Florianópolis, 14.6.15 – O túnel do Morro dos Cavalos não está previsto no programa de concessão da BR-101 Sul, anunciado pela presidente Dilma Rousseff. Esse empreendimento ficou de fora do investimento estimado de R$ 1,1 bilhão do setor privado, que vai cobrar pedágio na rodovia. Isso porque o governo federal decidiu manter as obras públicas que já estão em andamento, incluindo o ponto mais complicado da estrada. A União garante que o túnel sai. Previsto no PAC, ele também é uma condicionante ambiental já pactuada. Assim, na prática a BR-101 virou o filé do pacote rodoviário de concessões. A empresa que assumir o trecho de Palhoça à divisa com Rio Grande do Sul terá que se preocupar apenas com a manutenção, com a construção das praças de pedágio e alguma obra de menor impacto. A área da infraestrutura do governo já trabalha com a previsão de que terá briga entre os investidores. Por outro lado, como não haverá exigência de obras complicadas, a expectativa é de que o pedágio não pese no bolso dos motoristas.
Promessa é dívida?
Na próxima visita ao estado, prevista para julho, o ministro Gilberto Kassab (cidades) deve anunciar liberação de recursos para investimento em mobilidade urbana em 10 municípios. Joinville e Blumenau estão na lista. Para Blumenau, o anúncio deve chegar a r$ 10 milhões. O interessante será acompanhar a execução dos recursos. Depois dos cortes no orçamento, Kassab ficou praticamente só com a verba do Minha Casa, Minha Vida.
O pacote
A concessão do Hercílio Luz prevê investimentos privados no pátio de aeronaves, novo terminal de passageiros e no acesso viário. O terminal de cargas deverá ser ampliado. Empresas já manifestaram interesse em participar no leilão, mas ainda não se inscreveram.
Sob análise
A Secretaria de Aviação Civil e a Infraero se reúnem nos próximos dias para definir os rumos das obras que já estão em andamento no aeroporto Hercílio Luz. A expectativa é de que a Infraero só prossiga com aquelas obras que estão quase concluídas. A determinação do governo é que os trabalhos precisam estar concluídos antes que a concessionária assuma o terminal. O leilão está previsto para o primeiro semestre de 2016.
Fonte: Diário Catarinense (Carolina Bahia)
Blitz da lei seca voltará
Florianópolis voltará a ter blitz de lei seca no segundo semestre deste ano e terá como modelo a operação que vem sendo executada há seis anos no Estado do Rio de Janeiro. Essa, porém, é apenas uma das ações programadas pelos gestores do sistema viário da Capital.
A nova autoridade de trânsito da cidade, o secretário da Segurança e Gestão do Trânsito, Raffael de Bona Dutra, informa que está para ser lançado edital de concurso público para contratação de cerca de 50 guardas municipais, os quais vão viabilizar a retomada da blitz, em parceria com o Departamento Estadual de Trânsito de Santa Catarina (Detran/SC), em vários pontos da cidade.
Aliás
A prefeitura de Florianópolis também está na fase de finalização das especificações técnicas do edital para a contratação das empresas que serão envolvidas na modernização do sistema de controle dos 134 cruzamentos semafóricos da cidade. A medida vai custar aos cofres públicos aproximadamente R$ 3 milhões.
Crédito
Os deputados Esperidião Amin (federal) e o filho João (estadual) comemoraram a assinatura da ordem de serviço para pavimentação da rodovia Baldicero Filomeno que passa pela Freguesia do Ribeirão da Ilha, substituindo os antigos paralelepípedos. É que o recurso veio de emenda de R$ 800 mil de Esperidião e o projeto foi tocado pelo filho quando estava na Secretaria de Obras do município.
Fonte: Diário Catarinense (Visor – Rafael Martini)
O voto obrigatório
O voto continua “obrigatório”, decidiram suas excelências. No Brasil, o sufrágio tem razões que a própria razão desconhece. Tem gente que escolheu seu candidato porque “ele é bom de bico”, “usa dentadura”, “me deu uma carona anteontem”, “prometeu um empreguinho pro meu filho”, “vai limpar meu nome no SPC”, “me prometeu um canário-do-reino”, “garantiu que não faltará cerveja gelada no verão que vem” ou “lutará pelo direito dos homens receberem pensão alimentícia das ex-mulheres”.
O único defeito do voto eletrônico é que o protesto não se dá por escrito, como nos bons tempos. Antes, podia-se escrever uma repulsa, uma piada ou mandar todo mundo pro inferno. Uma torcedora de futebol, Maria Chuteira convicta, sente falta dessa liberdade. A anulação do voto se dá apertando um botão, e não escrevendo a mensagem que gostaria de mandar:
“Um beijo pro Neymar” ou “Fora, Marco Polo Del Nero!”
