Testes de iluminação demoraram cerca de uma hora nesta quinta-feira em Laguna Foto: Gabriel Felipe / RBS TV
Laguna, 10.7.15 – À espera da inauguração, confirmada para o dia 15, a ponte Anita Garibaldi, em Laguna, no Sul do Estado, passou na noite desta quinta-feira pelos primeiros testes de iluminação.
Os postes foram acesos por volta de 18h30min e os testes duraram uma hora. Eles devem ser repetidos nos próximos dias a e expectativa é de que todos os postes estejam instalados no fim de semana, conforme o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT/SC).
A inauguração da ponte ocorre às 10h30min da próxima quarta-feira, com a presença da presidente Dilma Rousseff. Ela chegará de helicóptero e pousará, a princípio, próximo ao túnel do Morro do Formigão — que será inaugurado na mesma oportunidade.
A ponte Anita Garibaldi começou a ser construída em meados de 2012 e será a primeira ponte estaiada em curva do Brasil. Ela tem 2.830 metros de comprimento e recebeu um investimento na ordem de R$ 760,8 milhões na obra.
Fonte: Diário Catarinense
Mercado aos domingos
Parece que, finalmente, as portas do Mercado estarão abertas já na primeira semana de agosto, devolvendo à cidade a sua própria alma, há mais de um ano em reforma. Depois do teto retrátil e de vida nova nas duas alas e no vão interno, ficará faltando apenas o bulevar do entorno – projeto que animaria o comércio em passagem de nível subterrânea, servindo aos usuários do Ticen.
Seria ridículo investir no belo casarão amarelo para mantê-lo fechado aos domingos, como parecem cogitar alguns comerciantes nada pragmáticos.
No começo haverá um domingo aberto por mês, como teste. Logo o centro da cidade ganhará nova vida e o dinamismo de outros mercados ao redor do mundo. Seria impensável imaginar mercados como o londrino Covent Garden, o parisiense Les Halles ou o barcelonês La Boqueria melancolicamente fechados aos domingos. É nos fins de semana que eles fervem, festeiros, convidando ao convívio e à celebração.
Respeita-se, claro, o descanso semanal dos empregados, mediante o rodízio e a remuneração em dobro, mas se dispensa o mau humor dos que pretendem fazer de Floripa, aos domingos, a “Antares dos insepultos”. Aquela cidade dos mortos criada por Erico Verissimo no seu antológico Incidente em Antares.
O centro de Floripa precisa renascer e o momento é agora, devolvendo ao ilhéu o domínio do chamado centro histórico, estimulando o lazer, a caminhada, a gastronomia, o pequeno comércio.
É hora de ressuscitar o Centro como área de convívio e lazer, reunindo os ilhéus “a pé”. Há séculos as ruelas do Centro servem ao automóvel, desde os tempos do Ford T. Só que a Floripa daqueles tempos, risonhos e bucólicos até o final dos anos 1960 – população de 98.590 habitantes – já não existe mais. A Grande Florianópolis se aproxima do seu primeiro milhão de almas e requer uma nova dinâmica na sua caótica mobilidade, cada vez mais crítica e conflagrada.
É preciso valorizar o convívio humano, cultivar uma nova mentalidade que pense no humanismo, reinventando o centro histórico. Que os pedestres voltem a habitar nossa fantasmagórica Antares dos fins de semana.
Com o ânimo de quem deseja uma Floripa-viva e não odeia o trabalho.
Fonte: Diário Catarinense (Sérgio da Costa Ramos)
Rumo à serra
Além do frio típico desta época e das belezas naturais, os turistas têm um motivo a mais para visitar a Serra catarinense. A região recebe o 1o Festival Sesc de Inverno em Urubici, com ampla e variada programação. Gastronomia e cultura são destaques do evento, que acontece até 8 de agosto. Mais informações no site (sesc-sc.com.br).
Olho na pista
O Tribunal de Contas de Santa Catarina aprovou pedido do deputado estadual Dirceu Dresch (PT) e fará auditoria nas obras de revitalização e restauração de rodovias estaduais. Ao todo, 24 estradas estaduais serão fiscalizadas. O parlamentar alega que os investimentos realizados pelo governo estadual, dentro do programa de recuperação de rodovias, são motivo de críticas pela má qualidade dos serviços, atraso, paralisação e abandono de obras.
