Florianópolis, 17.7.15 – Até o primeiro trimestre de 2016 sai a licitação para escolha da empresa que terá a concessão para administrar o aeroporto Hercílio Luz e que será responsável por todas as obras de ampliação e melhoria do mesmo. A informação é do próprio ministro da Aviação Civil, Elizeu Padilha, que recebeu ontem o presidente do Floripa Convention, Marco Aurélio Floriani, e o presidente da Abrasel, Fábio Queiroz, que foram a Brasília representando o Fórum de Turismo de Florianópolis (Fortur) cobrar uma posição sobre a novela do aeroporto. A comitiva catarinense teve ainda a presença do deputado federal Mauro Mariani. Fonte: Diário Catarinense (Rafael Martini)
Sapolândia
Depois de 15 dias dignos de uma Sapolândia, com o coaxar dos sapos soluçando nas noites encharcadas, a Ilha deve conhecer alguma trégua e alguns bons momentos de sol.
Já imaginaram se a luz do sol dependesse de um parecer da Comissão de Orçamento do Congresso? Da Comissão Executiva de um partido político? Ou de um “estudo de impacto ambiental do Ibama? O mais provável é que a humanidade ficasse sem sol. E, sem a luz do astro que nos garante a fotossíntese, a história da humanidade teria sido outra.
Faltaria tudo, até mesmo aquela primeira luz da Criação de que nos fala a Bíblia: “No começo era o Verbo”. E Deus disse: “Fiat Lux!” Claro, sem saber, ainda, que o melhor negócio do mundo – o das concessionárias de energia elétrica – em Santa Catarina não daria muito certo, por ser mal administrado…
A vida sobre a face da Terra seria bem diferente. Não teria havido Adão, nem Eva. Nem vida, nem células clorofiladas, nem irradiações químicas de oxigênio puro, mediante o sugar da coroa das flores pelo bico alongado dos colibris.
Faltaria alternativa a Leônidas das Termópilas – pois, sem sol, não seria possível combater à sombra…
E Yuri Gagarin, o astronauta pioneiro – que, naquele tempo, já torcia pelo Avaí – não teria pronunciado aquela frase histórica e eterna: “A Terra é azul”.
Sem a luz do sol, a Terra seria preta. Sol, assim como beleza, é quase tão fundamental quanto “honestidade” para o sucesso da boa democracia. Sem o sol da dignidade e da honradez, ficaríamos dependendo “daquela emenda do Orçamento” ou do fim da Operação Lava-Jato…
O sol costuma ser um agente da felicidade humana, sem professar ideologias ou privilegiar classes. Mas há uma época, no tempo de duração do fenômeno conhecido como El Niño, que esta transcendental lâmpada do firmamento parece ter alguma coisa contra a classe operária.
É só chegar o fim de semana e… Pronto! O sol busca o biombo das nuvens carregadas, desaparece, toma Doril, só para ressurgir, glorioso, na manhã útil de uma segunda-feira – e, portanto, inútil para o lazer do povão…
O sol mexe com a “psiquê” das pessoas – e, é preciso reconhecer – também com a criatividade dos escribas. Que também fica nublada, sem graça e sem fontes. Fonte: Diário Catarinense (Sergio da Costa Ramos)
Enfim, ponte de Laguna é liberada
Sobre o som de buzinas e gritos, os primeiros motoristas passaram sobre a ponte Anita Garibaldi, em Laguna, às 17h05min de ontem. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) liberou simultaneamente o trânsito sobre a estrutura, tanto no sentido sul, quanto no norte. Logo atrás dos carros da PRF, veio um grupo de motociclistas de Florianópolis e na sequência, os demais veículos. Logo o fluxo ficou lento. O clima entre moradores, motoristas e policiais – acostumados com os constantes congestionamentos na ponte de Cabeçuda – era de alívio e alegria.
– Estamos há cinco anos na expectativa de sair essa ponte. O canal estava apertado, os peixes não passavam, o trânsito era sempre parado, um sufoco – conta Lourival Vieira, 68 anos, o pescador e morador nativo do Bananal, comunidade antiga que cresceu as margens da Lagoa Santo Antônio dos Anjos.
Moradores evitavam passar pelo local
O policial rodoviário federal, Luciano Fraga do Canto, que mora em Araranguá, conta que não visitava a região de Florianópolis por conta dos intensos congestionamentos na região de Laguna.
– Só vou a trabalho. Particularmente, não. Nos finais de semana, motoristas chegam a ficar uma hora parados. Na temporada, tivemos filas de mais de cinco horas – lembra o policial.
Minutos antes da liberação do trânsito na ponte, viaturas da PRF transitaram pela estrutura para certificar que não havia pessoas caminhando. Mesmo assim, dois ciclistas conseguiram furar o bloqueio e pedalaram por alguns metros sobre a estrutura ainda fechada. Foram alcançados e conduzidos até a rodovia.
O chefe de operações da PRF de Tubarão, Wilmen Vieira alerta que a preocupação nos próximos dias é com a segurança sobre a estrutura. Mesmo horas depois da liberação da ponte era possível observar vários carros parados nos acostamentos registrando imagens e vídeos. A velocidade permitida é 110 km/h. Vieira lembra que a antiga travessia, a ponte de Cabeçuda, ficará apenas com o trânsito local, e permitirá paradas em local seguro para o registro de imagens.
