Clipping Imprensa – Fiesc pede suspensão da nova alta da conta de luz para a indústria

Clipping Imprensa – Fiesc pede suspensão da nova alta da conta de luz para a indústria

Florianópolis, 21.7.15 – Diante das dificuldades para repassar aumento de custos aos preços nesta fase de recessão, o presidente da Federação das Indústrias do Estado (Fiesc), Glauco José Côrte, defende a suspensão do próximo reajuste anual da conta de energia no Estado para o setor, previsto para 7 de agosto. Em ofícios enviados ontem para o diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, e ao presidente da Celesc, Cleverson Siewert, a federação alerta que o preço do insumo, um dos que mais pesam na produção industrial, já teve alta acumulada superior a 40% este ano em SC.
Um reajuste de 10% a 15% sobre essa variação vai afetar ainda mais a competitividade e dificultar a recuperação do setor produtivo. A entidade solicita medidas emergenciais para a Aneel. Conforme a Fiesc, a indústria catarinense registra queda dos seus indicadores. A produção industrial recuou 9,9% em maio e as exportações tiveram retração de 14,5% em junho, ambas frente aos mesmos meses de 2014.
O nível de emprego do setor, que está perdendo fôlego foram fechadas 4.174 vagas em junho será ainda mais afetado com a alta da luz. O impacto de custos da Celesc, na avaliação da federação, pode ser amenizado com a antecipação do uso da cota de energia barata de usinas já pagas. Essa mudança está prevista pela Aneel, mas só em 2021. A nossa principal bandeira e meta é em relação à indústria porque as tarifas do setor em SC estão acima da média brasileira. Além disso, a indústria não tem como economizar energia se produzir. A única forma de economizar é reduzir a produção. Em casa dá para fazer um programa de redução, o comércio tem condições de fazer isso. A Aneel, às vezes, dá tarifa diferenciada observa Côrte. O presidente da Celesc disse que ainda não tinha recebido o ofício, mas avaliou que essa é uma decisão do órgão regulador, a Aneel. Segundo ele, se o reajuste for suspenso, terá de ter um subsídio do governo federal, o que é difícil. A Aneel foi procurada mas não respondeu ontem.

SC tem energia mais cara

Entre as razões que levam a Fiesc a tomar uma decisão diferenciada no país e cobrar suspensão do reajuste é o preço alto da energia em SC.
Pesquisa apurou que este ano a tarifa industrial de energia em SC é 11,39% mais cara que a média do Brasil e a carga tributária daqui na conta de luz é 4,8% superior a do país. Coluna Estela Benetti/Diário Catarinense.


Por uma BR-101 mais turística


Uma das sugestões que surgiram na reunião do Codesul sobre turismo, ontem, em Florianópolis, foi a criação de um rota cênica na BR-101, com iluminação e infraestrutura turística. Entre os presentes, o presidente da Santur, Vinícius Lummertz (E), o secretário de Turismo, Filipe Mello e o presidente da Santur, Valdir Walendowsky. Coluna Estela Benetti/Diário Catarinense.


Circo na ponte


Congestionamentos em Florianópolis no início da manhã, hora do almoço e final de tarde são comuns. Mas congestionamento na madrugada? Pode? Pode, sim. E aconteceu na madrugada de sexta-feira para sábado, nos acessos às pontes Pedro Ivo e Colombo Salles. Motivo: uma blitz gigante providenciada pela Polícia Rodoviária Federal, apoiada pela Guarda Municipal.
Coronel PM da reserva e ex-secretário estadual de Segurança Pública, Dejair Vicente Pinto reclama que “180 veículos foram inspecionados, mas uns 18 mil devem ter ficado trancados”. Acrescenta o militar: “Um circo montado nos dois principais acessos à cidade que provocou congestionamento na área continental até as 3h”. Termo correto: “Um circo”. Coluna Cacau Menezes/Diário Catarinense


Perigo na ponte

A ponte Anita Garibaldi, na BR-101 Sul, em Laguna, se transformou em um novo cartão-postal no Sul, mas poderá registrar uma tragédia a qualquer momento. Já é comum ver pessoas caminhando ao longo da travessia. No domingo à noite, um grupo de jovens bebia bem próximo à parte estaiada da ponte. Fonte Coluna Cacau Menezes – Diário Catarinense


