Qualidade de vida depende de se reconhecer como integrante de uma família e de uma equipe de trabalho é o resumo do Ecoss 2014

Qualidade de vida depende de se reconhecer como integrante de uma família e de uma equipe de trabalho é o resumo do Ecoss 2014

Florianópolis, 10.11.14 – Nos dias atuais, muitas pessoas reclamam da falta de tempo para dar conta da vida agitada com tantos compromissos. E nessa correria desse tempo que o tornamos acelerado, nem sempre se consegue parar para pensar sobre a nossa qualidade de vida. Uma voz que vem à nossa frente pode nos fazer olhar e nos fazer pensar um jeito diferente de organizar o dia a dia, o modo de ver a nossa casa, a nossa família, o nosso trabalho e as nossas relações sociais.
São receitas simples. Mas depende de cada um, porque cada um faz a diferença. É isso que os 300 colaboradores do Sest Senat das 11 unidades e do Conselho Regional de Santa Catarina ouviram ou falaram de suas experiências durante o 2º Encontro dos Colaboradores do Sest Senat (Ecoss 2014) que ocorreu na sexta-feira, 7 de novembro, no Hotel PraiaTur na praia dos Ingleses, em Florianópolis.
Neste ano, o tema Qualidade de Vida – Você faz a diferença, teve a finalidade de despertar no colaborador a se conhecer como profissional, como integrante de uma família e um grupo social.  Ele é feliz no seu trabalho, se compromete com a equipe e atende às expectativas dos usuário. Está feliz na família, sente prazer em estar com pais, filhos, com a mulher, marido, namorado ou namorada?
Ter um tempo para si, ter lazer, se divertir e para rir com os colegas, familiares e amigos. Assim estará cuidando da sua saúde física e mental. Algumas respostas foram dadas pelas palestras, vídeos, depoimentos e jogos e resumem que o comprometimento é fundamental em qualquer coisa que se faça. Quando se consegue olhar o dia a dia com olhar do belo haverá harmonia interior e uma vida saudável. 
A abertura do Ecoss 2014 foi feita pelo presidente da Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística de Santa Catarina (Fetrancesc) e presidente do Conselho Regional do Sest Senat, Pedro Lopes. Disse que era uma alegria pelo reencontro. E deu boas-vindas a todos e à representante do DEX Jussara Simões.

O Sest Senat somos todos nós

Lembrou que no ano passado, o tema foi Quem é o Sest Senat e a resposta, “o Sest Senat somos todos nós” e a palavra mais citada para que uma equipe tenha o foco na sua missão e no seu público foi comprometimento. “O comprometimento foi a palavra que ficou definida ano passado. E o Sest Senat é inabalável. E por isso, chegamos aos 20 anos nesse 2014”, afirmou Lopes.
Lopes disse que o Encontro, que ele defendeu que fosse anual, é também o momento para dizer que o Sest Senat Santa Catarina tem um compromisso grande para com o país, porque muitas das experiências, inclusive esse evento, são modelos para o que queremos para daqui a 20 anos. “Temos que visar os próximos 20 anos. O que tem por vir. E temos que pensar que se não estivermos, precisamos deixar marcas”, enfatizou ele.
Lopes disse que cada um que estava ali tem o mesmo valor, desde aquele que acha que sua função é de menor importância ao que tem a responsabilidade de gerir a unidade. Porque todos tem a missão de bem atender ao usuário, em principal os motoristas que encontram muitas dificuldades nas estradas. “E eles precisam ser respeitados, bem recebidos e bem tratados, e é isso que nós do Sest Senat precisamos pensar. Nós de Santa Catarina sabemos que eles são responsáveis pela movimentação da maior parte, senão, toda a economia do nosso Estado. Por isso, a partir desse evento, mesmo sendo um Estado pequeno, temos que pensar em nos preocupar com esses profissionais.  Depende da vontade de cada um”.
O presidente também parabenizou os organizadores do Ecoss2014, pois tiveram coragem e não pediram se podiam fazer, mas apresentaram para a Diretoria Executiva, de Brasília o que era possível ser feito. 
“Deixo um desafio para 2015. Cada Unidade crie o seu projeto. Por exemplo o livro, que começou em Criciúma com o Fruto do Conhecimento e já tem outras unidades fazendo, como o Parque do Conhecimento de Blumenau. É na adversidade que se cresce. Com companheirismo. Assim mostramos o quanto somos capazes. Nos foi dado abertura. Agora basta nós darmos continuidade.  Vamos mudar e depois de 20 anos para melhor. Para mais.  O Sest Senat é forte, é bem construído pelos que o criaram.  É momento de quebrar paradigmas. Junto com vocês, que o fazem crescer”, defendeu ele.
O presidente chamou os integrantes da mais nova Unidade de Três Barras, para apresentá-los aos demais colaboradores, porque era a primeira vez que participavam do Ecoss. 

