Clipping Imprensa – Acidente com ônibus deixa pelo menos cinco mortos em Corupá, no Norte de SC

Clipping Imprensa – Acidente com ônibus deixa pelo menos cinco mortos em Corupá, no Norte de SC

Florianópolis, 23.11.15 – Um acidente com ônibus deixou cinco mortos e pelo menos 21 feridos na BR-280 em Corupá, no Norte de Santa Catarina. A batida entre um carro com placas de Guaramirim e um ônibus de turismo da empresa Mirotur com placas de Sombrio, ocorreu por volta das 8h30 no km 93.
Segundo pessoas que estavam em uma lanchonete em frente ao local onde ocorreu o acidente, o motorista do veículo de turismo teria perdido o controle do ônibus e atingido o carro.
O CrossFox subia a serra quando bateu de frente com o ônibus, que saiu de Foz do Iguaçu e voltava para Sombrio, no Sul de Santa Catarina, com 32 passageiros além de dois motoristas.
Os dois veículos então caíram em uma ribanceira de cerca de 60 metros, na lateral da pista. Os quatro ocupantes do carro morreram no local, são eles: Gilberto da Silva, 28 anos; Lucineia Camargo, 40 anos, Douglas da Silva, 23 anos, e uma bebê, Eduarda da Silva, de um mês.
Apesar de estarem em um carro com placas de Guaramirim, a família é de Jaraguá do Sul. Uma idosa, que era passageira do ônibus e ainda não foi identificada, também morreu no local.
Já se sabe que há diversas pessoas feridas — fala-se em 20 pessoas no total — porém o número exato ainda não foi repassado. As vítimas foram levadas para o PA de Corupá e para o Hospital São José, em Jaraguá do Sul. Este último informou ter prestado atendimento para aproximadamente 15 pessoas, a maior parte em estado estável. Apenas uma pessoa tem ferimentos mais graves e está na UTI.
O motorista Luíz Moura, 50 anos, que dirigia o ônibus no momento da batida, foi encaminhado para o Hospital São José de Joinville pelo helicóptero Águia. Ele está no centro cirúgico, em estado grave. Segundo o Major Machado, o Águia também socorreu o passageiro Moacir Lima, de 53 anos, que foi levado ao hospital São José, em Jaraguá.  
O trânsito ficou interrompido no local ao longo de todo o dia, tendo liberações pontuais para aliviar as filas. A abertura total das vias só ocorreu por volta das 17h30.
Os helicópteros Águia e Arcanjo auxiliam no resgate das vítimas. Nove ambulâncias além de uma viatura de combate a incêndio e outra de resgate veicular participaram dos trabalhos de socorro.
Os bombeiros de Corupá estão no local com duas ambulâncias, uma viatura de resgate veicular e outra de combate a incêndio. Jaraguá do Sul dá suporte com duas ambulâncias dos bombeiros e uma do Samu, enquanto São Bento do Sul auxilia com duas ambulância dos bombeiros. Os bombeiros de Schroeder e Joinville participam do socorro com uma ambulância cada.
No início do mês, a mesma região da rodovia teve registro de deslizamentos de terra por conta das chuvas. (Fonte: Diário Catarinense)

Casal morre e criança de 12 anos fica ferida após colisão contra poste em Serra Alta, no Oeste de SC
Um acidente na tarde deste domingo causou a morte de um casal e deixou uma criança de 12 anos ferida no interior de Serra Alta, no Oeste de Santa Catarina. De acordo com os bombeiros de Pinhalzinho, o Fusca em que os três estavam teria saído da pista sozinho e colidido com um poste, causando a morte do motorista e da passageira.
O acidente ocorreu às 16h45min, na região conhecida como Linha Sartori, na SCT-160. Getúlio Selias Vaz, de 67 anos, e Maria Xavier Vaz, de 54, morreram na hora. As vítimas eram moradoras da cidade vizinha de Saltinho.
Já a criança de 12 anos, que seria parente do casal, foi arremessada para fora do carro com o impacto. Ela estava consciente no momento do socorro e foi levada para o hospital de Modelo com suspeitas de fratura nos braços e nas pernas, além de cortes e arranhões, de acordo com os bombeiros.
A Polícia Militar das cidades de Pinhalzinho e Serra Alta isolou o local até a chegada do Instituto Geral de Perícias (IGP). A Polícia Civil deve investigar a causa do acidente. (Fonte: Diário Catarinense)

Colisão entre carro e caminhão deixa um morto na BR-282, em Bom Retiro, na Serra Catarinense
O motorista de um Chevrolet Corsa morreu na madrugada deste sábado após seu veículo colidir de frente com um caminhão Ford Cargo no quilômetro 140 da BR-282, em Bom Retiro, na Serra Catarinense. O acidente ocorreu por volta de 2 horas da manhã. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o motorista do Corsa, com placas AFC-9176, de Brusque, ainda não foi identificado. Já o motorista do caminhão, identificado Flávio Sacarella, de 36 anos, não se feriu. (Fonte: Diário Catarinense)

Pelo menos quatro morrem em acidentes em rodovias federais neste fim de semana em SC
Pelo menos quatro pessoas morreram em acidentes de trânsito em rodovias federais entre sábado e a madrugada deste domingo em Santa Catarina. O primeiro deles foi registrado em Bom Retiro, às 2h da manhã de sábado, no km 140 da BR-282.
O motorista de um Chevrolet Corsa morreu após seu veículo colidir de frente com um caminhão Ford Cargo em Bom Retiro, na Serra Catarinense. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o motorista do Corsa, com placas de Brusque, ainda não foi identificado.
O segundo acidente foi registrado em Papanduva, no Planalto Norte de SC, por volta das 15h deste sábado. Carlos Alberto Meister, 49 anos, conduzia uma Yamaha YZF R6 quando teria se perdido em uma curva no km 55,1 da BR-116 e batido contra o guardrail.
O condutor, que estava sozinho na motocicleta, não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
Já em Campos Novos, no Meio-oeste catarinense, o acidente aconteceu na BR-470 no km 320,6. A ocorrência foi registrada às 22h30min de sábado. Dois veículos com placas de Campos Novos colidiram e o condutor de um deles, de 47 anos, não resistiu ao impacto e morreu no local. O motorista do outro veículo saiu ileso.
Em Palhoça, na Grande Florianópolis, aconteceu um acidente às 2h40min deste domingo. O condutor de 34 anos de uma motocicleta Honda CG com placas de Palhoça colidiu contra um objetivo fixo, possivelmente o guardrail, no km 216 da BR-101 e faleceu no local. A Polícia Rodoviária Federal não soube informar o nome da vítima e mais detalhes do acidente. (Fonte: Diário Catarinense)

