Jaraguá do Sul, 9.4.15 – Dez meses depois do início da duplicação, bem longe dos olhos da maioria dos motoristas que passam pelo traçado original da BR-280, duas empresas intensificam os trabalhos onde as desapropriações não se transformaram em um obstáculo. Por enquanto, dos três lotes da rodovia, só há obras entre os dois que ficam entre a BR-101 e a área urbana de Jaraguá do Sul – a ordem de serviço para o lote 1, entre a BR-101 e São Francisco do Sul, ainda não foi assinada.
De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), o ritmo da obra não é o ideal, mas não há atrasos significativos no cronograma desde o início dos trabalhos, há dez meses. As primeiras equipes começaram a terraplenar o novo traçado da BR-280 no dia 6 de junho do ano passado, em Guaramirim.
O lote 2.1,entre a BR-101 e Guaramirim, está sendo executado pela Sulcatarinense e tem 4% das obras concluídas – praticamente tudo ainda está na fase de terraplenagem e preparação do solo. No lote 2.2 (entre o km 50,7, em Guaramirim, e o 74,6, na zona urbana de Jaraguá do Sul), que está sob a responsabilidade da empresa paulista Cetenco, a situação é um pouco diferente: são 6% dos trabalhos concluídos, boa parte também de terraplenagem. Mas neste trecho há um túnel que começa a ganhar forma na região conhecida como Vieira ou Morro da Vieira.
Os dois principais obstáculos têm sido a chuva – que já era esperada pelos engenheiros e é tratada com certa resignação pelas equipes – e a falta de recursos para a agilizar as desapropriações. Até o começo deste ano, haviam sido concluídos os processos de compra de 36 áreas entre a BR-101 e Jaraguá do Sul. Segundo o engenheiro supervisor do DNIT em Joinville, Antônio Carlos Gruner Bessa, ainda faltam cerca de 200 áreas. A previsão é de que entre junho e julho sejam realizados novos mutirões, com a presença do Ministério Público Federal e da Justiça Federal. Esses mutirões agilizam o processo da desapropriação em massa, evitando entraves futuros com demandas judiciais.
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Obras avançam mata adentro A expectativa é de que, com a liberação dos recursos, ainda no primeiro semestre, seja possível atrair todos os proprietários para a negociação direta nos mutirões e, assim, acelerar a obra. Por enquanto, os avanços mais significativos estão ocorrendo numa área rural paralela à rodovia atual, cortando a mata e os morros entre Guaramirim e Jaraguá do Sul. Não é possível ver toda a movimentação das máquinas do asfalto, mas ela existe.
— A gente se sente realizado em ver a obra andando, embora ainda não esteja no ritmo mais acelerado — diz o engenheiro João Roberto Schmitt, que atua em Itajaí, mas acompanhou de perto dois momentos distintos da duplicação da BR-101 (um em Garuva, nos anos 1990, e outro no Sul do Estado, perto do Rio Grande do Sul, nos anos 2000).
— Há uma satisfação enorme da nossa parte em ver que a comunidade está, finalmente, sendo atendida — complementa Bessa.
Canteiros espalhados
Há pelo menos dez frentes de trabalho ao longo do novo traçado da BR-280. Em alguns pontos, toda a terra fértil usada no plantio do arroz está dando lugar a pedras e a uma grossa camada de solo argiloso, mais seguro e considerado ideal para dar sustentação ao tráfego que vai passar pela rodovia.
No quilômetro 56 está um dos pontos mais importantes de toda a obra. Um morro no bairro Schoroeder 1 está sendo praticamente redesenhado. Pequenos acessos de terra foram abertos até o ponto alto da rodovia. Mais de 20 metros de morro tiveram de ser cortados com dinamite e poderosas máquinas escavadeiras. Lá também está uma espécie de mina das pedras que servem para fazer a base de toda a rodovia. Ontem pela manhã, uma escavadeira fazia o trabalho de reduzir imensos blocos de pedra para que eles pudessem ser postos sobre os caminhões, que não param de subir e descer os morros da região.
O traçado da rodovia também já pode ser visto em meio à mata. Ao longe, algumas curvas. Mas também há situações que revelam que a burocracia ainda não deixou a obra deslanchar como deveria. Em muitos pontos, a obra está dividida por longas áreas que ainda não foram desapropriadas.
— À medida que elas forem sendo liberadas, o trabalho avança rapidamente — diz o engenheiro José Carlos Loiola de Lacerda, coordenador da supervisão da obra.
