Florianópolis, 10.11.15 – A chuva parece ter arrefecido o ânimo dos caminhoneiros autônomos, em greve em todo o país desde a madrugada de segunda-feira. Pelo menos no Rio Grande do Sul. Com o aguaceiro se derrubando sobre as estradas, ficou difícil aos grevistas pararem veículos. Em Soledade (220 km ao norte de Porto Alegre), um dos pontos em que a paralisação foi maior, apenas algumas dezenas de carretas estão encostadas nos postos, aderindo espontaneamente ao movimento paredista.
Os bloqueios foram desmanchados em Soledade e na vizinha cidade de Tio Hugo. Nos dois municípios, mais de 300 caminhões estavam parados na segunda-feira e hoje apenas algumas dezenas de veículos são vistos aglomerados.
Um dos coordenadores do movimento confidenciou a Zero Hora que a tática mudou: o esforço é para convencer os motoristas a ficarem em casa, paralisados em apoio à greve, mas não mais concentrados em postos ou embandeirados, como na segunda-feira.
— Faremos um trabalho de convencimento pelo WhatsApp e redes sociais, por telefone. Talvez a gente retome os piquetes, vamos ver como transcorre a manhã — diz um representante dos caminhoneiros na região Norte do Estado.
Em Pelotas também diminuiu em muito a concentração de caminhoneiros à beira da estrada. O mesmo acontece em Santa Cruz do Sul e Santa Rosa, dois pontos fortes da mobilização, confirma o tenente-coronel Francisco de Paula Vargas Jr., comandante do Batalhão Rodoviário da BM. Houve registros de apedrejamento de caminhões em Camaquã e Três Cachoeiras.
— O ponto mais forte de paralisação é em Caxias do Sul, na RS-122, uma estrada estadual. Até alguns ônibus foram parados lá e tivemos de negociar sua liberação. Nos demais pontos, a greve diminuiu de intensidade — afirma o tenente-coronel.
Pouco depois das 9h, no entanto, os piquetes também foram desmontados em Caxias do Sul — e, o trânsito, liberado para todos os veículos. O chefe de Comunicação Social da PRF, inspetor André Kleinowski, diz que agora pela manhã não há bloqueio em nenhuma rodovia federal do Estado.
A realidade é que os piquetes se desmancharam, pelo menos nas principais rodovias. Muito em função da chuva, mas também em decorrência de represálias anunciadas pelo ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, para quem bloquear estradas. Em duro pronunciamento na segunda-feira, o ministro determinou que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) aplique multas de R$ 1.915 a quem obstruir as estradas. A penalização será imediata, sem adiamentos. Ele também acenou com a possibilidade de uso de tropas de choque contra o que chama de “movimento com claros objetivos políticos, sem respaldo da categoria”.
A referência de Cardozo acontece porque a greve dos caminhoneiros tem como uma das bandeiras a renúncia da presidente Dilma Rousseff e, também, porque o movimento é conduzido por autônomos, sem apoio de sindicatos ou empresas. (Fonte: Zero Hora)
Começo tímido da paralisação dos caminhoneiros
Os caminhoneiros de Santa Catarina, seguindo o movimento nacional, bloquearam trechos de rodovias no Estado nesta segunda-feira. Ao menos cinco pontos de três rodovias federais foram interditados pelos manifestantes, que protestam pedindo a saída da presidente Dilma Rousseff. Todos os caminhões estão impedidos de passar nestes locais, mas os carros e ônibus estão transitando normalmente. Na manhã desta terça-feira, trechos de Papanduva, Santa Cecília e São Francisco do Sul seguiam interditados. (Fonte: Diário Catarinense)
Pneus são incendiados na BR-280 em São Francisco do Sul, Norte de SC
Na noite de segunda-feira, manifestantes montaram uma barreira de pneus e fecharam a BR-280 em São Francisco do Sul, Norte de Santa Catarina. O protesto começou por volta das 20h30 pneus foram queimados próximo ao Canal do Linguado. Segundo os Bombeiros Voluntários, apenas veículos leves conseguiam passar pelo bloqueio, que seguiu por cerca de três horas.
Na manhã desta terça-feira, a greve dos caminhoneiros continua no trecho do km 12da BR-280. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o trajeto está interditado apenas para caminhões neste momento.
No segundo dia da greve nacional dos caminhoneiros, três pontos continuam com manifestações em rodovias federais de Santa Catarina, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Já nas estaduais, o entroncamento da BR-280 com a Serra da Dona Francisca (SC-301) possui um ponto de paralisação dos caminhoneiros. Até agora, 11 estados em todas as regiões do país aderiram à greve. (Fonte: A Notícia)
“Queremos o que foi prometido em fevereiro”, diz caminhoneiro
Por volta das 16h30min desta segunda-feira, caminhoneiros voltaram a impedir a passagem de veículos de carga na BR-101, em Três Cachoeiras. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), carro de passeio podem passar pelo km 22 e não há congestionamento.
Ainda conforme cálculo da PRF, cerca de 300 caminhões estão estacionados às margens da rodovia que leva a Santa Catarina e também dentro da cidade de Três Cachoeiras.
O grupo de caminhoneiros disse que a mobilização no local não é em prol do afastamento da presidente Dilma Rousseff, mas que eles querem que o governo federal cumpra o que prometeu durante a paralisação da categoria em fevereiro, como redução do preço do óleo diesel e uma tabela de preço mínimo para o frete.