Relembre os piores acidentes com ônibus em SC nos últimos 15 anos
O acidente que deixou ao menos cinco mortos e 15 feridos na BR-280 em Corupá, no Norte de Santa Catarina, na manhã deste domingo, remete a um triste histórico no Estado: as graves colisões envolvendo ônibus de turismo nas rodovias catarinenses.
Um dos mais recentes – em março do ano passado – foi também o mais violento, tirando a vida de 51 pessoas na Serra da Dona Francisca, em Joinville. Outros casos, entretanto, marcaram a história do trânsito em Santa Catarina e figuram entre as maiores tragédias do país até hoje.
Relembre alguns dos acidentes mais marcantes envolvendo ônibus em SC nos últimos 15 anos:

14 de março de 2014
Serra Dona Francisca (Joinville – Norte)
51 mortos, oito feridos
Era fim de tarde quando o motorista do ônibus com placas de União da Vitória (PR) teria perdido o controle do veículo em uma curva na região turística conhecida como Serra Dona Francisca, despencando de uma ribanceira de 400 metros de altura na SC-418. O veículo ia para Guaratuba, também no PR, para um evento religioso. Segundo o governo do estado, esta é a maior tragédia rodoviária de Santa Catarina.

22 de junho de 2013
Mondaí (Oeste)
Dez mortos, 24 feridos
Um ônibus com fiéis de uma igreja evangélica, que tinha saído do Paraná com destino ao Rio Grande do Sul, caiu de uma ribanceira de 40 metros na SC-386. No ônibus havia 39 pessoas e os bombeiros levaram mais de 3 horas para resgatar as vítimas. Quatro pessoas morreram no local e 30 deram entrada no hospital, incluindo seis que morreriam mais tarde.

5 de março de 2011
Descanso (Oeste)
29 mortos, 20 feridos
Um ônibus de turismo que levava 47 integrantes de uma comunidade rural bateu em uma carreta carregada com madeira, matando 29 e ferindo 20 na BR-282, em Descanso. Segundo a polícia, a carreta tombou em uma reta e a carga caiu sobre o ônibus. O motorista e uma mulher que estavam no caminhão morreram na hora.

19 de abril de 2009
Rancho Queimado (Grande Florianópolis)
Oito mortos
Acidente com ônibus de turistas argentinos deixou oito mortos na região próxima a Rancho Queimado, na BR-282. O veículo trazia participantes para um encontro da terceira idade em Balneário Camboriú, mas o motorista perdeu o controle e o ônibus caiu de uma ribanceira, matando os turistas na hora.

9 de outubro de 2007
Descanso (Oeste)
 
27 mortos, 88 feridos
Foi uma bizarra sequência de dois acidentes na BR-282, a 109 km de Chapecó. O motorista de um caminhão ignorou cones sinalizadores e percorreu – a mais de 100 km/h – cerca de 1,5 km de rodovia na contramão, arrastando dois caminhões de bombeiros e um guincho, deixando 16 mortos e 50 feridos.
Os socorristas estavam prestando atendimento às vítimas de uma colisão ocorrida duas horas antes, envolvendo outro caminhão e um ônibus, que havia causado 11 mortes.

27 de junho de 2005
Catanduvas
Nove mortos, cinco feridos
Uma batida entre um ônibus e um caminhão carregado de porcos, na BR-282, em Catanduvas, deixou nove mortos. O coletivo transportava 20 funcionários de uma empresa que trabalha em uma plantação de pinus. O acidente foi na ponte do Rio Jacutinga e o caminhão faria entrega dos suínos em Chapecó, no Oeste.

12 de janeiro de 2000
Serra da Santa (Pouso Redondo – Vale do Itajaí)
39 mortos, 44 feridos
É considerado o segundo pior da história do Estado. O ônibus da Giménez Viajes vinha da região Oeste da Argentina em direção a Balneário Camboriú pela BR-470 quando se perdeu na descida da Serra da Santa.
No sentido oposto, um ônibus da empresa Reunidas bateu com o veículo tombado. Em seguida, um micro-ônibus da mesma empresa argentina chocou-se contra os destroços. Após julgamento, o motorista argentino Victor Hugo Jaime foi incluído na lista de procurados da Interpol. (Fonte: Diário Catarinense)

Débora Remor: Jaraguá tem demanda para ter um aeroporto
Uma pesquisa da Secretaria de Aviação Civil aponta que Jaraguá do Sul tem potencial para sediar voos diários, sete dias por semana, com ocupação de 85%. A avaliação levou em conta o número de passageiros que tem origem e destino na cidade, e a movimentação foi superior a 65 mil pessoas no ano passado.
O estudo ouviu 150 mil passageiros em 2014 e sugere que Santa Catarina poderia abrigar aeroportos em dez cidades, já que a demanda garantiria 85% da ocupação dos assentos. No Brasil, o trajeto de Blumenau a São Paulo é a segunda rota mais demandada e que não tem ligação direta, com estimativa de 133 mil passageiros ao ano. Na pesquisa por cidades, as catarinenses Florianópolis, Joinville, Navegantes e Chapecó figuram em sete das cem rotas de maior movimentação de passageiros. (Fonte: A Notícia – Jaraguá do Sul)

Darci Debona: Rodovias atingidas por deslizamentos aguardam conserto há um ano e meio
O provisório virou permanente. Algumas rodovias do Oeste atingidas por deslizamentos ainda em maio e junho de 2014 aguardam por uma solução definitiva desde então. Entre elas estão a SC 283, entre Chapecó e Concórdia, e a SC 155, entre Xanxerê e Itá.
Transitando pela SC 283 neste final de semana, entre Chapecó e Concórdia, constatei que a situação só piora. Nos trechos que deslizaram em 2014 os motoristas continuam utilizando os desvios por trechos de terra, cheio de buracos, que podem provocar acidentes.
Para agravar um novo deslizamento, no quilômetro 60 da SC 283, ocorrido nas enxurradas de julho de 2015, deixou o trecho e meia pista desde então. Ao chegar no local, entre Arvoredo e Seara, o motorista vê uma sinalização precária e é obrigado a parar, pois se depara com um monte de terra numa das faixas. Sobra só uma faixa e não há acostamento.
À noite a situação só piora. Os moradores da região até conhecem a rodovia. Mas alguém que não conhece o local corre sério risco de sofrer um acidente. Há até ações judiciais cobrando do Estado uma solução para a rodovia.
Deinfra abre licitação dia 26 – Conversei com o superintendente regional do Deinfra na região Oeste, Élio Godoy, e ele informou que, no dia 26 de novembro, serão abertas as propostas da licitação para recuperar 22 trechos danificados em 2014. Entre eles estão três pontos da SC 283, entre Chapecó e Concórdia, dois em Itá, um na SC 154 e outro na SC 155, além de três pontos entre Seara e Xanxerê, na SC 155. Godoy disse que o Governo do Estado pediu os recursos em 2014 mas o governo federal liberou R$ 7,5 milhões somente um ano depois.

