Clipping imprensa – Deinfra busca empresa no PR

Clipping imprensa – Deinfra busca empresa no PR

Florianópolis, 27.11.14 – Após a desistência da empresa que faria a obra emergencial para sustentação da ponte Hercílio Luz, o Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) corre contra o tempo para solucionar a questão. Interditado em junho de 1982, o cartão-postal de Florianópolis resiste aos inúmeros percalços das obras de recuperação enquanto os valores investidos já ultrapassam a casa dos R$ 200 milhões. A TDB Ltda, que realizaria a sustentação da obra, justificou a desistência diante da “complexidade versus o tempo estipulado, que ofereceriam grandes riscos de prejuízos”.
Neste momento, a melhor opção para a fase emergencial, na avaliação do Deinfra, seria a empresa Roca Ltda., com sede no Paraná. Na última sexta-feira, o presidente do Departamento, Paulo Meller, esteve em reunião com diretores da empresa, que ficaram de orçar o trabalho. Meller também foi informado que engenheiros visitaram a Hercílio Luz terça-feira passada.
A Roca Ltda já executou trabalhos nos dois viadutos (acessos ao vão central) da ponte entre 2006 e 2009 e, segundo o Deinfra, as duas atividades foram concluídas no prazo.
– É uma empresa capacitada e não há nada que a desabone – garantiu Meller.
A Roca não estipulou prazo para dizer se aceita o serviço. Ontem, os diretores da empresa não foram localizados na sede e nem retornaram o e-mail com questionamentos sobre a proposta.

Engenheiros sugerem retomar contrato

Enquanto isso, outras construtoras também foram contatadas pelo Deinfra. O presidente disse que o contrato da obra emergencial não pode passar do valor médio orçado de R$ 10 milhões.
– A informação é que eles têm interesse. Como é uma obra complexa, não adianta pressionar – afirma Meller.
Na manhã de ontem, após a divulgação da desistência da TDB Ltda., representantes da Associação Catarinense de Engenheiros (ACE) se reuniram para debater o problema. O engenheiro Roberto Oliveira, autor do estudo Ponte Segura, disse que uma opção seria renegociar o contrato com a empresa Espaço Aberto reincidido em agosto deste ano. O presidente do Deinfra não quis comentar a sugestão.

“Foi decisão do conselho administrativo e fomos pegos de surpresa”, diz empresa

As obras na ponte Hercílio Luz estão paradas desde agosto. Naquele mês houve rescisão do contrato com a Construtora Espaço Aberto em razão de atrasos no cronograma da restauração. Em outubro foi assinado o contrato que autorizava a retomada das obras. O cronograma de trabalhos foi dividido em duas etapas: uma de finalização do trabalho já iniciado de sustentação provisória do vão central – contrato que a TDB Ltda assinaria –, com prazo de seis meses a partir da assinatura do contrato emergencial; e outra da restauração do restante da ponte, com prazo de dois anos, com a licitação ainda a ser lançada.
Nas últimas tratativas para assinatura do contrato para a obra emergencial, a TDB Ltda. desistiu da obra. A construtora terminaria de fazer os pilares de aço que darão sustentação à Ponte Hercílio Luz para que ela pudesse ser restaurada. Segundo o gerente administrativo financeiro da empresa, Lucas Dalla Bernardina, a decisão em cima da hora, foi por conta do alto risco devido a complexidade da obra.
– Ficaríamos a mercê do curto tempo para executar a obra e o risco de dar errado era grande e a empresa ficaria no prejuízo – afirma Bernardina.

Desistência de obra foi irrevogável 

Na análise do conselho administrativo da empresa, o projeto previa mergulhadores e balsas para a montagem da estrutura de sustentação emergencial e segundo a avaliação os riscos não compensavam. O gerente administrativo disse que toda a diretoria executiva se surpreendeu com a decisão do conselho, que foi tomada em reunião, na última segunda-feira.
– Eles tinham o projeto básico e receberam uma versão mais detalhada, tiveram tempo, mas demoraram para dar a resposta. Nem o Deinfra e nem o governo do Estado tiveram alguma responsabilidade nesta decisão, estavam empenhados na assinatura do contrato – destacou o gerente.
A empresa informou ainda que como o contrato emergencial não foi assinado, não há aplicação de algum tipo de multa, já que se trata de uma desistência. Ainda segundo a construtora, a decisão foi irrevogável, sem chances de uma renegociação.

