Florianópolis, 13.7.16 – Trabalhadores da Empo, empresa terceirizada pela Autopista Litoral Sul para executar o trecho Norte B do Contorno Viário da Grande Florianópolis, em Biguaçu, diminuíram o ritmo de trabalho e alguns até pararam as atividades nesta terça-feira.
Os operários reclamam que há meses recebem os salários atrasados e alguns ainda não receberam o pagamento referente ao mês de junho. Eles temem que a empresa deixe a obra sem pagá-los. Por nota, a Autopista confirmou que a Empo será substituída. “A determinação não implica em nenhum atraso do cronograma de obras. O contrato da construtora firmado com a Autopista prevê garantia aos direitos dos trabalhadores. A concessionária exige da contratada o cumprimento desta norma”, diz a nota.
Ao todo, 105 pessoas trabalham no trecho Norte B. Por volta das 11h, pelo menos 20 trabalhadores estavam parados próximo aos canteiros de obras. Um dos supervisores disse que o grupo tinha parado para almoçar. No entanto, o motorista de ônibus da Empo, Rafael Corrêa, 39 anos, garantiu que os trabalhadoresestavam reduzindo ou parando as tarefas em razão da insegurança sobre os rumores de que a empresa do Paraná não mais atenderia a Autopista, em Biguaçu. “Estamos esperando uma definição”, disse. Ele detalhou ainda que pelo menos 20 pessoas não receberam adiantamento salarial e quem recebia cesta básica teve o benefício cortado.
“Tem gente que veio do Maranhão, da Bahia e de outros Estados para trabalhar aqui e está sofrendo para pagar aluguel”, afirmou o motorista de caminhão Roberto Carlos Rossi, 41.
Embora um dos grupos estivesse parado em frente ao escritório da empresa no canteiro de obras, no bairro Sorocaba, ninguém da Empo quis se pronunciar sobre a redução das atividades. (Fonte: Notícias do Dia – Alessandra Oliveira)
Motorista que matou cinco pessoas é denunciado por homicídio culposo
O motorista que colidiu contra o carro de uma família de Maracajá em março deste ano, deixando cinco mortos, foi denunciado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MP/SC) por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. No acidente, o laudo técnico e o inquérito policial apontaram que não houve excesso de velocidade nem falha mecânica e que o condutor Victor Bortoncello, 20 anos, pode ter dormido enquanto dirigia.
O titular da Segunda Promotoria de Justiça da Comarca de Içara, Marcus Vinicius de Faria Ribeiro, também solicitou que o condutor pague indenização aos familiares das vítimas, com valores a serem definidos, além da suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Após ser notificado, o acusado tem 10 dias para enviar a defesa, que será anexada ao processo do MP e entregue à Justiça.
Além do motorista, serão ouvidas outras testemunhas, entre elas o caroneiro que estava no veículo dirigido por Bortoncello na noite do acidente, Pedro Henrique Silva e Souza, de 21 anos. A colisão ocorreu no km 370 da BR-101, no município de Içara, enquanto a família seguia no sentido sul- norte, para o aniversário de um parente. (Fonte: Diário Catarinense)
Mais de mil motoristas são multados no Estado
Com apenas três dias em vigor, a lei que obriga o uso dos faróis baixos nas rodovias federais e estaduais foi responsável por 1.332 multas em Santa Catarina. Nas estradas federalizadas, a Polícia Rodoviária (PRF) contabilizou 1.092 motoristas que descumpriram a norma – cerca de 365 autuações por dia. Já nas estaduais, a PMRv multou 240 pessoas.
De acordo com o chefe do Núcleo de Comunicação da PRF, Adriano Fiamoncini, nas abordagens padrões, os policias verificaram que a adesão por parte dos condutores chega a 90% somente na BR-101. Ainda, segundo Fiamoncini, não há nenhum trabalho específico com objetivo de fiscalizar somente o uso dos faróis.
— A PRF não tem interesse em fazer esse serviço de punição. O objetivo é que as pessoas usem o farol, aumentem a visibilidade, a segurança e evitem acidentes. Mas é claro que o policial, entre as várias coisas que faz, acaba fiscalizando essa nova determinação no código de trânsito — informa Fiamoncini.
Aos poucos, nova medida vira hábito – Segundo o chefe do Núcleo de Comunicação, a espera é que, nos próximos dias, e a medida que o uso dos faróis se torne um hábito, o número de autuações diminua significativamente.