Deslizamentos novos ainda sem previsão – O único problema é que a licitação não contempla os deslizamentos recentes, como o da SC 283 entre Arvoredo e Seara, outro da SC 155 próximo ao trevo de acesso a Xavantina e outro na SC 155 na saída de Seara para Itá. Godoy disse que a direção do Deinfra deve se reunir nos próximos dias para buscar uma solução para recuperar também estes locais. (Fonte: Diário Catarinense)

Mônica Foltran: “A sorte é necessária para que não se vire estatística nas rodovias”
No último ano, 929 pessoas morreram em quase 20 mil acidentes nas rodovias de Santa Catarina. Em média anual, são dois acidentes por hora e quase três mortes por dia. Sobram buracos e faltam acostamentos. A BR-282 – a mais extensa e considerada espinha dorsal da economia catarinense – está estrangulada em uma via de pista simples de mão dupla. A estrada que corta o Estado do Oeste ao litoral se torna um risco para os que nela trafegam. A geometria irregular e a falta
e sinalização nas inúmeras curvas que a desenham demandam muito mais que habilidade dos motoristas: é preciso sorte para não fazer parte das estatísticas. Em 2014, a BR-282 registrou 147 mortes, ultrapassando a BR-101, até então recordista em acidentes.
Outra importante ligação, a BR-470 é citada pela maioria dos empresários como a mais emergencial. Por ela escoa boa parte da produção industrial. A via, que registra diariamente acidentes graves pela falta de pista dupla, tem projeto de duplicação desde a década 70, mas esbarra em entraves como desapropriações e verbas.
A BR-101, mais importante de SC, não suporta mais o fluxo de veículos no norte do Estado e carece de ampliação. O sentido Sul ainda tem pontos de congestionamento por conta das obras em andamento.
Pesquisa da Confederação Nacional do Transporte aponta que 61,6% das estradas de SC apresentam problemas. A falta de melhorias, terceiras faixas e restauração travam o desenvolvimento do Estado, inibem a produção das indústrias e ceifam vidas. Segundo o estudo, carecem de R$ 1,99 bilhão de investimentos. Enquanto isso a conta no sistema de saúde só aumenta. A precariedade das rodovias afeta a vida de toda a sociedade. Sem elas, não tem desenvolvimento, não há turismo e o crescimento do Estado para. É preciso mudar este quadro.

Moradores bloqueiam rodovia em Canoinhas, no Norte do Estado –
Cerca de 60 moradores e motoristas fecharam a rodovia SC-477, entre Canoinhas e Major Vieira nesta manhã de sábado. O protesto que durou aproximadamente uma hora se deu por conta das péssimas condições da rodovia neste trecho.
Segundo a Polícia Rodoviária Estadual (PMRv) cerca de 60 veículos ficaram parados formando filas de um quilômetro em ambos os sentidos entre as 9h30min e 10h30min.
A Associação de Moradores da localidade de Arroios participou da manifestação. A SC-477 liga Canoinhas à BR-116, nas cidades de Papanduva e Monte Castelo. Por conta dos buracos, constantemente a rodovia é alvo de protesto por parte dos moradores da região.
Há duas semanas, a Secretaria de Desenvolvimento Regional iniciou mais uma operação tapa-buracos na rodovia. Os manifestantes pedem, no entanto, a recuperação total da rodovia, já que as operações tapa-buracos tendem a ser somente paliativas.
No ano passado o Governo anunciou o investimento de R$ 280 milhões a ser aplicado na pavimentação de 110 quilômetros de estradas em cidades como Papanduva, Itaiópolis e Doutor Pedrinho.
Os recursos viriam por meio do Programa de Integração Viária do Planalto Norte do Estado de Santa Catarina (Provias) e o contrato foi assinado pelo Governo do Estado.
O traçado da rodovia SC-477 começa no extremo Norte de Santa Catarina, no entroncamento com a BR-280, na área do município de Canoinhas. O trecho se estende em direção à região do Vale do Itajaí, onde se encontra com a BR-470, em Indaial. (Fonte: Diário Catarinense – Mônica Foltran)

Jeferson Saavedra: Vereadores de São Francisco do Sul propõem trens com menos vagões
Em São Francisco do Sul, os vereadores poderão limitar as composições de trem a um limite de 20 vagões. A proposta é de Joel dos Santos (PSD). O vereador quer reduzir os transtornos no trânsito, já que a linha férrea de acesso ao porto cruza vários pontos da cidade. Também na Câmara de São Chico está em análise proposta para proibir a passagem dos trens em horários de pico. A ideia é de Cristopher de Oliveira (PMDB). Joinville aprovou lei semelhante, mas a ALL conseguiu a suspensão na Justiça Federal na semana passada. (Fonte: Diário Catarinense)

Guilherme Mazui: Ocasiões e coerência
A coerência passa ao largo. A oposição que embalou Eduardo Cunha (PMDB-RJ) em 2015, na esperança de ver aberto o processo de impeachment de Dilma Rousseff, desistiu do aliado. PSDB, DEM e PPS lançam o enrolado Cunha no colo do PT, que tentou impedir a eleição do peemebesita à presidência da Câmara em fevereiro. A oposição deu de mamar a Cunha e, agora, o repassa ao PT como quem diz “toma que o filho é teu”. A jogada foi inteligente. Tucanos já batem no peito contra Cunha em suas bases, enquanto petistas convivem com o desconforto de ver o Planalto dar guarida ao homem das contas na Suíça. O governo é pragmático: Cunha deve perder o mandato, porém em 2016. Até lá, fica na Câmara um presidente sem legitimidade para dar a canetada do impeachment. Na bancada petista, porém, aumenta a pressão para que o partido derrube Cunha. Parte dos deputados cobra coerência entre o discurso antigo e o cenário atual.
Confiança – Depois do rompimento da barragem em Mariana (MG), Dilma Rousseff optou por um nome de confiança no Departamento Nacional de Produção Mineral. O geólogo Telton Correa assumiu o órgão de forma interina. Telton é próximo do assessor especial de Dilma, Giles Azevedo, e trabalhou com a presidente na Casa Civil.
Bandeiras – Desfeito, o acampamento antipetista do Congresso tinha divergências sobre como tirar Dilma Rousseff do Planalto (do impeachment à intervenção militar), mas convergiam na ode ao juiz Sergio Moro. Jair Bolsonaro (PP-RJ) era uma estrela no gramado que pregava o combate ao bolivarianismo no Brasil.
Vaquinhas – Os acampados contra Dilma asseguram que permaneceram um mês no gramado do Congresso por meio de vaquinhas e de doações de alimentos. Das dezenas de barracas, parte passava o dia vazia, à espera da chegada de novos manifestantes, que se revezavam na vigília. Nem todos passaram o mês protestando.
Quixotes – Deputados do PT discutem como embolar a CPI da Funai e do Incra, dominada pela bancada ruralista. Sabem que será uma batalha quixotesca. Faltam aliados entre os próprios governistas. Irajá Abreu (PSD-TO), por exemplo, é filho da ministra da Agricultura Katia Abreu (PMDB-TO), nada simpática às demarcações de terras indígenas. (Fonte: Diário Catarinense)