— Não é um Fora Dilma, a gente quer ser ouvido. porque o governo assumiu um compromisso com a gente e não cumpriu. O grupo de Três Cachoeiras não é contra o governo, não é bagunça, a gente quer ser ouvido — resumiu o manifestante Felipe Rolim de Oliveira, 25 anos.
— Nós só estamos reivindicando aquilo que foi prometido para nós em fevereiro e não foi cumprido — completou.
Uruguaios parados em Pelotas consideram justas causas dos colegas brasileiros
Oliveira ainda destacou que a mobilização é pacífica e lembrou que a alta do diesel não é um problema apenas para os caminhoneiros, já que influencia diretamente a vida de suas famílias e de todos o país.
— Falam que a gente só quer aumentar o lucro. Eu também sou cidadão, eu tenho filhos. O meu transporte se tornando mais caro, eu pago mais caro o arroz que eu transporto, a carne no supermercado, consequentemente tudo aumenta. É uma questão social, tudo vai aumentando — concluiu. (Fonte: Zero Hora)
PRF escolta centenas de caminhões e esvazia greve no norte do RS
A greve dos caminhoneiros, que parou o tráfego de carga nas estradas gaúchas ao amanhecer desta segunda-feira, sofreu um duro golpe ao entardecer. Viaturas da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram de posto em posto da BR-386, no Norte gaúcho, e se ofereceram para escoltar caminhoneiros descontentes com a paralisação e desejosos de seguir viagem.
O convite foi aceito por centenas, que ligaram os motores das carretas e saíram em comboios. A fila indiana de veículos, encabeçada por carros policiais e trafegando de forma lenta, formou-se em Soledade, Tio Hugo e Carazinho, os principais pontos da paralisação no norte do Estado. Piquetes de grevistas ainda tentaram dissuadir colegas de furarem a paralisação, mas não foram atendidos.
Sob o olhar atento dos patrulheiros federais, caminhoneiros que esperavam desde a madrugada uma oportunidade para seguir pela estrada não perderam tempo. Em Soledade, os policiais da PRF tiveram uma longa conversa com as lideranças grevistas. Pelo menos 10 patrulheiros cercaram um grupo que encabeçava a paralisação e alertaram para que parassem com as ameaças aos fura-greves.
O porta-voz dos agentes da PRF, Leandro Wachholz, exibiu inclusive gravações feitas em celulares de motoristas pedindo ajuda da polícia para ir embora. E avisou:
— Vocês têm direito de fazer greve, de parar seus caminhões. Mas quem deseja ir e vir poderá fazer isso, com nossa proteção. Vai ser sem pedrada, sem ameaça. Eu estou conversando. Se não funcionar, pode um dia aparecer a tropa de choque da PRF, aí vocês vão reclamar, a conversa vai acabar — avisou o policial federal.
A adoção da escolta por parte da PRF revoltou os grevistas. Alguns gritaram para se fazer ouvir pelos policiais:
— Fosse o MST bloqueando a rodovia, vocês não iriam retirá-los.
Com a escolta da PRF, pelo menos metade das centenas de caminhões que se encontravam parados em Soledade debandou. O mesmo aconteceu no vizinho município de Tio Hugo.
Locais onde há manifestação de caminhoneiros:
– Farroupilha, na altura do km 68 da ERS-122
– Soledade, na BR-386
– Carazinho, no km 337 da BR-285, próximo ao posto de gasolina Rhriss
– Entre-Ijuís, no entroncamento da BR-285 com a ERS-344
– Pelotas, no km 66 da BR-392, liberada somente a passagem de cargas de remédios
– Santa Maria, na BR-392, próximo ao posto Buffon
– Santa Rosa, no km 168 e no km 155 da BR-472
– Mato Castelhano, no km 273 da BR-285
– Vacaria, no km 40 da BR-116
– Passo Fundo, no km 301 da BR-285
– Sarandi, no km 134 da BR-386
– Três Cachoeiras, no km 22 da BR-101
– Dom Pedrito, no km 248 da BR-293 (Fonte: Zero Hora)
Confira as rodovias com pontos de protesto nesta terça-feira no RS
Rodovias federais – Carazinho – Bloqueio parcial no Km 337 da BR-285. Os manifestantes estão parando caminhões independentemente do tipo de carga. Veículos de passeio não estão sendo afetados pelo bloqueio.
Entre Ijuís – Manifestantes fazem bloqueio parcial no Km 497 da BR-285. Veículos com cargas não perecíveis e automóveis de passeio não estão sendo impedidos de transitar na rodovia. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, não há registro de confusão no trecho.
Rodovias estaduais – Caxias do Sul – Segue o bloqueio no Km 68 da RS-122, entre Caxias do Sul e Farroupilha. De acordo com informações do Comando Rodoviário da Brigada Militar, nenhum tipo de caminhão está passando pelo bloqueio.
Santa Cruz do Sul – Caminhoneiros seguem concentrados no km 104 da RS-287, mas não há bloqueio no local. Segundo a Policia Rodoviária Federal, não há relatos de confusão no local nas últimas horas.
Carlos Barbosa – Segundo informações do 3°BRBM de Bento Gonçalves, não há mais bloqueio no Km 11 da RS-446. Por volta da 1h houve queima de pneus no trecho da rodovia.
