Florianópolis, 9.11.15 – Em outubro do ano passado, quando finalmente foi escolhida a empresa para tocar o trecho entre São Francisco do Sul e Araquari, a região de Joinville teve um momento de alívio: finalmente seria duplicado o trecho mais movimentado do Norte depois da BR-101, esta já ampliada há mais de dez anos. Foi um retumbante engano em relação àBR-280, a espera continua.
Não há obras nos 36 quilômetros, único acesso rodoviário ao porto de São Francisco e aos balneários que têm nos joinvilenses seu principal público.
A previsão orçamentária para o ano que vem foi encolhida, é preciso contratar empresa para monitorar a obra no entorno das aldeias indígenas, a ponte sobre o canal do Linguado ainda precisa de projeto e é preciso encaminhar as desapropriações, uma conta de R$ 400 milhões ao longo dos três lotes – dois deles em andamento, lentamente, em Jaraguá e Guaramirim.
No lote 1, nada de máquinas e é improvável início das obras ainda em 2016. O trecho mais movimentado da BR-280 continua com o mesmo status de décadas: uma bandeira ainda a ser conquistada. (Fonte: Diário Catarinense – Saavedra)
Acabou a paciência: moradores de Tenente resolvem consertar a SC-108 por conta própria
Moradores da localidade de Tenente, entre os municípios de Jacinto Machado e Praia Grande, cansados de lutar há anos por melhorias na SC-108, resolveram, por conta, dar manutenção à estrada que serve de escoamento da produção agrícola da região, arroz e banana. Com os próprios tratores deixaram a rodovia minimante transitável. (Fonte: Diário Catarinense – Visor/Rafael Martini)
Dois acidentes fatais no final de semana no Norte de SC
Dois jovens morreram por causa de acidentes nas rodovias estaduais da região na noite de sábado. Na primeira ocorrência, um Ford Fusion saiu da pista e capotou na SC-108, em Massaranduba, próximo a entrada do bairro 13 de Maio, a poucos quilômetros de Blumenau, por volta das 19h40.
Três pessoas estavam no veículo e foram encaminhadas ao hospital, informou o Bombeiro Voluntário de Massaranduba. Um dos passageiros, um rapaz de 28 anos, foi projetado para fora do veículo e acabou falecendo no hospital. A Polícia Militar Rodoviária ainda investiga as causas do acidente.
O outro acidente fatal aconteceu na SC-110, perto da Sociedade Alvorada, às 23h. Um carro e uma moto bateram de frente e os dois ocupantes da motocicleta ficaram feridos. O condutor, um jovem de 22 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu. (Fonte: A Notícia)
Acidente com ônibus deixa dois mortos em Curitibanos, no Planalto Serrano catarinense
Uma colisão frontal entre um carro e um ônibus que carregava 10 passageiros deixou dois mortos na BR-470, em Curitibanos, no Planalto Serrano. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), ambas as vítimas estavam no carro – um Gol com placas de Ponte Alta.
O acidente aconteceu na próximo ao trevo da BR-116, às 18h deste domingo. Nenhum dos 10 passageiros do ônibus da empresa Reunidas se feriu, enquanto o motorista teve apenas escoriações leves, diz a PRF.
Uma das vítimas foi identificada como Luiz Alberto Ramos, de 32 anos, que dirigia o Gol. O homem que estava na carona do carro chegou a ser levado ao hospital de Curitibanos, mas não resistiu. A polícia não informou o nome da segunda vítima e seguia no atendimento à ocorrência até as 21h. (Fonte: Diário Catarinense)
Maior julgamento da história do Poder Judiciário de SC está marcado para dezembro
O maior julgamento da história do Tribunal de Justiça de Santa Catarina já tem data para acontecer. A 1ª Câmara Criminal do TJ programou, para os dias 3 e 4 de dezembro deste ano, a apreciação da apelação criminal em que 80 réus apontados como integrantes de uma organização criminosa recorrem de sentença que os condenou a penas que, somadas, ultrapassam mil anos de reclusão. Para se ter ideia, o processo possui mais de 15 mil páginas distribuídas em 58 volumes, com peso estimado em 50 quilos.
A desembargadora Marli Mosimann, relatora da matéria, conta que precisou destacar duas assessoras para se dedicarem de forma exclusiva aos autos nos últimos seis meses. Ela já requisitou o auditório do Pleno do TJ para realizar a sessão, à qual devem comparecer 27 advogados constituídos, mais defensores públicos nomeados para atuar em nome dos réus que não puderam habilitar profissionais no mercado. A defesa de cada réu, em tese, tem direito a promover sustentação oral de pelo menos 15 minutos no transcurso da sessão. A desembargadora, que também é presidente da 1ª Câmara Criminal, reservou dois dias consecutivos para o julgamento e espera concluir os trabalhos nesse período, com expectativa de promover rápidos intervalos apenas para alimentação.