Harmonia e equilíbrio para maior qualidade no trabalho

“É a vida! É bonita e é bonita! Viver e não ter a vergonha de ser feliz… Cantar e cantar e cantar. A beleza de ser um eterno aprendiz…”, foi a frase da música O que é, o que é? de Gonzaguinha usada pelo conferencista internacional e líder em oratória, Acácio Garcia para dar o tom sua palestra Um Toque de Harmonia: Qualidade de vida no trabalho, família e sociedade aos participantes do Ecoss 2014.
É preciso desacelerar do modo de vida atual para que se privilegie o equilíbrio entre corpo e mente de cada um. Mas segundo Garcia, as mudanças dão desconforto. Comparou a um avião com um piloto só. Depois de experimentar a primeira vez algo diferente é só seguir viagem. Às vezes, a dolorosa transformação faz parte de quem decide mudar.  “Um novo dia recomeçar. Ser quem sou e mesmo assim, ser feliz. Temos que ter foco, olhar e ver. As mudanças ocasionam rejeições psicológicas. O segredo da qualidade de vida está no seu cérebro, porque existe qualidade de vida quando você muda”, receitou ele.
Garcia afirmou que quem vive de mau-humor terá no futuro uma doença. E que a autoestima é construída por cada um de nós e com motivação é possível chegar lá. É necessário que o indivíduo perceba a sua motivação interna, a persistência e perseverança e ser cortês.  O palestra foi categórico ao dizer que ninguém muda ninguém. Por isso, não adianta dizer que o outro precisa fazer isso ou fazer aquilo. Cada um deve buscar para si o equilíbrio entre as diversas faces da vida e assim estar de bem com a vida. 
Na segunda parte da manhã, os diretores e gerentes prestaram uma homenagem através dos gerentes das unidades Concórdia, Deiler Knapmann e de Rio Negrinho, Gladis Pereira ao presidente do Conselho Pedro Lopes, que ganhou um globo com mapa mundi e a frase Desbravando fronteiras e realizando sonhos. A mulher dele, Dóris Lopes recebeu flores.

“Este dia parado será um dia lá na frente de muito mais resultado”

A representante da Diretoria Executiva do Sest Senat, em Brasília, Jussara Simões, começou dizendo que sentia honra e gratidão naquele momento por poder participar do vento.  “Este dia parado será um dia lá na frente de muito mais resultado. Procurem viver uma experiência” Exibiu um vídeo em que um garoto é motivado pelo treinador a fazer uma prova e mesmo demonstrando cansaço consegue fazer um percurso muito maior ao necessário.
No final Jussara entregou um presente a cada um e depois pediu que todos olhassem o que haviam ganhado. Era um espelho para que cada um se olhasse porque “a melhor parte de nós está dentro de nós mesmos”, resumiu ela.
E o encerramento da primeira parte do dia foi com emoção. Os colaboradores assistiram a um vídeo gravado nas Unidades no qual os usuários falavam de como foram atendidos pelo funcionários do Sest Senat. Jeferson Gabriel da Silva que é deficiente físico e mental e seu pai falaram sobre como o professor de Teatro do Sest Senat mudou a vida do garoto. Eles sentiram incluídos e tratados da mesma forma que as outras crianças do grupo.