* Levantamento foi realizado no início da manhã desta terça-feira (Fonte: Zero Hora)
Caminhoneiros repetem ações
Pela terceira vez, uma parte da categoria dos caminhoneiros do Brasil inicia movimento de protestos repetindo o que não deu certo em duas iniciativas anteriores. Além de não conseguirem o atendimento de pleitos, os movimentos já realizados prejudicaram a renda de milhares de pessoas e afetaram a distribuição de alimentos não só no país, mas também no exterior. A iniciativa atual pode levar para o mesmo caminho. A decisão de protestar pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff com parada do transporte nas estradas não faz sentido. Se essa é a principal pauta dos caminhoneiros, eles deveriam fazer protestos no centro de grandes cidades, convidar outros simpatizantes da causa e não fechar rodovias provocando perdas numa fase em que a economia enfrenta queda de 3%, com sinais de que vai cair mais 3% no ano que vem. O afastamento de um governante eleito exige provas e decisões de instâncias como a Justiça e o Congresso Nacional.
O bloqueio de rodovias, ontem, começou a gerar insegurança geral. Muita gente teme ficar sem alimentos, medicamentos e combustíveis. Mas é grande a preocupação do setor produtivo, especialmente o exportador. O momento político é delicado e o econômico, mais ainda. Por isso, os transportadores, apesar de terem força, precisam agir com mais prudência nessa mobilização. (Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti)
Temendo falta de gasolina, motoristas fazem filas em postos de Joinville
Preços acima do normal, filas e muita espera foram algumas das situações provocadas pela corrida dos motoristas de Joinville aos postos de combustível nesta segunda após a notícia de que caminhoneiros da região Norte de Santa Catarina aderiram à paralisação nacional.
A busca por garantir o tanque cheio é um reflexo da última greve da categoria, quando o combustível não chegou na cidade durante quase uma semana e postos tiveram de fechar as portas.
Durante toda a manhã e parte da tarde, grande parte dos postos de combustíveis de Joinville registrou longas filas. Alguns locais, inclusive, tiveram de interromper o abastecimento durante a tarde porque os tanques ficaram vazios com o aumento repentino do movimento.
No bairro Anita Garibaldi, um estabelecimento com a bandeira BR, o abastecimento ficou comprometido entre as 12 e 14h horas, porque foi necessário aguardar a chegada do caminhão-tanque com gasolina.
— Quando chegou, reabrimos e em questão de duas horas já constatamos que o estoque estava acabando novamente. É muita gente tentando se prevenir. Acho que a maioria dos postos está surpresa com a demanda — explicou Argino Freitas, um dos responsáveis pela unidade.
No bairro Floresta, outro posto da marca BR também exigiu paciência de quem escolheu abastecer e garantir o tanque cheio para a semana. De acordo com Maurício Asquel, proprietário do local, em menos de três horas os clientes consumiram o que estava previsto para todo o dia, exigindo um pedido de emergência de reabastecimento da unidade.
— Algumas pessoas estão chegando aqui e dizendo que já cruzaram com postos onde o combustível acabou. Em outros casos, até tinha gasolina, mas estavam cobrando R$ 4 por litro — explicou Asquel.
Esta é a terceira manifestação dos caminhoneiros neste ano em Santa Catarina. Em fevereiro, a paralisação seguiu por um mês e trouxe transtornos como desabastecime
to de combustível e perdas significativas para o setor produtivo no Oeste do Estado. Em março, uma outra movimentação, mas com escala bem menor, foi iniciado e terminou em poucos dias.
— Sinceramente, eu não acredito que a greve dos caminhoneiros vá ganhar a mesma proporção da que ocorreu no início do ano. Mas eu dependo do carro para trabalhar. Se você olhar as filas dos postos, a maioria é de carros de empresas, que não podem ficar parados, mais vale garantir — justificou o motorista Kleber Dias, que só encontrou combustível depois de passar por dois estabelecimentos.
De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados Petróleo (Sindipetro), a falta de combustível é consequência da grande movimentação de motoristas nos postos. De acordo com relatórios nacionais, as refinarias continuam enviando o combustível normalmente, por isso é pouco provável que a escassez seja resultado do bloqueio nas estradas.
— Os postos têm um limite de estocagem. Quando ocorre um salto grande assim, é natural que os proprietários sejam pegos de surpresa. É uma situação que evidentemente preocupa por causa dos bloqueios nas estradas — afirmou o presidente do Sindipetro, Reinaldo Francisco Geraldi.
Segundo ele, a corrida aos postos também ocorreu em Jaraguá do Sul, onde os combustíveis estão chegando mesmo com a greve dos caminhoneiros. (Fonte: A Notícia)
Inflação de serviços continuará elevada em 2016 com repasse de custos e menor concorrência
Os preços de serviços continuarão pressionando a inflação no próximo ano mesmo com o cenário de recessão no país, reflexo dos elevados custos, sobretudo das tarifas públicas, e das dificuldades econômicas que têm levado parte das empresas a fechar as portas, abrindo espaço para as sobreviventes repassem pelo menos parte desses custos.
As projeções de especialistas consultados pela Reuters para a alta dos preços de serviços em 2016 giram em torno de 7 por cento, sem muito alívio diante dos cerca de 8 por cento esperados para este ano, cenário que coloca mais pressão sobre o Banco Central na sua tarefa de domar os preços.
“É uma resiliência tremenda. Diante dessa realidade de custos, as empresas repassam mesmo para o preço final”, afirmou a economista-chefe da Tendências Consultoria, Alessandra Ribeiro, lembrando que houve importantes aumentos de preços em energia elétrica, transporte público, gasolina e diesel.
