Clipping Imprensa – Crescimento atracado dos portos catarinenses

Clipping Imprensa – Crescimento atracado dos portos catarinenses

Florianópolis, 17.6.15 – A valorização do dólar provocou efeitos no começo do ano para os portos catarinenses. Dos cinco terminais, quatro encerraram o período com queda na movimentação. A exceção é Itapoá, no Norte do Estado, que celebrou alta de 15%.
No Complexo Portuário de Itajaí, que inclui os terminais de Itajaí e Navegantes, o maior do Estado e segundo maior em movimentação de contêineres do Brasil, outro fator ameaça os resultados: a falta de efetivo para fiscalização de cargas. Com falta de fiscais na Receita Federal, Anvisa e Ministério da Agricultura, o complexo tem experimentado as primeiras perdas decorrentes da demora. Nos últimos meses, 10 importadoras deixaram Itajaí. Nove delas se instalaram na região de Itapoá.
– Tempo é dinheiro e isso nos preocupa – diz o presidente do Sindicado dos Despachantes Aduaneiros do Estado (Sindaesc), Marcelo Petrelli.
A maioria das cargas (87%) tem liberação em até um dia. O impacto maior é para cargas com necessidade de verificação física ou produtos de origem animal e vegeral. Nesses casos, o tempo de espera chega a ser três vezes maior em Itajaí e Navegantes do que em outros terminais no Estado. Embora o movimento de empresas para experimentar outros terminais seja frequente, a situação acendeu o alerta no trade local.
De acordo com o superintendente do Porto de Itajaí, Antônio Ayres dos Santos Junior, ainda não há reflexo significativo na movimentação de cargas, mas a autoridade portuária está atenta:
– Não podemos perder essa referência de porto eficiente. Foi esse diferencial que nos ajudou a atrair muitas empresas nos últimos anos – afirma.
No balanço divulgado ontem, o Complexo Portuário de Itajaí encerrou os cinco primeiros meses do ano com queda de 9%. Em maio, o porto ficou cinco dias fechado, o que impactou no resultado.

Novato na disputa

Com quatro anos de operação, o Porto Itapoá abriu uma unidade da Vigilância Agropecuária em suas instalações, o que deve tornar mais ágil a análise das cargas no terminal. Até então Itapoá era atendido pela mesma equipe que atuava em São Francisco do Sul, a 120 quilômetros por via terrestre.
Hoje o tempo médio para casos que demandam vistoria é de até três dias. Em relação a cargas com ação da Anvisa e Receita, o tempo médio é de cinco dias.

Falta de fiscais afeta Itajaí

O Complexo Portuário de Itajaí conta com apenas dois fiscais do Ministério da Agricultura que atendem três dias na semana. A Anvisa fiscaliza cargas como medicamentos e alimentos, e a Receita atua especialmente nas importações, que representam um dos principais gargalos do Complexo Portuário.
A Receita não divulga o número de fiscais que atuam hoje nos terminais de Itajaí e Navegantes. Mas confirma que o volume de declarações de importação (DIs) quadruplicou nos últimos nove anos – de 32 mil, em 2006, para 141 mil no ano passado. Mesmo com quatro vezes mais trabalho, o número de fiscais ficou o mesmo.
O Ministério da Agricultura deve resolver o impasse da falta de fiscais com a remoção do quadro interno, que já está aberta. A reportagem entrou em contato com a 9ª Regional da Receita Federal e com a Anvisa, em Brasília, mas nenhum dos órgãos se manifestou.