Os 80 apelantes, segundo denúncia do Ministério Público, que sustentou a condenação havida em primeiro grau, integram uma organização criminosa intitulada “Primeiro Grupo Catarinense – PGC”, incrustada no sistema prisional catarinense desde 2003, e responsável por uma série da atentados deflagrados em diversas cidades do Estado entre os anos de 2012 e 2013. Investigações levadas a cabo pela polícia civil identificaram alto poder de articulação da organização, que possui inclusive estatuto e regramentos próprios, com hierarquia peculiar e funções bem definidas e distribuídas entre seus membros.
Há um conselho deliberativo constituído por 20 presos, divididos entre 1º e 2º Ministério. Enquanto o primeiro é composto de membros vitalícios, o segundo é rotativo. Abaixo deles, funcionam os “disciplinas”, subdivididos em áreas específicas de atuação e com competências variadas, entre elas executar ordens dos ministérios em relação aos filiados no campo do rigor. Foi criado ainda o cargo de “sintonia”, responsável pela divulgação das ordens e decisões do conselho. Por fim, na base, estão os membros ou irmãos que, chamados a cumprir ordens superiores, podem ascender na escala da organização por critério de merecimento.
A desembargadora Marli dedicou boa parte deste ano em estudar de forma completa os meandros do PGC. Seu projeto de voto, ainda em elaboração, está prestes a atingir 900 laudas. A preocupação com a segurança já foi externada e um esquema especial está em elaboração pela Casa Militar do Tribunal de Justiça. Ao concluir o julgamento, de forma colegiada, a magistrada pensa em promover a doação do acórdão ao acervo do Museu do Judiciário Catarinense. Será, sem dúvida, o maior de todos os julgamentos já feitos em 124 anos de história do TJSC.
*Informações do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (Fonte: Diário Catarinense)
Últimos dias para conferir a exposição Joan Miró em Florianópolis
Termina no próximo dia 15 a exposição A Força da Matéria, de Joan Miró, no Masc, em Florianópolis. Extraoficialmente, pelo menos 50 mil pessoas visitaram o trabalho do artista catalão, na maior mostra cultural da história de SC. (Fonte: Diário Catarinense – Visor/Rafael Martini)
Biju de preso
O Brasil é o endereço talhado para servir de cemitério de boas ideias, como a do bracelete ou da tornozeleira que monitoram, fora dos presídios, presos e processados.
Sob o império de uma cultura devota da impunidade, já há causídicos — aqueles mesmos que são contra a simplificação das instâncias recursais e da videoconferência processual — que se apressam em enxergar “lesão aos direitos humanos” no emprego dessas algemas eletrônicas:
— É uma infâmia! Uma humilhação contra o ser humano!
No Brasil, não seriam incomuns os seguintes diálogos (fictícios, claro) entre “fregueses” indignados com a nova bijuteria:
— Pulseira nova?
— Hum, hum.
— De plástico?
— Pois é.
— E a tornozeleira também?
— Pra você ver o absurdo… Ando por aí humilhado por esse penduricalho.
— E o seu adorno de tornozelo, é por qual razão?
— Propina. Mas sou inocente. A dinheirama ficou toda pro partido…
Se nos países civilizados o equipamento tem se revelado um bom auxiliar contra a superlotação das prisões, no Brasil a lei que autoriza o apetrecho já está sendo questionada no STF. Ainda que José Maria Marin esteja hoje feliz da vida com o seu novo adereço, sentado na sua cadeira do papai com vista para a Quinta Avenida, em Nova York.
Não faltam por aqui os eternos defensores dos “direitos humanos dos bandidos” para condenar o sistema e realçar o seu aspecto supostamente “infamante”.
Erguem-se, pressurosos, os times dos “especialistas sociais”, os habituais “sociólogos” e “antropólogos” de sempre, todos denunciando a humilhação do objeto eletrônico que marca e discrimina o ser humano como “gado” ou como “mercadoria”.
É sempre surpreendente essa faceta brasileira de se condoer pelo decaído, pelo malfeitor, pelo bandido que não se ajustou ao convívio com a boa cidadania. Quer dizer que “roubar” já não é, por si só, “infamante”?
O ato de fraudar, furtar, assassinar, subtrair, agadanhar, rapinar, sonegar, gatunar, surrupiar, mamar, empalmar, abiscoitar, traficar, larapiar, piratear, espoliar, escorchar — enfim, esfolar a sociedade e apropriar-se dos bens públicos, tudo isso não é “infamante”?
