Joinville, 29.5.15 – O secretário estadual da Fazenda Antonio Gavazzoni, disse, durante palestra para empresários, líderes empresariais e presidentes de sindicatos do Transporte, diretores de revendedoras, no Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e de Operações Logísticas de Joinville (Setracajo), que o momento ruim já passou: “O país está ansioso para evoluir. E o empresário quer crescer. Somos mais poderosos do que este sentimento que estagna o país”, enfatizou ele ao lado do presidente do Setracajo, Ari Rabaiolli e do deputado estadual Darci de Matos.
“O setor de transportes é um grande motor da nossa economia. Tem de haver integração permanente com o governo, para aperfeiçoar programas que geram crescimento e valorizar o setor”, destacou. Para o presidente Ari, a aproximação é benéfica. “A iniciativa do secretário, de ouvir e conhecer nossas demandas, é uma conquista para a categoria de transportes”, concluiu.
Para Gavazzoni, o desemprego freou e a tensão deste ano ficará concentrada nos ajustes do governo federal. Por mais de uma hora, o secretário abordou diversos temas e da sua experiência na área pública. Uma das principais bandeiras defendidas pelo secretário é a mudança na previdência pública que, somada à folha salarial, tem comprometido a folha de pagamento do Estado. “Estamos chegando ao limite fiscal que é de 49%. Do jeito que está indo todos os Estados vão quebrar”, disse.
O Brasil cresceu 10% nos últimos anos, e Santa Catarina se acostumou com arrecadação tributária acima de dois dígitos. No primeiro bimestre de 2015, a arrecadação média ficou em 6%, abaixo da inflação no período. O fraco desempenho econômico tem alterado o desenvolvimento de medidas como o Pró-Cargas, que beneficia empresas do transporte rodoviário.
Gavazzoni defendeu que é necessário ajustar desonerações, renúncias fiscais e outros mecanismos. A volta do crescimento dependerá da competência do Estado em encontrar um ponto de equilíbrio. “Precisamos diminuir encargos para voltar a aquecer o mercado sem onerar o governo”, afirmou.
O secretário ainda comentou sobre as mudanças no ICMS e como isso vai impactar nas economias locais e do país. Uma das principais formas de retorno destes tributos às prefeituras é por meio de programas de benefícios fiscais, como o Fundam (Fundo de Apoio aos Municípios). Fonte: Texto e fotos: Elair Floriano/Imprensa Setracajo