HISTÓRIA DA PONTE HERCÍLIO LUZ
– 1982 – Laudo de um instituto de pesquisa de São Paulo constata corrosão nos cabos de sustentação da ponte, quando ocorreu a primeira interdição.
– 1987 – Departamento de engenharia da UFSC negocia elaboração de um estudo de recuperação.
– 1988 – Secretaria de Obras e Transportes do Governo Pedro Ivo Campos reabre a ponte para tráfego de pedestre, bicicletas, motos e carroças.
– 1991 – A ponte é interditada por técnicos da UFSC.
– 1992 – É feito o tombamento como Patrimônio Histórico do município.
– 1994 – Técnicos de uma empresa americana coletam materiais que serviriam de base para o projeto de reforma.
– 1998 – A ponte é considerada Patrimônio Histórico Nacional.
O INÍCIO DA RECUPERAÇÃO:
– 2004 – Projeto de recuperação é elaborado pelo DNIT e apresentado pelo Governador Luiz Henrique da Silveira.
– 2005 – Governador Luiz Henrique da Silveira assina edital de concorrência pública. O prazo final para entrega das obras fica para 2010.
– 2009 – Consórcio vencedor muda a técnica de recuperação. Obra precisou de mais prazo.
– 2010 – Começa a recuperação com dois anos de atraso. Previsão inicial é terminar as obras em 2012.
– 2011 – Começa o estaqueamento, mas é paralisado após a morte de um mergulhador.
– 2012 – O prazo para o término da reforma chega ao fim. A gestão alegou que a mudança no comando do Estado fez com que as obras atrasassem. Uma nova meta é estabelecida para a metade de 2013.
– 2013 – Governador Raimundo Colombo lança a solicitação para os catarinenses colaborarem financeiramente para reformar a ponte por meio da Lei Rouanet. Para terminar a obra, o governo do Estado faz um financiamento de R$ 150 milhões com o BNDES.
– 2014 – Contrato com a Construtora Espaço Aberto, que realizava a obra, é rompido em agosto em razão da demora. TDB Ltda assumiria trabalho de sustentação, mas desistiu antes de assinar o contrato.

Fonte: Mônica Foltran/ Diário Catarinense

Triste realidade

As informações confirmadas pelo Deinfra, de que um vento de mais de 100km/h poderia ser desastroso para ponte Hercílio Luz, possibilitando a queda de toda a estrutura, revela que os milhões e milhões de dinheiro aplicados todos esses anos foram suficientes, isso sim, para garantir a queda da ponte e não a recuperação.
É como ela se encontra nesse momento, em estado perigoso… Foi para isso que serviram esses milhões de reais? Pois é, daí levantam-se suspeitas, dúvidas, e um sentimento de descaso por um patrimônio que está agonizando… triste e vergonhoso.
Fonte: Paulo Alceu/ Notícias do Dia

Leilão

O leilão de ativos da Busscar realizado no Fórum de Joinville ontem à tarde ficou muito aquém do esperado. foram vendidos só dois dos seis lotes: as massas falidas da Climabuss, por R$ 3 milhões, e a da Busscar Colômbia, R$ 3,154 milhões. Os seis lotes do grupo, que incluem todas as empresas, foram orçados em R$ 489 milhões.
Fonte: Estela Benetti/ Diário Catarinense

Chuva e trânsito

O dia de ontem foi complicado na Grande Florianópolis. Motoristas enfrentaram longas filas na BR-101 nos trechos de Palhoça e São José. A Via Expressa também apresentou congestionamento até a região da Ponte Pedro Ivo, no acesso à Ilha de SC. Na SC-401, problemas no asfalto e colisões também prejudicaram o trânsito.
Fonte: Trânsito 24h/ DC