Para ela, os preços de serviços devem subir 8,2 por cento este ano e 7 por cento em 2016, contra 9,6 e 6,5 por cento do IPCA, respectivamente.
A inflação de serviços manteve-se acima de 8 por cento no acumulado em 12 meses durante todo este ano, ajudando a levar o IPCA, índice oficial do país, a alta de quase 10 por cento. Só em outubro, os preços de serviços subiram 0,62 por cento.
A principal vilã é a tarifa de energia elétrica, que subiu 49 por cento no ano até outubro.
A economia em contração também ajuda no repasse de preços, pelo menos no curto prazo, porque reduz a concorrência pelo fato de parte dos prestadores de serviços não conseguir sobreviver. Deste modo, os que permanecem, muitas vezes maiores e melhor estruturados, têm condições de repassar pelo menos boa parte dos custos mais elevados.
“Certas atividades conseguem manter o preço ou reajustar num nível importante porque, se você sobrevive, pega um pedaço (da demanda) daquele que faliu”, disse o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco Gonçalves, para quem a inflação de serviços será de 7,29 por cento neste ano, contra 8,48 por cento esperados para 2015.
Outro fator que tende a conter a desaceleração da alta dos preços de serviços é o salário mínimo, que deve ir a 865,50 reais em 2016 de acordo com a proposta orçamentária do governo, ante atuais 788 reais, com alta de quase 10 por cento.
“O salário mínimo sobe bem, e também é algo que impede que os preços de desacelerem mais, porque haverá mais dinheiro para gastar, evitando que a renda real caia ainda mais”, disse Alessandra, da Tendências.
Algum alívio em 2017 – Uma desaceleração mais significativa na inflação de serviços só deve se concretizar, segundo os especialistas, em 2017, quando já não se espera mais o choque dos preços de administrados visto agora e o efeito de dois anos de recessão deve ser mais forte.
Para 2015 e 2016, segundo pesquisa Focus do BC que ouve semanalmente uma centena de economistas, a projeção é de que o Produto Interno Bruto (PIB) recue 3,10 e 1,90 por cento, respectivamente.
Diante da expectativa de arrefecimento na escalada dos preços provocado pela recessão, Alessandra projeta algo em torno de 6 por cento para a inflação de serviços em 2017, ainda elevado se comparado com sua expectativa de que o avanço do IPCA desacelere a 4,7 por cento.
No Focus, a projeção para de alta do IPCA em 2017 é de 5,0 por cento. Para o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, a inflação de serviços deve ficar em 5 por cento em 2017, após um “mercado de trabalho bastante deteriorado em 2016”.
“Vamos ver, no início do ano que vem, o preço de serviços desacelerando mais rápido, mas ainda registrando níveis bastante elevados por conta dos custos”, citou ele, para quem a inflação de serviços termina 2016 a 7,6 por cento, pouco abaixo dos 8,2 por cento esperados para este ano.
Piorando sua previsão para a inflação neste ano e no próximo, o BC mudou seu discurso recentemente e afirma agora que tomará as medidas necessárias para levar a inflação ao centro da meta em 2017, depois de defender que isso aconteceria no fim de 2016. E deixou claro que, se o atual cenário fiscal se deteriorar ainda mais, pode voltar a elevar a Selic, hoje a 14,25 por cento ao ano. (Fonte: Reuters)
Mariani: concessão para duplicar a BR-470
A urgente duplicação da BR-470, fundamental para a logística de transporte do Vale do Itajaí, a economia catarinense e segurança dos motoristas, foi tema de reunião do Fórum Parlamentar Catarinense em Blumenau, na sede da Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí.
Segundo o deputado federal Mauro Mariani (PMDB), coordenador da Bancada Catarinense, o objetivo do evento foi apresentar a situação atual da obra, ouvir os representantes da região e fazer encaminhamentos no sentido de agilizar o andamento da duplicação, que caminha a passos lentos.
A urgente duplicação da BR-470, fundamental para a logística de transporte do Vale do Itajaí, a economia catarinense e segurança dos motoristas, foi tema de reunião do Fórum Parlamentar Catarinense em Blumenau, na sede da Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí.
Segundo o deputado federal Mauro Mariani (PMDB), coordenador da Bancada Catarinense, o objetivo do evento foi apresentar a situação atual da obra, ouvir os representantes da região e fazer encaminhamentos no sentido de agilizar o andamento da duplicação, que caminha a passos lentos.
Hoje, a falta de recursos para as desapropriações dos lotes 3 e 4 é o principal entrave da obra, cuja previsão de término é 2017. O superindendente do Dnit/SC, Vissilar Preto, informou que atualmente existem 250 laudos prontos para o mutirão de desapropriação. “Estamos aguardando o orçamento de 2016 para adaptarmos o cronograma. Sobre os lotes 1 e 2 as obras estão em andamento”, frisou.
Concessão é a solução – Para Mauro Mariani, diante da falta de recursos do Governo Federal, a concessão é o caminho mais curto para a duplicação da BR-470. “Temos de acelerar o processo. O leilão tá previsto para o segundo semestre de 2016, mas temos de antecipar para o primeiro”, destacou.
Reivindicação antiga – O senador Dalírio Beber lembrou que desde 1960 a BR-470 não tem melhorias significativas. “A rodovia é fundamental para o escoamento da produção do agronegócio por exemplo”, ressaltou. O presidente da Fiesc, Glauco Corte, frisou que o custo da indústria com os problemas de logística é de 14%. A federação exibiu vídeo com histórias de pessoas que sofreram perdas com as condições precárias da rodovia.
