir que governo, empresas e trabalhadores terão de se contentar com a expectativa de recuperação do ambiente de confiança e, mais adiante, desfrutar naturalmente a realimentação do pleno emprego. Mas é possível, sem comprometer as bases da nova orientação econômica, adotar medidas para que o impacto das demissões seja amenizado, sem saídas artificiais e sem a submissão do governo a um suposto plano das montadoras de forçar a vigência por mais tempo de benefícios fiscais que favoreceram a venda de carros por um bom tempo. Os ministérios da área, as empresas e os sindicatos poderiam restabelecer, nesse e em outros setores, um diálogo desativado exatamente pela queda do desemprego.
São conhecidos os mecanismos capazes de adiar demissões, até que a economia perceba os sinais emitidos pelas decisões lideradas pelo senhor Joaquim Levy e comece a reagir. Férias coletivas, licenças temporárias remuneradas, redução de jornada, banco de horas e até mesmo dispensas voluntárias – que podem contribuir para a racionalização das decisões – são recursos à mão das empresas.
O que se deseja, principalmente em áreas de ocupação em massa, com repercussão em atividades a elas conectadas, é que todos esses instrumentos sejam usados sem parcimônia. Equilibrar as contas públicas, controlar inflação e calibrar juros e câmbio são medidas relevantes para que o país restabeleça a confiança e saia da estagnação. É uma caminhada que pode e deve evitar grandes traumas. Defender o pleno emprego é preservar níveis de renda que deram dinamismo ao mercado interno.
Em resumo
Editorial defende a adoção de mecanismos capazes de adiar demissões, enquanto o país aguarda os primeiros sinais de recuperação da confiança e das bases para o crescimento.
Visor – Por Guto Kuerten e Redação
Aumento da tarifa do transporte público de Florianópolis em xeque
Enquanto a população e os integrantes do movimento Passe Livre questionam o serviço e o aumento na passagem de ônibus na capital dos catarinenses – desde a meia-noite do último domingo, o valor teve um acréscimo de 15% –, a Secretaria de Mobilidade e o consórcio responsável pelo transporte coletivo colocam na mesa as defesas e argumentos para o reajuste.
Consórcio Fênix- Manutenção de cobradores vira argumento
O advogado do Consórcio Fênix, Anderson Nazário, explica que para se chegar ao valor de R$ 3,10 foram feito cálculos decorrentes da manutenção de 414 cobradores, que não estavam previstos no edital e foram mantidos pela Justiça do Trabalho. Também foram aplicados os quatro índices contratuais de reajuste (variação dos valores dos combustíveis, das carrocerias, da mão de obra do IGP), em total de 7,14%.
– Caso não houvesse determinação do Tribunal Regional do Trabalho em manter os 414 postos de trabalho, o reajuste seria de 7,14%, um dos menores do Brasil – afirma Nazário.
Acrescenta que independente dos valores, são reféns da falta de mobilidade, tanto usuários do transporte coletivo como de veículos particulares, ficando todos parados em uma mesma via.
– Isso não deve mudar enquanto não forem implantados corredores exclusivos para os ônibus, ainda que apenas nos principais gargalos da cidade, como por exemplo em frente ao terminal Rita Maria e ao Centrosul. Atualmente, o que mais se precisa para resolver a mobilidade urbana é que decisões sejam tomadas por quem de direito – completa, o advogado.
Prefeitura municipal – Cerca de R$ 35 milhões serão a contrapartida
A Secretaria de Mobilidade Urbana reforça que se não fosse a manutenção de 414 cobradores definida em decisão do TRT, o aumento da tarifa seria menor. Diz que a contrapartida aos passageiros é o plano de renovação de frota (que teria incluído 75 novos veículos só em 2014) e os cerca de R$ 35 milhões de investimentos previstos para 2015.
– Hoje nossa frota é de 532 ônibus e temos renovação todos os anos. Para os próximos meses, uma das principais ações é a construção do Serviço de Apoio e Atendimento ao Usuário (SAU) – diz o diretor de Planejamento da secretaria, Vinicius Cofferri.
Sobre a falta de mobilidade, Cofferri concorda com a crítica do Consórcio Fênix de que faltam corredores para os ônibus e afirma que cinco vias exclusivas de ônibus serão construídas na cidade.