Aliás
A chuva forte de terça feira escondeu um buraco na SC-401 próximo ao Floripa Shopping. Resultado: pelo menos 20 motoristas estouraram o pneu ou quebraram a roda no local, provocando um senhor transtorno no trânsito. Ontem, o buraco foi fechado.
Voz ao cidadão
Hoje tem audiência pública do Orçamento Regionalizado dos municípios da Grande Florianópolis. Começa às 14h30min, no Plenarinho da Assembleia Legislativa. A participação popular é fundamental para que os deputados possam encaminhar as principais sugestões de obras e ações à Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2016 e ao Plano Plurianual (PPA) do período de 2016-2019.
Contagem regressiva para reforma das pontes
O Deinfra aceitou o acordo proposto pelo Ministério Público durante audiência na Justiça sobre a reforma das pontes Pedro Ivo Campos e Colombo Salles. O acerto foi no dia 20 de junho e desde então já conta o prazo de 90 dias para o Estado apresentar um plano detalhado com data para lançamento do edital, previsão de início e de término das obras. E o mais importante: também deverá informar se o grupo gestor, que dá a palavra final nos investimentos do governo, autoriza a imediata liberação dos R$ 70 milhões necessários às obras. O valor consta no relatório do próprio Deinfra sobre as condições das pontes entregues ao MP no final do ano passado. Para o promotor de Justiça Daniel Paladino, que acompanha o processo, o Estado está ciente das suas responsabilidades, tanto que aceitou os termos. Caso não cumpra, caberá à Justiça determinar o início imediato das obras. Outro item fixou prazo de 30 dias para o Deinfra obter junto à Capitania dos Portos um laudo atestando a segurança para navegação na região das pontes após os trabalhos de retirada das placas de concreto das passarelas. A estratégia do governo deve ser a mesma adotada em outros casos que exigem liberação de recursos: empurrar o problema com a barriga para ganhar tempo até conseguir bancar a nova despesa. Tecnicamente pode alegar incapacidade financeira por conta da queda na arrecadação e o limite prudencial da lei de responsabilidade fiscal. Para o MP, o entendimento é que por bem ou por obrigação a recuperação das estruturas das duas únicas ligações entre a Ilha e o continente deverá sair do papel neste ano. Tomara que seja pela primeira alternativa. A corrida agora é contra o relógio. Tique-taque, tique-taque
Engrossou o caldo
O tom das críticas à proposta de alteração no repasse do duodécimo subiu consideravelmente na sessão extraordinária do colégio de procuradores de justiça do Ministério Público Estadual ontem à tarde, convocada para discutir o tema. Os 50 integrantes do colegiado foram unânimes em rechaçar as mudanças nos percentuais. Fecharam questão que não há a menor chance de abrir mão dos recursos.
A propósito
Se o caixa do Executivo é o maior beneficiado com a mudança no duodécimo apresentada pelo presidente da Assembleia, Gelson Merisio, por que ninguém no Centro Administrativo sai em defesa do companheiro?
Fonte: Diário Catarinense (Visor – Rafael Martini)
Mantido o projeto original nas obras do contorno viário
Depois de ouvir cerca de 40 entidades, prefeitos da região e o governo do Estado, o Fórum Parlamentar Catarinense, coordenado pelo deputado federal Mauro Mariani (PMDB), oficializou ontem, em Brasília, durante reunião na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a decisão de manter o traçado original do Contorno Viário da Grande Florianópolis, cortando a BR-282.
– Ouvimos a sociedade de Santa Catarina e majoritariamente a posição é que se mantenha o traçado original. O Fórum cumpriu a sua missão. Está oficializado a partir de hoje aos olhos da sociedade catarinense – destacou Mariani.
O projeto original da ANTT já conta inclusive com licenças aprovadas. O diretor-geral do órgão, Jorge Bastos, agora irá comunicar a decisão à Autopista Litoral Sul e solicitar o cronograma das obras em 30 dias. A previsão para o término de toda a obra é 2017, mas não se descarta que a data seja impactada com a demora na definição do trecho Sul.
Superintendente de Exploração de Infraestrutura Rodoviária da ANTT, Viviane Esse ressaltou que a obra do contorno não parou em nenhum momento. Ela foi iniciada há cerca de nove meses pelo traçado central, em que não havia conflito da escolha de alternativa e também estava liberado do ponto de vista de licenciamento ambiental. Depois da liberação da Funai e da questão indígena se iniciou também o contorno pela parte Norte.