O deputado Jean Kuhlmann, que representou o presidente da Alesc, Gelson Merísio, disse que o discurso deve ser alinhado para que a duplicação vire logo realidade. “Unidos e com um encaminhamento firme podemos fazer este tempo de obra reduzir”, afirmou ele.
O evento foi marcado pela presença também do prefeito Napoleão Bernardes (PSDB), do senador Paulo Bauer (PSDB), além de deputados federais como Rogério Peninha (PMDB), Décio Lima (PT), Jorginho Mello (PR), Carmen Zanotto (PSB) e Esperidião Amim (PP). Além de deputados estaduais como Leonel Pavan (PSDB), Vicente Caropreso (PSDB) e Antônio Aguiar (PMDB). Outros prefeitos e representantes de entidades também compareceram. (Fonte: Blog do Prisco)
SP terá programa de concessões em transportes
O governo de São Paulo deverá anunciar até o fim de mês um programa de concessões na área de transportes, com licitações para serem realizadas, principalmente, em rodovias, aeroportos regionais e transporte coletivo de passageiros. “O anúncio deve ser feito nas próximas semanas, as consultas públicas podem ser abertas já neste ano e as licitações poderiam ser feitas em 2016”, afirmou Giovanni Pengue Filho, diretor da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), que participou do seminário “Concessões, Regulação e Segurança Jurídica”, realizado ontem pelo (Fonte: Valor Econômico).
Cresce pressão para que Meirelles substitua Levy
Avança no governo o processo de substituição do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, com a consequente mudança das diretrizes da política econômica. A sucessão deve ocorrer em janeiro, próximo à virada do ano, conforme fontes da coordenação política e da direção do PT, mas a troca pode ser antecipada para dezembro, se houver agravamento da crise política e econômica. (Fonte: Valor Econômico)
Ministério da Fazenda foi surpreendido com a decisão do governo de reabrir pedidos de financiamento do PSI e reduzir cortes em R$ 3 bi
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, sofreu mais um revés no ajuste fiscal. Terá de rever o corte de R$ 30,5 bilhões que havia determinado no mês passado para o limite das operações do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), administrado pelo BNDES. Por determinação da presidente Dilma Rousseff, o BNDES vai reabrir o prazo para os protocolos de pedidos de financiamentos do programa depois de negociações com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). O Ministério da Fazenda terá de devolver ao programa em torno de R$ 3 bilhões, reduzindo o corte para R$ 27,5 bilhões. (Fonte: Estadão)
Secretaria de Portos aprova dragagem emergencial do Porto de Itajaí
Devido às fortes chuvas que atingiram o Estado de Santa Catarina em outubro, a Secretaria Especial de Portos (SEP) aprovou nesta sexta-feira, 6, a dragagem emergencial para o Porto de Itajaí, cujo canal perdeu três metros de profundidade. A obra está orçada em R$ 65,18 milhões e deve ser iniciada em duas semanas.
De acordo com a SEP, com a perda de três metros no canal do Porto de Itajaí, a navegabilidade no local foi restringida. Com a dragagem emergencial, serão retirados 3,7 milhões de metros cúbicos de resíduos do fundo do canal, restabelecendo sua profundidade normal de 14 metros.
O chamamento público com as regras para que as empresas interessadas em participar do processo deem seus lances será publicado nos próximos dias no Diário Oficial da União. (Com informações do Estadão Conteúdo. Fonte: Assessoria – Extraído do portal Conexão Marítima)
Cartinha ao barba branca
Quando chega o mês de novembro – que já vai quase pelo meio – é a hora daquela incrível sensação de que a ampulheta do tempo enlouqueceu. E que um ano inteiro passou num só minuto, assim como água em cesto.
Vem tudo outra vez por aí, leitor: Natal, Réveillon, Carnaval…Assim, a curtíssimo prazo, estaremos todos tão velhos quanto Papai Noel e sua proverbial barba branca.
A esta altura do ano, antevéspera de mais um Natal, repousam sobre a escrivaninha do ilustre morador da Lapônia todos os pedidos do Mundo, especialmente o das crianças, que ainda acreditam na lenda do Bom Velhinho – crença que me esforço por manter no meu viveiro de sonhos.
O planeta já anda infestado de tantos bandidos e terroristas, tanta gente de “ficha suja”, que não custa nada acreditarmos um pouco na existência do Bem.
Admito que tem sido difícil acreditar naquela antiga efígie de Noel, com a rotunda pança e o cinto largo afivelado no umbigo de notável circunferência. Os Noéis de hoje já se rendem à ditadura do Mercado e ostentam perfis de aço, como o de um novo James Bond ou de um lutador de MMA, a Mixed Martial Arts.
Sou conservador, meu bom velhinho. Não aceito Papai Noel magro, embora não reclame se ele aparecer vestido de azul – e por um motivo muito simples: será que ele não podia fazer o milagre de manter o Avaí na Série A?