Lacerda trabalha para a Sotepa, empresa contratada para fazer a supervisão da obra. Ou seja, ele fiscaliza se o que está no projeto está realmente sendo executado e com a qualidade prevista desde a licitação.
Um personagem que entrou em cena há algumas semanas está roubando a atenção e aliviando em muito o trabalho da equipe responsável pela escavação e estruturação dos dois túneis que fazem parte do projeto. É o Jumbo, uma máquina computadorizada com três braços movidos por joystick, que faz a perfuração de até 15 metros na rocha e escava numa velocidade pelo menos dez vezes maior do que as britadeiras manuais.
O Jumbo foi comprado por cerca de R$ 1,4 milhão pela Cetenco especialmente para a obra. É uma perfuratriz hidráulica fabricada na Finlândia e que no Brasil foi usada somente para a construção de um túnel de 15 quilômetros (o Cuncas), que interliga os Estados do Ceará e da Paraíba pelo Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco.
Os engenheiros chamam o sistema de perfuração com fogo controlado. Segundo Marledo Manoel da Silveira, engenheiro residente do túnel, a velocidade é maior porque reduz os ciclos de trabalho. Durante a operação, o Jumbo fica boa parte do tempo dentro do túnel, com os três braços funcionando simultaneamente. Depois, ele sai e há a preparação para as detonações.
Numa terceira etapa, há a retirada do material do fundo do túnel. São toneladas e toneladas de rocha que são usadas na base do traçado da nova rodovia. Cada ciclo de perfuração leva entre oito e dez horas. Os operários são distribuídos em várias frentes de serviço simultâneas. Por enquanto, apenas uma das extremidades está sendo escavada. A expectativa é de que ainda neste ano sejam abertas outras três frentes. A nova BR-280 terá dois túneis, um de 1.070 metros e outro de 1.040 metros. Os dois seguem paralelamente dentro da montanha, no bairro Vieira. Fonte: A Notícia.
Contorno da Grande Florianópolis
O prefeito de Palhoça, Camilo Martins (PSD), pediu mudanças no projeto do Contorno Rodoviário da Grande Florianópolis na BR-101. Alegando que o município tem problemas de mobilidade, solicitou que a obra terminasse na junção com a BR-282. A informação foi repassada pelo presidente da ANTT, Jorge Bastos, ao vereador Nirdo Luz. Fonte: Moacir Pereira.
Proibido
Ações da Procuradoria Geral do Estado e da Advocacia-Geral da União impediram, por liminar da Justiça, que surjam bloqueios ou atos no porto de Itajaí entre os dias 3 e 19 de abril, período da regata Volvo Ocean Race.
Joaquim Barbosa
Ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa estará proferindo conferência no dia 16 de abril no Centrosul, às 20h, a convite da Unisul. Moacir Pereira.
Projeto sobre a terceirização avança no plenário da Câmara
Por 324 votos a favor, 137 contra e duas abstenções, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou o texto-base do projeto de lei que regulamenta e estende a terceirização no mercado de trabalho brasileiro. As emendas dos parlamentares, que podem alterar partes da matéria, somente serão discutidas na próxima semana.
O projeto autoriza a terceirização para todas as áreas de empresas. Hoje, a Justiça do Trabalho limita a subcontratação a áreas-meio, como limpeza, segurança e serviços especializados que não tenham relação com o objeto de empresa. A terceirização de funcionários da área-fim é considerada ilegal. O texto contemplou em parte pedidos da equipe econômica do governo Dilma Rousseff, que temia perda de arrecadação.
Somente PT, PC do B e PSOL votaram contra a proposta que tramita há 11 anos no Congresso. No final da sessão, parlamentares contra o projeto abriram uma faixa de protesto no plenário. “Fim da CLT, ataque aos trabalhadores. Vote não”, dizia a mensagem.
Bancada do PT quer anular a votação
O líder do PT, deputado Sibá Machado (AC), disse que a proposta traz a modernidade apenas para a empresa e não para as relações de trabalho. E criticou a autorização dada ao projeto para terceirização em qualquer área da empresa. A bancada do PT ingressou com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal para anular a votação. O argumento é que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), atropelou as regras regimentais.
O relator da proposta, Arthur Maia (SD-BA), afirmou que a regulamentação da terceirização traz “segurança jurídica” aos contratos.
O projeto prevê ainda a manutenção do salário para quem for contratado para a “prestação dos mesmos serviços terceirizados, com admissão de empregados da antiga contratada”.
