Florianópolis, 26.3.15 – Caso seja aprovada a proposta prevista na Medida Provisória 669 – que eleva os percentuais da desoneração da folha de 1% para 2,5% e de 2% para 4,5% -25% dos empresários dos transportes de carga pretendem dispensar acima de 11% de seus trabalhadores, enquanto 33,33% querem diminuir em 5% o quadro de funcionários e 20% manterão o quadro atual.
Esse alerta está na pesquisa realizada pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Operações Logísticas de Joinville (Setracajo), e apresentada por seu presidente, Ari Rabaiolli, na reunião de março do Conselho de Representantes da Federação das Empresas de Carga e Logística de Santa Catarina (Fetrancesc), realizado no último dia 20, que fez um debate sobre a proposta do governo federal de aumentar as alíquotas da desoneração da folha.
O Setracajo realizou pesquisa junto a seus filiados tendo como foco os impactos da MP 669, que aumenta a alíquota sobre faturamento para recolher como contribuição previdenciária patronal. E se o Congresso Nacional aprovar a MP, 16,67% dos pesquisados informaram que irão cortar entre 6% e 10% dos trabalhadores, enquanto 4,17% pretendem contratar 5% sobre o atual número. Rabaiolli informou que o Sindicato enviou questionários a 200 empresas, e que 24 responderam a todas as perguntas. Desse total, 70,83% são de carga lotação e 29,17% fazem transporte de carga fracionada. O levantamento foi feito no dia 12 de março.
Os entrevistados do Sindicato também responderam à pergunta: Qual o percentual sobre o faturamento é equivalente aos 20% sobre a folha de pagamento, na sua empresa? Um grupo de 29,17% garantiu que é de 1% a 1,5% do faturamento; 25% disseram que é de 1,5% a 2%; de 2% a 2,5% do faturamento são 20,83% dos consultados; 16,67% responderam entre 2,5% e 3% e 8,33% afirmaram que é mais de 3% do faturamento.
Posição do Conselho
Caso passe valer os 2,5% para o transporte, 79,17% dos pesquisados pelo Setracajo voltariam a recolher os 20% sobre a folha de pagamento e 20,83% adotariam o novo percentual sobre o faturamento. Os entrevistados também informaram qual o percentual sobre o faturamento que eles negociariam com o Congresso Nacional: 75% defenderiam 1%, enquanto 16,67% lutariam para ficar entre 1,25% e 1,5%. Para 8,33%, o percentual poderia ficar em 3%.
A desoneração da folha feita pelo Governo deu a opção de recolher 1% sobre o faturamento em vez de 20% sobre a folha de pagamento e está em vigor desde 1º de janeiro de 2014. Na pesquisa, 95,83% fizeram economia com o recolhimento sobre o faturamento. Apenas 4,5% afirmaram que não.Com a desoneração 79,17% puderam contratar mais funcionários e outros 20,83% não contrataram.
Fonte: JP/Imprensa Fetrancesc
Foto: Divulgação fetrancesc