Com a nova lei, todos os veículos que trafegarem nas Brs e SCs do Estado serão obrigados a trafegarem com os faróis ligados durante o dia e noite. A multa para quem descumprir a determinação, por enquanto, é de R$ 85,13 e quatro pontos na CNH. A partir de setembro, com o reajuste nos valores, as infrações médias custarão R$ 130,16. (Fonte: Diário Catarinense)
Minha casa
Pelo menos 78 proprietários de imóveis por onde passará a duplicação da Rua Antônio Edu Vieira, no bairro Pantanal, em Florianópolis, reclamam que até agora não foram nem sequer procurados para discutir valores de indenização pelo município.
Meia pista mobiliza costa esmeralda – Acredite se quiser. Foi necessário mobilizar os prefeitos dos dois municípios, vereadores, empresários e representantes das entidades para reunir-se com o governo do Estado em busca de uma solução para o deslizamento de meia pista da SC-412, no acesso de Porto Belo a Bombinhas. A queda ocorreu há três meses por conta de uma enxurrada, causando sérios problemas no trânsito da região, já que se trata da única ligação. O secretário Nelson Serpa, da Casa Civil, recebeu a comitiva na segunda-feira e prometeu uma solução. Só não deu prazo. Lá estavam os prefeitos Evaldo Guerreio (Porto Belo) e Ana Paula da Silva (Bombinhas), a presidente da Câmara de Bombinhas, Lourdes Maria, a presidente da CDL, Adriana da Silva, e Mário Pera, presidente da associação dos empresários (Aemb). (Fonte: Diário Catarinense – Rafael Martini)
Contra o pedágio
A Associação Empresarial de Brusque (Acibr) é contra a possível cobrança de pedágio na rodovia Antônio Heil (SC-486), que passa por obras de duplicação. A entidade diz em nota que o posicionamento tem como base o “atual panorama de elevados impostos é suficiente para a manutenção da malha viária nacional”. À coluna, o governador Colombo disse há mais de um mês que um estudo para conceder rodovias estaduais à iniciativa privada com cobrança de pedágio está em andamento no governo. (Fonte: Diário Catarinense – Pancho)
Reações
A venda de veículos no Vale do Itajaí registrou, na média, uma queda de 20% no mês de junho, o pior desempenho nos últimos 10 anos. Mas já houve recuperação no início de julho. O comércio de Blumenau também sofre os efeitos da crise. Somente na rua XV de Novembro, no coração da cidade, 40 lojas estão fechadas e com placas de aluguel. (Fonte: Diário Catarinense – Moacir Pereira)
Estado registra queda de 13% na emissão de carteiras de motorista
O número de catarinenses em busca da primeira carteira de motorista teve queda de 13% entre junho de 2015 e maio de 2016. Neste período, foram emitidas 120 mil novas habilitações A (moto), B (carro) e AB (moto e carro), enquanto no ano anterior foram 138 mil. Especialistas apontam a crise econômica como principal fator para a diminuição em todas as categorias.
Os dados repassados pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran/SC) apontam que o número de novas habilitações dos tipos A (para motos) e AB (moto e carro) começou a cair em 2014. No caso da AB, a mais solicitada, caiu 7,3% em relação a 2013. O presidente do Sindicato dos Centros de Formação de Condutores de SC (Sindemosc), César Stolf, afirma que em algumas autoescolas de regiões como Blumenau e Jaraguá do Sul, a queda na procura pela primeira habilitação chega a 30%.
– Aqui na região [de Jaraguá do Sul], a crise no setor têxtil e as demissões impactaram. O desempregado não vai fazer carteira de habilitação. Em 18 anos que tenho de empresa, esse é o momento mais delicado para o setor no Estado – diz.
Entre as maiores cidades de Santa Catarina, Joinville é a que sofreu a pior queda: 19%. Blumenau e Florianópolis tiveram diminuição de 12,5% e 7,7%, respectivamente.
Desaquecimento no comércio de carros também impacta – Stolf ressalta que não houve mudanças significativas nos valores cobrados nos últimos anos que expliquem o decréscimo. O coordenador do Observatório de Mobilidade Urbana da Universidade Federal de Pelotas (UFSC), Werner Kraus Júnior, também acredita que a crise econômica é o principal motivo para a queda, mas destaca que o alto custo do documento também contribui.
