São Paulo, 10.4.15 – É ótimo ter um relacionamento de anos com um cliente ou fornecedor, mas às vezes simplesmente não dá. Em alguns casos, sua empresa terá de buscar outras opções de transportadora, por mais dependente ou acostumado que você esteja a determinada empresa logística. O atendimento e a possibilidade de descontos e vantagens deve acompanhar e privilegiar sempre o cliente mais antigo, só que às vezes isso não ocorre.
A CARGOBR separou algumas dicas para ajudar você na hora em que a mudança de transportadora se tornar uma necessidade ou uma alternativa melhor para seu negócio.
Um passo à frente
Se você possui contratos que estão para vencer e não pretende renová-los, por qualquer razão que seja, o melhor é que você comece a procurar novos fornecedores e transportadoras alguns meses antes do término do acordo. Isso permitirá a você migrar os fretes de forma gradativa, sem atrasos para seus clientes e sem confusão na papelada – algo de bom para sua empresa e seu novo fornecedor também.
Exceções não são regras
Quando assinamos um contrato, pressupõe que os termos ali contidos serão seguidos por ambas as partes. É claro que eventualidades ocorrem e, muitas vezes, relevamos os problemas por conta de um bom serviço prestado na maioria dos casos.
O problema é que algumas “exceções” se tornam regras em muito pouco tempo e com facilidade. Nesses casos, o melhor a fazer é procurar outra transportadora. Mas lembre-se – na próxima, inclua multas e punições em contrato para irregularidades e cláusulas não cumpridas. Além de desencorajar o “jeitinho”, isso dá a você meios legais para buscar suas perdas e direitos, caso problemas venham a ocorrer.
Queda na oferta e qualidade
Muitas transportadoras passam por dificuldades, especialmente em tempos de crise. Podemos relevar algumas coisas, porém a qualidade do serviço deve ser sempre mantida – ou o contrato suspenso ou renegociado. Uma transportadora em dificuldades muitas vezes prefere reduzir o nível de atendimento e usar equipamentos e veículos mais velhos com seus clientes mais antigos e habituais, reservando carros novos e uma equipe mais atenta a novos clientes e prospects. Caso você não note melhorias após reclamar, talvez seja melhor você buscar outra transportadora, melhorando o atendimento e ganhando prioridade.
Ninguém está fazendo um “favor”
Você possui um contrato de longo prazo com uma transportadora? Paga pelos serviços de modo assíduo e regrado, sempre em dia? Então antes de mais nada coloque o seguinte em sua cabeça: ninguém está lhe fazendo um favor. Atender bem e adequar seus padrões de serviço às suas necessidades como cliente é uma obrigação, não uma “quebra-de-galho” por parte da transportadora. Se tudo é sempre muito difícil e complicado e serviços banais são prestados como sendo grandes favores ou milagres, essa é a hora de buscar um fornecedor mais sério e comprometido. Fonte: Cargo BR
Por 63 votos a 7, Senado Federal aprova convalidação de incentivo fiscal
Após semanas de intensa discussão entre os parlamentares e negociações com o Ministério da Fazenda, o Plenário do Senado aprovou na terça-feira (7), a convalidação dos incentivos fiscais concedidos pelos estados. Foram 63 votos favoráveis, sete contrários e uma abstenção. Duas emendas apresentadas em Plenário foram incorporadas ao texto, que segue agora para a Câmara dos Deputados.
O PLS 130/2014, da senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO), torna válidos os benefícios fiscais que os estados oferecem a empresas para que se instalem em seus territórios, gerando emprego e renda. Os benefícios precisam ser aprovados por unanimidade pelos estados com assento no Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Muitos desses incentivos foram oferecidos em desacordo com essa norma, provocando disputa entre os estados para atrair investimentos, conhecida como guerra fiscal.
A proposta de convalidação, que já havia sido aprovada no ano passado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), foi votada na forma de substitutivo oferecido pelo relator, senador Luiz Henrique (PMDB-SC). Além de regularizar os incentivos fiscais concedidos, o texto muda as regras para a oferta de novos, acabando com a exigência de unanimidade no Confaz. Agora é necessária a anuência de dois terços dos estados ou de um terço dos estados de cada região. Também são apresentadas normas que os benefícios concedidos deverão seguir a partir da vigência das novas medidas, como condicionantes para sua validade e prazo máximo de duração.