Abertura do túnel ainda é incerta
Previsto para ser inaugurado junto a ponte Anita Garibaldi, o túnel no Morro do Formigão, em Tubarão, ainda depende de pinturas e sinalizações para ser liberado. De acordo com Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes (DNIT), a previsão é de que hoje a empresa contratada termine as obras nas faixas nas duas saídas do túnel.
Os trabalhos dependem de tempo bom para serem realizados. Segundo a PRF, operários devem começar a pintura e colocação dos tachões na pista às 8h30min. A expectativa é de que até o 12h o túnel seja liberado.
Segundo o DNIT, o túnel será aberto apenas no sentido sul até a conclusão da ponte Cavalcanti, em Tubarão, em obras até dezembro deste ano, data prevista para a duplicação completa da BR-101 Sul. As obras do túnel começaram em fevereiro de 2013 com previsão de término para julho de 2015.
Além da ponte Anita Garibaldi e do túnel no Morro do Formigão, a BR-101 Sul precisa ainda da conclusão de uma nova travessia em Tubarão, entre os bairros Morrotes e Fábio Silva. A ponte terá 340,8 metros de comprimento por 12,1 metros de largura, com duas pistas, acostamento e as proteções laterais de concreto. A estrutura receberá o fluxo no sentido sul-norte. Atualmente, está em fase de construção de vigas e dos pilares. Fonte: Diário Catarinense (Mônica Foltran)
Resgate da Infraestrutura, por Alysson Rodrigo de Andrade*
Poucos engenheiros têm o privilégio de acompanhar de perto obras do porte da ponte Anita Garibaldi. A inauguração da mais nova maravilha da engenharia nacional traz alívio aos usuários da BR-101 em Santa Catarina eliminando um dos últimos gargalos da rodovia com um marco para o rodoviarismo: a primeira ponte estaiada em curva suspensa por mastros centrais do Brasil.
Durante a construção dos seus 2.830 metros, houve cravação de estacas em um perfil de solo instável a profundidades superiores a 50 metros, montagem de uma treliça portuguesa gigante, empregada no lançamento das aduelas (peças de concreto que juntas compõem o tabuleiro da ponte). O perfil em curva no vão central exigiu ensaios em túnel de vento, assim como prova de carga dinâmica recentemente finalizada. Estes cuidados são fundamentais para o plano de manutenção da mais nova joia da engenharia nacional.
É fato que a nossa infraestrutura ainda carece de evolução em muitos aspectos técnicos, jurídicos e planejamento multimodal para que outras obras de infraestrutura sejam também objeto de orgulho. Os recursos despendidos em projetos, licitações e obras não acompanharam a evolução da frota de veículos ao longo das últimas décadas. Superar este desafio é a missão do corpo técnico do DNIT, empresas contratadas e dos cidadãos que cobram ações imediatas. Neste mês, além da ponte, foram concluídos o túnel do Morro do Formigão, o viaduto de Catanduvas e a duplicação da travessia de Xanxerê.
Desde ontem os frequentes congestionamentos na BR-101 em Pescaria Brava cedem espaço para mais um cartão-postal. Neste momento ímpar para a engenharia catarinense fica nosso reconhecimento àqueles que valorizam a engenharia e acreditam na inovação em soluções funcionais e diferenciadas para nosso Estado. Almejamos que os esforços empreendidos por todos os colaboradores diretos e indiretos ao longo destes três anos e dois meses de obras na ponte Anita Garibaldi possam se intensificar para, juntos, concluirmos outros projetos que resgatem a infraestrutura catarinense.
*Chefe de Engenharia do DNIT/SC/Florianópolis – Fonte: Diário Catarinense (Artigo)
Turismo vinícola e a infraestrutura nacional
Com a atual alta do dólar, criou-se uma barreira econômica. No entanto, todos os anos, novas importadoras de vinhos surgem em nosso país, no espírito de que, ainda tendo menos de três garrafas per capta ao ano, teremos espaço para todos. Ocorre justamente o inverso, e parte delas acaba fechando. Mesmo assim, sobram várias, e o mercado vinícola inchado vai ficando cada vez mais difícil.
Para isso, as vinícolas nacionais, que competem em qualidade, mas não em preço devido à tributação nacional, têm de se reinventar. Uma forma de fazer isso é, como no novo mundo, criar espaços para visitações turísticas.
O grande problema é que o turista não é da região, é do Brasil e do mundo, e nossa infraestrutura está precária. Passagens baratas e a crescente falta de tempo faz com que o turista vá para locais com acesso fácil e rápido. Como nosso país não tem trens, restam os aeroportos. Mas, se pensarmos na região Sul, principal zona vinícola visitada, nos limitamos a três ou quatro aeroportos distantes das vinícolas, obrigando o turista a usar carro.
Grandes distâncias são somadas a pistas simples e esburacadas, que, sabemos, terão prazo longo para serem alteradas. Assim sendo, necessitamos interiorizar rotas aéreas, com melhorias em aeroportos.
O ramo vinícola, no mínimo, dobraria seu faturamento e empresas, em geral, fariam de suas regiões novas potências. É o Brasil e seus vinhos mostrando qualidade na adversidade. Com pequenos apoios de infraestrutura, nos tornaremos ícones mundiais, como nossos vizinhos Argentina e Chile. Basta ver suas estruturas turísticas.
Guilherme Sulsbach Grando | Diretor Comercial da Vinícola Villaggio Grando – Fonte: Diário Catarinense (Artigo)