Muito me apaziguaria o espírito, meu bom Noel, se os Governos do Estado e do Município dedicassem um mínimo de carinho à Santa Catarina e à sua capital, providenciando-lhes alguns presentes pra lá de “necessários”: o novo aeroporto, a quarta ponte Ilha-Continente e, sim, não é engano ou papel carbono, a conclusão da duplicaç&a
ilde;o da BR-101! Sei que é pedir demais, mas não daria para patrocinares uma boa vassourada nas duas casas do Congresso, na Esplanada dos Ministérios e na Petrobrás? Será, meu bom Noel, que o seu generoso saco não acomodaria o dito (saco) de todos os brasileiros, obrigados a ouvir as “explicâncias” mirabolantes do deputado-finório, Eduardo Cunha? O sempre crédulo Papai Noel acredita mesmo que as contas de Cunha na Suíça sejam produto da “exportação de carne para o Congo Belga dos anos 1980”? Pobres congoleses… l l l Talvez esta seja uma cartinha de delirante pretensão – e de improvável viabilidade. Mas não conheço outro sujeito, meu caro Papai Noel, que tenha por missão nesta vida circular por aí com o próprio saco cheio – distribuindo regalos e esperanças. (Fonte: Diário Catarinense – Sérgio da Costa Ramos)
DC de Olho: Dagmara Spautz defende bandeira das rodovias para a região de Itajaí
A região de Itajaí tem um polo logístico que gera mais de 110 mil empregos diretos e indiretos e faz girar a economia de Santa Catarina. É dona do segundo maior complexo portuário do país em movimentação de contêineres e do aeroporto que mais movimenta cargas no Estado, em Navegantes. Mas tem uma dependência umbilical do bom estado do transporte terrestre. Por isso, voto na problemática das rodovias como principal bandeira a ser levantada pelo DC.
Estamos em meio ao entroncamento de duas das principais rodovias federais no Estado, a BR-101 e a BR-470, e no limite das estaduais Antônio Heil e Jorge Lacerda. Todas com problemas crônicos de segurança e fluidez. Embora o trecho local da BR-101 já esteja duplicado, a rodovia mal comporta o tráfego intenso _ e entre as estaduais, apenas a Antônio Heil está em fase de duplicação e melhorias.
A maior parte da carga que vem aos portos de Itajaí e Navegantes é de frangos congelados vindos do Oeste, que chegam à foz do Itajaí-açu após enfrentarem longos e perigosos trechos de estradas. As más condições das rodovias provocam atrasos e prejuízos à cadeia logística, sem contar o risco para quem trafega nas estradas. No fim das contas, todos perdem.
É importante ressaltar que as soluções para a melhoria das rodovias passa também pela implementação de alternativas. Temos dois projetos de ferrovias caminhando a passos lentos e com previsão de custo astronômico (a ferrovia do frango, do oeste para o litoral, e a litorânea), e uma hidrovia que ainda não saiu do papel.
Intempéries – A água que inunda o Vale provoca estragos milionários quando chega à foz do Itajaí-açu. No último mês, a correnteza forte provocou fechamento total do canal de acesso aos portos por 14 dias, e mais um longo período de operações com restrições. Um prejuízo avaliado em mais de R$ 60 milhões. O impacto à economia é apenas um viés dos estragos que as chuvas costumam trazer à região. Em 2008, quase 90% da área de Itajaí foi atingida pela enchente. Nas regiões ribeirinhas, os moradores já se acostumaram ao calvário de levantar móveis e preparar-se para os estragos a cada temporada de El Niño. Se não é possível frear a natureza, precisamos de planejamento sério. (Fonte: Diário Catarinense)
“A política hoje é feita sem pudor”
O jornalista Merval Pereira, colunista de O Globo e comentarista da Rede Globo, analisou no Conselho Estratégico da Fiesc a atual conjuntura brasileira. Ao final, respondeu a três perguntas:
Qual é, afinal, a saída para esta gravíssima crise?
Acho que a saída está difícil. O Brasil está numa crise tripla: a econômica, a política e, sobretudo, uma crise moral. Esta crise moral é que faz com que a política só atenda a questões menores, particulares. Ninguém tem mais vergonha de nada. A política hoje é feita sem nenhum pudor. Não se consegue hoje no Congresso fazer um acordo político de nível, para o futuro, de interesse nacional. Creio que muito dificilmente oCongresso dará uma solução política para a crise, porque não está interessado nisso. O Brasil fica na mão do que surgir na Lava-Jato, na Zelotes. O quadro só muda se surgir algum fato concreto contra o governo nestas investigações. Do jeito que está, com todo mundo descontente e frustrado com a atuação dos políticos, descrente da política, o país vai ficar nesta pasmaceira, nesta crise sem saída.
Você acredita na renúncia do deputado Eduardo Cunha depois de tantas provas?
Não. E este é um dos problemas. Não acredito que ele renuncie e ele vai continuar com força para continuar chantageando o governo e a oposição. É outra característica da nossa crise moral. Um sujeito como ele, com todas as provas e evidências, continua com poder imenso. Só trabalha por sua manutenção no cargo e não por um projeto maior.
O Brasil consegue resistir à sangria de Dilma até 2018?
Se a situação econômica piorar, inviabilizando o país, pode ser criado fato novo, esquentando o impeachment. Neste momento, a pasmaceira geral favorece a permanência de todos.
O açougueiro – O presidente da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha, do PMDB, continua debochando do povo brasileiro. Vem agora com esta história de que sua riqueza, oriunda de propinas, veio da venda de carne. Josias de Souza deu-lhe a melhor definição: “Ser cego e surdo não é mais o bastante. Eduardo Cunha pede aos brasileiros que sejam também imbecis.” (Fonte: Diário Catarinense – Moacir Pereira)
Planalto se mobiliza por repatriação de recursos do Exterior
Forma de ampliar a arrecadação e legalizar a situação de milhares brasileiros com dinheiro fora do país ou uma porta para lavagem de dinheiro? Preocupado com o déficit em suas contas, o governo Dilma Rousseff tenta, nesta terça-feira, mais uma vez, aprovar na Câmara o projeto que regulariza e permite a repatriação de recursos de origem lícita mantidos no Exterior, sem a devida declaração à Receita Federal.