Duas emendas, uma de Lúcia Vânia e outra de Ricardo Ferraço (PMDB-ES), foram aprovadas. A de Ferraço destaca os incentivos concedidos para as atividades comerciais, que poderão se estender por até cinco anos. Na versão anterior do projeto, o prazo permitido era apenas um ano. Já a emenda de Lúcia Vânia anula as punições previstas em lei para estados que concederam incentivos sem autorização do Confaz. O objetivo é evitar que as empresas tenham que pagar o ICMS caso os incentivos que recebiam sejam considerados ilegais. O projeto também busca evitar que o ICMS não pago aos estados de origem seja posteriormente cobrado pelos estados de destino.
O presidente da CAE, Delcídio do Amaral (PT-MS), advertiu os colegas de que é necessário não encerrar o assunto apenas na aprovação da convalidação. Ele defendeu ampla reforma do ICMS. “Temos uma lição de casa grande pela frente. A reforma do ICMS é 70% da reforma tributária. Passa pelo Senado, pelo governo federal, pelos estados e pelo Confaz”, alertou.
A única abstenção registrada na votação foi a do próprio relator do projeto, Luiz Henrique. O senador catarinense informou que os integrantes do Confaz lhe pediram para aguardar até dia 11 a reunião dos secretários estaduais de Fazenda, que tentarão um consenso sobre o tema. O seu voto de abstenção seria a forma de honrar o acordo.
Os quatro obstáculos que cercam a restauração da Ponte Hercílio Luz
Executivos e engenheiros da empresa norte-americana que construiu a Ponte Hercílio Luz estiveram nesta semana em Florianópolis para avaliar as condições do principal cartão postal da capital catarinense. O governador Raimundo Colombo anunciou oficialmente na tarde de quinta-feira que a American Bridge, cuja sede fica em Pittsburg, deverá apresentar uma proposta de trabalho comorçamento nos próximos 60 dias referente à obra de restauração final da estrutura.
Empresa dos EUA vistoria Ponte Hercílio Luz e irá apresentar proposta para reforma em prazo de 60 dias
O vice-presidente da empresa, Michael Cegelis, afirma que é possível realizar a revitalização, mas evitou falar sobre preços, que devem ser elaborados nos próximos dois meses. Segundo ele, a parte mais complexa da obra será fazer a transferência do peso da estrutura central no momento da troca dos cabos metálicos, as chamadas barras de olhal.
– Claramente é possível realizar a restauração. As fundações precisam de reforços, os cabos precisam ser substituídos e o vão central precisa ser recuperado. Nós temos a experiência, já fizemos isso em outros lugares. Mas ainda não dá pra saber o tempo que isso levará, precisamos fazer estudos – disse Celegis.
O anúncio é resultado das negociações que estão em andamento entre governo estadual e a empresa desde fevereiro deste ano. Os americanos chegaram a Florianópolis na quarta-feira e fizeram uma vistoria na ponte, quando também receberam documentação e projetos referentes às obras.
Obstáculos:
Imbróglio judicial
Uma disputa entre o Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) e o Consórcio Florianópolis Monumento, liderado pela construtora Espaço Aberto, tem gerado um clima de insegurança jurídica na continuidade das obras da ponte. Após o governo rescindir o contrato com as empresas em agosto do ano passado, o consórcio ingressou com ação na Justiça para interromper as obras até que fosse realizado um inventário no canteiro para o levantamento de valores pendentes. Em dezembro de 2014, após sucessivas manobras de ambos os lados, a obra foi paralisada e depois liberada em menos de um mês, mesmo quando não havia ninguém trabalhando na ponte.
Forma de contratação
Raimundo Colombo quer fechar o contrato com a American Bridge com dispensa de licitação, o que contraria o projeto inicial da restauração e pode gerar problemas administrativos futuros. Para isso, ele já estabeleceu conversas informais com o Ministério Público Estadual, Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas e Assembleia Legislativa para articular o encaminhamento, mas por enquanto não há definição se a contratação será possível dessa forma.
Preço indefinido
A American Bridge já vistoriou pessoalmente a ponte e agora estabeleceu um prazo de 60 dias para apresentar uma proposta orçamentária. Por enquanto, não faz nenhuma estimativa de preço. O governo estadual tem reservado R$ 130 milhões, de financiamento do BNDES, para investir nessa etapa da obra. Mas com a alta do dólar, que gira em torno dos R$ 3, há preocupação de que o custo final seja maior do que a capacidade do Estado.