Eduardo Cunha perde apoio até na cúpula de seu próprio partido
O vice-presidente Michel Temer e integrantes da cúpula do PMDB começam a demonstrar certo constrangimento em sair em defesa do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O desconforto aumentou depois das manobras colocadas em prática pelo peemedebista na última quinta-feira, quando tentou impedir o avanço do processo de cassação contra ele no Conselho de Ética.
Um exemplo da falta de disposição da cúpula do PMDB de fazer manifestações a favor de Cunha aconteceu durante o congresso da sigla realizado esta semana em Brasília. Apesar de os principais nomes do partido terem chegado juntos ao evento, para demonstrar unidade, não houve nenhum ato de desagravo ao presidente da Câmara. Pelo contrário, ele chegou a ser vaiado e teve de ouvir o bordão “fora, Cunha” até dos próprios correligionários.
Mesmo em conversas reservadas, Temer tem evitado se posicionar de maneira mais explícita a favor de Cunha, de quem sempre foi próximo. Diz apenas que, como qualquer pessoa, ele tem amplo direito a defesa. O vice, porém, se recusa a discutir nomes para uma eventual substituição de Cunha no cargo. Afirma que não fala sobre “hipóteses” e que só fará isso no dia em que saída do aliado for um fato consumado.
Entre os peemedebistas, cresce o sentimento de que a situação do presidente da Câmara pode contaminar a imagem do partido. A avaliação é de que a rebelião de deputados em plenário desta semana mostrou que, apesar de ser um político habilidoso e possuir rede ampla de aliados, a posição de Cunha começa a ficar insustentável e pode piorar caso as investigações contra ele avancem no Supremo Tribunal Federal.
O desgaste da imagem do deputado perante a opinião pública também entra nesse cálculo. Os parlamentares dizem que a pressão de suas bases aumentou e entendem que o Conselho de êtica entrará de vez nos holofotes após Cunha e aliados terem manobrado para impedir, na última quinta-feira, a leitura do parecer a favor do seguimento do processo de cassação do peemedebista por quebra de decoro.
Para um deputado peemedebista, que falou sob anonimato, os protestos contra Cunha devem continuar. “Enfrentaram o todo-poderoso e viram que o mundo não acabou. Agora a tendência é que continuem.”
Oposição – Enquanto isso, a oposição que resistia ao seu lado na expectativa de que ele abrisse o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff desistiu de esperar ao ver sua principal bandeira perder força e decidiu abandoná-lo. Partidos oposicionistas deixaram de frequentar a residência oficial de Cunha, quartel general de articulações contra o governo. As críticas se asseveraram e as legendas se articulam para obstruir votações.
“Dificilmente ele conseguirá dominar o plenário diante da situação”, disse o deputado Nilson Leitão (MT), vice-líder do PSDB. Aliados fiéis de Cunha, PSC e Solidariedade vão revidar. Uma das medidas que devem adotar é acusar a oposição de falso moralismo e evidenciar o apoio que partidos oposicionistas davam a Cunha em troca da abertura do processo de impeachment de Dilma.
Cunha tem procurado minimizar as deserções. “Não vejo nem que enfraquece nem que fortalece”, disse na semana passada quando questionado sobre a perda de apoio na Câmara. (Fonte: Estadão Conteúdo)