— O governo não quer nenhum risco que possa caracterizar qualquer ilegalidade — destacou o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva.
Depois de sofrer com adiamentos, o Planalto mobiliza ministros e líderes para conseguir votar a proposta, que suscita discórdia dentro da própria base, em especial após as alterações que o relator Manoel Junior (PMDB-PB) fez no texto.
De autoria do governo, o projeto original previa que, para regularizar o patrimônio fora do Brasil, seria cobrado 35% sobre o valor declarado, sendo 17,5% de multa e 17,5% de Imposto de Renda (IR). Junior reduziu para 30% – 15% de multa e 15% de IR. Junto, ampliou a lista de crimes que serão anistiados, entre os quais sonegação fiscal, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e descaminho.
Chegou-se a discutir a inclusão de formação de quadrilha e caixa 2, o que gerou críticas ao projeto, que seria feito sob medida para que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e outros envolvidos na Lava-Jato regularizem valor não declarado. Governistas negam e defendem a aprovação.
— Barrar o projeto é uma desculpa para quem não quer que o dinheiro dos graúdos volte com pagamento de impostos. Não falamos de dinheiro de corrupção. Só será repatriado dinheiro limpo — diz o deputado Elvino Bohn Gass (PT-RS).
A opinião é contraposta na oposição. Osmar Terra (PMDB-RS) critica o fato de o proprietário dos bens precisar apenas informar à Receita se a fonte do recurso é lícita, bem como um trecho do projeto que impede investigações baseadas apenas nessa declaração ao Fisco.
— É lógico que o dono do dinheiro vai declarar que a fonte é lícita. Na prática, não precisa comprovar nada, vai permitir que doleiro, contrabandista, corrupto traga dinheiro de volta pagando 30% de multa e imposto — afirma Terra.
Professor de Direito Penal Econômico da PUCRS, Luciano Feldens reconhece que a legislação deixa brecha sobre como atestar a origem do patrimônio e como definir quem será ou não investigado.
— Pode gerar uma celeuma se o Ministério Público resolver desconfiar de determinado contribuinte, em virtude de seu histórico. É possível investigar, porém a declaração à Receita não serve como prova exclusiva no processo — acrescenta Feldens.
O criminalista classifica o projeto como “equilibrado” e destaca que é importante para o país saber com precisão o total de ativos que seus cidadãos têm no Exterior. Na área econômica do governo, projeções indicam que há US$ 370 bilhões de brasileiros no Exterior legalizados e outros US$ 400 bilhões não declarados.
Professor da FGV Direito Rio, o tributarista Marcos Catão explica que o Brasil segue uma tendência observada em outros países, como Itália, França, Espanha e EUA, que realizaram nos últimos anos programas de repatriação.
— Há um grande movimento no mundo de combate à evasão e à lavagem, com a cooperação entre países. Está muito difícil manter dinheiro oculto no Exterior. Muitos brasileiros vão ser descortinados — alerta.
Catão considera a possibilidade de se arrecadar “duas CPMF” com a medida – o governo projeta conseguir R$ 32 bilhões com a recriação do imposto.
R$ 400 bilhões é a estimativa do valor não declarado à Receita e depositado por brasileiros no Exterior – O que consta no projeto de autoria do governo
– Brasileiros ou estrangeiros residentes no país poderão regularizar patrimônio com origem lícita no Exterior que não foi declarado.
– Para regularizar o patrimônio, será cobrado 15% de Imposto de Renda e 15% de multa. Ao todo, o pagamento será de 30% do valor declarado à Receita Federal.
– A regularização se aplica a diferentes ativos, como contas bancárias, cotas de fundos de investimento, pensões, empréstimos, ações de empresas, imóveis, veículos, joias, obras de arte etc.
– Quem regularizar o patrimônio fica anistiado de diferentes crimes: sonegação fiscal, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, descaminho, crime contra ordem tributária, sonegação de contribuição previdenciária e uma série de falsidades.
– Os crimes serão anistiados desde que não haja decisão final da Justiça contra o declarante.
– Se aprovado na Câmara, o projeto precisa passar pelo Senado e, após, ser sancionado pela presidente Dilma Rousseff. (Fonte: Zero Hora)
Ricardo Dias: Tapa-buraco
O Deinfra iniciou uma operação tapa-buracos nas rodovias do Sul, começando pela SC-390, entre Orleans e Lauro Müller. Com o tempo firme, o trabalho deve seguir pelos trechos mais críticos. Ainda esta semana, a SDR conhece a empresa que vai executar os novos trabalhos, já que o serviço é de responsabilidade da secretaria.
Via Rápida só pra 2017 – A conclusão da Via Rápida em Criciúma, que ligará a cidade com a BR-101, deve acontecer só em julho de 2017. O Secretário de Desenvolvimento Regional, João Fabris, disse que os trabalhos vão atrasar um ano em relação ao prazo de entrega previsto. A falta de pagamento para fazer as desapropriações atrapalhou o andamento da obra. Ontem, o presidente do Deinfra, Wanderley Agostini, visitou parte do trecho onde a rodovia vai passar.