Uma etapa a ser concluída
Se tudo der certo, a American Bridge só poderá começar os trabalhos após a empresa Empa, do grupo português Teixeira Duarte, finalizar a etapa da “Ponte Segura”, referente à estrutura de sustentação inferior, cujo contrato é de R$ 10 milhões. A Empa já reiniciou as atividades no canteiro de obras e possui um prazo de 180 dias para levantar as quatro torres que irão sustentar a ponte durante a restauração.
Leia também:
::: Ministério Público de Contas investiga desperdício de dinheiro na reforma
:: Confira a galeria de fotos da ponte
http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc/geral/noticia/2015/04/os-quatro-obstaculos-que-cercam-a-restauracao-da-ponte-hercilio-luz-4736986.html
Entenda o caso
Junho de 2014
O governo do Estado toma a decisão de rescindir contrato com o consórcio liderado pela Espaço Aberto, sob alegação de que a empresa não estava cumprindo o cronograma das obras da restauração da ponte. A companhia afirma que o Executivo estadual não vinha realizando os pagamentos e, por isso, tinha suspendido os trabalhos.
Agosto de 2014
O Deinfra anuncia oficialmente a rescisão contratual com a Espaço Aberto. Por meio de um contrato emergencial, o governo começa a procurar uma empresa substituta.
Novembro de 2014
A TDB Produtos e Serviços, com a qual o governo vinha negociando para dar continuidade na etapa da “Ponte Segura”, resolve desistir do contrato.
Dezembro de 2014
O Tribunal de Justiça de SC acata recurso da Espaço Aberto e suspende a continuidade das obras emergenciais na ponte – mesmo sem elas estarem em andamento. No fim de dezembro, a Procuradoria-Geral do Estado reverte a decisão e derruba a liminar, abrindo caminho para contratação da Construtora Roca.
Janeiro de 2015
A Construtora Roca e o governo passam o mês negociando ajustes contratuais. Diante do risco de novas interdições e prejuízos, a empresa também resolve desistir dos trabalhos.
Fevereiro de 2015
O governo estadual fecha contrato com a Empa para execução das obras emergenciais da Ponte Hercílio Luz. Os papéis foram assinados dia 10 de fevereiro, mas o acordo só foi publicado no 18 no Diário Oficial do Estado.
Fonte: Luís Antônio Hangai/Diário Catarinense
Baixa na arrecadação em março acende o sinal de alerta nos cofres do Estado
Cenário econômico se apresentava difícil desde fevereiro. A evolução do valor acumulado ficou abaixo da inflação em março. Situação catarinense é ainda mais amena do que Paraná e Rio Grande do Sul, onde já há contingenciamento
A arrecadação catarinense em março e os primeiros números de abril acenderam todos os alertas da Secretaria da Fazenda. O cenário vinha se apresentando difícil desde fevereiro, quando o crescimento da economia do Estado começou a perder para a inflação, mas a situação conseguiu piorar.
A evolução da arrecadação em março foi de apenas 3,67% em relação ao mesmo mês do ano anterior, ficando abaixo da inflação oficial do período, que alcançou 8,13% no IPCA.
A desaceleração da economia fica evidente quando os números são comparados ao mês anterior, que também registrara queda. A entrada de recursos via ICMS, principal fonte de recursos do Estado, ficou quase 1% menor que em fevereiro.
Os números preocupam o secretário da Fazenda, Antonio Gavazzoni, especialmente em função de outro dado: com o crescimento contínuo da folha de pagamento do funcionalismo, a baixa arrecadação fez com que o Estado se aproximasse perigosamente do limite máximo de gasto com pessoal determinado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
A projeção de março aponta que Santa Catarina chegou a 48,92%, poucos décimos do limite de 49% – que se ultrapassado pode levar a restrições de repasses federais e novos financiamentos.
Governo aposta em crise passageira
Os primeiros números de abril reforçam esse temor, colocando em risco até mesmo a possibilidade de concessão de reajustes salariais aos servidores, uma das restrições da LRF. O próprio Gavazzoni acredita que o aperto é passageiro, embora demande cuidados.
“Dificilmente Santa Catarina vai ficar imune à conjuntura nacional e à política monetária bastante restritiva que está sendo aplicada”.
Graciella Martignago
Economista da Fiesc
“Acredito na retomada rápida do crescimento”
Qual a previsão para retomar o crescimento?
