Obras para melhorar a mobilidade da região Metropolitana de Florianópolis têm custo estimado de R$ 3,3 bi

Obras para melhorar a mobilidade da região Metropolitana de Florianópolis têm custo estimado de R$ 3,3 bi

Florianópolis, 8.6.15 – Para tornar o trânsito melhor, mais seguro e  com mobilidade para o transporte coletivo na Grande Florianópolis será necessário um investimento de R$ 3,3 bilhões. Isso é o que prevê três projetos que estão em andamento para atender o sistema viário para médio e longo. Nestas sugestões, o transporte de carga não foi contemplado, mas segundo o coordenador da Região Metropolitana, Cassio Taniguchi, a pedido do presidente da Fetrancesc, Pedro Lopes, está em estudo alternativas para o segmento.
As propostas foram apresentadas na manhã de hoje, na reunião da BR-101 do Futuro na Fiesc, com a participação de representantes da própria Federação das Indústrias, Fetrancesc, PRF, DNIT, Autopista, OAB e Região Metropolitana da Grande Florianópolis. Pedro Lopes, que iniciou, hoje, viagem para o exterior, foi representado pelo secretário executivo, Leonardo de Carvalho. A principal conclusão de todos é que os projetos não são paliativos e sim soluções para um prazo maior e por isso, é preciso concentrar esforços para que se consiga viabilizar as três propostas. Por isso, foi feita uma observação de que alguns parlamentares defendem projetos para resolver pequenos questão, quando deveriam se unir a todos os segmentos e viabilizar verbas para soluções abrangentes.
Na primeira parte das discussões foi tratado do enfretamento do desrespeito às leis de trânsito por muitos motoristas, especialmente com velocidade acima do permitido e sem o uso do cinto de segurança dos condutores e dos passageiros. O instrutor da PRF, Jean Coelho, sugeriu algumas mudanças na velocidade e uso de radar. O vice-presidente da Fiesc, Mario Aguiar, acredita que poderia ser desenvolvido uma campanha de orientação.
Para Taniguchi, é preciso haver redução do limite de velocidade no centro urbano de Florianópolis. Ele considera um exagero como os motoristas pisam fundo no acelerador. Um grupo vai fazer uma proposta para ser apresentada na próxima reunião.

DNIT apresenta projeto de modernização da Via Expressa

O Chefe de Engenharia do DNIT, engenheiro Alysson Andrade e o coordenador de projetos de Engenharia do órgão, Huri Alexandre Raimundo, apresentaram o modelo para a modernização da Via Expressa (BR-282, no trecho entre a BR-101 e as pontes Pedro Ivo Campos e Colombo Salles). Segundo Andrade é um projeto completo que prevê corredor para ônibus, ciclovias e calçada de pedestres, que pode absorver o crescimento para até 30 ou 50 anos.
E prevê remodelação de alguns viadutos e marginais para atender os moradores locais segmentados. Por exemplo saída para quem vai até Capoeiras e depois novo acesso à marginal para quem segue para os outros bairros. Também haverá um novo da capital à BR-101 para que não haja confusão nas pistas e pare o tráfego. Outra sugestão feita pelo DNIT para amenizar o tráfego da chegada à Ilha seria um viaduto para veículos e ônibus onde é atualmente o acesso dos coletivos ao Ticen. Mas a prefeitura não concordou. No entanto essa obra está prevista coma implantação do BRT, afirmou Taniguchi.
O custo estimado para a execução das obras é de R$ 500 milhões, dos quais R$ 50 milhões só para a remoção da rede da Celesc. Leonardo de Carvalho perguntou se existe a verba para a obra. O problema afirmou Raimundo é que planejamento feito para todas as obras de Santa Catarina para 2015 foi de R$ 1,7 bilhão que em Brasília baixou para R$ 780 mil e com o contingenciamento ficou apenas 34% deste valor. O que o DNIT têm são R$ 450 mil reais para a Via Expressa.
Andrade disse o projeto está pronto e que precisa de algumas adequações, mas se aprovado, em dois meses pode ser feito o projeto executivo. Ele acredita que a obra pode ser executada em três anos, mas se tiver dinheiro e uma boa empresa para construção, a exemplo do que acontece com a ponte de Laguna, feita no prazo.


Melhorias do trânsito da região Metropolitana depende  dos planos viários dos municípios


O superintendente da Região Metropolitana, Cassio Taniguchi, o Plano de Mobilidade Urbana Sustentável da Grande Florianópolis (Plamus) que prevê um conjunto de obras em conjunto com os municípios para tornar o trânsito menos congestionado e dar maior rapidez ao transporte coletivo. Mas ele afirma que os municípios precisam trabalhar integrados com a Região Metropolitana.
Taniguchi é a favor de usar mais ônibus, apesar de dizer que o transporte coletivo não é competitivo, porque o tempo para descolamento é maior e o custo ás vezes é mais alto e além disso, o conforto do carro de passeio.
Mas para ilustrar exibiu uma imagem de Florianópolis com carros, ônibus e caminhões e motos nos congestionamento e uma da Colômbia com corredores para ônibus trafegarem livremente e quem usa carro de passeio fica nos engarrafamentos.
Por isso a primeira obra prevista pelo Plamus é um corredor para BRT que sai da Avenida das Torres em São José até o Ticen em Florianópolis que faria a viagem em 15 a 30 minutos, sem paradas. Parte do corredor está previsto no projeto da Via Expressa.

Readequação dos modelos de ocupação urbana é obrigatória

Outra sugestão dele é permitir que as pessoas morem mais próximos de seu trabalho e escolas e isso quem devem fazer são as prefeituras com os seus planos diretores. Mas também é preciso um freio nas construções de condomínios ou empreendimentos comerciais sem infraestrutura viária para absorver o número de veículos. Ele também defende a redução de velocidade em ruas mais estreitas apenas com passagem para o veículo e espaço para calçadas e para ciclistas. Já as ruas completas teriam faixas de ônibus, de carros, calçadas mais largas e ciclovia. Mas Taniguchi adianta que nem corredores e nem as demais obras devem ser rápidas. Ele também descartou o transporte marítimo, pelo menos por enquanto, pois se trata de um modal com custo três vezes superior ao de ônibus. As obras previstas no Plamus tem um valor estimado para a execução de R$ 2,2 bilhões.

Eixão será fundamental para resolver os congestionamentos da BR-101


Outro projeto para a Grande Florianópolis é o eixão proposta do Grupo de Trabalho Paritário da BR-101, que é fazer uma obra para atender à população que mora, trabalha ou estuda ao longo da via e que acaba usando a estrada como se fosse via urbana e dar vazão sem parada para quem trafega nas vias centrais em direção ao Sul e ao Norte do Estado. O projeto já havia sido apresentado logo no início da concessão, que resolveria boa parte dos congestionamentos na 101, mas que foi rejeitado por políticos e alguns líderes empresariais que queriam o contorno. Esta obra está estimada em R$ 700 milhões. Uma preocupação dos técnicos é quanto a obras que deveriam ser incorporadas ao sistema viário, mas que ainda não se sabe se terão andamento ou não como é o caso da Hercílio Luz e a quarta ligação Ilha-continente. No dia 29 de junho haverá um grande debate sobre as propostas para mobilidade, trânsito, transporte e logística, na Fiesc. Fonte: texto e fotos: JP/Imprensa Fetrancesc

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