Produção de melancia preocupa – A chuva acima da média nas últimas semanas compromete a produção na cidade de Jaguaruna, considera a maior produtora de melancia do Estado. A produção na região deve atrasar mais 15 dias em relação ao período das safras anteriores. Estima-se até agora um prejuízo de 20%. (Fonte: Diário Catarinense)
Em dia sem chuva, Deinfra repara buracos na Rodovia do Arroz
Não se engane. O asfalto em boas condições e a sinalização perfeita em quase toda a extensão da SC-108, a Rodovia do Arroz, entre Joinville e a BR-280, em Guaramirim, escondem um perigo para quem não conhece a estrada: há pelo menos cinco pontos com buracos de até meio metro de diâmetro, que podem furar os pneus ou até destruir parte da suspensão do veículo.
A preocupação é maior porque, à noite ou em dias de chuva fina, fica praticamente impossível desviar deles. A previsão da Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) é começar uma operação tapa-buracos na segunda quinzena de novembro. Uma licitação já foi feita para o trabalho de recuperação do asfalto e da sinalização da rodovia.
Enquanto isso, os moradores da estrada taparam alguns buracos com terra e cimento.
Depois de ver vários carros parados no acostamento após de cair nessas “panelas”, a motorista Angela Janning resolveu fazer um alerta. Ela passa na rodovia todos os dias, de manhã e de tarde.– Há seis anos, quando a rodovia recém estava sendo inaugurada, eu comecei a trabalhar em Guaramirim. Passo nela todos os dias. Tem épocas que acontecem acidentes muito graves. E agora, sem manutenção, os buracos estão aparecendo e causando problemas sérios para quem passa neles – diz a motorista, lembrando que o trânsito deve aumentar ainda mais nos próximos dias, por causa da Schützenfest, que começa nesta quinta-feira.
Nesta segunda-feira (9), o Deinfra fechou alguns buracos com asfalto frio para amenizar o problema. (Fonte: A Notícia)
Pancho: Reunião com portas fechadas mantém mistério sobre futuro do transporte público de Blumenau
O ob
curo nevoeiro que envolve o consórcio Siga — responsável pelo transporte público de Blumenau — e, em especial, a Empresa Nossa Senhora da Glória nos últimos anos, parece ser tão denso que acabou envolvendo também o próprio processo de intervenção, decretado no domingo pela prefeitura de Blumenau.
Reuniões com portas fechadas foram frequentes nesta segunda-feira e pouco ainda se sabe sobre a estratégia da prefeitura para elucidar os problemas que provocam o péssimo serviço de transporte oferecido à população.
A intervenção no Siga e na Glória foi a medida extrema encontrada pelo poder público municipal para tentar acabar com a sequência de paralisações por parte dos funcionários que não recebem em dias os seus direitos.
Diz um dos sócios da Glória que a empresa acumula prejuízo de mais de R$ 100 milhões. O que os usuários do sistema e os funcionários do consórcio precisam agora é de segurança. E segurança se obtém com informação. Que venha o quanto antes. (Fonte: Diário Catarinense)
Politização
Há reações contrárias ao movimento de paralisação dos caminhoneiros dentro da própria categoria.
Lideranças envolvidas na greve de fevereiro deste ano, que deixou o governo em maus lençóis, demonstram contrariedade devido à conotação política.
Consideram que a pauta não evidencia reivindicações da classe, em que a prioridade é o impeachment da presidente Dilma.
O governo montou um grupo de ministros para negociar temeroso com o
desabastecimento. Não dá para negar que a presidente Dilma sancionou sem vetos a lei dos Caminhoneiros, mas algumas medidas ainda estão penduradas.
Esse movimento, embora na contramão da unanimidade interna, não deixa de ser um alerta para os governantes de que o limite da tolerância já foi inclusive ultrapassado. Não dá mais para suportar apenas obrigações ficando com o governo a exclusividade dos direitos. Coluna Paulo Alceu/Notícias do Dia
Debate
Ocorre debate um ocorre hoje, na Assembleia Legislativa um encontro do grupo de trabalho, formado por parlamentare empresários e representantes de entidades, visando construir alternativas e soluções para as propostasde concessõesdas rodoviasfederais que cortamo Estado. A deputada Luciane Carminatti, que propôs esse debate, disse que “a grande preocupação neste momento é propor ajustes que de fato contribuam para o desenvolvimento econômico do nosso estado, beneficiando a população e o setor produtivo, garantindo que investimentos e a arrecadação permaneça em Santa Catarina, afirmou a parlamentar do PT. Coluna Paulo Alceu/Notícias do Dia.
Para ajudar, não aparece ninguém
Duas anotações sobre a paralisação de grupos de caminhoneiros: o movimento prioriza a pauta política; por causa disso, não tem liderança definida nem disposição ao diálogo. Sendo
apenas uma articulação política, organizada por empresários do setor, não tem legitimidade e não encontra respaldo da maior parte da categoria.
Até ontem à tarde, havia interdições pontuais em estradas, de forma bem diferente do que houve no início do ano, quando as questões específicas estavam em primeiro plano.
Com a economia do país se arrastando, só mesmo gente interessada em agravar o caos pode estar envolvida nessa movimentação parcial de caminhoneiros. O Brasil precisa resolver justamente a crise política para que a economia volte aos trilhos.
E o problema maior não está no Planalto, mas no congresso Nacional, onde as medidas necessárias ao ajuste fiscal continuam travadas por causa de parlamentares que apostam no quanto pior, melhor.
Precisamos de soluções, não de situações que agravam ainda mais a complexidade institucional, com reflexos na política e na economia. Fonte: Coluna Carlos Damião/Notícias do Dia