O voto proporcional, mais do que o majoritário, tem intenções pouco sondáveis, que vão da vingança conjugal – protesto contra o ex-cônjuge – até a simples ausência de razão: “Não sei por que votei nesse sujeito. Aliás, nem me lembro mais do nome dele”.
Continua havendo, claro, o voto comercial: o que se dá em troca de um sapato novo, um tanque de gasolina de um velho Fusca, um leite Ninho para as crianças ou um vale para meia hora de amor com as Diabólikas, garotas de programa “com local próprio”.
E ainda há o voto das minorias e o dos anarquistas:
– Votei no cara porque ele era o pior, disparado!
– O meu candidato prometeu a volta da inflação!
Ao eleitor também não importa se o candidato usa cueca samba-canção, com lugar para dólares; camisa de física por baixo de outra furadinha; ou exiba as unhas dos dois mindinhos crescidas, para propósitos pouco higiênicos.
Os motivos que levam um eleitor a sufragar um nome é segredo que pertence à antropologia sociocultural da nação – e escapa à análise de nossa vã filosofia.
Mas que tal escolher cada candidato no capricho, mais pelo seu currículo do que pelo seu prontuário? Ainda mais agora que encompridaram os mandatos para cinco longos anos? Salvar o Brasil é não votar nos fichas-sujas, que insistem em lavar as roupas imundas com o voto limpo, prorrogando o próprio mandato.
Fonte: Diário Catarinense (Sérgio da Costa Ramos)
Não corra atrás da crise, corra na frente dela, por *Octávio René Lebarbenchon Neto
Em algum momento deste ano, você deve ter ouvido falar sobre redução do consumo ou está vivendo este “mau humor” econômico que já afetou muitas pessoas e organizações. Não deixemos de ver o óbvio sobre a economia do nosso país, mas também devemos compartilhar alternativas positivas. Nas inúmeras reuniões de negócios que tenho participado, em todas elas, um fator envolveu o clima destes encontros: o tema crise foi usado como um fator impulsionador de novas ideias e novos projetos. Chamo isso de inteligência de mercado.
Mais do que nunca, é hora de buscar novas técnicas, novas ferramentas de gestão que incrementem as vendas e promovam cenários positivos aos negócios. Muitos já estão à frente e não apenas correndo atrás da crise. Quem corre à frente, embora tenha a pressão natural do resultado, tem também uma visibilidade mais ampla do mercado, podendo encontrar saídas que outros ainda não perceberam. Portanto, a inteligência de mercado é a inteligência para o mercado.
Já escutei o seguinte: “vou cortar todos os custos, especialmente àqueles de comunicação de marca. Só a venda me interessa”. Isto é um engano, pois o reforço da marca e o bom posicionamento junto ao mundo empresarial e ao mercado mostra que a companhia não está tentando fugir da crise, mas criando alternativas inteligentes para sair dela. Aliás, o Brasil e em especial Santa Catarina tem sabido lidar muito bem destes momentos. Por isso, o caminho é buscar inovação, criar, pensar, refletir e agir nas alternativas inteligentes que possam dar consistência ao negócio.
A inteligência de mercado exigirá profissionais conectados para pensar as saídas do problema. Os profissionais de vendas e marketing podem e devem apresentar esse caminho para o mundo novo. E ao conectar-se a estas pessoas, as empresas criarão um ambiente mais favorável, diminuindo o pessimismo. As oportunidades estão aí, mantenha o foco, ajuste o prumo e aguarde os resultados positivos.
As oportunidades estão aí, mantenha o foco, ajuste o prumo e aguarde os resultados
*Presidente da ADVB/SC
Fonte: Diário Catarinense
SC e PR lideram a saúde financeira
Não está fácil equilibrar o orçamento familiar e ainda poupar diante da inflação que não para de crescer. Mas catarinenses e paranaenses são os que melhor administram as finanças pessoais no Brasil atualmente. É o que confirma a medição automática feita em abril pelo GuiaBolso, primeiro aplicativo de controle financeiro gratuito do país, disponível para iOS (iPhone) e Android, com 750 mil usuários no país. A pontuação, com base na movimentação bancária vai de 0 a 700. Os usuários de SC e PR ficaram empatados no índice com 450 pontos, o que significa 64% do total. O segundo lugar foi obtido pelo Rio Grande do Sul com 61% . A média nacional ficou em 58% (405 pontos). O GuiaBolso gera mensagens considerando três pontos: Entrou mais dinheiro do que saiu, evitou o cheque especial e fez aplicação em produto financeiro. Quanto mais sobra de dinheiro e menos uso de cheque especial mais pontos a pessoa ganha. Pela classificação, de 607 a 700 pontos significa saúde exemplar; de 490 a 606, saudável; de 406-489, fabril; 191 a 405, doente; de 0 a 190 revela que a administração das finanças está na UTI. O aplicativo mostra que mesmo os brasileiros das classes A e B, que são muito bem informados, precisam aprimorar a gestão financeira familiar. A nota mais alta, 64%, obtida pelos catarinenses e paranaenses, ainda está longe da ideal, que seria superior a 80%. Isto porque o uso de cheque especial ou outro endividamento não são as opções mais eficientes para gestão financeira. Ao fugir dessas despesas, as pessoas sobram mais dinheiro para consumir. O que se percebe é que, com o uso das tecnologias e maior oferta de informações, muitas pessoas estão parando para fazer contas e entender melhor sobre custo de dinheiro. O aplicativo GuiaBolso e outras soluções virtuais, como a calculadora do Banco Central, ajudam na gestão do dinheiro.