Usar “sobras de campanha” e dólares na cueca, pode. Colecionar propina na CBF, também pode. São conhecidos tolerantemente como “erros” ou “malfeitos”.
Infame e desumana, mesmo, é a tornozeleira de plástico.
Horta de honestos – A Medicina já tornou realidade a reposição de órgãos humanos mediante uma espécie de “cultura” de células-tronco. Em alguma estufa genética prosperam “hortas” de orelhas, narizes, bocas, rostos, corações, rins, estômagos, bexigas _ e assim por diante. Por que não uma horta de políticos honestos?
Não haveria órgão do corpo humano que não pudesse ser substituído, no todo ou em parte, por algum fruto desse verdadeiro pomar de Frankenteins. A exemplo da maricultura, uma humanocultura que, ao invés de ostras, cultivasse órgãos vitais para melhorar o ser humano.
A cultura de células de cartilagens em tubos de ensaio já é um grande sucesso, o que permitirá à Medicina manter um sortido “almoxarife” de peças de reposição: orelhas, narizes, pálpebras, bochechas, tecidos para enxerto labial e um sem-número de outras “peles”, prontas para aplicação onde o freguês e a freguesa desejassem.
_ “Quero uma boca igualzinha a da Angelina Jolie!”… – diriam as sequiosas de beleza.
Os narigudos amargurados poderiam cultivar um “naso” exemplar, de pura cartilagem humana, como quem experimentava, antigamente, uma daquelas máscaras carnavalescas que, junto com o nariz, trazia também o óculos e o bigode.
Com tanta novidade, a Medicina genética reservou para este décimo quinto ano do novo milênio um produto ainda mais espantoso: o sangue em pó.
Já imaginaram se os Dráculas da corrupção descobrem o novo invento e assaltam o almoxarife da hemoglobina em pó?
Derivado do plasma de porcos e bois, o “sangue em pó” seria um autêntico concentrado de vida, uma espécie de “groselha” pra vampiro nenhum botar defeito. Só que o derivado seria servido em pó, como um Nescau.
A pele artificial _ já em produção nas “parreiras genéticas” _ teria aplicação em vítimas de queimadura grave, como a daqueles candidatos “escaldados” por denúncias de malfeitorias e “queimados” por elevadas taxas de rejeição.
Peles para novas “impressões digitais”, narizes para novas “máscaras”, hortas para alcachofras de honestidade.
Esse banco genético está na alvorada de um novo tempo, um “Admirável Mundo Novo”, em que os políticos poderiam trocar de identidade sempre que a “original” ficasse suja ou imprestável.. (Fonte: Diário Catarinense – Sérgio da Costa Ramos)
Rodovias: o gargalo de SC
O Diário Catarinense lançou algumas causas para votação de seus leitores. Pretende transformá-las em campanhas para celebrar os 30 anos. Quer mostrar a dramática realidade de áreas problemáticas e que asfixiam a economia, prejudicam a população, negam o exercício da cidadania e, sobretudo, ampliam as estatísticas sobre perdas trágicas e evitáveis de preciosas vidas humanas.
Se há um setor no Estado que está a merecer não apenas uma campanha vigorosa do DC, mas um engajamento efetivo de todas as forças da sociedade catarinense é o das rodovias. Das federais, engarrafadas, deterioradas ou atrasadas por promessas eleitoreiras de governantes enganadores; das estaduais, que carecem de urgente restauração em incontáveis trechos por diferentes regionais, igualmente alvejadas por garantias políticas que se perderam na retórica; e até as municipais, que costumam dar mais civilização às comunidades do interior e permitir a valorização do trabalho do homem do campo.
No contesto das rodovias, prioridade absoluta para as federais, até porque a Ilha da Fantasia, isolada pela Lava-Jato e pela roubalheira, cada vez se distancia do justo retorno aos contribuintes catarinenses.
O futuro é desolador. O DNIT-SC tinha previstos para este ano, em obras contratadas de construção e manutenção, R$ 4 bilhões. Pediu no mínimo R$ 1,8 bilhão. A Lei Orçamentária da União fixou, contudo, apenas R$ 680 milhões. No primeiro semestre foram liberados apenas R$ 266 milhões. E até o fim do ano, se não surgirem mais cortes, chegará a R$ 450 milhões. Mais grave: o orçamento do DNIT para 201
prevê pífios R$ 254,3 milhões. Um insulto ao Estado!