Com emoção, colaboradores veem o resultado do trabalho realizado pelas Unidades

Homenagem póstuma ao dentista Natal Júnior Manica que faleceu no dia 15 de setembro deste ano, ficou por conta de Iara Ferrari, mãe do Jefferson Ferreira, que conta que depois de adotar o menino, ela e o marido perceberam que era uma pessoa especial. “E encontrei aqui no Sest Senat uma pessoa extraordinária que teve uma dedicação com meu filho. Dr. Natal há 13 anos tratava do meu filho. Uma pessoa sempre alegre e feliz. Tratava com muito carinho. Infelizmente ele faleceu. Era um ser humano raro. E ele era um amigo”, contou emocionada. 
Juliana Ferreira ouviu no rádio, a oportunidade de fazer o curso de motorista no Sest Senat e disse que foi a melhor escolha que fez.
Marinês têm uma filha Maria Luiza, especial, que teve um “choque” há cinco anos e desde então ela faz fisioterapia para tentar voltar caminhar sozinha. Ela destacou o tempo todo a importância da fisioterapeuta com a menina. “As pessoas do Sest Senat são muito humanos, trabalham na base da amizade. 
E minha filha vem motivada aqui porque faz a diferença e sente prazer de estar aqui”. 
A trabalhadora de uma cooperativa de transporte, Luciana Colato, disse que a fisioterapeuta do Sest Senat a ajudou a prevenir problemas de postura que estavam comprometendo o seu desempenho. Para ela, o atendimento é ótimo. Além do atendimento de fisioterapia, conversam sobre tudo. “Minha vida mudou muito pelo Sest Senat. Eu estou muito feliz. Gostaria de agradecer”.
Mulher de Arroio do Silva cita que tirou muito proveito do curso que fez de, manicure e pedicure. “Hoje tenho uma freguesia que faz a diferença. O meu trabalho tem uma qualidade bem feita. Um serviço bem feito, tudo devido ao curso que eu fiz no curso do Sest Senat. E pude comprar um apto na beira-mar que era o meu sonho”, declarou.
O teatro também foi o renascimento para a Luzia, que viveu por 18 anos com problemas de depressão e não via mais sentido em sua vida. Até que um dia passou na frente do Sest Senat, viu o atendimento psicológico e disse “é aqui que eu vou fic
r”. Depois da atenção e do tratamento com a psicóloga do Sest Senat ela entrou no grupo de teatro da Unidade. “Apoio psicológico e carinho, eu encontrei aqui no Sest Senat. Agora tenho uma liberdade que não tinha. Tenho a confiança da minha família. A alegria é a vida”, ressaltou.
O taxista, José Carlos Camilo, que trabalha no aeroporto de Navegantes (SC), 66 anos, queria um diferencial em sua profissão. Trocou de categoria da Carteira Nacional de Habilitação e fez quatro cursos no Sest Senat, emergência, Mopp, escolar e passageiro. No Pronatec fez inglês, “porque atender estrangeiros com sinais não dá”, explicou. “Me sinto valorizado profissionalmente. E também utilizei o (serviço) de dentista e agradeço a todos os funcionários”, concluiu. 
A funcionária do Sest de Florianópolis Luciane emocionou a todos com o seu depoimento sobre o carinho, a solidariedade e ajuda que recebeu de todos os colaboradores do Sest Senat Santa Catarina, em um dos momentos mais difíceis para uma mãe, seu filho Gustavo foi diagnosticado com um tipo de tumor e precisou de dinheiro para fazer a cirurgia. Decidida a vender seu apartamento foi surpreendida com a mobilização de todos os colaboradores que realizaram uma rifa e ela pode fazer o tratamento filho. Quando ela anúncio que estava ali para agradecer pessoalmente a cada um, pois estava curado e saudável outra vez, Gustavo entrou no auditório e entregou um bombom a cada um com a frase: “Pequenas atitudes fazem grande diferença”. No meio de tanta emoção disse que não sabia que era tão querida pelos colegas e que toda a situação a fez repensar a sua rotina, de estar mais perto dos dois filhos mesmo quando chega em casa tarde da noite depois da faculdade e dar ainda mais atenção aos usuários do Sest Senat. “Com esse susto eu percebi outras coisas, como quanto precisamos dar um tempo. Aqui não é empresa, é uma família. As pessoas se doaram”.  
O presidente do Conselho Regional do Sest Senat, Pedro Lopes finalizou as atividades da parte da manhã, depois dos depoimentos e disse que “ficou bem claro do que fazemos dentro e fora da unidades”.

