Florianópolis, 9.9.15 – À lenga-lenga que há anos cerca a execução de obras primordiais para o desenvolvimento de Santa Catarina, como a duplicação das rodovias BRs 280 e 470, acrescenta-se o corte no Orçamento da União e o resultado é o pior possível para os catarinenses: desaparecem as perspectivas na evolução de infraestrutura viária e cai sobre o Estado uma sombra em relação a outras obras federais.
Embora ainda se comemore a inauguração da ponte Anita Garibaldi, em Laguna, e do túnel do Formigão, em Tubarão, e mesmo deixando de lado os túneis do Morro dos Cavalos, em Palhoça, que ainda estão no papel, vale lembrar que a duplicação do trecho sul da BR-101 ainda depende da conclusão da ponte Cavalcanti, em Tubarão, que está com 70% das obras feitas. No cenário de instabilidade econômica e política, no qual até a emblemática ponte estaiada de Laguna teve dificuldades para ser concluída quando já contava com 98% dos trabalhos realizados, lançam-se dúvidas sobre tudo, mesmo com as garantias dos órgãos executores de que tudo seguirá o cronograma.
Apesar de entendermos a grave situação pela qual passa o país, cabe às autoridades catarinenses em todas as esferas, principalmente da área de infraestrutura, manter vigilância sobre as decisões da União para que os cortes afetem o menos possível o Estado. Não é porque Santa Catarina é considerada uma das melhores unidades da federação, onde os efeitos da crise são menos sentidos, que a guarda deve ser baixada. Não devemos ser punidos por esta condição. (Fonte: Diário Catarinense – Editorial)
Porto adia dragagem
Em função da limitação de recursos, a superintendência do Porto de Itajaí paralisou por dois meses a dragagem de manutenção das profundidades dos canais de acesso e da bacia de evolução. Segundo o superintendente Antonio Ayres dos Santos Júnior, o objetivo é equalizar as despesas ao orçamento deste ano. Ele explica que a dragagem necessária será feita e as atividades do terminal não serão afetadas.
A vez do Sul
A informação do presidente da Celesc, Cleverson Siewert, de que a empresa vai reforçar a geração de energia da região de Imbituba em função da duplicação da BR-101 animou investidores. O Porto de Imbituba vai fechar com movimento estável este ano. (Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti
Caos no trânsito
Anteontem, ontem, provavelmente hoje, todos os dias, em todos os lados, estamos vivendo um trânsito caótico em Floripa. Qualquer coisa a qualquer hora para a cidade toda. Ontem alguém resolveu recapear uma via de saída da ponte Colombo Salles durante o dia. Os reflexos, pasmem, atingiram a SC-401, a Lagoa da Conceição, o trevo do Rio Tavares e, obviamente, toda a região central.
Já passou da hora de existir um órgão específico para cuidar da mobilidade. Um órgão que converse com as prefeituras da Grande Florianópolis e que tenha pessoas formadas e com cursos na área de mobilidade e engenharias de tráfego ou similar pra acabar com a incompetência e botar ordem na casa. (Fonte: Diário Catarinense – Cacau Menezes)
Tristeza no ar
Um acidente na BR-282, na região do distrito industrial em Xaxim, resultou na morte do policial civil Carlos Roberto Bastos Miguel, 31 anos. Ele dirigia uma viatura quando um caminhão perdeu o controle na curva, invadiu a pista contrária e o atingiu frontalmente. O policial se deslocava para Florianópolis para ministrar um curso na Academia da Polícia Civil de SC (Acadepol). De Itajaí e apaixonado por voar, ele era instrutor no Serviço Aeropolicial de Fronteira, em Chapecó. Os colegas do Saer estavam arrasados.
Aliás
Somente no feriado do 7 de Setembro 15 pessoas morreram nas rodovias estaduais e federais que cortam o Estado – e outras 10 foram feridas gravemente em três dias. Uma chacina que se repete a cada fim de semana nas estradas. E o mais grave: parece até normal, porque nem chega a provocar uma manifestação na sociedade. Agora pergunte para os familiares e amigos das vítimas… (Fonte: Diário Catarinense – Rafael Martini)
O mar de ontem
Dizer que falta mar numa ilha pareceria bizarro. Mas um ilhéu florianopolitano entende o que se quer dizer quando alguém lamenta a retirada do mar do centro nervoso da Ilha-Capital. Houve um momento em que ainda era possível abrir-se um braço de mar no aterro da Baía Sul, para que o oceano pudesse revisitar a cidade, entrar entre os beirais manuelinos, embalando canoas e barcos um dia retratados por Eduardo Dias.