Cadê os líderes?, por Cesar Smielevski*


Enquanto nação, é notória nossa capacidade de superar momentos difíceis por conta da economia e da política, como se fosse possível evitar a inter-relação entre ambas. A resiliência que acabamos por desenvolver, em face das atribulações nas duas esferas, é reconhecida internacionalmente. Não faz muito tempo, o teste de fogo para executivos de corporações internacionais era gerir, mesmo por um curto período de tempo, subsidiárias no Brasil. Em tese, se o executivo fosse exitoso por aqui, diante de tamanhas imprevisibilidades, estaria apto a comandar qualquer unidade do grupo no mundo. Era o Brasil fazendo escola de uma experiência que em nada nos orgulhava.
Novamente, estamos vivendo um dos períodos mais conturbados da história recente de nosso país, com problemas de todas as ordens, decorrentes da malograda junção político-econômica. Porém, há, no atual cenário, um novo componente que amplifica a crise devido à falta de expectativa de encontrarmos o caminho da solução, que é a absoluta carência de lideranças. Essa situação é tão evidente que, se fizermos um exercício de prospecção de um perfil, em nível nacional, que congregasse os requisitos tácitos ou específicos propícios a um(a) líder, talvez até conseguíssemos identificar uma pseudorreferência, mas, com certeza, não teríamos a unanimidade, condição essencial para o caso.
Julgo que a inexistência de uma ou mais figuras de comprovada liderança, com habilidade de conseguir a coesão de grupos e pensamentos diferentes, influenciar pessoas e mostrar caminhos a serem seguidos, sem atendimento à interesses específicos, é consequência da incapacidade de nosso sistema de ensino e da dissociação dos atuais entes públicos com a parcela mais jovem da população.
A primeira, por não desenvolver no indivíduo, desde os primeiros anos, preparo analítico e comportamental para superar os desafios que a vida vai lhe apresentar. A falta de sintonia com a juventude de nossos entes públicos, por sua vez, dificulta o florescimento de boas e novas lideranças, isso porque continuam a apresentar ações e comportamentos de outrora, em total descompasso com o tempo presente e os anseios dessa importante parcela da população.
*Presidente da Associação Empresarial de Criciúma (Acic)


Depuração política


O país irá demonstrar que é capaz de sair mais forte desses episódios se, ao final, reduzir o espaço para a prática de qualquer tipo de corrupção.
No momento em que a política parece encontrar-se num beco sem saída, com suspeitas que envolvem até mesmo a presidência da Câmara, merecem atenção manifestações sensatas, como as de que é preciso olhar menos para as denúncias em si e mais para o fato de estarem sendo investigadas. O país não pode permitir que um impasse político dessas proporções possa derivar para uma crise institucional. Mesmo no calor das denúncias, o que importa é o funcionamento pleno das instituições, com o cumprimento de suas atribuições constitucionais assegurado.
Duas manifestações recentes de líderes políticos merecem particular atenção pela sensatez. Uma delas é a do decano da Câmara Federal, deputado Miro Teixeira (Pros-RJ), para quem a apuração de episódios de corrupção representa um aspecto positivo da democracia, ao contrário dos próprios fatos. Outra é a do vice-presidente Michel Temer, que vê o país passando por “um momento de depuração”.
O combate à corrupção, na maioria das vezes associada ao financiamento de campanhas, impõe consequências pesadas no âmbito político e também no econômico, particularmente no caso da operação Lava-Jato. Daí a importância de que organismos como a Polícia Federal, o Ministério Público e o Judiciário, além do Tribunal de Contas, possam atuar sempre com independência.
O fortalecimento da política e da ética nacional depende da capacidade das instituições de investigar e responsabilizar eventuais envolvidos em irregularidades. O país irá demonstrar que é capaz de sair mais forte desses episódios se, ao final, reduzir o espaço para a prática de qualquer tipo de corrupção. Editorial Diário Catarinense.

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