Florianópolis, 20.6.15 – Mesmo em um ano que deve ter recessão, a indústria catarinense vai continuar investindo, só que em menor escala. As empresas pretendem aplicar R$ 2,1 bilhões, valor menor do que o que foi efetivamente gasto no ano passado pelo setor, R$ 2,3 bilhões.
Uma das explicações para a redução é a falta de confiança dos empresários. Em 2014, 66% dos industriais se declararam otimistas em relação aos negócios. Esse número caiu para 29% em 2015 segundo a pesquisa Desempenho e Perspectivas da Indústria Catarinense, realizado pela Federação das Indústria de Santa Catarina (Fiesc) em parceria com o BRDE.
– A redução, na verdade, é pequena se nós considerarmos o cenário da nossa economia e as incertezas em relação a como ela vai se comportar em 2015 e 2016 – diz o presidente da Fiesc, Glauco Côrte.
Apesar da redução no orçamento total, o valor previsto para inovação é 76% maior que o registrado no passado. Para Côrte, o dado mostra a tendência do setor de prestar atenção à necessidade de diferenciação.
Problemas com infraestrutura
Mesmo 2014 tendo sido um ano de eleições, com incerteza no câmbio e grande entrada de produtos importados, a maior parte dos empresários da indústria voltaram a apontar os gargalos domésticos como os que mais afetaram o desempenho das empresas e a competitividade. Apesar de ser o ponto em que o governo federal atribui a culpa pela atual crise econômica, o mercado internacional foi o fator menos citado pelos industriais.
Por outro lado, o estudo destaca pontos positivos de 2015: retomada de economias externas como EUA e países da Europa, oportunidades existentes em nosso país, taxa cambial favorável às exportações, boa perspectiva para a safra agrícola e busca por equilíbrio fiscal do governo.
Empresários se dividem entre cautela e confiança
A indústria catarinense projeta investimentos de R$ 4,4 bilhões até 2017, segundo estudo da Fiesc. Somados outros investimentos anunciados por empresas de Santa Catarina, o valor pode chegar a R$ 6,9 bilhões no período.
Para algumas empresas, a política de investimento é contínua e necessária para a manutenção dos negócios.
– Nossa política de investimento não é no sentido de fazer um projeto e acabar. Investimos anualmente uma média de US$ 3 milhões e não vai ser em uma crise como essa que vamos parar – diz o diretor financeiro da Buddemeyer, Evandro Müller de Castro, indústria têxtil de São Bento do Sul.
A indústria têxtil e de confecções está entre os segmentos que mais pretendem investir até 2017, segundo o levantamento. O setor projeta aplicação de R$ 170,7 milhões nos próximos anos.
O setor de celulose e papel está em segundo lugar no ranking, com R$ 217,3 milhões projetados para investimentos.
Mas a desconfiança atingiu parte do empresariado, mesmo que uma minoria. No levantamento de 2014, 88% das empresas afirmaram que investiriam no decorrer do ano. Em 2015, esse número ficou em 87%.
– A Fischer investiu muito em 2013 e 2014. Então, não temos nada previsto para 2015 e 2016. Estamos aguardando uma nova frente que o Brasil possa proporcionar porque, atualmente, vejo as coisas muito obscuras no progresso do Brasil – disse Ingo Fischer, diretor presidente da empresa de Brusque, que produz eletrodomésticos.
O levantamento é resultado de uma pesquisa realizada de janeiro a março de 2015 com 114 empresas de Santa Catarina.
Fonte: Diário Catarinense
Ministro: “Não vamos parar obra nenhuma”
Pontos positivos marcaram a rápida visita que o ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, a Santa Catarina. O primeiro foi a disposição do ministro de participar de um evento aberto no plenário da Assembleia Legislativa. Ali respondeu às indagações da plateia e revelou espírito democrático de receber até críticas pertinentes ao ministério. Além disso, tomou decisões na hora sobre questões administrativas que dele dependem. Determinou também a assessores ali presentes que agilizassem medidas urgentes levantadas no encontro.