Passageiros- Para usuários, serviço precisa de melhorias
A assessora Grayce Rodrigues mora no Carianos e com frequência usa a linha de ônibus Corredor Sudoeste, que atende o aeroporto. Vêm dela questões pontuais sobre o serviço oferecido aos usuários e inclusive aos turistas que chegam à Ilha da Magia
– É notória a falta de respeito e paciência de alguns motoristas e cobradores com os turistas, que chegam na cidade carentes de informações, tais como qual linha pegar para se chegar em determinados pontos da cidade – conta Grayce.
Outra questão que ela levanta é a linha Corredor Sudoeste não ter horários extras nos fins de semana durante a alta temporada. – É um absurdo. Os turistas que chegam em Florianópolis aos sábados e domingos amargam longos períodos de espera no ponto e ônibus lotados (isso sem falar no calor e no aumento da tarifa) – afirma a passageira.
Movimento Passe Livre – Os interesses da população são prioridade
Com cartazes espalhados pela cidade e panfletagem (foto) e uma manifestação marcada para hoje, às 17h, em frente ao Ticen, o Movimento Passe Livre busca a construção de ideais para um transporte público ideal, questiona o aumento da tarifa e a promoção de debates, o que, segundo o militante do Movimento Passe Livre Victor Khaled, nunca teriam acontecido.
– A prefeitura da cidade toma uma atitude autoritária sem um canal de comunicação com a população. Nunca fomos atendidos – afirma Khaled.
Para ele é preciso uma imediata mudança no sistema estrutural da concessão de privatização do transporte coletivo.
– A empresa visa o lucro. Mas transporte público é um serviço essencial para os cidadãos e para o desenvolvimento da sociedade. Na verdade são interesses opostos – diz o militante.
Segundo ele, a forma do financiamento mediante o aumento da tarifa penaliza os mais pobres que usam o serviço.
– Acreditamos que a integração do transporte público seria essencial. O modelo atual apresenta sinais de fracasso e esgotamento. É uma mola de opressão. Chega uma hora que a pressão é tanta que vai explodir.
Juro Zero cresce 16%
Iniciado há mais de dois anos pelo governo do Estado, o programa Juro Zero chegou a 33.121 operações de empréstimos que somam R$ 93,341 milhões até agora. Somente no ano passado, foram realizadas 12.716 empréstimos, 16% mais do que no ano anterior. Na avaliação do secretário adjunto da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável (SDS), Daniel Lutz, esse programa é um importante programa de desenvolvimento econômico que dá apoio financeiro aos microempreendedores individuais.
Incentivos
A Havan fechou 2014 com a liberação de mais de R$ 4 milhões em repasses no país por meio de leis de incentivo para as áreas social, de saúde, esporte e cultura. Entre as 30 entidades ou projetos beneficiados esteve o Institito Guga Kuerten, de Florianópolis. A empresa varejista de SC fez liberações por meio da Lei Rouanet, Ministério dos Esportes, Fundo para a Infância e Adolescência e outros.
Design de calçados
O Sebrae/SC apresentou ontem, na Couromoda , em São Paulo, os primeiros produtos do Projeto Identidade SC, que vem sendo realizado nas indústrias do setor de calçados da cidade de São João Batista. O diretor Sergio Cardoso e o estilista Ronaldo Fraga falaram sobre as novidades de dez empresas que receberam consultoria. Estela Benetti
Testemunha
Comentaristas de rádio ontem pela manhã já pediam uma estrada nova na BR-282 onde aconteceu domingo a tragédia com um ônibus que matou nove vizinhos do Rio Grande do Sul, como se, de novo, a culpa fosse da tal curva. Há quem garanta também que as empresas exploram os motoristas, mas o que ninguém comentou foi o testemunho de uma passageira, que perdeu o marido no acidente e que viu o motorista batendo no vidro da cabine pedindo ajuda, pois estava passando mal. E não deu mais tempo de nada. Nem de parar o ônibus. Sendo assim, quando infarta o motorista ou ele desmaia, não há culpados. Cacau Menezes.
Calote
As empreiteiras contratadas pelo DNIT para execução de obras rodoviárias em SC estão com pagamentos atrasados desde outubro. Uma pequena parcela foi liquidada este ano. O grave é que até agora não se tem notícia sobre contratos assinados e ordens de serviço emitidas de rodovias federais cujas obras estão totalmente paralisadas. Em especial no Vale do Itajaí. Moacir Pereira.
Protestos na SC-401 serão diários
Moradores voltaram a bloquear a pista após novo atropelamento com morte Alessandra Oliveira Ale […] Veja mais em: http://ndonline.com.br/florianopolis/noticias/226078-protestos-na-sc-401-serao-diarios.html.