Antonio Gavazzoni – O governador Colombo já definiu que os investimentos públicos do Estado através do Pacto devem ser agilizados para aquecer a economia. Esses recursos podem incrementar o PIB catarinense em mais de 1% no ano. Uma força-tarefa desejada pelo governador para agilizar as decisões sobre construções de PCHs no Estado, que poderão injetar muitos bilhões na economia catarinense. Acredito que retomaremos rapidamente o crescimento econômico.
Como compatibilizar esse cenário econômico com as demandas do funcionalismo?
Gavazzoni – Estarmos com a despesa de folha muito próximos do limite máximo da LRF exige que governo, sindicatos e servidores sejam responsáveis com a sociedade. O governador já afirmou que duas categorias devem ser contempladas com ajustes de carreira: agentes prisionais e servidores da educação. Mas, óbvio, respeitando os limites que afetam a contas catarinenses perante o Tesouro Nacional.
Há margem?
Gavazzoni – Tecnicamente, não existe nenhuma margem legal para concessões. Mas existe a consciência do governo de que a mesa de negociação sempre é o melhor caminho para se construir avanços sem prejudicar a sociedade.
Situação de Santa Catarina é mais confortável que Estados vizinhos
Parte da situação da arrecadação é efeito direto da paralisação dos caminhoneiros em fevereiro deste ano. Só em março, foram contabilizados R$ 30 milhões em perdas em ICMS de combustíveis pela greve da categoria. Mas a tendência de queda contínua em 2015 mostra que Santa Catarina não conseguiu se descolar da situação econômica nacional – em fase de ajustes comandados pelo ministro Joaquim Levy.
– Dificilmente Santa Catarina vai ficar imune à conjuntura nacional e à política monetária bastante restritiva que está sendo aplicada. O que pode fazer é continuar o que vinha fazendo, como as fiscalizações – avalia a economista Graciella Martignago, da Fiesc.
A situação catarinense é ainda mais confortável que os Estados vizinhos da região Sul. No Paraná, entraram em vigor em abril os aumentos de alíquota de ICMS que devem render R$ 800 milhões este ano. No Rio Grande do Sul, foi determinado contingenciamento de R$ 1 bilhão no orçamento das secretarias. Medidas descartadas.
– Não vamos aumentar impostos, é um compromisso. Santa Catarina tem uma situação diferenciada – afirma Gavazzoni.
Fonte: Upiara Bosch/DC
Lideranças do Oeste reivindicam mais investimentos para a região
Documento entregue a autoridades catarinenses em evento em Chapecó pede melhorias em rodovias, geração de energia e mais segurança, além de um plano de mobilidade urbana
Lideranças do Oeste Catarinense entregaram ontem ao presidente da Assembleia Legislativa (Alesc), Gelson Merisio, um documento que pede apoio às reivindicação de obras de infraestrutura, telecomunicação, energia e segurança para a região. A entrega foi em jantar-palestra no Clube Recreativo Chapecoense, com a presença de 400 pessoas, entre elas deputados e secretários de Estado.
Com um valor adicionado fiscal de US$ 7 bilhões, o oeste de SC lidera o setor agroalimentar catarinense, segundo estudo da Federações das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). Além disso, a projeção de aumento da população mundial e o crescimento da demanda de carnes são favoráveis às industrias da região. Problemas de infraestrutura, porém, dificultam o crescimento. O custo do transporte, tanto para trazer matérias-primas como para levar produtos aos postos, é um exemplo.
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Chapecó (Acic), Bento Zanoni, enfatizou que a região precisa de infraestrutura e segurança para produzir.
– Nosso objetivo ao convidar o presidente da Assembleia Legislativa é ver o que ele pode fazer por Chapecó e região – disse Zanoni.
Boas rodovias e mais energia
O vice-presidente da Aurora Alimentos, Neivor Canton, disse que o oeste tem uma desvantagem em atrair investimentos pela carência de boas rodovias, falta de ferrovias e até de energia elétrica.
– Precisamos de investimentos em infraestrutura e até uma tributação diferenciada para nos mantermos competitivos.
Para o presidente da Sociedade Amigos de Chapecó, Cláudio Jorge Kraker, além dos projetos maiores, Chapecó necessita de obras como o Contorno Viário Leste, ligando a BR-282 com a SC-480, uma ligação da SC-283 com a BR-282 e um plano de mobilidade urbana.
O evento foi promovido pela Acic, Câmara de Dirigentes Lojistas e Sindicato do Comércio Varejista de Chapecó.