Atividades recreativas mostram a importância do respeito, união e comprometimento em equipe

Quais são os nossos limites, até que ponto somos parte de uma equipe, quando estamos dispostos a buscar um objetivo comum e como o fazemos, sabemos planejar, ouvir e achar as soluções em grupo? Quanto tempo dedicamos para nós? Todas as respostas a essas perguntas foram dadas ao longo da tarde com uma série de jogos desenvolvidos por facilitadores.
De acordo com o coordenador da equipe da empresa 180 HUB, Guilherme Sarkis, as atividades que desenvolveram foram para que cada um pudesse se conhecer e trabalhar juntos com espírito de equipe e intensificar a ideia de qualidade de vida. “Tudo esteve baseado em atividade física com oito conceitos: alimentação, hidratação, artística, criatividade, afetividade, desafios mentais e empatia”, explicou.
Todos os grupos passaram pelo desafio de equipe de tentar com quatro ou cinco fios, amarrar um copo sem usar mãos e leva-lo até um balde, encher de água, carregá-lo e despejá-lo em outro balde. Poucos conseguiram fazer e a principal resposta é que não houve planejamento antes de executar a tarefa nem ouvir um ao outro as sugestões.
No segundo desafio era a importância da atividade física e de dedicar alguns minutos diários para respirar profundamente se concentrar apenas em si e alguns alongamentos que ajudam a aliar as tensão sejam no trabalho ou em casa. Houve uma simulação de um tsunami em que os quatro navios – pessoas sobre cadeiras me quatro fileiras – deveriam se deslocar para o outro lado para se salvar. O exercício era se deslocar sem pisar no chão. Este não foi difícil depois de pensar como se faria o deslocamento e trabalhar em sintonia. E foi um dos que os colaboradores mais gostaram como disse a instrutora do Pronatec no Sest Senat Chapecó, Juliane Aparecida Schneider. Para ela, “se não fosse a cooperação não funcionaria. Foi um dos que mais funcionou, porque todos pré-fixaram fazer um pouco para dar certo. Que dê continuidade no projeto Ecoss”.
Em uma sala com muitas frutas e bebidas, o grupo deveria preparar um drinque para um colaborador provar e dizer se estava a seu gosto. Neste caso, alguns foram reprovados porque faltou comunicação no momento em que se perguntou o que ele queria beber, quais ingredientes de sua preferência, entre outras dicas.
Sobre uma lona preta todo o grupo deveria virá-la ao contrário sem sair do lugar. A maioria fez de um jeito ou de outro, mas conseguiu, apesar do facilitador ter descrito uma forma bem mais simples.
Na criatividade artística, os sons das mãos e da voz produziram chuva, as águas do rio e uma sensação de bem-estar, mas acima de tudo a necessidade de concentração para executar movimentos em sincronia. Os dois últimos exercícios foram de lógica. Tentar descobrir algumas informações a partir de charadas. E o outro era o bingo, em subgrupos que deveriam responder a perguntas com informações da própria equipe como três pessoas como mesmo sobrenome ou citar o nome de 10 ex-presidentes da República.
Em cada final de exercício, os integrantes dos grupos deveriam dizer algumas palavras que resumissem o desempenho. Foram citadas, respeito, integração, planejamento, ouvir o colega, respeitar a opinião do outro, ser comprometido, solidário, enfrentar os desafios, manter o espírito de equipe e ter amor e prazer no que faz.
Todas as atividades foram em tom de competição com muita alegria, diversão e gargalhadas. A assistente administrativa do Sest Senat Blumenau, Brenda Luiza de Abreu, disse que foi muito bacana a integração e a chance de conhecer os colaboradores das Unidades. E que tudo isso “agrega bastante. Para conhecer as funções, verificar o porquê da importância do teu trabalho”.
A nutricionista do Sest Senat Chapecó, Naieli Perin, afirmou que a troca de conhecimento, troca de experiência e toda a atividade acaba despertado uma certa curiosidade sobre si e sobre as suas ações. E “todas as dinâmicas tem um porquê e então as pessoas devem pensar no que foi feito. Um grupo bem unido que se traduz em respeito, união, comprometimento, ouvir o outro e respeitar a opinião do próximo é fundamental”, defendeu ela.
“Tudo que for para agregar tem um valor muito grande e este Ecoss tem um valor grande pela troca de experiências e conhecer outra visão das nossas tarefas diárias”, acredita o instrutor do Sest Senat Itajaí, Francisco de Assis Ribeiro. Ele disse que tudo que viu e praticou ali serve para pensar em criatividade na sala de aula, usar a empatia, aprender o que o aluno espera e pensar no que é melhor para realizar “a nossa tarefa e ver o que é o melhor para o nosso usuário e aluno. E acho que o slogan adotado neste Ecoss – Você faz a diferença tem a ver com o momento de as pessoas saiam dos cursos com um diferencial, porque estamos com muitos profissionais medianos no mercado de trabalho”, completou.
Fonte: Imprensa Fetrancesc
Fotos: Imprensa Fetrancesc e FullFrame Fotografia

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