Com firmeza, o ministro enfatizou fatos relevantes sobre a nova política de concessões do governo federal. Garantiu que o primeiro pacote de leilões será lançado no segundo semestre, incluindo as rodovias previstas para o Oeste de Santa Catarina, apesar de beneficiarem mais o Paraná. Foi além, sugerindo que os parlamentares e as entidades do Estado participassem dos estudos que estão sendo realizados pela ANTT e Ministério dos Transportes para definição dos critérios a serem fiados nos leilões.
Outro fato importante foi a reiterada declaração dos dirigentes do ministério e do próprio ministro de que os leilões não trarão qualquer solução de continuidade às obras em andamento em rodovias federais. Disse e repetiu: “Não vamos parar nenhuma obra em Santa Catarina.”
Entrevista
Ministro, seus antecessores estiveram há cerca de dois anos em Gaspar lançando ordens de serviço da duplicação da BR-470 e até hoje não tem um metro de asfalto. Por quê?
Deve ter acontecido algum problema e por isso não teve continuidade.
Segundo o DNIT faltam recursos para desapropriações…
Veja você que as grandes dificuldades que temos com ordens de serviço são Ibama, Funai e desapropriações. Não temos culpa que a Justiça demora meses e anos para autorizar desapropriações. Nós não podemos interferir no Judiciário. Temos as dificuldades costumeiras no Judiciário.
Na área administrativa, excesso de burocracia?
O problema não está na burocracia. Está no Judiciário.
Quando os editais dos leilões das rodovias em SC serão lançados?
Nós vamos realizar todos os leilões e viremos a Santa Cataria anunciar os resultados. Temos quatro leilões para 2015. Um deles é de Santa Catarina. Vai ser um grande sucesso.
Contorno
Duas reuniões marcadas para a próxima semana serão decisivas para a conclusão das obras do Contorno Viário da BR-101 na Capital. Uma na quarta-feira, na ANTT, em Brasília, com a participação do Fórum Parlamentar, para definir se o traçado no sul termina na BR-282 ou em dois outros trechos da BR-101. Outra, na sexta, com o governador Raimundo Colombo e os prefeitos da região com o mesmo objetivo.
Recuo
Os investimentos do setor industrial previstos para este ano em Santa Catarina devem atingir R$ 2,1 bilhões, segundo pesquisa feita pela Fiesc incluída no estudo Desempenho e Perspectivas da Indústria Catarinense em 2015. Dois fatos negativos: haverá recuo de 12,8% em relação a 2014. E o otimismo dos industriais caiu de 66% para 29%.
Índios
Agricultores de SC que há décadas moram e produzem em Toldo Pinhal, no Oeste, podem dormir mais tranquilos. O TRF acolheu tese da Procuradoria do Estado contestando aumento da reserva indígena, a partir de provas de que nem em 1950 e muito menos em 1988 havia indígenas na reserva ampliada de 93 hectares para 4.846 hectares. Foi a segunda vitória dos colonos e do Estado em relação a atos sobre reservas indígenas.
Abandonados
O trecho da BR-470, entre Indaial e Blumenau, continua sem manutenção do DNIT. Os usuários penam duplamente: com os congestionamentos e com o asfalto esburacado. Na SC-477, entre Timbó e Benedito Novo, a situação é ainda pior. A buraqueira só aumenta e tem sido objeto de protesto da população em Rodeio.
Fonte: Diário Catarinense (Moacir Pereira)
IBCR mostra queda de 0,15% na atividade econômica do Estado
O Índice de Atividade Econômica Regional de Santa Catarina (IBCR-SC), calculado pelo Banco Central do Brasil, apresentou declínio de 0,15%, na passagem de março para abril deste ano. O resultado, divulgado ontem, se acentua quando comparado com o mesmo resultado de abril de 2014, uma queda de 1,21%.
Apesar dos números para o Estado, a economia de Santa Catarina ainda enfrenta uma situação menos grave do que a do país como um todo. Na passagem de março para abril, o índice do Brasil caiu 0,84%. Em relação ao mesmo mês do ano passado, -3,13%.