– O trecho Sul a gente vai começar o mais rápido possível – garante Viviane.
Durante a reunião em Brasília, o diretor-geral Jorge Bastos aproveitou para informar a inclusão, no Programa de Investimentos em Logística, de uma série de obras de ampliação da BR-101 na Grande Florianópolis. Uma bandeira do Fórum Parlamentar Catarinense, que também encara o aumento da capacidade das marginais como obra fundamental.
Fonte: Diário Catarinense
Porto de Itajaí atrai apoio parlamentar
Porto público com gestão privatizada, mas com custos mais elevados que os de seus concorrentes, os terminais totalmente privados, o Porto de Itajaí precisa vencer diversos desafios para ser competitivo. Um deles é reduzir custos e outro é se modernizar. Para isso, a empresa concessionária APM Terminals, pede para ao governo federal antecipação do contrato de arrendamento, que começou em 2008 e tem duração de 22 anos. Ela solicita mais 22 anos para fazer um investimento de R$ 165 milhões. Ontem, lideranças de Itajaí pediram apoio ao Fórum Parlamentar Catarinense para resolver essas questões e foram atendidas. O presidente do Fórum, deputado federal Mauro Mariani (PMDB), decidiu liderar a defesa da causa. O objetivo é viabilizar as soluções para reverter a situação de crise vivida pelo terminal, que está perdendo cargas para o vizinho, o Porto de Navegantes. Segundo ele, semana que vem a bancada federal terá um encontro com ministro da Secretaria de Portos, Edinho Araújo e também terá audiência na Advocacia Geral da União. A intenção é tentar solucionar o impasse da renovação do contrato com APM para que ela consiga fazer os investimentos e mudar o atual cenário. Entre os presentes no evento estava o prefeito de Itajaí, Jandir Bellini.
Emprego preocupa
Números do IBGE divulgados ontem confirmam expectativa ruim para o mercado de trabalho sem previsão de mudança em breve. É natural que mais pessoas procurem emprego após um trabalhador da família perder posto com remuneração elevada. Além disso, há dúvidas sobre a viabilidade do Programa de Proteção ao Emprego por falta de verba.
Fonte: Diário Catarinense (Estela Benetti)
PIB do Brasil deve recuar 1,5%, diz FMI
O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para baixo o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. A expectativa do órgão é de que a economia brasileira encolha 1,5% neste ano – a previsão anterior era de -1%. O mercado financeiro brasileiro já prevê retração de 2% no PIB em 2015. Em relatório divulgado ontem, o Fundo também revisou para baixo a expectativa de crescimento do PIB brasileiro em 2016, de 1% para 0,7%.
O mau desempenho da economia norte-americana no primeiro trimestre deste ano fez com que o FMI revisasse para baixo a estimativa de crescimento do PIB mundial para 3,3% em 2015, ante os 3,5% projetados em abril. Contudo, o Fundo afirmou que a confiança em uma aceleração gradual da economia de países desenvolvidos “continua intacta”.
AS ESTIMATIVAS |
Variação do PIB em 2015 |
Índia 7,5% |
China 6,8% |
Espanha 3,1% |
EUA 2,5% |
Grã-Bretanha 2,4% |
México 2,4% |
Alemanha 1,6% |
Canadá 1,5% |
França 1,2% |
Japão 0,8% |
Itália 0,7% |
Brasil -1,5% |
Rússia -3,4% |
Média no mundo 3,3% |
Ética e política
Quando o próximo entra no cenário que envolve decisões individuais ou colegiadas, nasce a ética, a moral e a responsabilidade que tornam a verdade imprescindível. Indaguei a um político sobre sua percepção em relação ao momento que vivemos. Respondeu- me que “a história tem demonstrado que é necessário piorar para depois melhorar”.
Entristeceu-me. Como médico, nunca imaginei que uma doença necessitasse piorar para depois melhorar. Acredito que uma doença política, econômica e social, nas mãos de homens responsáveis, deve, no mínimo, estabilizar-se e, na sequência, melhorar. Como o erro médico pode culminar com o fim de uma vida, o erro político pode culminar com a morte da esperança e produzir sofrimentos capazes de encerrar com milhares de vidas. Políticos podem produzir vida plena pela ação consciente nas áreas econômica e social, corrigindo as mazelas por meio da execução de suas leis. São seus medicamentos que, bem aplicados, produzem acesso à cidadania. Só há lugar para a esperança a partir da responsabilidade política.