Fonte: Diário Catarinense (Estela Benetti)
Com a palavra
Integrante do Conselho Nacional de Secretários de Transportes, do qual é vice-presidente, o catarinense João Carlos Ecker, titular da infraestrutura, participou de uma reunião em torno de uma polêmica: a reativação de uma medida provisória de 7 de dezembro de 2002, vetada à época, na transição dos governos de Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva, que dispõe da transferência pela união para os estados e municípios de parte da malha federal. O assunto foi levantado na presença do ministro Antonio Carlos Rodrigues (Transportes) pelo conselho, que não tem poder executivo, dias antes do governo federal propor a privatização, pelo sistema de concessão de parceria público-privada, das rodovias federais que cortam Santa Catarina. Ecker, que comemora as obras nas estradas estaduais e pretende, em breve, ter em funcionamento um programa que mostra a situação de cada metro dos 5.000 quilômetros, com o apoio da polícia militar rodoviária estadual, observa que a volta da MP seria um retrocesso enorme. “Não temos outro caminho a não ser privatizar as rodovias. Agora, tem que ter um pedágio acessível e tem que ter o compromisso das empresas em não só conservar como também ampliar os trechos”. João Carlos Ecker, secretário estadual da infraestrutura, sobre o futuro das rodovias intermunicipais e sob a ameaça da união repassar trechos das estradas federais aos estados e municípios.
Fonte: Notícias do Dia (Roberto Azevedo)
Então
Uma pergunta foi formulada pelo atento leitor da coluna Leopoldo Pelin Júnior, depois de ler a nota sobre o vídeo que o governador Colombo apresentou ao ministro Kassab, dos feitos da Defesa Civil de Santa Catarina: não estaria aí uma solução para a ponte Hercílio Luz? Se em duas horas os competentes profissionais da Defesa Civil constroem uma ponte metálica, com certeza não levariam 30 anos para reformar o cartão de visitas do estado.
Pois é
Até políticos que integram partidos aliados ao governo federal estão céticos diante do pacote de concessões anunciado pelo governo federal. O deputado Gelson Merisio, presidente da Assembleia, aplaudiu a lista de obras que serão realizadas no estado, em BRs, no aeroporto Hercílio Luz e no porto de São Francisco do Sul, mas deixou claro que o momento é de cobrar e acompanhar as obras para que se transformem em máquinas em operação e sejam concluídas com rapidez.
Fonte: Notícias do Dia (Paulo Alceu)
Depois de um século
O frágil Bréguet-16 aproximava-se do campo do Campeche pela orla leste da Ilha, acariciando a Lagoa e as dunas, depois de evitar, ao norte, o perigoso morro da Virgínia.
Aterrissava, às vezes já sem luz natural, numa pista debruada de archotes embebidos em óleo de baleia. No galpão de madeira da Latécoère, embrião da Air France, dois manezinhos da Ilha valiam-se da única “infr
estrutura” presente na gare de passageiros: dois bules fumegantes, um de chá, outro de café.
Houve genuíno espanto dos Manés no dia em que um piloto fez seu chá ser acompanhado de um “pão dormido” que trouxe a bordo: o “pão” era um croissant e o piloto, Antoine de Saint-Exupéry, numa de suas aterrissagens na Ilha, entre 1929 e 1930.
Agora que as autoridades se afeiçoaram às viagens por todos os quadrantes da aldeia global, e que os aeroportos são “cidades”, segundo o modelo conceitual de “aeroshoppings”, imaginava-se que a Ilha de Santa Catarina finalmente ganharia um aeroporto decente, digno da operação de cerca de 4 milhões de passageiros/ano e de mais de mil voos charters somente nos meses de janeiro e fevereiro.