Recursos de R$ 417 mi para obras
O presidente da Alesc, Gerson Merisio, afirmou que o governo de Santa Catarina investe R$ 417 milhões de recursos federais e do Estado em melhorias para a região. O principal investimento é uma macroadutora que vai levar água do rio Chapecozinho, em Bom Jesus, para Chapecó, beneficiando também Xanxerê, Xaxim e Cordilheira Alta. A assinatura da ordem de serviço será no dia 5 de maio, em Chapecó.
Segundo Merisio, o governo já elaborou também um projeto do Contorno Viário Leste, que vai ligar a BR-282 a SC-480, trajeto de cerca de 30 quilômetros, que vai desviar o tráfego pesado do centro de Chapecó.
As demais reinvidicações serão levadas para as autoridades competentes. A Alesc deve lançar no dia 28 uma campanha para valorizar o potencial de SC, mostrando que é preciso encarar a crise com otimistmo.
PRINCIPAIS DEMANDAS DO OESTE |
DUPLICAÇÃO DA BR-282 |
A rodovia foi concluída em 2009, mas não dá conta da demanda. Um estudo da Fiesc aponta que há uma morte a cada três dias na via que liga Paraíso, na Fronteira com a Argentina, até Florianópolis, num trajeto de pouco mais de 700 quilômetros. O objetivo é atender o fluxo de carros e caminhões, que levam contêineres do Oeste para os portos. |
AMPLIAÇÃO DO AEROPORTO |
Em seis anos, a movimentação do Aeroporto Municipal Serafim Enoss Bertaso, em Chapecó, aumentou 325%, passando de 98 mil passageiros para 420 mil no ano passado. Mesmo com algumas ampliações, o terminal de embarque não comporta voos simultâneos. O projeto de um novo terminal, com capacidade para 500 pessoas por hora, está tramitando há mais de dois anos. Nesta semana, houve a promessa de liberação de R$ 35 milhões para a primeira etapa, com previsão de licitação neste ano. |
FERROVIAS |
SC necessita trazer de outros Estados uma média de 2,5 milhões de toneladas de milho. Isso encarece o custo de produção. A Ferrovia Norte-Sul, no trecho de Panorama (SP) a Chapecó, ajudaria a trazer o milho do Centro-Oeste. Além disso, a Ferrovia do Frango, ligando o Oeste aos portos, também poderia diminuir os custos de transporte das carnes para exportação. |
SEGURANÇA |
Há apenas um batalhão para uma região de 617 mil habitantes. Uma das reivindicações é um novo batalhão ou uma guarnição avançada, além de mais 100 policiais na região de Chapecó e investimento em inteligência policial. |
ENERGIA E TELECOMUNICAÇÕES |
As lideranças defendem investimentos em energia e telecomunicações, principalmente no interior. Há registro de mortes de milhares de frango por queda de energia. |
Fontes: Associação Comercial e Industrial e Câmara de Dirigentes Lojistas de Chapecó, Sindicato do Comércio Varejista de Chapecó e Sociedade Amigos de Chapecó |
Fonte: Darci Debona/Diário Catarinense
Prioridade do setor produtivo
De longe a falta de infraestrutura continua sendo a prioridade do setor produtivo catarinense. Foi por isso que a Federação das Associações Empresariais (Facisc) convidou ontem para a reunião da diretoria, no Golden Executive Hotel, em São José, o secretário de Infraestrutura do Estado, João Carlos Ecker, que detalhou obras que integram o pacote de investimento de R$ 3,7 bilhões do governo para este ano. A reunião teve à frente o presidente da federação, Ernesto Reck (C), o vice-presidente André Gaidzinski (E) e o tesoureiro Doreni Caramori Junior (D). A propósito, a melhoria da logística de transporte foi a bandeira mais votada por empresários de diversas regiões do Estado durante a elaboração do documento Voz Única. Hoje, a diretoria da Facisc recebe o ministro do Trabalho Manoel Dias. O rigor de normas de segurança será um dos temas.
Esta fase de crise é enfrentada de forma diferente por diversos setores econômicos, diz o presidente da Facisc, Ernesto Reck. O empresário, que é de São Lourenço do Oeste, diz que o agronegócio e o setor madeireiro são os mais otimistas. há oportunidades para quem quer investir. Coluna Estela Benetti
Aliás
Em expansão
A Portonave S/A, controladora do Porto de Navegantes, investe R$ 120 milhões para dobrar seu pátio de contêineres. O terminal, que responde por 44,5% da movimentação de contêineres em SC, mostra seu potencial na Intermodal, maior feira do segmento da América Latina, em São Paulo.