– Santa Catarina não está fora do eixo. A recessão entrará também no Estado – diz o economista Eduardo Guerini, professor na Universidade Federal de Santa Catarina.
No acumulado do ano, o índice soma uma queda de 1,12% na economia de Santa Catarina. Um início de semestre negativo para o Estado. Entretanto, no acumulado dos últimos 12 meses, o IBCR-SC apresenta crescimento de 0,40%. Apesar da tendência de queda, ainda apresenta um resultado positivo quando analisado em um período maior. O Brasil como um todo, de janeiro a abril, acumula queda de 2,23%. E o país, ao contrário de Santa Catarina, está negativo também quando se olha os últimos 12 meses: -1,30%.
– Já passamos do amarelo para o vermelho no ambiente institucional da economia – antecipou o presidente da Fiesc, Glauco Corte, em entrevista na última quinta-feira.
Um dos principais motivos para a queda, apontados em projeções da Confederação Nacional da Indústria, pode ser a retração em 0,6% no consumo das famílias brasileiras. A produção industrial, após cair 3,2% no ano passado, também tem previsão de queda: -2,8% no país em 2015.
“Santa Catarina não está fora do eixo. A recessão entrará no Estado também”.
Fonte: Diário Catarinense
Deinfra é questionado pelo Crea
A equipe do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) apresentou ontem a atual situação das obras na Ponte Hercílio Luz ao plenário do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-SC). No evento foram feitos apontamentos sobre o trabalho emergencial executado pela empresa Empa, do grupo português Teixeira Duarte, que é de erguer as quatro torres de sustentação inferior da ponte com prazo de 180 dias, que termina em outubro deste ano.
Segundo o engenheiro do Deinfra Wenceslau Diotallevy, que supervisiona a obra na Hercílio Luz, duas das torres estão quase concluídas e as outras duas vão começar a ser erguidas a partir do próximo mês.
Fonte: Diário Catarinense
Itajaí e Navegantes buscam consenso sobre os clientes
Confirmada no meio da semana, a iminência de Itajaí perder a linha asiática ASAS, que corresponde a 40% da movimentação do porto, para a Portonave, de Navegantes, fez subir o tom da reunião do Conselho de Autoridade Portuária (CAP) ontem. Na tentativa de evitar prejuízo fiscal e perda de empregos em Itajaí, os conselheiros deixaram a reunião com a intenção de discutir com a direção da Portonave, na segunda-feira, a possibilidade de propor aos seis armadores que integram a linha dividirem as cargas ou as escalas de atracações entre as duas margens. O fato é que, mesmo que APM e o terminal de Navegantes entrem em acordo, a palavra final será dos armadores.
A estimativa de Itajaí para perdas inclui cerca de mil empregos diretos e uma queda sensível na arrecadação de ISS: as quatro maiores pagadoras estão ligadas ao setor portuário e a APM Terminal responde pela maior fatia do imposto, que rendeu em 2013 R$ 6 milhões. Um impacto que poderá ser sentido inclusive no PIB da cidade, hoje o maior de Santa Catarina.
A migração de serviços entre terminais portuários ocorre com regularidade e, via de regra, sai ganhando quem oferece a melhor relação entre custo e produtividade – é, portanto, uma questão de mercado.
De acordo com o diretor-superintendente da APM, Ricardo Arten, porém, a instituição da nova Lei dos Portos, que expandiu o mercado para os terminais privados, teria reduzido a competitividade dos terminais que atuam em portos públicos sob arrendamento, como é o caso de Itajaí. Nos últimos 30 dias, Itajaí perdeu outros três serviços menores para Navegantes, dois do Golfo e um da África.