COMO FICA |
O QUE É O PROJETO DE LEI 4.330/2004? |
– Estabelece alterações na forma que empresas contratam serviços terceirizados |
OS PRINCIPAIS PONTOS |
– Hoje só é permitido a uma empresa terceirizar os serviços de atividade-meio, como higiene e limpeza, segurança, contabilidade, telefonia e informática. Pelo projeto aprovado, a maior mudança é a permissão da terceirização dos serviços da atividade principal da empresa. |
– As fornecedoras de mão de obra terão de ser especializadas em um segmento. |
– O texto final institui o recolhimento antecipado de impostos e contribuições federais para empresas contratantes, com base na fatura paga à contratada. Segundo o projeto, haverá cobrança de 1,5% do Imposto de Renda (IR), de 1% da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), de 3,65% de PIS/Cofins. |
– O INSS continua sob responsabilidade das terceirizadas, exceto nos casos em que a lei já prevê pagamento antecipado, como serviços de limpeza, vigilância e trabalho temporário. |
– A cobrança de FGTS também ficou de fora do projeto final. As empresas contratantes devem apenas “fiscalizar” que o FGTS será recolhido pela empresa contratada, isto é, a intermediadora da mão de obra terceirizada. |
– O trabalhador terceirizado terá o mesmo vínculo sindical do empregado da contratante, se as empresas pertencerem à mesma categoria econômica. |
– Familiares de empresas contratantes não poderão criar companhia para oferecer serviço terceirizado. |
– Fica proibida a contratação de empresas terceirizadas cujos titulares ou sócios tenham trabalhado para a empresa principal, com ou sem vínculo empregatício, nos últimos 24 meses.Fonte: DC |
Artigo
Terceirizar para crescer, por Francisco Lopes de Aguiar*
Quando se fala em terceirização de serviços, em alguns casos, é compreendido erroneamente que a contratação distancia o colaborador da gestão empresarial ou do setor público. Contar com o serviço de um terceirizado, que diariamente ocupará um posto dentro da organização, não é sinônimo de frieza corporativa. Empresas com visão de futuro, cada vez mais, investem na terceirização, já que, além da redução de custos, podem cobrar a excelência na realização das atividades com maior tranquilidade, sem se distanciar do funcionário.
O colaborador inserido nas companhias possui a obrigação contratual de exercer as tarefas predeterminadas, mas, cada vez mais, se adapta aos setores e regras internas dos contratantes. Apesar de possuir vínculo com a empresa que assinou sua carteira, passa, a partir do primeiro dia, a seguir a cartilha adotada pelo local de trabalho para o qual foi designado.
Para o empresário, existem inúmeras vantagens na terceirização de mão de obra. Em uma empresa de tecnologia, por exemplo, contratar serviços de limpeza, vigilância e recepção possibilita o foco em ações realmente importantes para o crescimento da organização em questão, ligadas ao setor tecnológico.
O serviço terceirizado tem como outra grande vantagem sua especialização, contando com profissionais mais experientes e qualificados para o exercício das funções operacionais. Isso diminui o tempo de adaptação e garante excelência na realização dos trabalhos contratados. A longo prazo, o serviço de terceirização de mão de obra pode reduzir significativamente os custos da empresa, eliminando gastos com processos seletivos, admissionais ou até mesmo em casos de demissões.
À frente de uma empresa com 23 mil funcionários terceirizados, pude compreender melhor a necessidade dos empresários e das organizações que buscam otimizar tempo e foco no segmento em que atuam. Tenho a convicção de que os terceirizados ajudam no crescimento da empresa onde realizam suas atividades laborais.*Empresário / São José
Empresários do Oeste reivindicam infraestrutura
A duplicação da BR-282 e outros projetos para o Oeste serão discutidos hoje, às 19h30min, no Clube Recreativo Chapecoense. Estão confirmadas as presenças do presidente da Assembleia Legislativa, Gelson Merísio, de pelo menos sete secretários de Estado e nove deputados estaduais e federais. Além da duplicação das BRs 282 e 470, a região reivindica agilidade em estudos e projetos de implantação das ferrovias Leste-Oeste e Norte-Sul (de São Paulo até Rio Grande do Sul), ampliação do aeroporto e mais investimentos na melhoria das redes de energia elétrica e telecomunicações.
Risco de queda
O Deinfra iniciou ontem a demolição do Mirante da Serra da Dona Francisca, às margens da SC-418. A estrutura foi interditada na terça-feira depois de uma vistoria técnica no local. Dentro de 60 dias o projeto da nova base deve estar concluído. A obra foi orçada em R$ 150 mil e vale o alerta para que as pessoas respeitem as faixas de interdição. Fonte: Visor.