Especialistas também relacionam a queda no número de habilitações a um desaquecimento no comércio de carros.
– Cerca de 70% das vendas de carro são por financiamento. À medida que a sociedade se endivida, e paralelamente com a restrição de crédito feita pelos bancos, a demanda por novos carros cai junto – explica Antônio Jorge Martins, coordenador do MBA em Gestão Estratégica de Empresas da Cadeia Automotiva da Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo.
Dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores apontam queda de 25,4% no licenciamento de veículos novos no primeiro semestre de 2016 em relação ao mesmo período de 2015.
Queda de interesse também contribui para diminuição – Embora seja predominante, a crise econômica não é o único motivo para a diminuição da procura pela habilitação. A professora de inglês, Nara Rocha, é enfática:
– Não tenho carteira de motorista e nem pretendo ter.
Aos 30 anos, ela se vira em Florianópolis intercalando trajetos com a inseparável bicicleta batizada de Eugênia, com carona, ônibus, táxi e a pé. A inspiração para dispensar a carteira nacional de habilitação veio da mãe, que há 15 anos abandonou o uso do carro. A decisão foi pautada por vários fatores: impactos ao meio ambiente, praticidade e custo.
– Foi uma escolha bem consciente, cheguei à conclusão que não vale a pena ter um carro. Essa cultura de aos 18 anos fazer a carteira tem pouca reflexão – afirma Nara.
O desinteresse pelo automóvel aos poucos começa a ganhar corpo entre os jovens, principalmente de classe média e alta. Uma pesquisa realizada pela consultoria brasileira Box1824 em 146 cidades do país, para a qual foram consultados mais de 3 mil jovens com idades entre 18 e 24 anos, apontou que a compra de um carro é considerada prioridade para apenas 3% dos entrevistados.
Werner Kraus acrescenta que na crise as pessoas começam a optar por outros meios de locomoção:
– As pessoas estão se virando de outro jeito, com carona, bicicleta, caminhada. Em época de crise, a gente percebe um aumento da distância das caminhadas. Nas maiores cidades do Estado têm havido avanços, como Blumenau, Joinville e Criciúma que têm faixas exclusivas para ônibus e tentativas de melhorar o transporte público – diz.
Para Stolf, o país ainda não investe muito em transportes coletivos e por isso ter habilitação hoje ainda é uma necessidade, o que pode mudar à medida que houver melhorias e mais opções. (Fonte: Diário Catarinense – Karine Wenzel)
Cresce a exportação de carne suína
As exportações brasileiras de carne suína cresceram 54,7% no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com dados divulgados ontem pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), foram embarcadas 349 mil toneladas nos primeiros seis meses. A expectativa é encerrar o ano com um crescimento de 28%.
Bom para Santa Catarina, que representa um terço das vendas. Em faturamento o valor foi de US$ 633 milhões, num crescimento de 14%. Em reais houve um crescimento de 40%, somando R$ 2,32 bilhões. A exportação de frangos foi de 2,2 milhões de toneladas no semestre, com crescimento de 13,86%. A receita de US$ 3,38 bilhões representou uma queda de 1,25%, mas com ganho de 21,7% em reais, somando R$ 12,4 bilhões.
Redução na produção – Em virtude do alto custo do milho, a previsão da ABPA é reduzir em 4% a produção nacional de aves e repetir os números do ano passado em suínos. O presidente da Aurora Alimentos, Mário Lanznaster, prevê uma queda na produção de suínos no segundo semestre, em virtude de uma diminuição na demanda. Ele afirmou que o milho já caiu para próximo de R$ 40 a saca, mas as indústrias ainda têm os estoques comprados em valor próximo de R$ 60. Ele avalia, porém, que “o pior já passou”. (Fonte: Diário Catarinense – Darci Debona)
SC tem candidato, mas não tem apoio
Distante das raias favoritas na corrida à presidência da Câmara dos Deputados, Esperidião Amin (PP) se diz “livre, leve e solto” na tentativa de suceder Eduardo Cunha (PMDB) após a renúncia do deputado afastado. A votação ocorrerá hoje, a partir das 16h. Parlamentares interessados em entrar na disputa terão até o meio-dia para oficializar as candidaturas. Quem quiser pode desistir de concorrer até uma hora antes da votação.