Lama chega ao litoral do ES e moradores de Regência fazem “velório” em protesto contra Samarco
Terminou na tarde deste sábado o velório de 16 dias do Rio Doce. Os 880 km de extensão, da nascente, na Serra da Mantiqueira, em Ressaquinhas (MG), até a foz, em Regência (ES), estão com a mesma coloração. Cor de barro, lama. A cor de um dos maiores desastres ambientais do país. Por volta das 16h, a água doce, suja com rejeitos de minério, encontrou o Oceano Atlântico. Por onde passou, a lama avassaladora acabou com a fauna nativa. Agora, o mesmo desfecho pode acontecer no mar, na água salgada.
O “camarote” para assistir a lama chegar, no portinho de Regência, ficou lotado de moradores. Pelo menos 100 pessoas se debruçaram sobre a proteção de madeira. Em silêncio, velavam a água do rio, que ainda parecia limpa. Alguns chegaram a tomar aquele que seria o último banho. À tarde, o semblante começou a mudar. A polícia chegou. E os protestos começaram. Revoltados, muitos moradores incriminaram a mineradora Samarco pela morte do Rio Doce.— Morte. A empresa de vocês representa a morte. Conseguiram matar o rio. Não tem nada de bom essa empresa de vocês. Eu sei que vocês não são os responsáveis, estão aqui como bucha de canhão dos que estão lá em cima. Mas levem para eles: a empresa de vocês representa a morte. Acabaram com o rio. Acabaram com Regência. Acabaram com a nossa natureza — disse Murilo Urbano, um dos moradores mais revoltados, de sangue quente, em protesto direcionado aos funcionários da empresa no local.
Um barco com três pessoas apareceu em frente ao portinho de Regência. Duas delas vestiam figurinos da morte. A foice tinha o nome da Samarco. Eles foram aplaudidos por toda comunidade. Foram e voltaram, na frente dos funcionários da empresa e dos moradores, pelo menos umas dez vezes. Mais tarde, todos os moradores se reorganizaram e fizeram um novo protesto utilizando cartazes que questionavam quanto Vale o Rio Doce, em alusão à mineradora Vale, acionista da Samarco.
— Vocês acharam que iam encontrar um monte de pessoas burras, desinformadas em Regência, mas o buraco é mais embaixo. O pessoal está mais bem informado do que vocês imaginam — acrescentou Murilo.
— A gente está num velório aqui. Estão querendo nos enganar, falando que tem um monte de medidas para recuperar, mas é mentira. O rio está morto — completou.
Em silêncio, os funcionários da Samarco nada tinham a dizer. Ficaram quietos. A expressão deles, no entanto, era reveladora. Alguns emocionados, outros perplexos com os protestos. Muitos são moradores de Regência e foram contratados pela empresa para trabalhar na tentativa de barrar a lama. Esses, não esconderam a tristeza.
Mais cedo, o gerente-geral da Samarco, Alexandre Souto, admitiu a ZH que a lama vinda da barragem chegaria, inevitavelmente, ao Oceano Atlântico, mesmo com as barreiras de contenção que foram instaladas no distrito. Ele classificou o desastre como um “acidente sem precedentes na indústria de mineração” e disse que a empresa vai avaliar, futuramente, os danos ambientais e sociais.
Pela manhã, um dos barcos que estava tentando achar peixe no Rio Doce, antes do avanço da lama, puxou a última rede. Vazia. Apenas dois caranguejos. Peixes já não existiam mais.
— Não tem jeito. Agora temos que mudar de atividade ou sair daqui de Regência. Procurar outro trabalho. Virar pedreiro. Sustentar a família. A gente tem de se virar — comentou Lezio dos Santos, um dos três pescadores que estavam no barco.
A intenção de Lezio parece ser comum a boa parte dos moradores de Regência, um distrito de Linhares que sobrevive da pesca, do turismo e do surfe. Com a lama no mar, nem surfistas devem procurar mais a onda, considerada uma das melhores do país. A economia local, o comércio, as pousadas, também terão de encontrar outro caminho para seguir em frente.
— O que aconteceu não foi acidente. Foi um crime ambiental e social. No mínimo, deve servir de exemplo para que nunca mais aconteça — desabafou Bete Baron.
Biodiversidade é dizimada no Rio Doce – O rompimento da barragem do Fundão, em Mariana (MG), dividiu um dos mais importantes mananciais do país em dois momentos. Um deles, o antigo Rio Doce, resguardava uma quantidade incalculável de peixes e anfíbios. O outro, que avançou sobre o primeiro em uma onda de lama, deixou em seu rastro uma mistura de lodo e água sem vida aparente e com profundo impacto ambiental, social e econômico.
Se no Espírito Santo
inda foram feitas capturas de algumas espécies para tentar preservá-las, nos primeiros 300 quilômetros do curso dágua, em Minas Gerais, não houve tempo ou capacidade suficientes para resgatar os animais da morte certa. A perda foi total. Como resultado da mortandade provocada pela falta de oxigênio, acumularam-se nas margens ou foram arrastados rio abaixo em uma cena que chocou a população ribeirinha.
– É, certamente, o maior extermínio de peixes registrado na América Latina – sustenta o ecólogo e professor da Universidade Federal de Minas Gerais Ricardo Pinto Coelho.
Não há como ter certeza, hoje, do número de animais mortos pela avalanche de lodo. Levando-se em conta a biodiversidade do Rio Doce, é possível que pelo menos 71 espécies nativas de peixes tenham sido varridas do curso dágua – das quais 11 já se encontravam ameaçadas de extinção. Somadas às exóticas, são cerca de cem espécies afetadas.
Como é época de piracema, pescadores recebem abono – Diversas pessoas, em um ato de desespero e pena dos animais que se atiravam para fora dágua em razão do sufocamento, ainda tentaram resgatar alguns espécimes. A pescadora de Conselheiro Pena (MG) Maria Amélia de Farias, 47 anos, entrou em choque ao ver milhares de peixes mortos ou moribundos arrastados pela correnteza – um dos principais símbolos do desastre ambiental de Mariana. Tomou um curimba (tipo de peixe) nos braços e não conteve um choro convulsivo.
– Tentei me controlar, mas não consegui. Vi os bichinhos brigando para viver no meio daquele lodo e desatei a chorar – conta.
Maria Amélia tomou em mãos um punhado de outros exemplares ainda vivos e colocou-os em uma espécie de piscina natural formada entre algumas pedras à margem do rio. Na sexta-feira, o Rio Doce subiu de nível e inundou o criadouro improvisado com sua água alaranjada e estéril.
A pescadora não faz ideia de onde vai tirar seu sustento após o desaparecimento dos piaus, cascudos, dourados ou pacumãs que vendia aos clientes.
– Construí minha casa e criei meus três filhos pescando. Estou perdida. Comecei a fazer faxina, mas não consigo sobreviver com R$ 150 por mês – desabafa.
Estima-se que cerca de 2 mil pescadores viviam das águas do Rio Doce. Como começou há pouco a piracema, período de desova dos peixes em que a pesca é proibida, os profissionais registrados têm quatro meses de salário a receber do governo federal. Depois disso, restará a incerteza sobre o futuro do Rio Doce e da profissão.
– Não tem mais peixe no rio, está tudo morto. Será que vai voltar a ter peixe? Quando? De que tipo? Até lá, na minha idade, como é que vou voltar para o mercado de trabalho? – pergunta-se o pescador José Lino dos Santos, 55 anos.
São questões para as quais ainda não há resposta.
Rota da Lama – Zero Hora percorre o rastro de devastação provocado pelo rompimento da barragem da mineradora Samarco ao longo do curso do Rio Doce. A primeira parada foi na localidade de Bento Rodrigues, no município de Mariana, que registrou mortes, desaparecimentos e foi praticamente extinta. A segunda parada foi em Paracatu de Baixo, também em Mariana (MG), onde a lama destruiu as casas e se acumula em blocos de um a dois metros de altura. Em seguida, nossos repórteres visitaram Rio Doce e Governador Valadares. Em outra frente, no Espírito Santo, a reportagem já passou por Colatina e seguiu em direção a Linhares, no litoral capixaba. (Fonte: Diário Catarinense)