Mudanças para desafogar centro de Florianópolis
A partir da 0h deste sábado, a Prefeitura de Florianópolis inicia a primeira de uma série de alterações no trânsito do Centro, com a promessa de desafogar o trânsito da região. A mudança começa pela Avenida Trompowsky. A via passa a ter sentido único em direção à Rua Bocaiúva. Em seguida a Rua Luiz Delfino terá o sentido invertido e os motoristas irão acessá-la pela Rua Alves de Brito e não mais pela Trompowsky. De acordo com o secretário de segurança da Capital, Raffael de Bona Dutra, as duas alterações foram planejadas para desafogar o trânsito em direção à Rua Bocaiúva e nos cruzamentos da Avenida Trompowsky. “A mudança dos sentidos irá aliviar o fluxo na região e diminuir até mesmo o tempo de espera dos motoristas na esquina da Trompowsky com a Bocaiúva”, assegura.
Experiência em mobilidade
Ônibus híbridos, movidos a eletricidade, estão fazendo o transporte gratuito entre seis bairros de Itajaí e a Vila da Regata durante a Volvo Ocean Race. As linhas partem da Vila de hora em hora, a partir das 19h, e é possível aproveitar a carona na ida ou na volta. Os veículos são da Volvo, e a tecnologia empregada permite geração de até 90% menos gás poluente, dependendo da velocidade. A partir de 20 km/h, eles utilizam em conjunto o motor elétrico e o motor a diesel. Ainda assim, é mais silencioso e emite menos poluição do que um ônibus comum. No itinerário estão Fazenda, Cabeçudas, Praia Brava, São Vicente, São João e Cordeiros.
Educação no trânsito faz sucesso em Itajaí
A Marejópolis, uma minicidade de trânsito localizada dentro da Vila da Regata, em Itajaí, tem feito sucesso. Em uma área de aproximadamente 1,3 mil m², adultos e crianças seguem um percurso. Primeiro eles entram na autoescola para retirar a habilitação familiar. É neste espaço que recebem informações sobre placas de regulamentação, sinais de apito, além de cores do semáforo, faixa de pedestre e parquímetros.
Na sequência, todos são encaminhados ao despachante para o registro do veículo, e logo, fazem a foto oficial da carteira de habilitação. O próximo passo e o mais divertido fica na ala externa da Marejópolis onde pais e alunos colocam em prática o que aprenderam durante a aula. De triciclo eles percorrem o trajeto respeitando obrigatoriamente semáforos, radares e faixas. Segundo a Prefeitura de Itajaí, a mini-cidade recebeu 6,4 mil visitantes em quatro dias de evento.
Radares em Joinville
Esta semana foi retomada a fiscalização eletrônica no trânsito de Joinville. São dois aparelhos: um cuida da velocidade e outro faz a leitura das placas, para ver se há irregularidades – como atraso no licenciamento, por exemplo. A estratégia do Detran é levar o equipamento para as vias onde há maior velocidade e, consequentemente, maior preocupação por parte da população, especialmente nos acessos aos bairros. Os radares fixos que já foram instalados e estão em fase de testes devem entrar em funcionamento a partir de junho, mas não há uma data definida e eles podem começar a multar antes. Fonte: Diário Catarinense.
Infraestrutura: Frente Parlamentar discute melhorias e aprimoramento da
Em reunião da Frente Parlamentar da Infraestrutura Nacional (FrenteInfra), nesta quarta-feira, 8 de março, no Congresso Nacional, foram discutidas melhorias na infraestrutura brasileira, buscando o aprimoramento da legislação federal com foco em um melhor desenvolvimento de ações e obras para o setor.
Infraestrutura é uma das áreas de atuação do deputado Edinho Bez (PMDB-SC), que coordena a Frente Parlamentar Mista da Área de Portos e Vias Navegáveis há sete anos, e vê a Frente como um grande passo para tornar mais eficiente a legislação. Além disso, para Edinho, é necessário aumentar os investimentos no setor para que a economia volte a crescer.
O país investe apenas 2,1% do PIB na área, enquanto o Chile, por exemplo, investe 6,2% do PIB. O presidente da Frente, Hélio José, ressalta que a energia e o uso consciente dos recursos naturais serão prioridades.
A FrentelInfra é vista com bons olhos pelo setor empresarial, já que o Brasil tem um déficit de investimentos em infraestrutura de R$ 140 bilhões por ano. Fonte: Câmara Federal.