Até a noite de ontem, 14 deputados estavam no páreo. Esperidião Amin foi confirmado durante a tarde como o nome do PP na disputa, embora o também pepista Faus
o Pinato tenha se antecipado no pleito e não conte com o aval do partido.
Os mais cotados à cadeira são Rodrigo Maia (DEM), Marcelo Castro (PMDB) e Rogério Rosso (PSD). Marcelo Castro tem a preferência da atual oposição. Entre o chamado “centrão”, grupo formado por partidos que deixaram de apoiar Dilma Rousseff, Rosso surge como o nome mais forte. Já Maia aparece como favorito por integrar a base aliada de Michel Temer, mas terá de buscar apoio de partidos como o PSDB, PPS e PSB. Entre a bancada catarinense, o “azarão” Amin somava ontem os votos declarados de João Rodrigues (PSD) e Jorge Boeira (PP).
Tucanos manifestam apoio a ex-governador – Os tucanos Marco Tebaldi e Geovania de Sá também acenaram com simpatia à candidatura do ex-governador catarinense, apesar de ainda não anteciparem votos devido às negociações partidárias. Como outros parlamentares catarinenses se mostraram indecisos ou manifestaram outras preferências, a possibilidade de uma votação unificada da bancada de SC tornou-se impossível.
– Tenho defendido o nome dele (Amin) nas discussões. Estamos fazendo uma defesa. Claro que quero seguir o Espiridião Amin, mas como vice-líder da bancada ainda preciso ouvir meu líder e a possibilidade de uma votação colegiada – anunciou Geovania de Sá.
A deputada catarinense Angela Albino (PCdoB) antecipou que seguiria recomendação partidária para evitar que Rosso, candidato de Eduardo Cunha, fosse eleito. A parlamentar, no entanto, é suplente de Cesar Souza (PSD) e pode ficar de fora da votação caso o titular decida reassumir a vaga.
O também catarinense Jorginho Mello (PR), que tinha pretensões de se lançar como candidato, abriu mão da tentativa para apoiar Fernando Giacobo (PR-PR). (Fonte: Diário Catarinense – Roelton Maciel)
Eleição e oportunidade
Com a renúncia à presidência da Câmara e a iminente cassação do deputado Eduardo Cunha (PBDB-RJ), os parlamentares têm hoje uma ótima oportunidade para se redimir parcialmente com os seus representados, escolhendo um comandante melhor sintonizado com os interesses dos cidadãos. A votação, que começa à tarde e tende a se prolongar até a madrugada de amanhã, está sendo precedida por intensas articulações políticas, envolvendo principalmente a base de apoio ao governo interino. Justifica-se: o eleito não só terá a enorme responsabilidade de comandar a maior casa legislativa até fevereiro do ano que vem como também poderá assumir, na prática, a condição de vice-presidente da República, se o impeachment for confirmado.
Considerando a importância do cargo e a delicadeza do momento político por que passa o país, o governo provisório tentou obter um candidato consensual, com a intenção de manter sua base de apoio coesa, mas até ontem não havia conseguido. Só ao meio-dia de hoje, quando se encerra o registro de candidaturas, é que se saberá quantos pré-candidatos disputarão os votos secretos dos 512 deputados habilitados para a escolha. Se ninguém atingir os 257 votos necessários, haverá segundo turno entre os dois mais bem classificados.
O que se espera, independentemente da visão partidária ou ideológica do escolhido, é que o novo presidente se comprometa com a qualificação do Legislativo e com a defesa do interesse público. O Congresso Nacional, como um todo, perdeu a confiança da população, devido ao envolvimento de muitos parlamentares com a corrupção e também em decorrência de ações corporativas e articulações políticas pouco republicanas. Diante do descalabro que foi a gestão do presidente afastado, os cidadãos têm o direito de pensar – como dizia o slogan de um dos parlamentares de maior votação – que pior do que estava não fica. Mas a vigilância tem que ser mantida. (Fonte: Diário Catarinense – Editorial)
Congresso votará meta fiscal em agosto
O relator-geral da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017, senador Wellington Fagundes (PR-MT), admitiu nesta semana que a tendência é que o Congresso aprecie a nova meta fiscal do próximo ano apenas em agosto. Em entrevista coletiva, Fagundes disse que o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), se comprometeu a convocar uma sessão conjunta para votar a proposta ainda nesta semana. Mas ele próprio avaliou que há “dificuldades políticas” para isso ocorrer. (Fonte: Diário Catarinense)