Migração de outros terminais

Apesar da queda de 14,9% nos primeiros cinco meses, o Porto de Imbituba percebe a migração de cargas de outros terminais. A supersafra, os incentivos fiscais e principalmente a agilidade na liberação de cargas ajudam a explicar o movimento, afirma Rogério Pupo, presidente do Porto de Imbituba:
– Há uma migração de cargas não somente do Porto de Santos, mas também do Porto de Paranaguá e de Rio Grande.
A confirmação de novas cargas para os próximos meses deve fazer com que o porto supere o patamar do ano passado em 10%.
– Esse resultado se explica pelo fato de que grande parte da movimentação de cargas era destinada ao mercado interno e o Brasil está em retração, essa incerteza dos desdobramentos da economia refletiu no transporte de carga – diz Pupo.
No Porto de São Francisco, apesar queda de 14%, o presidente Paulo César Côrtes Corsi afirma que o terminal tem produtos consolidados, como a soja na exportação e fertilizantes na importação:
– Há variações sazonais, depende muito da safra. O que existe é que parte da carga de importação é de siderúrgicos e a situação cambial não favorece essa importação.

Fonte: Diário Catarinense

O dilema da previdência

Perdurou tanto tempo a injustiça do fator previdenciário, que agora os sindicatos, respaldados por parlamentares indispostos com o governo, exigem do Planalto a submissão a uma mudança com potencial para inviabilizar o sistema em poucos anos. A fórmula 85/95, como alternativa ao fator, tem a legitimidade da maioria do Congresso, pois foi aprovada em plenário depois de anos de debate. Mas isso não significa que deva ser absorvida sem questionamentos, pelo governo e pela sociedade, ou seremos reféns de todas as deliberações legislativas. É o que fica claro nesse caso.
Todos os analistas da Previdência são unânimes em assegurar que a fórmula, com a combinação de tempo de serviço e idade, acelera a inviabilização da Previdência, com consequências para quem já se aposentou e para os que ainda irão se aposentar. Todo o ganho imediato será consumido mais adiante pelo déficit. Não há exagero nas projeções feitas por analistas, segundo as quais o governo não terá como administrar o rombo que será acumulado.
São justas as interrogações sobre a gestão da Previdência e eventuais desvios de recursos para outros fins, mas a simples eliminação do fator não resolve as insuficiências de um fundo que já não dá conta das atuais demandas. Em um futuro muito próximo, o atual modelo, mesmo sem a mudança aprovada, estará diante de um impasse já em construção. O número dos que trabalham estará cada vez mais distanciado das necessidades do contingente dos que deixaram de trabalhar. É um dilema mundial, que chegou ao Brasil e exige soluções criativas e sensatas. As centrais sindicais cumprem a função de reivindicar uma aposentadoria mais justa para seus associados, mas devem limitar seus apelos ao limite do razoável. E esse limite impõe que a Presidência da República vete a mudança, considerando-se a situação da Previdência e a realidade do país.

Fonte: Diário Catarinense (Editorial)

União: As três bancadas do Sul, lideradas pelos deputados João Arruda, do Paraná, Mauro Mariani, de Santa Catarina, e Giovani Cherini, do Rio Grande do Sul, vão exigir do governo federal a inclusão dos trechos dos três Estados no programa de concessões ferroviárias. Trata-se de um modal estratégico para o desenvolvimento econômico da região. As três bancadas reúnem 77 deputados e nove senadores.

Fonte: Notícias do Dia (A vida segue – Paulo Alceu)

Ônibus é incendiado em Araquari, no Norte de Santa Catarina

Um ônibus da empresa Gidion foi incendiado por volta das 23h desta terça-feira (16) em Araquari, no Norte de Santa Catarina. Ninguém ficou ferido durante a ação.
De acordo com a Polícia Militar, quatro homens armados entraram no ônibus e ordenaram que todos os passageiros e o motorista descessem. Eles jogaram gasolina no veículo, atearam fogo e fugiram em seguida, fazendo alguns disparos para o alto.
O ônibus fazia a linha Joinville-Araquari e foi incendiado na SC-301, no bairro Itinga. Já os criminosos utilizaram duas motocicletas para a fuga e, até às 9h, ainda não tinham sido localizados pela polícia, que acredita em uma possível represália por conta da prisão de cinco envolvidos no tráfico de drogas, ocorrida ontem. “Não daremos trégua ao crime”, afirmou o comandante geral da Polícia Militar de Santa Catarina, Paulo Henrique Hemm.

Fonte: Portal Notícias do Dia

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