Resultado: se os catarinenses não se mobilizarem, o trânsito ficará mais engarrafado, a economia mais estrangulada, o número de acidentes vai aumentar e muitas famílias padecerão pela perda de seus entes queridos. (Fonte: Diário Catarinense – Moacir Pereira)
Mercado prevê maior inflação desde 2002 no país, aponta Relatório Focus
As previsões para a inflação de 2015 bateram na trave dos dois dígitos conforme o Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central. De acordo com a projeção, a mediana avançou de 9,91% para 9,99%. Essa é a oitava semana consecutiva em que há alta das estimativas para esta variável. Se confirmada a estimativa, representará o maior índice em 13 anos, ou seja, desde 2002 – quando ficou em 12,53%.
Há quatro edições do documento, a mediana estava em 9,70%. No caso do Top 5 de 2015, o ponto central da pesquisa já havia atingido dois dígitos na semana passada e agora avançou mais, passando de 10,03% para 10,16%. Há quatro semanas, essa mediana estava em 9,61%.
Para 2016, a mediana das previsões também disparou: passou de 6,29% para 6,47% na 14ª vez seguida de elevação. Há quatro edições, o ponto central da pesquisa era de 6,05%. No caso da elite dos economistas que mais acertam as previsões para a inflação no médio prazo, denominada Top 5, houve queda, de 7,33% para 6,98%.
Esta é a primeira vez que o novo grupo apontado pelo BC apresenta suas estimativas depois da divulgação do IPCA de outubro. Quatro edições atrás, estava em 6,72%. A meta de inflação de 2015 e 2016 é de 4,5% com margem de tolerância de dois pontos porcentuais para baixo ou para cima.
No Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro, o BC havia apresentado estimativa de 9,5% para este ano tanto no cenário de referência quanto no de mercado. Pelos cálculos da instituição revelados no RTI, o IPCA para 2016 subiu de 4,8% para 5,3% no cenário de referência e passou de 5,1% para 5,4% no de mercado. Na ata do Copom mais recente, o BC informou que suas projeções subiram ainda mais tanto no cenário de mercado quanto no de referência.
Para a inflação de curto prazo, a estimativa para novembro subiu de 0,60% para 0,62% de uma semana para outra ante taxa de 0,57% verificada há um mês. No caso de dezembro, que aparece pela primeira vez na Focus, a taxa passou de 0,70% para 0,71%. Quatro semanas atrás estava em 0,67%.
Depois de terem caído na semana passada, as expectativas para a inflação suavizada 12 meses à frente também voltaram a ultrapassar o teto da meta, saindo de 6,47% para 6,70% – quatro edições atrás estavam em 6,24%.
Retração do PIB em 2015 passa de 3,05% para 3,10% – O Relatório de Mercado Focus também trouxe nova rodada de deterioração para o Produto Interno Bruto (PIB) deste e do próximo ano. De acordo com o documento, a perspectiva de retração da economia neste ano passou de 3,05% para 3,10% – um mês antes estava em queda de 2,97%. Se confirmado, será o pior resultado desde 1990 – quando foi registrada uma queda de 4,35%.
Para 2016, a mediana das previsões saiu de -1,51% para -1,90%. Quatro semanas atrás estava negativa em 1,20%.
Segundo o IBGE, o PIB brasileiro caiu 2,6% no segundo trimestre deste ano na comparação com o primeiro e 1,9% ante o mesmo período de 2014. No Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro, o BC revisou de -1,1% para -2,7% sua estimativa para a retração econômica deste ano.
No caso da produção industrial, a mediana das expectativas para 2015 saiu de baixa de 7,00% para -7,40% agora – um mês antes estava em -7,00%. Para 2016, continuou em -2,00%. Há quatro semanas, estava em -1,00%.
Já na relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB, a projeção dos analistas foi mantida em 35,80% para 2015 – quatro edições antes estava em 35,90%. Para 2016, a taxa subiu de 39,30% para 39,60% – um mês antes estava em 39,50%. (Fonte: Diário Catarinense)
Brasil de luto
Impossível, mesmo que a chuva consecutiva de quase dois meses tenha parado por aqui, e termos visto o sol no sábado, não se entristecer com a tragédia de Mariana, a cidade mineira que foi destruída pela lama, com muitas mortes e perdas totais de casas, móveis, carros, animais, atingindo um povo humilde que sofreu para conseguir o que a lama, logo a lama, levou, fruto da ganância e da irresponsabilidade dos patrões. Nós, catarinenses, sabemos muito o que é isso. E sabemos também o que é se reerguer. Força mineiros, a gente enverga, mas não quebra. (Fonte: Diário Catarinense – Cacau Menezes)