Governo de SC não repassa dados sobre barragens a órgãos federais desde 2012
Informações desencontradas, redução de verba e, em alguns casos, a falta de participação dos Estados no cumprimento da Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB), criada por lei em 2010, prejudicam a fiscalização de empreendimentos hídricos e minerais no país. O governo de Santa Catarina, por exemplo, não repassa informações sobre as barragens do Estado aos órgãos federais desde 2012. Nesse cenário, o Brasil presenciou uma das maiores tragédias ambientais no início do mês, com o rompimento da barragem de rejeito mineral da empresa Samarco, em Mariana (MG).
O desastre parece ter servido de aviso para órgãos federais e estaduais. Na sexta-feira, a direção do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) determinou que as superintendências regionais vistoriem todas as barragens de rejeitos minerais do país. Segundo o superintendente em SC, Victor Bicca, atualmente o Estado possui 10 barragens para armazenar rejeitos minerais. Mas, ao ser alertado sobre uma lista do Ministério Público Federal (MPF) de represa com a mesma finalidade, uma nova unidade surgiu no mapa de fiscalização do órgão:
– Há uma barragem de rejeitos finos instalada em Morro da Fumaça, no Sul de SC, que acreditamos estar desativada, mas será incluída na nossa vistoria, que foi um pedido da direção-geral do DNPM. É importante lembrar que temos um Código de Mineração defasado, de 1967, que dificulta até o processo de multa em caso de descumprimento de regras de mineração. Por exemplo, a pena máxima que o DNPM pode aplicar é de apenas R$ 2.631,31.
A falta de informações que deveriam ser repassadas por órgão federais como a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o DNPM, além dos governos estaduais, dificulta o trabalho da Agência Nacional de Águas (ANA), responsável desde 2010 pela elaboração anual do Relatório de Segurança de Barragem (RSB).
– A lei estabelece que empresas ou órgãos públicos responsáveis pela operação das barragens devem elaborar planos de segurança para cada unidade. Nesse documento, há diversas medidas que devem ser adotadas de acordo com o grau de risco da barragem. Se não temos essas informações, a tomada de qualquer decisão em caso de acidente fica mais difícil – diz Flávia Gomes de Barros, coordenadora de fiscalização da ANA.
O Relatório de Segurança é elaborado desde 2010 e o governo federal oferece até auxílio para Estados que repassam dados. No entanto, a verba para segurança das cerca de 500 barragens sob a tutela da União diminuiu em 50% entre 2012 e 2014. A reportagem entrou em contato com os ministérios da Integração e do Planejamento, que, até o fechamento desta edição, não encaminharam justificativa para o corte de recursos.
Três Estados não repassaram informações à ANA – No ano passado, três Estados ficaram devendo informações órgão federal: Santa Catarina, Goiás e Amapá. No caso catarinense, o silêncio de dados já dura desde 2012. Para o Relatório de Segurança de Barragem de 2015, a ANA encaminhou pedidos aos Estados em setembro, com prazo até janeiro do próximo ano.
Por enquanto, não obteve resposta da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável de SC (SDS), responsável pela outorga das barragens com finalidade para uso múltiplo (abastecimento e contenção de cheias) no Estado.
Em nota, a SDS informa que dados preliminares do órgão avaliam que o Estado possui 113 barragens. O diretor de recursos hídricos da SDS, Bruno Beilfuss, avisa que, desde o começo deste ano, a secretaria está fazendo o cadastramento das barragens no Estado. O processo só deve ser concluído em janeiro.
Cabe à Fatma a checagem do cumprimento da legislação em barragens para uso de rejeito industrial. Segundo a diretora de licenciamento da Fundação do Meio Ambiente do Estado (Fatma), Ivana Becker, não há esse tipo de barragem em operação em Santa Catarina.
– Antes da lei federal de Segurança de Barragem, a Fatma já cobrava na licença ambiental a existência de um plano de emergência para barragens. Atualmente, há aproximadamente 110 requerimentos de licença prévia e outras 30 de instalação de barragens em análise na fundação – detalha a diretora. (Fonte: Diário Catarinense)

Prefeitura lança Procedimento de Manifestação de Interesse para marina nos próximos dias
A tão esperada marina da Beira-Mar Norte de Florianópolis está mais perto de ser realizada. Na próxima terça-feira a Associação Catarinense Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif) entrega à prefeitura um estudo técnico com análise das condições marítimas e ambientais da região onde deve ser a construção.
A análise deve auxiliar no primeiro Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), que será lançado pela prefeitura nos próximos dias, em busca de empresas interessadas em executar a obra. Um projeto-base da estrutura planejada na área entre o trapiche e a estação da Casan foi apresentado pelo prefeito Cesar Souza Junior em julho.
A proposta é atender a antiga demanda da Capital por meio de parceria público-privada. A empresa escolhida na PMI faz a obra e em troca recebe a concessão da operação da marina e do estacionamento. Tudo, porém, ainda depende de licença ambiental, etapa que costuma ser demorada. (Fonte: Diário Catarinense)

Embarcação naufraga com 28 a bordo, na Ilha do Arvoredo, em Florianópolis
Uma embarcação com 28 pessoas naufragou na manhã deste sábado na Ilha do Arvoredo, em Florianópolis.
Adultos e crianças, todos os passageiros e tripulantes foram resgatados pela Capitania dos Portos de Santa Catarina. Eles foram levados com vida para a sede da Delegacia da Capitania dos Portos, no bairro Estreito.
O naufrágio aconteceu por volta das 10h30min de sábado. A bordo estavam 22 turistas e seis tripulantes. A lancha de 12 metros da empresa de mergulho Parcel afundou totalmente. A equipe de resgate foi acionada via rádio e o socorro chegou em torno de 15 minutos o local.
Segundo o Capitão de Mar e Guerra, Luis Felipe Rabello Freire, a proximidade da equipe de socorro ao local do acidente foi fundamental para o salvamento de todas as vítimas.
— Não sabemos ainda as causas do acidente. A primeira preocupação é o socorro às vítimas. Será aberto um inquérito administrativo para apurar as causas_disse o responsável pela Capitania dos Portos.
A empresa informou à Capitania dos Portos que providenciou um ônibus para levar os turistas de volta ao seu destino. A reportagem entrou em contato com a escola de mergulho Parcel Dive Center, que tem sede em Florianópolis, na tarde deste domingo. Por telefone, representantes disseram que só vão se manifestar a partir de advogado depois que o inquérito administrativo aberto pela Marinha for finalizado. O prazo para apresentação do documento é de 90 dias. (Fonte: Diário Catarinense)

Ânderson Silva: “Não podemos nos acostumar com os desastres climáticos”
É inevitável ligar a imagem de Santa Catarina a desastres naturais. O histórico, fortalecido por enchentes, deslizamentos e mortes, reforça a ligação. Está no DNA do Estado conviver com os efeitos climáticos. As condições geográficas dos municípios impõem frequentes ocorrências e exigem uma reação.
No Vale do Itajaí, por exemplo, as cidades são cortadas por rios. Basta que chuvas intensas se acumulem em pequenos períodos para que o estado de emergência se estabeleça. O Oeste sofre também. Estudos dos EUA e de SC já comprovaram que o Estado se encontra em um corredor de tornados, como o que atingiu Xanxerê em abril passado. Além, é claro, da estiagem, que traz prejuízos milionários à agricultura.
Obviamente, é inevitável lutar contra chuvas, ventos e fenômenos climáticos. Por isso, é fundamental que se invista em prevenção, monitoramento e resposta. As enchentes vão ocorrer. Estamos preparados para reagir? Temos como prever com antecedência maiores volumes de chuva para alertar a população? De nada adianta somente reagir depois que os problemas estejam desenhados. Precisamos antecipar.
Aliadas a obras estruturais, são fundamentais ações nas comunidades. O morador precisa saber quando deve sair de casa. E o principal: precisa estar orientado. As perdas materiais são dolorosas. Muito menos que as perdas de familiares, amigos e conhecidos, mas impactam a economia e travam vidas.
O que nos cabe para exigirmos mais celeridade nas reações é não nos acostumarmos. Por mais que a maioria das pessoas atingidas esteja conformada, temos que sair da zona de conforto. É nosso papel, como cidadãos, não só cobrar do poder público, mas também agir. Os fenômenos naturais não vão parar. Se ficarmos parados, seremos sempre reféns. (Fonte: Diário Catarinense)