Vizinho de aeroportos futuristas, como o Afonso Penna de Curitiba e o Salgado Filho de Porto Alegre – há 30 anos entre os maiores e mais “funcionais” do país –, o Hercílio Luz, primo pobre, vive de meias-solas. E de aeroporto internacional só tem o nome.
Pior, só ficará pronto quando o voo de Exupéry sobre o Campeche estiver fazendo um século, lá por 2029…
Um dia – quando? – os atuais e acanhados 6 mil metros quadrados passarão para cerca de 22 mil, com dezenas de pontos de check-in e pelo menos oito fingers para o acesso às aeronaves. Mas o novo terminal, concebido em 2001 para ser inaugurado em 2007 – e depois para 2010, agora é esperado para 2020. Com sorte, quem sabe, para 2029?
Em matéria de aeroporto, Florianópolis é um sertão. O novo Gilberto Freire, no Recife, tem capacidade para 5 milhões de passageiros/ano em 52 mil metros quadrados. Esculturas de Brennand e painéis de João Câmara dominam o vão central do magnífico aeroporto recifense.
Em matéria de aeroporto – e de “corrida de obstáculos”, com a eterna gincana dos licenciamentos ambientais, Floripa parece ser a “senzala” da casa-grande brasileira.
Fonte: Diário Catarinense (Sergio da Costa Ramos)
Desoneração manteve empregos
Federações empresariais, lideradas pela CNI, decidiram fechar questão contra a aprovação do projeto de lei 863/2015 que prevê reajuste de 150% na alíquota de contribuição patronal para a previdência social. A proposta deverá ser votada pela Câmara federal esta semana.
O presidente da Fiesc, Glauco José Corte, viajará a Brasília para acompanhar a votação junto com grupo de empresários. Voltará a enfatizar na bancada catarinense e a deputados de outros Estados os prejuízos que o projeto poderá causar ao setor produtivo, especialmente nesta conjuntura delicada da economia brasileira.
– Se antes a desoneração da folha era necessária, agora ela é absolutamente indispensável – enfatiza Corte ao assinalar que as empresas tiveram custos elevados com aumentos das tarifas de energia, dos transportes e dos juros, o que repercute diretamente na produção, nos investimentos e nos empregos.
Os industriais contestam o ministro Joaquim Levy e outras autoridades do governo de que a desoneração não trouxe benefícios. Entre 2011 e 2014, a produção nacional caiu 4%, mas o nível de emprego foi mantido. Já em Santa Catarina a produção teve queda de 3% e o nível de emprego foi o mais alto do Brasil e o salário médio real dos trabalhadores subiu 6%.
Fato relevante: durante o período em que houve desoneração da folha, a arrecadação do governo continuou subindo todos os meses. Além disso, quem causou o rombo nas contas públicas não foi o setor privado, mas o governo.
Concessões
O presidente da Fetrancesc, Pedro Lopes, anunciou em Genebra que Federação vai promover ciclos de debates em SC para avaliação da política de concessões e privatizações de rodovias do governo federal. Tem vários questionamentos a fazer, em especial a situação da BR-470, cuja duplicação exigirá investimentos privados bilionários que tornarão o pedágio inviável.
Fonte: Diário Catarinense (Moacir Pereira)
Rio Tavares
O principal fluxo de veículos ligando o Sul da Ilha ao Centro utiliza a SC-405, que em seu encontro com a SC-406 gera os congestionamentos do trevo do Rio Tavares, que tem reflexos no Trevo da Seta a ponto de obrigar as autoridades a lançarem mão de pista de sentido alterável. Esse fluxo de mais de 50 mil veículos/dia deveria ser segregado e direcionado por cima dos secundários com a finalidade de aumentar a capacidade da SC-405. As obras de arte projetadas para o trevo, no entanto, preveem um viaduto que termina numa alça em vez de conectar-se diretamente na sequência da SC-405. Esta solução é um contrassenso, pois congestionará sua conexão com a SC-406, competindo no lugar de fluir. O viaduto adequado seria semelhante ao do Itacorubi, que lança o fluxo direto na Av. da Saudade em direção ao centro da cidade, sem obstáculos. Importante lembrar que o futuro acesso ao Aeroporto, cujas obras se encontram paralisadas, terá grande importância em desafogar o trânsito do trevo do Rio Tavares, bem como do da Seta. Seria adequado que a municipalidade pressionasse para que essa obra de pouco mais de dois quilômetros fosse imediatamente concluída, pois desafogaria de imediato os acessos ao Sul bem como seria de grande valor durante as obras em vista.
João Edmundo Bohn Neto – Arquiteto – Florianópolis
Fonte: Diário Catarinense (Diário do Leitor)