Brasília, 20.5.15 – Cinco trechos de rodovias federais em Santa Catarina serão concedidos à iniciativa privada até 2016, sendo quatro deles incluídos no programa de concessões que a presidente Dilma Rousseff lançará no próximo mês. O quinto trecho, de 493,3 quilômetros das BRs-476/153/282/480 ente Lapa (PR) e Chapecó, integra um projeto já em andamento e, conforme as previsões do Planejamento, será terceirizado até o final deste ano.
No novo plano previsto para junho, entraram os trechos da BR-280 de Porto União a São Francisco do Sul, das BRs-163/282/158 de Guaíra (PR) a Chapecó, da BR-470entre a divisa com o Rio Grande do Sul e Navegantes e das BRs-101/282 entre a divisa com o Rio Grande do Sul e Palhoça e de Florianópolis até o entroncamento com a BR-153 (próximo a Irani), conforme antecipou o Diário Catarinense.
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A União também quer conceder um trecho da BR-101 entre as cidades gaúchas de Osório e Torres, na divisa com o Estado. Assim, seria criado um corredor concessionado pelo litoral entre Florianópolis e Porto Alegre.
O modelo de concessão que o governo federal pretende adotar prevê a duplicação das estradas e a vitória no pregão de quem apresentar a menor tarifa de pedágio. O contrato seria de 30 anos, com a cobrança do pedágio autorizada somente após o concessionário duplicar 10% do trecho administrado.
As rodovias escolhidas foram discutidas na manhã desta quarta-feira pelo governador Raimundo Colombo (PSD), que participou de reunião no Ministério do Planejamento, em Brasília. Satisfeito com os quatro trechos, o catarinense deu aval para União abrir os estudos de viabilidade das concessões.
— A nossa malha rodoviária é um limitador para escoar nossa produção e para locomoção das pessoas. O plano contempla as principais rodovias de Santa Catarina. Não adianta querer que todas as obras sejam financiadas com recursos públicos. Este modelo de concessão, com a duplicação das rodovias incluída, trará benefícios – elogiou Colombo.
No caso de rodovias federais com obras em andamento na área que será concedida, o futuro administrador assumirá os trabalhos do ponto em que a União estiver no momento da assinatura do contrato.
Com rodovias, portos, aeroportos e ferrovias em todo o país, o plano de concessões é uma das grandes apostas do segundo mandato de Dilma Rousseff para melhorar a infraestrutura brasileira e reaquecer a economia. O governo federal ainda fecha os detalhes dos modelos de concessão e de financiamento em cada área.
No caso das rodovias, após o lançamento em junho do pacote, será aberto prazo de um mês para que as empresas interessadas se apresentem. Elas terão seis meses para concluir os estudos, chamados de Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI).
O Planalto vai escolher um estudo, que definirá número de praças de pedágio, por exemplo. Ainda serão realizadas audiências públicas nas regiões afetadas pelas obras, e o leilão passará pela avaliação do Tribunal de Contas da União (TCU). Diante do trâmite burocrático, a previsão do governo federal é ter as vias concedidas e as obras em andamento até o final de 2016.
Concessões de rodovia em SC
Para 2015
BRs-476/153/282/480 ente Lapa (PR) e Chapecó
Para 2016
BR-280 entre Porto União a São Francisco do Sul;
BRs-101/282 entre a divisa com o Rio Grande do Sul e Palhoça e de Florianópolis até o entroncamento com a BR-153 (próximo a Irani);
BR-470 entre a divisa com o Rio Grande do Sul e Navegantes;
BRs-163/282/158 entre Guaíra (PR) a Chapecó. Fonte Diário Catarinense.
Côrte é nomeado Embaixador Global para saúde no trabalho
Florianópolis, 20.5.15 – O empresário Glauco José Côrte (D), presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), foi nomeado Embaixador Global para a Promoção da Saúde e do Bem-Estar no Ambiente de Trabalho. A decisão é do Centro Global para Ambientes de Trabalho Saudáveis (GCHW, na sigla em inglês) e foi anunciada no final do evento Global Healthy Workplace, realizado nos dois últimos dias no Costão do Santinho, em Florianópolis. Junto com o novo cargo, foi comunicada a criação de um conselho consultivo mundial sobre o assunto que terá 10 integrantes. O primeiro compromisso do embaixador e do conselho é a criação de um observatório que monitore estudos e boas práticas mundiais sobre o tema em três categorias: multinacional, grande porte e pequeno e médio porte. Para Côrte, a escolha de seu nome foi em função do trabalho do Sesi nas indústrias e pela organização do evento. Para o britânico Tommy Hutchinson, cofunddor do GCHW, a experiência.
Entrevista – Glauco José Côrte
Como recebeu o convite?
Foi inesperado. Entendo como reconhecimento ao nosso trabalho na organização do evento. Eles disseram que foi o melhor dos três já realizados (os outros foram em Londres e Xangai). A outra razão é a causa, a busca de uma vida mais saudável para o trabalhador. Acredito que esse é o tema para os próximos anos. O Estado e o Brasil vão ter oportunidade de levar essa posição de vanguarda voltada à saúde do trabalhador.
Qual será a primeira viagem?
Já me convocaram para julho em Washington, na primeira reunião do novo conselho.
Entrevista – Tommy Hutchinson
Por que a escolha do presidente da Fiesc para ser o embaixador global?
O presidente Glauco tem uma ótima visão sobe o tema e experiência prática para implementar mudanças. Acredito que esse movimento precisa de alguém com a sua capacidade para levar essas causas em nível global. Por isso pedimos para que ele fosse embaixador e ele aceitou guiar esse trabalho.
E a ênfase na promoção da saúde?
É muito importante. Vou citar duas razões. A economia global está frágil, precisa melhorar a produtividade. E precisamos de mais empregos.
Floripa, “Davos” do setor
Especialisas estrangeiros presentes no Global Healthy Workplace em Florianópolis sugeriram que a cidade pode ser a capital mundial dos eventos de promoção da saúde no local de trabalho. Tanto Tommy Hutchinson, do Centro Global para Ambientes de Trabalho Saudáveis, quanto o professor da American University Robert Karch falaram sobre diferenciais de Floripa.
– Acredito que esse ambiente é muito bonito para se discutir muita coisa. Quando falamos em Davos, as pessoas pensam no Fórum Econômico Mundial. É um local muito bonito, as pistas de esqui são boas, a gastronomia é boa. As pessoas viajam de todas as partes do mundo para ir para Davos. Muitas pessoas também viajam de qualquer lugar para ir a Londres. Nenhum desses lugares, com todo o respeito, são tão lindos quanto Florianópolis. O ambiente, a atmosfera aqui são perfeitos para esse assunto – disse Karch.
Hutchinson concorda. – É um local excelente para essas discussões. As grandes mentes do mundo gostariam de vir para esse local, onde a natureza combina. É um local natural que inspira saúde, motivação e felicidade. Não tem lugar melhor do que Floripa – afirmou. Fonte: Coluna Estela Benetti/DC