Cinco prefeituras de SC reavaliam contratos com empresas de radares investigadas na Ave de Rapina

Florianópolis e outras quatro prefeituras estão fazendo um pente-fino nos acordos firmados com a Kopp Tecnologia e a Focalle Engenharia Viária após a Polícia Federal deflagrar a Operação Ave de Rapina e apontar irregularidade envolvendo a contratação dessas empresas pela Capital.
São elas: Palhoça, São Bento do Sul, Balneário Camboriú e São Miguel do Oeste. Como até o momento não há indícios de fraudes, apostam na investigação da PF para checar a legalidade das contratações.
Segundo a investigação, uma das frentes de atuação do esquema era na seleção de empresas do ramo deradares de trânsito e lombadas eletrônicas, onde atuam a Kopp e da Focalle. A PF não divulga informações sobre possíveis irregularidades em demais regiões do Estado, mas adianta que o esquema ultrapassa o limite de Florianópolis.
A prefeitura de Palhoça pediu esta semana à Procuradoria-Geral do município que analise os contratos com as duas empresas. Os documentos para prestação de serviço foram assinados em fevereiro de 2011 e valem por quatro anos. Além disso, o Ministério Público do Estado (MP-SC) investiga a licitação para equipamentos de fiscalização de velocidade e pardais de Palhoça há três anos. Há suspeita de direcionamento de licitações.
Em São Miguel do Oeste, vereadores aprovaram requerimento endereçado ao prefeito João Valar pedindo cópia de todos os processos licitatórios e contratos entre a administração municipal e a Kopp.
Já em Balneário Camboriú, onde os radares são da Focalle, a Procuradoria-Geral do município vai solicitar análise.
– A partir do momento em que há uma operação que levanta suspeitas em relação a alguma empresa, mesmo que não seja na nossa cidade, é obrigação do poder público fazer essa revisão – explica o procurador de Balneário Marcelo Freitas.

Prefeituras aguardam término do inquérito


Dez municípios consideram o pente-fino precipitado e devem aguardar manifestação do MP-SC ou da Justiça para a reavaliação. Em Joaçaba, por exemplo, o contrato com a Kopp foi assinado em 2011 e já foi alvo de apuração. Segundo o secretário municipal de Administração, Celso Felipe Bordin, não foram encontradas irregularidades e, por isso, a prefeitura prefere esperar o término da investigação.
A prefeitura de Criciúma também não vê necessidade de revisão no contrato com a Kopp, assinado em julho. Presidente da Autarquia de Segurança, Trânsito e Transportes de Criciúma (ASTC), Giovanni Zappellini explica que a licitação foi revisada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e teve a legalidade atestada:
— A seleção foi feita por pregão presencial e, até agora, não há porque questioná-la — conclui Zappellini.
Em Ouro, no Meio-Oeste, o contrato com a Focalle está suspenso desde 2012 por causa de uma liminar do MP-SC, e os radares permanecem instalados, mas sem funcionar. E em Chapecó, o contrato de cinco anos com a Kopp foi cancelado por determinação judicial e o município assina com a Focalle desde 2012. 

Empresas se mantêm em silêncio


A Kopp tem contrato firmado com 11 cidades catarinenses, segundo a própria empresa. O diretor e um executivo – Décio Stangherkin e Fabiano Barreto – estão presos em Florianópolis. Eliseu Kopp, presidente da Kopp, está preso no RS. A empresa não foi notificada pelas prefeituras e prefere não se manifestar antes de ser comunicada.
Já a Focalle tem contratos referentes à fiscalização de trânsito com pelo menos seis cidades. A reportagem tentou contato via telefone e e-mail terça-feira, mas os diretores estavam em reunião. Ontem, eles estavam viajando. José Norberto Dagostini e José Dagostini Neto, empresários da Focalle, estão presos no Complexo Prisional da Agronômica, em Florianópolis.
Fonte: Gabriel Rosa/ Diário Catarinense

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