Fonte: Diário Catarinense
Indústria se prepara para competir mais
Apesar de a economia brasileira estar em recessão, as indústrias catarinenses mantém os investimentos, embora com um pequeno recuo. Isto porque, mesmo em menor ritmo o consumo interno continua, há oportunidades para mais exportações e é preciso ter parque fabril competitivo e pessoas qualificadas para sobreviver e crescer. Por isso o setor está investindo R$ 2,1 bilhões este ano, 12,8% a menos do que o total do ano passado, e projeta R$ 4,4 bilhões para o período 2015-2017. Estes dados integram o levantamento sobre investimentos industriais em SC da publicação Desempenho e Perspectivas da Indústria Catarinense 2015, divulgado ontem pela Federação das Indústrias do Estado (Fiesc) em parceria com o BRDE. Como o mercado brasileiro, embora gigante, está comprando menos, mais empresas se organizam para exportar. Uma das prioridades da Fiesc, segundo o presidente da entidade, Glauco José Côrte, é internacionalizar médias e pequenas empresas. Temos um programa de inserção da pequena e média empresa no comércio exterior. No encontro Brasil-Alemanha, em Joinville, vamos tratar muito essa questão. Os alemães querem que suas pequenas e médias empresas vendam mais para o Brasil e nós esperamos que nossas empresas vendam mais para a Europa afirma Côrte.
Aliás
Fiesc também tem pauta para o ministro da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, que estará nesta segunda na entidade. Glauco José Côrte defende Simples trabalhista e mais contratos públi
os ao setor.
Otimista
Para o presidente do BRDE, o empresário e ex-senador Neuto de Conto, muito da crise atual é psicológica. Se diz otimista, com a cabeça nas nuvens e os pés no chão. Ontem, na Fiesc, após o lançamento da publicação sobre investimentos da indústria, destacou que o banco está emprestando mais do que projetava, inclusive para microcrédito. Entre os setores em alta, no Estado, estão os de alimentos e revestimentos cerâmicos. O setor de autopeças sofre mais.
Cinco ministros
Estado entrou na agenda dos ministros da área econômica. Em pouco mais de uma semana recebe os titulares do turismo, transportes, previdência, pequenas empresas e agricultura. Tomara que os pleitos de SC sejam atendidos.
Kátia Abreu
A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, vai falar sobre o Plano Safra na abertura do Congresso Nacional da Soja, segunda à noite, em Florianópolis. O principal pleito, segundo o superintendente federal de Agricultura no Estado, Jacir Massi, é a contratação de 79 profissionais entre fiscais agropecuários e técnicos para os cinco portos e outras regiões produtoras.
Sobre a folha
Preocupada com a possível aprovação, pelo Congresso, do fim da desoneração do INSS na folha de mais de 50 setores, a Facisc tem uma sugestão. O vice-presidente da entidade, André Gaidzinski, propõe que, se o incentivo cair, que seja de forma escalonada e não tudo de uma vez. A federação sugere corte de 0,5% ao ano até o limite dos 2,5% e 4,5% pretendidos. Isso reduziria o impacto negativo às empresas.
CVentures
Startup de Florianópolis, a Exact Sales assinou contrato de investimento com o fundo CVentures Primus. O aporte integra plano de investimento de R$ 10 milhões para expansão da empresa. Os recursos serão para as áreas de atendimento ao cliente, desenvolvimento de software, gestão da empresa e vendas. A empresa atua no segmento de negócios B2B.
No exterior
Sócio da empresa de paisagismo Boa Vista, de Joinville, o catalão Jordi Castan tem dedicado bem mais tempo à consultoria internacional na área de associativismo. Enquanto a esposa, a arquiteta Juliana Metz, executa trabalhos em SC, ele atua pela GIZ (ex-GTZ) na Albânia e Ruanda, e pela FGA no Egito, entre outros. Tem trabalhado cerca de 200 dias no exterior.
K-Platz
Lançado quinta pela Koerich Imóveis, o projeto K-Platz, que terá um hotel e cinco condomínios em São José, será totalmente concluído em 2020, não apenas parcialmente como saiu aqui quinta.
Novo brinquedo
Uma das surpresas da exposição Design Catarina na sede da Fiesc, em Florianópolis, é o aparelho eletrônico Rilix Coaster (foto), que simula montanha-russa, divertindo crianças e adultos. A mostra abre das 10h às 18h, inclusive aos sábados e domingos. Ela apresenta uma série de produtos de SC. Integra a Bienal Brasileira de Design 2015, com exposição no CIC e em outros locais.