A fuga deste presente inglório, rumo a um refúgio seguro no futuro, depende de nós, exigindo nova ordem ética. Depende de nós a sobrevida desta esperança com uma ação séria, organizada, consequente, inteligente, buscando banir o parasitismo do Estado, o veneno da corrupção, dos desvios que cronificam males, destroem pessoas e o meio ambiente. Devemos mudar este ambiente patológico visando a anular as frustrações do presente.
Tudo que nos acontece não são coisas superficiais acumuladas, são ingredientes para a construção do futuro. Os erros que são cometidos com o próximo e com a sociedade devem servir como reflexão, no intuito corretivo e de aprimoramento. Só nos arrependemos quando refletimos e concluímos que poderíamos ter feito melhor. Quem não percebe isto trava a sua vida e a de outros em seus erros. Que possamos prevenir e eliminar as travas de nossas vidas embasando nossas ações em uma existência digna e respeitável, calcada no sentimento, na caridade, na fraternidade e no amor.
Fonte: Diário Catarinense (Artigo – Luiz Alberto Silveira/Oncologista Clínico Florianópolis)
O duodécimo é da sociedade
O Tribunal de Justiça, o Ministério Público, o Tribunal de Contas, a Assembleia e a Udesc têm a oportunidade única de dar uma resposta positiva à sociedade catarinense ao aceitar o congelamento do repasse de recursos do executivo, o chamado duodécimo, e fazer a parte deles para diminuir o impacto financeiro na máquina pública. Ao longo dos anos, o contribuinte que paga seus impostos e, com isso, mantém o funcionamento destas estruturas, viu uma série de medidas, dentro da lei, concederem benefícios aos integrantes dos poderes e de órgãos com autonomia, que viraram privilégios e vantagens financeiras distante de qualquer realidade, o que ajudou a levar à falência o atual modelo de administração. Se comparados, por exemplo, com os vencimentos de um soldado da Polícia Militar, um agente da Polícia Civil, um professor da rede pública ou um técnico de enfermagem, também integrantes do funcionalismo e os que recebem as broncas no atendimento, tais privilégios assustam. A fonte que financia o estado é a mesma, portanto, não existem eles e nós, há somenteum ente federado e um chefe de todos estes órgãos, os catarinenses. Até quando a vida cartorial – cheia de carimbos e com a necessidade de você provar quem é – gera recursos, é o cidadão quem paga. Não bastassem os absurdos, também é verdadeira a versão de que os deputados estaduais inflaram os cofres dos poderes e demais beneficiados pelo duodécimo para garantir certa tranquilidade ao evitar pressões. O problema cresceu quando se vinculou o repasse à receita líquida disponível. Assim, não adianta o estado arrecadar impostos a mais, que o duodécimo só cresce. Aliás, crescia, porque, este ano, a tendência de queda obriga somente o executivo, leia-se governo do estado, a fazer cortes e controles, algo que não chega aos demais poderes e órgãos, capazes de manter uma rotina de gratificações, premiações de fim de ano, além de mais de dois meses entre férias e recessos. A sociedade não admite que algumas destas práticas se perpetuem em momentos de crise econômica e moral no país, que afetam o estado, e lembra que todos os destinatários destas cobranças servem à população, não o contrário.
A ANTT bateu o martelo de que o traçado original do Anel de Contorno Viário da Grande Florianópolis será mantido, com obras de melhoria às margens da BR-101 no pacote. É mais uma novela que ganha capítulo novo.
Fonte: Notícias do Dia (Roberto Azevedo)
Radares só serão religados em 2016
Oito meses após a deflagração da Operação Ave de Rapina pela PF (Polícia Federal), que investigou e chegou a prender executivos da Kopp – que era responsável pelos radares – e da Focalle – dos semáforos – e culminou no cancelamento dos dois contratos por parte da Prefeitura de Florianópolis, a Capital segue sem previsão de contar com empresas que cuidem da fiscalização eletrônica e da manutenção dos semáforos.
No caso dos radares, cujo edital de licitação será antecedido por um estudo técnico, algo que não é feito desde 2011, a cidade permanecerá sem os equipamentos pelo menos até os primeiros meses de 2016.
