Instituições sindicais de Chapecó selam reajuste para trabalhador do transporte

Instituições sindicais de Chapecó selam reajuste para trabalhador do transporte

Chapecó 17.7.15 – Finalmente foram concluídas as negociações para definir os novos salários dos trabalhadores do setor de transportes de Chapecó e região. Após várias e frustradas tentativas, as partes chegaram ao consenso. O Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística de Chapecó – Sitran manteve diálogo aberto, mas houve certa resistência do sindicato laboral, impondo o atraso.
De qualquer maneira a nova Convenção Coletiva de Trabalho – CCT tem validade retroativa ao mês de maio, data base da categoria. “Ninguém perdeu nada. Apenas houve certa demora no repasse do aumento aos salários”, argumenta o presidente do Sitran, Deneraci Perin. A comissão de negociação, tendo a frente o assessor sindical, Euclides Badin, defendia maior rapidez ao entendimento que acabou sendo estabelecido só depois de alguns recuos. As cláusulas econômicas foram revisadas com prazo de validade para um ano e as socais renovadas para os próximos 24 meses.
O índice de reajuste aos salários acima do normativo chegou a 8,5% e aos pisos foi acrescido aumento na faixa de 9%. O mau humor econômico do cenário nacional “impossibilita majorações mais acentuadas”, explica Perin. Mesmo que existisse vontade patronal de conceder percentuais mais atrativos aos trabalhadores, “fazer isso seria aventurar por que o momento exige cautela. Não podemos ultrapassar nossos limites, sob pena de submeter empresas ao caos”, justifica.
A CCT regulamentou também a jornada de trabalho dos motoristas. A lei do caminhoneiro basifica o tema, mas o tempo de trabalho requer adequações de acordo com as peculiaridades regionais. Todos os critérios estão expostos na cláusula 28 do documento que pode ser encontrado no site do sindicato (http://sitran.org.br – link convenções). Ficou convencionado, por exemplo, que a jornada pode ir além de 10 horas de trabalho diário com pagamento de hora extra e adicional de 60%. Há excepcionalidades permitindo a prorrogação da jornada em até quatro horas.

Pisos – São seis faixas salariais subdividindo a categoria profissional. Os motoristas de carreta e operacional (tanque, térmico e carga geral) tem assegurado normativo de R$ 1.750 e os de carga viva e ração R$ 1.495. O motorista operacional (truk e toco) passa a ganhar no mínimo R$ 1.365 e os demais caminhoneiros R$ 1.200. O piso dos auxiliares e funcionários de serviços gerais agora é de R$ 995. A diária subiu a R$ 44,00. Foi criado nesta negociação o adicional de função para motoristas de bitrem, operador de guindaste, guincho, prancha e caminhão betoneira. Eles serão remunerados com o adicional mensal equivalente a 10% do respectivo salário normativo.

Legenda foto: Os empresários do transporte repassam 8.5% aos salários dos trabalhadores
Fonte: Assessoria de Imprensa Sitran

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