Ações para legalizar motoboys
O cadastro é único e o valor da regulamentação não pesa muito no bolso do motociclista, mas, mesmo assim, cerca de 80% dos 2.500 motoboys e motofretistas que trabalham em Florianópolis atuam irregularmente.
Para melhorar este cenário e garantir maior qualidade nos serviços prestados, a
Associação de Motociclistas da Grande Florianópolis (AMO), em parceria com órgãos de trânsito, promove uma série de ações educativas com o Motoboy Legal.
Para incentivar maior adesão dos motoboys à regularização da profissão, a Prefeitura de Florianópolis reduz a partir de hoje o tempo de espera para serviço de documentação, que era de 30 a 90 dias.
Agora, em até dez dias, o motoboy terá o serviço regularizado. O cadastro pode ser feito pela internet.
A ideia é ampliar também a credibilidade do serviço e dar mais segurança para consumidor e
contratante.
Uma ação educativa foi realizada na manhã de ontem, na Capital, para divulgar as mudanças e também reforçar as medidas de segurança e os equipamentos necessários para se trabalhar legalmente.
A blitz educativa da AMO contou com a participação da Guarda Municipal e órgãos de trânsito.
“A falta de regularização ocorre por uma série de motivos, como falta de conhecimento, fiscalização e até mesmo do contratante que não procura um motoboy regularizado. A ação é uma amostra do que pretendemos implantar em todo Estado”, explica o presidente da AMO, Pedro Luís Sabaciauskis.
A Guarda Municipal garante que também ocorrerão fiscalizações que podem gerar multas para quem não estiver dentro das regras.
As medidas administrativas, previstas no Código de Trânsito Brasileiro, vão de suspensão da
habilitação a multa de R$ 191,54 e apreensão da moto.
A fiscalização e o cumprimento das normas se aplicam apenas aos motoboys e motofretes, pois os mototáxis estão proibidos na Capital.
Concorrência desleal agilidade
Ronaldo Loureiro é dono de uma empresa de fretes que emprega 60 motoboys. Ele conta que sua maior dificuldade é competir com motociclistas irregulares. “Todos os meus funcionários têm curso e estão regulares. Já os outros motoqueiros oferecem um preço mais em conta
que o nosso, mas não têm nenhuma garantia, como carteira registrada, seguro contra acidentes e outros benefícios. As pessoas que contratam um serviço com o motoqueiro nem sempre veem isso, e só na hora de um problema procuram um profissional legalizado”, argumenta.
Loureiro ainda discorda que a prefeitura mantenha a fiscalização em dia. “Entendo que muitas vezes as autoridades deixam passar esses trabalhadores para dar a eles mais uma chance, mas isso não pode ser para sempre. Existe a lei, mas ela tem que ser cobrada. Se agora, com essas facilitações, a
fiscalização for para valer, então o serviço vai melhorar”, diz. (Viviane de Gênova)
Regras
Trabalho legal em Florianópolis
A resolução do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) exige, além da placa vermelha, equipamentos de segurança (capacete, antena e colete). Entrar em contato com a AMO (www.motoboylegal.com.br ou 8843-2530) para efetuar o cadastro único na prefeitura, com custo de R$ 150, e pagar todas as taxas referentes à documentação e emplacamento.
A partir da liberação, o motoboy regulamentado terá especificado na documentação e um adesivo de cadastro na prefeitura tanto no capacete como no baú.
Motociclistas profissionais devem realizar também um curso de capacitação, oferecido pelo SEST/SENAT, com duração de 30 horas, por R$ 170. Informações: 3281-6200.
Precisa ter idade mínima de 21 anos; habilitação a por pelo menos dois anos; protetor mata-cachorro,
antena corta-pipa e caixa para transporte de carga regulamentada pelo Contran. Fonte Elaine Stepanski/ND
Para motociclista
A Autopista Litoral Sul está orientando, hoje, todo motociclista que passar pela antiga praça de pedágio de Palhoça sobre os cuidados no trânsito. A concessionária faz inspeção básica das motocicletas, instalação de antenas anticerol, adesivagem refletiva e limpeza das viseiras dos capacetes. Também terá massagem relaxante e corte de cabelo gratuitos para os motociclistas, das 9h às 17h.