Assim, será a segunda temporada de verão sem radares fixos nas ruas. Os equipamentos estão desligados desde o dia 20 de dezembro de 2014.Em relação aos semáforos, a prefeitura prorrogará por um mês o contrato emergencial de manutenção dos equipamentos e, nesse intervalo, pretende lançar edital de licitação. O diretor de Operações de Trânsito da Secretaria de Segurança e Defesa do Cidadão, Leandro Marques, explica que a cautela da prefeitura está calcada nos problemas anteriores que as contratações de empresas de fiscalização eletrônica e manutenção de semáforos tiveram na Capital, com investigações que passaram pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) e pela PF.
Dessa vez, reforça, a intenção é cumprir todas as etapas para que as contratações não sejam questionadas posteriormente. “Desde 2011 não era feito estudo técnico para implantação de radares, algo exigido pelo TCE, por exemplo. Então, seguiremos todos os critérios determinados para que não tenhamos problemas. Não pensamos em prazos, mas em agir de forma transparente. Por isso, com certeza, não teremos radares fixos no verão”, garante Marques, para quem o estudo técnico ainda levará um tempo para ficar pronto, assim como o edital. “No verão, a Guarda Municipal voltará às ruas para reforçar a fiscalização”, avisa.
Prioridade são os semáforos
A manutenção dos semáforos está sendo executada de forma emergencial desde março, pela empresa florianopolitana Santo Antonio. O contrato se encerra este mês e deve ser prorrogado por mais 30 dias, de acordo com Leandro Marques. Em paralelo, a prefeitura prepara o edital de licitação, algo que espera concluir nos próximos meses. Até o fim do ano, diz Marques, a expectativa é já ter contratado uma empresa para manter os semáforos, prioridade da prefeitura nesse momento. “Estamos trabalhando muito a mobilidade, então focamos nos semáforos para modernizar o sistema, com sincronia e uma agilidade que podem beneficiar o trânsito da cidade”, diz. O diretor de operações de trânsito conta que os semáforos da Capital foram fabricados há 22 anos, de maneira artesanal. Ou seja, estão completamente defasados. “Esses equipamentos não têm sequer peças de reposição, e como priorizamos a mobilidade, precisamos alterar os semáforos rapidamente”, explica.
Ave de Rapina
O prefeito Cesar Souza júnior (PSD) decidiu, em janeiro, que a coordenação dos semáforos e dos radares, até então sob responsabilidade do Ipuf, seria transferida para a Secretaria de Segurança e Defesa do Cidadão. A operação ave de rapina, desencadeada em 12 de novembro do ano passado, foi o nascedouro dos problemas atuais em semáforos e radares da cidade. Em dezembro, com executivos da Kopp e da Focalle, além de ex-servidores do Ipuf, presos por envolvimento no esquema conhecido como Máfia dos radares, a prefeitura decidiu romper os contratos com as duas empresas.
Fonte: Notícias do Dia (Leonardo Thomé)
Lei que se perde pela estrada
Os pezinhos descalços ainda não alcançam freios, embreagem e acelerador, mas o sonho de menino se repete como premonição. Aos oito anos, Pedro Henrique aproveita a parada de almoço e esticada nas pernas, no pátio do posto de combustíveis do km 216 da BR-101, em Palhoça, para brincar de caminhoneiro. Ao lado dele, o pai Ivo Nunes, 31, a irmã Vitória, 11, e a mãe Andressa, 31, grávida de cinco meses, dividem o espaço da cabine sem luxo da Scania 112, de 1986, carreta de seis eixos, 18 metros de comprimento e capacidade para 26 toneladas de carga.
Motivo de orgulho, a opção prematura do menino também preocupa Ivo, que não completou o ensino médio e há oito anos decidiu realizar o próprio sonho. “Hoje, conheço quase todo o Brasil”, diz o filho de agricultores. Estradas inseguras e sem conservação, assaltos, pedágios caros, fretes baratos e escassos e falta de infraestrutura na malha rodoviária para descanso parecem argumentos de sobra, mas não convencem o pequeno Pedro Henrique. “Ele quer ser caminhoneiro, mas vai estudar até chegar à universidade”, diz Ivo, que critica a falta de fiscalização nas estradas. “Tem muitas drogas e imprudência”, diz, e questiona o descumprimento da lei 13.103/2015, regulamentada pela presidente Dilma Rousseff em abril deste ano, depois da greve que bloqueou o transporte de cargas nas principais rodovias brasileiras, em fevereiro e março.