Epagri e Inmet confirmam passagem de tornado por Treze Tílias
Após divergirem sobre o fenômeno climático que atingiu Chapecó na quinta-feira, a Epagri/Ciram e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) concordam sobre o que houve em Treze Tílias: um tornado.
A confirmação dos dois órgãos veio na tarde desta sexta-feira, em notas oficiais. Conforme divulgado pela Epagri, um vídeo consegue determinar o fenômeno que, na avaliação do órgão catarinense, é diferente do registrado em outras cidades do Estado.
— Embora a nuvem funil tenha tocado tão rapidamente no solo, se caracterizando como um tornado, os estragos foram menores do que os temporais associados a microexplosões que ocorreram em Chapecó e Jaraguá do Sul —, explica o meteorologista da Epagri/Ciram, Marcelo Martins.
Mais estragos – A quinta-feira também teve microexplosões em Chapecó (o que para o Inmet foi um tornado) e em Jaraguá do Sul, com ventos de 100 km/h, tão destrutivos quanto os tornados de Tipo F0, conforme escala Fujita, usada para medir a intensidade destes fenômenos. Em Chapecó, foram 120 afetados com alagamentos, além de quatro residências totalmente dest
uídas, seis parcialmente e 20 destelhadas pelo vendaval. Quatro pessoas ficaram feridas e 16, desalojadas.
Em Caxambu do Sul, há registro de 240 pessoas afetadas com a enxurrada e o vendaval. Nos municípios de Águas de Chapecó, Guaramirim, Schroeder, Massaranduba, Barra Velha, os registros foram de vendaval e atingiram algumas residências.
Em Planalto Alegre, 29 locais foram atingidos, entre casas e estabelecimentos comerciais. No Norte e Planalto Norte do Estado, nos municípios de Araquari, Rio Negrinho, Mafra e Major Vieira, foram registrados alagamentos pontuais, de acordo com a Defesa Civil de SC. (Fonte: Diário Catarinense)

Ivan Rodrigues: “É preciso jogar luz sobre as lacunas que comprometem a Segurança”
Santa Catarina é uma espécie de paraíso no Brasil: líder em índices desejáveis, como expectativa de vida e renda per capita, tem as mais baixas taxas negativas, como analfabetismo e desemprego. Também é, na comparação com outros Estados, um território seguro, que há anos oscila entre o primeiro e o segundo lugares nos levantamentos sobre violência. Mas para que continue sendo apenas a terra da qualidade de vida invejável, SC não pode descuidar da Segurança.
A maior evidência vem de dentro do sistema prisional. Dele, impulsionado pelas deficiências públicas de uma década e pela mente criminosa de bandidos altamente perigosos, emergiu a maior onda de violência já vista pelos catarinenses, vítimas de quatro séries de atentados e reféns desse poder paralelo. E o crime organizado prolifera-se não apenas nas cadeias, onde o déficit é de pelo menos 4 mil vagas e há muito a melhorar do ponto de vista do cumprimento da Lei de Execuções Penais, mas também pelas ruas, onde falta policiamento. Com um PM para 574 habitantes, SC ganha apenas do Piauí, do Paraná e do Maranhão na relação entre efetivo e população. Razão pela qual também crescem o tráfico de drogas e de armas e o número de assaltos e de homicídios, que neste ano já é 10% maior em relação ao mesmo período de 2014.
Para incentivar o avanço nas políticas públicas pelas autoridades e jogar luz sobre lacunas que comprometem a área, torço e defendo que o DC adote a Segurança como uma causa. Sem ela, não vivemos. Por isso também o tema não pode e nem deve ficar restrito apenas ao governo e às instituições da Justiça. As soluções têm de passar igualmente pela sociedade civil. É fundamental que ela esteja a par da necessidade de qualificação da Segurança e entenda que a polícia é apenas a ponta do sistema. (Fonte: Diário Catarinense)

Argentina e nova fase ao Mercosul
Com o fim de 12 anos de gestão dos Kirchner na Argentina, a expectativa é de mudanças na economia, envolvendo também as relações internacionais como o do Mercosul e o acordo do bloco com a União Europeia. Afinal, a economia argentina segue estagnada há quatro anos. É possível que o novo presidente concorde com a suspensão da cláusula do Mercosul que obriga negociação de acordos internacionais em bloco. O Paraguai e o Uruguai são favoráveis e o ministro do Desenvolvimento do Brasil, Armando Monteiro, sinalizou nessa direção. Isso abriria caminho para um acordo bilateral com os EUA, sonho de muitas empresas catarinenses. O acordo com a Europa está lento e poderá prejudicar o Mercosul se não houver cuidado com cláusulas sobre serviços de tecnologia. (Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti)

Emancipação
O movimento cooperativista registrou em 2014 um aumento de11,86% de participação das mulheres nesta atividade aqui em Santa Catarina. Segundo a Ocesc, trabalham hoje 651.422 mulheres nos diversos segmentos do cooperativismo, o que representa 37,20% do contingente laboral no setor. A previsão para este ano é de incremento de maias 10%.
Ou reforma ou entra em colapso – O secretário de Estado da Fazenda, Antonio Gavazzoni, concede entrevista nesta segunda-feira, às 14h, para anunciar o conteúdo do projeto que o governo vai enviar à Assembleia propondo aumento das alíquotas da previdência dos servidores ativos e aposentados, gradativamente, para 12,13 e 14%. Gavazzoni explica como está o sistema:

Qual o fator determinante que levou o governo a propor agora a reforma da previdência estadual?
A plena consciência de que o governo precisa garantir as aposentadorias dos servidores públicos. O sistema de previdência pública está próximo de um colapso há algum tempo. A arrecadação do sistema não tem sido suficiente para bancar os direitos. Como a aposentadoria é sagrada, o governo está locando este ano R$ 3,1 bilhões para cobrir a insuficiência financeira. O projeto prevê aumento das alíquotas dos servidores para que eles ajudem a dar sustentabilidade agora e no futuro a todos os funcionários.

O que aconteceria se o governo não propusesse a reforma?
O governo vem tomando uma série de medidas no sistema previdenciário. Neste momento em que a receita está em baixa, se não tivermos a ajuda dos próprios servidores, o sistema entrará em colapso. Hoje ele pune só a sociedade que paga impostos e fica privada de uma série de obras e serviços. Antes que o sistema entre em colapso absoluto é bom que todos participem com um pouco mais de contribuição.

O governo não teve reação dos servidores na Assembleia Legislativa?
Este projeto interessa diretamente aos servidores públicos, na medida em que garante a aposentadoria deles. Mas interessa muito mais à sociedade catarinense que recolhe impostos e tem direito a investimentos, obras e serviços. Eu acredito que os servidores estão maduros o suficiente para debater de forma coletiva, porque eles é que serão beneficiados. Se a reforma não vier, em futuro próximo quem tem direito não terá o pagamento.