Fonte: Diário Catarinense (Estela Benetti)
Estado perde 6,7 mil postos de trabalho
Santa Catarina teve um dos piores saldos na geração de empregos no mês de maio, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) ontem. Foram eliminados 6.717 postos de trabalho em maio, redução de 0,33%. Com estes números, o Estado ocupa a 20a posição.
O resultado decorreu principalmente do decréscimo do emprego nos setores da indústria de transformação (-2.599 postos) e do comércio (-2.062 vagas). Entre os municípios com mais de 30 mil habitantes, o que teve o melhor resultado foi Tubarão, com um saldo de 419 postos de trabalho (variação de 1,06%). Joinville ocupa a última posição do ranking estadual com redução de 1.762 vagas (variação de -0,89%). Florianópolis e Blumenau também tiveram os piores desempenhos com reduções de 732 e 523 postos, respectivamente.
São Paulo teve o pior índice
No Brasil como um todo, de acordo com o Caged, verificou-se uma redução de 11.599 postos de trabalho, um declínio de 0,28% em relação ao mês anterior. Os dados apontam que dos oito setores da atividade econômica, apenas a agricultura teve desempenho positivo (28.362 postos ou variação de 1,83%).Nos demais setores, os que registraram as maiores perdas de emprego foram a indústria de transformação, os serviços e a construção civil. Em números absolutos, São Paulo foi o Estado que menos gerou empregos em maio.Entre os Estados, apenas quatro elevaram o nível de emprego formal: Mato Grosso do Sul, Goiás, Acre e Piauí.
Fonte: Diário Catarinense
Interpraias | Plano cria taxa de preservação ambiental
Um projeto protocolado pelo vereador Claudir Maciel (PSD) prevê a criação de uma política de desenvolvimento sustentável para a região da Interpraias, em Balneário Camboriú. A proposta fala em ações de preservação ambiental, saneamento básico, incentivo à pesca artesanal e às manifestações culturais, e o mais importante: abre espaço para a criação de uma Taxa de Preservação Ambiental (TPA).
Fonte: Diário Catarinense
Resgate da moralidade, por *Rogério Araujo da Silva
O panorama político-social brasileiro é apresentado em um grande painel simbólico de fatos que agridem, tanto nos limites da legalidade quanto nos aspectos morais, significativamente a sociedade tupiniquim. Nesse sentido, escândalos políticos morais, desvios gigantescos de verbas destinadas, a priori, a programas sociais e a corrupção da máquina estatal são acontecimentos enraizados no dia a dia desta nação verde-amarela.
Petrolão, mensalinho tucano, mensalão, Lava-Jato, enfim, Brasil. As críticas severas da sociedade brasileira a esses escândalos da política nacional ocorridos recentemente são pertinentes. Entretanto, há, em um primeiro momento, a necessidade de reflexão no que tange especialmente à origem desses desvios comportamentais. Já em um segundo instante, há também a fundamental e necessária presença da rigidez do Judiciário, que exerce o papel coercitivo a essas atividades ilícitas. Agora, sob uma ótica crítica e fundamentada, observa-se que a comodidade crítico-racional da população brasileira é algo marcante. Nesse rumo, esse comportamento amistoso da sociedade em relação aos desvios comportamentais, em especial dos representantes políticos, colabora significativamente para que essa inércia da imoralidade continue a assolar o Brasil. Da análise do atual panorama político-social brasileiro, emerge, com clareza, o entendimento de que há significativamente desvios de comportamentos dos mais variados possíveis. Para que se alcancem resultados positivos expressivos nessa questão, como a mudança de atitudes imorais e ilícitas, há, portanto, a necessidade de que a sociedade brasileira exerça um julgamento crítico-moral a respeito, bem como o Judiciário realize um julgamento efetivo e também coercitivo desses desvirtuamentos comportamentais. Há a necessidade de a sociedade brasileira exercer um julgamento crítico-moral
*Funcionário público e acadêmico de Direito – Blumenau.
Fonte: Diário Catarinense