Reajustes do diesel, pedágios para eixos suspensos em caminhões vazios e redução dos preços do frete [de R$ 2,80 a R$ 3 para R$ 2,30 e R$ 2,40 por quilômetro rodado], comprovam o retrocesso nas estradas. “Fizeram uma lei para não ser cumprida”, resume o motorista terceirizado, que recebe, em média, R$ 2.500 por mês e não paga a Previdência Social.
É a primeira vez que Ivo aproveita as férias das crianças para viajar com a família. Trafegaram 1.100 quilômetros, desde Três Lagoas (MS), cozinharam nos postos com estacionamento e pagaram, em média, R$ 5 por banho. E antes de voltarem a Londrina (PR), Vitória e Pedro finalmente viram o mar de perto.
Antigo pedágio é parada informal
Na Grande Florianópolis, onde aumenta a oferta de postos com serviços de pátio, banheiros, restaurantes e internet, caminhoneiros improvisam paradas na antiga praça de pedágio da Autopista Litoral Sul, no km 220 da BR-101, em Palhoça. Sem sinalização e protegido pela base da PRF (Polícia Rodoviária Federal), o ponto informal ainda é pouco utilizado, mas funciona nos dois sentidos da rodovia.
É lá que costumam descansar Zael rumpel, 65, e Cássio, 35, pai e filho que viajam juntos há oito anos e ontem voltavam com o caminhão vazio para Dois Irmãos (RS), depois de levarem carga de móveis a São Paulo. “Está faltando frete, pagamos pedágio para andar de leve [vazio] e somos escorraçados dos pátios dos postos se não abastecermos ou gastarmos no restaurante”, diz o pai. Pararam para almoçar ao lado do SOS Usuário, mas não puderam usar os banheiros existentes no que restou da estrutura da Autopista Litoral Sul depois da mudança do pedágio para Paulo Lopes.
Questionado, o encarregado não quis se identificar ou explicar o motivo da proibição. No outro lado da pista, o pátio ao lado da PRF também virou parada no trecho Sul da BR-101. Lá, os sanitários são públicos, mas não há estrutura para banhos.
Fiscalização começa só em 2016, após levantamento da estrutura
Regulamentada em abril, a lei dos caminhoneiros deu prazo de seis meses para o Dnit (Departamento Nacional de infraestrutura de transportes), na malha pública, e a ANTT (Agência Nacional de Transportes Rerrestres), nas rodovias pedagiadas, concluírem levantamento e divulgarem relação das paradas disponíveis para caminhoneiros nas estradas brasileiras. Depois disso, são previstos mais seis meses para readequação dos motoristas.
A fiscalização efetiva, portanto, só deve começar em maio de 2016. “É preciso investir na reeducação dos profissionais”, avisa o inspetor-chefe da comunicação social da PRF em Santa Catarina, Luiz Graziano, que admite a falta de efetivo para cobrir toda a malha federal no estado. Segundo ele, só haverá fiscalização nas rodovias com estrutura adequada, embora os postos de combustíveis não possam impedir estacionamento de caminhões em seus pátios.
“Foram construídos em área de domínio público, só podem cobrar pelo banho”, explica. Segundo Graziano, os próprios motoristas resistem à aplicação da lei. Com argumento de que faltam fretes e preços justos, alguns fazem jornadas absurdas. “Há excesso de velocidade, sobrecarga, alcoolismo e drogas. É a roda da morte”.
Dados da PRF apontam as BRs 101, 282 e 470 com maior registro de mortes em 2014. Não por coincidência são as três com maior fluxo de caminhões em Santa Catarina.
Fonte: Notícias
do Dia (Edson Rosa)
Maior obra
A inauguração da ponte Anita Garibaldi, em Laguna, marcada para o dia 15, representa uma conquista muito importante para os catarinenses. É a maior obra realizada pelo Governo Federal no Estado. Tão destacada que a própria presidente Dilma Rousseff virá a Santa Catarina para inaugurá-la, no dia 15. Mais um monumento da engenharia para marcar nosso Estado.
Vale o escrito
Como esta coluna antecipou na semana passada, a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) confirmou ontem ao Fórum Parlamentar catarinense a manutenção do traçado original do contorno viário da Grande Florianópolis, que já tem todas as licenças concedidas. A última etapa da obra agora só depende de um cronograma a ser apresentado pela Autopista Litoral Sul quanto ao trecho final – os últimos três quilômetros, em Palhoça, cortando a BR-282.
Fonte: Notícias do Dia (Ponto Final – Carlos Damião)