No plano federal, se não houver reforma, a previdência entrará em colapso?
A previdência pública brasileira é a próxima crise. Ela vai provocar a próxima grande crise nacional. Passou-se toda a história garantindo direitos aos servidores com todos os direitos. Mas não se pensou em poupança, em assegurar a receita. O sistema está desequilibrado há muito tempo. (Fonte: Diário Catarinense – Moacir Pereira)

Sonhos de um novo Brasil
Sonhei em technicolor, som dolby-Stereo, como nos melhores filmes bíblicos. E nesta minha sessão de cinema passou um filme bonito: o Brasil sem Eduardo Cunha e outros malfeitores.
Um Brasil areado, esfregado e passado a limpo.
Sonhei que o novo presidente do Brasil era uma unanimidade nacional: não sendo originalmente um político, preparara-se para o posto. Como primeiro ministro de um novo Parlamentarismo — só fichas limpas no Parlamento — o chefe de governo formara-se em Administração Pública e Execução Orçamentária, prestando contas diariamente pelas redes sociais, explicando o gasto e o retorno de cada centavo.
Renda per capita em alta, o povo brasileiro passou a nutrir plena confiança em suas instituições, depois que a Grande Reforma Política reduziu o número de ministérios para 10 e o de partidos políticos para cinco.
Sonhei que o terrorismo do Estado Islâmico fora sepultado numa caverna da Síria, para nunca mais atormentar a raça humana. Os jihadistas do mal receberam um chip cerebral para a erradicação do fanatismo assassino. No “novo” e transplantado lóbulo cerebral nasceram cidadãos neutros e inofensivos.
Sonhei que sem o EI o mundo estava mais compreensivo e generoso, e que Floripa revivia os seus tempos de província. Convém lembrar que, em meu sonho, corria o ano da graça de 2050 e a Grande Depressão de 2015 era apenas uma lembrança distante, encerrando uma importante lição — de como libertar as instituições do breu da corrupção, a partir do ano de 2030, quando ocorreu a última operação da Lava-Jato: a “Lavou, limpou”…
Machado de Assis, o “pai” da grande Literatura Brasileira, tornara-se o patrono dos novos tempos, de cuja obra surgira um novo lema. O mestre costumava valer-se de um remédio mágico para combater a penúria financeira em tempos de crise. “A saída da crise é criar despesas imaginativas” — escreveu o velho mestre numa de suas crônicas para jornal:
“O reino dos sonhos é a minha casa da moeda”… Ou seja: pelo menos em sonho, o Brasil tem jeito. (Fonte: Diário Catarinense – Sérgio da Costa Ramos)

Papo Rápido: Tenente-coronel PM José Norberto de Souza Filho, Comandante do Batalhão de Polícia Militar Rodoviária (BPMRv)

Como a PMRV está se preparando para a temporada de verão?
Os dados da Santur indicam um aumento de 35% no volume de turistas que estarão buscando SC como destino para a temporada de verão, portanto em meados de dezembro a Polícia Militar Rodoviária estará lançando a Operação Veraneio2015/2016, que buscará incrementar a presença e a ostensividade do patrulhamento, não só na Capital, mas em todas as rodovias estaduais, principalmente as que dão acesso ao litoral e às estâncias hidrominerais

As rodovias estaduais no perímetro urbano de Florianópolis já estão sobrecarregadas antes da temporada. Os congestionamentos serão inevitáveis?
Florianópolis se tornou um polo turístico internacional e isso nos orgulha muito, mas também traz um ônus. Guardadas as proporções, ninguém imagina a Ilha de Manhattan sem congestionamentos ou o centro de Londres, de Roma, assim como a Champs-Élysées em Paris. Porém, estamos nos adaptando a este novo contexto, com obras de infraestrutura, como o elevado de Canasvieiras, a SC-403 que tem a previsão de entrega ainda em dezembro e o elevado na SC-405 no Rio Tavares. Todas contribuirão para a fluidez no trânsito. Mas a Polícia Militar Rodoviária também estará atuando para minimizar os impactos da sobrecarga de veículos e contará, é claro, com a compreensão e colaboração dos motoristas. (Fonte: Diário Catarinense – Visor/Rafael Martini)

Cinco anos para diminuir em 50% as mortes no trânsito
Eu sou igual a São Tomé: só acredito vendo. Os mais de 130 países membros da Organização das Nações Unidas (ONU), reunidos na 2ª Conferência Global de Alto Nível sobre Segurança no Trânsito, em Brasília, traçaram a meta de reduzir à metade, até 2020, o número de mortes e lesões causadas pelo trânsito em todo o mundo. Reduzir tanto assim em apenas cinco anos? Não acredito, mas torço para que eu esteja errada. Os mandatários também se comprometeram a aumentar, neste período, de 15% para 50% o percentual de países com legislação abrangente sobre os cinco fatores-chaves de risco, quem são o não uso de cinto de segurança, de capacete (em motos), e de dispositivos de proteção para crianças (como as cadeirinhas), a mistura álcool/direção, e o excesso de velocidade.
O documento final da conferência traz como prioridade mundial a segurança de pedestres, ciclistas e motociclistas, considerados os usuários mais vulneráveis do trânsito. “A promoção de modos de transporte sustentável, em particular transporte público e deslocamentos a pé e de bicicleta seguros, é elemento essencial para a promoção da segurança no trânsito”, afirmam os países no texto. Entre as ações recomendadas está a adoção, implementação e cumprimento de políticas e medidas voltadas a proteger e promover a segurança de pedestres e a mobilidade de ciclistas – como calçadas, ciclovias e/ou ciclofaixas, iluminação adequada, radares com câmeras, sinalização e marcação viária.
Uma constatação unânime entre os países participantes é a de que os motociclistas são as vítimas mais vulneráveis do trânsito em todo o mundo. Por isto, entre as recomendações contidas no documento final da conferência está a de desenvolver e implementar legislação e políticas abrangentes sobre o uso de motocicletas – incluindo educação e formação, licenciamento do condutor, registro do veículo, condições de trabalho, uso de capacetes e de equipamentos de proteção individual. Pedestres, ciclistas e motociclistas, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) perfazem atualmente metade das 1,25 milhão de vítimas fatais do trânsito no mundo.
Para proteção desses (e de todos os usuários), um dos compromissos assumidos é o de estabelecer e implementar limites de velocidade seguros, acompanhados de medidas apropriadas de segurança, como sinalização de vias, radares com câmeras e outros mecanismos de restrição de velocidade. No papel tudo é fácil, bonito e rápido. Na hora de implementar as medidas a história costuma ser diferente. Tomara que desta vez seja para valer. Todos nós só temos a ganhar com isso. (Fonte: Diário Catarinense – Viviane Bevilacqua).

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