Canoas coloridas, com nomes açorianos como Angra do Heroísmo e Ilha Terceira, cheirando a algas e tintas frescas, ancoravam no cais do Mercado, orquestradas pelo marulhar lento ou violento, dependendo do vento. Canoas que traziam o pescado para as bancas do casarão amarelo: as tainhas, os robalos, as ovas, os camarões.
Hoje, os frutos do mar chegam a bordo do freezer de um caminhão-frigorífico, e temos que nos conformar, pois já não é possível uma “regressão” no túnel da história. Mas todo ilhéu sente saudades do mar à sua porta – “ele”, que foi expulso pelo aterro e pela sua caótica ocupação.
Um concurso de arquitetura urbana, premiado pela prefeitura, projetou no início deste século a sonhada “volta do mar”. Nele, o mar era devolvido ao centro da cidade. “Entrava” aterro adentro, abria um canal na forma de meia-lua até a beira da praça da Alfândega e do Mercado. Criava um porto abrigado e uma promenade – alameda com barzinhos e outros equipamentos de turismo à beira desse novo mar, extensão da Praça XV.
Delírio, utopia… Plantaram tantos aleijões no espaço acrescido que qualquer modificação radical pareceria um contrassenso. Que o cheiro da maresia e o sobrevoo das gaivotas seriam outra vez bem-vindos ninguém contesta. Hoje os ilhéus tomam o seu aperitivo no belo Mercado restaurado sem vista para o mar. Têm que se contentar em vê-lo numa fotografia antiga, em tom sépia, verdadeiro telegrama da memória.
Sem o seu principal trapiche, o da velha Alfândega, e o ancoradouro do Mercado, o Centro ficou órfão do mar. No passado, tivemos vários em Floripa. O do Veleiros da Ilha, único sobrevivente. O do Miramar, o da Alfândega, os da Rita Maria, o do Estaleiro Arataca e o da Praia de Fora. Numa época romântica, pré-ponte Hercílio Luz, as lanchas, balsas e trapiches serviam o povo. Hoje prospera um vezo irracional de negar-se o mar aos humanos. Segundo essa ótica, não teria existido a Torre de Belém, na boca do Tejo, e o Novo Mundo ainda estaria por ser descoberto. (Fonte: Diário Catarinense – Sérgio da Costa Ramos)
Publicidade sugestiva
A ideia é esperar sentado… Só que no carro, parado no congestionamento da SC-401 provocado pelas obras na pista que vem das praias do norte da Ilha de Santa Catarina em direção ao centro de Florianópolis anteontem, no retorno do feriadão. (Fonte: Diário Catarinense – Guto Kuerten)
Até em Tigipió
A SC-408 homenageia o falecido deputado Valter Vicente Gomes. Tigipió, entre São João Batista e Major Gercino, no Vale do Tijucas, está vivendo a síndrome das pontes. Parte do concreto desabou numa das cabeceiras. A empresa responsável está executando a reposição. Mas a ponte está interditada pela Defesa Civil. (Fonte: Diário Catarinense – Moacir Pereira)
Para os turistas
Os turistas que visitam a capital e que usam o transporte coletivo para se locomover podem acessar gratuitamente a partir de hoje o App.Fênix nas versões em inglês e espanhol. Além de mostrar os horários e itinerários dos ônibus que circulam pela cidade, o aplicativo também passa a informar sobre as mudanças na operação.
Mobilidade palhocense
Palhoça investirá R$ 20 milhões em infraestrutura para a mobilidade urbana. O valor será viabilizado por meio de um convênio com o governo do Estado. Os recursos vão permitir a pavimentação asfáltica em dez avenidas, usadas como corredores de ônibus, e outras 20 ruas em diversos bairros. Em um levantamento feito pela prefeitura, em 2013 a cidade registrava mais de mil ruas sem pavimentação. Dessas, cerca de 130 já foram pavimentadas.
De volta para…
O Terminal Rodoviário Rita Maria está passando por uma reforma espetacular, que ficará pronta antes da temporada. Na etapa atual, o estacionamento está sendo cercado com telas resistentes à ação de vândalos. A recuperação do piso asfáltico deve começar nos próximos dias. Mas, apesar de dispor no seu interior da alta tecnologia do wi-fi, vai ter que chamar as empresas de telefonia e reinstalar orelhões em seu interior.
… o passado
Isso mesmo: usuários que não dispõem de créditos em seus celulares têm que ir até o centro para recarregá-los. No feriado de 7 de setembro, não havia uma loja sequer que fizesse a recarga. A gerente de um box de conveniências me informou que o problema é com as operadoras – todas -, que simplesmente não dão assistência aos revendedores. Ou seja, a rodoviária está quase nova, mas com precária comunicação telefônica com o mundo. (Fonte: Notícias do Dia – Ponto Final/Carlos Damião)