Clipping Imprensa – Caminhoneiros usam substâncias ilícitas para se manter acordados

Clipping Imprensa – Caminhoneiros usam substâncias ilícitas para se manter acordados

Florianópolis, 25.9.15 – Um caminhoneiro vai de São Paulo a Fortaleza, de Fortaleza a Natal, de Natal a Salvador, de Salvador a São Paulo e de São Paulo a Santa Catarina. Quase 15 dias sem dormir, mais de 7 mil quilômetros sem tirar um simples cochilo.
Colando um frete no outro, ele passou por cinco Estados praticamente cruzando o Brasil de ponta a ponta. Mas como ele fez para ficar tanto tempo acordado?
– Tu usa o rebite ou tu usa droga. Eu prefiro rebite – revela.
Rebite é o apelido de um comprimido usado para emagrecer. Ele tem anfetamina na sua fórmula, substância que tira o sono. E é por causa desse efeito que virou a pílula dos caminhoneiros que precisam rodar mais para faturar mais.

Venda proibida há quatro anos – Há quatro anos, a venda do rebite foi proibida. Desde então, para tomar, só comprando contrabandeado e a um preço muito mais alto. Mas não é a escassez da substância que faz eles pararem para dormir. Caminhoneiros têm apelado para drogas ainda mais pesadas, como cocaína e crack. É o que revelaram os motoristas encontrados nas estradas de SC. Nenhum quis se identificar.
Num posto da BR-101 em Palhoça, na Grande Florianópolis, a reportagem encontrou um caminhoneiro que usou várias drogas simultaneamente, pegando a estrada sem condições de dirigir.
– Quando você fuma (crack), tem visão de pessoas que vem te pegar. Nessa visão, tu sai dali a mil, perde a noção de tempo e espaço.
O caminhão na estrada significa mais lucro. Por isso, os caminhoneiros tentam justificar o uso de drogas dizendo que sofrem pressão das empresas. Para tentar controlar essa situação, foi criada em 2012 uma lei para limitar o tempo dos motoristas nas estradas. Mas em março deste ano, uma nova lei permitiu ao motorista dirigir até 12 horas por dia; o pagamento por comissão e o fim do pagamento do tempo de espera, no período parado para descarregar a carga.

Controle da jornada de trabalho – A Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística de Santa Catarina (Fetrancesc) diz que as empresas têm se organizado para fazer o controle das jornadas e alega que a maioria dos caminhoneiros usuários de drogas são autônomos.
– Tem o motorista profissional que atende as empresas e tem o motorista autônomo. Estes andam porque tem que pagar a prestação do caminhão e sustentar a família. No momento que isso vai para a estrada, foge do controle de todos nós. E aí são as autoridades que devem ter responsabilidade de fazer esse controle – ressalta Pedro Lopes, presidente da Fetrancesc.
A PRF rebate.
– A responsabilidade é de todos. Hoje nós não conseguimos fiscalizar, não conseguimos punir. Quando um caminhoneiro dirigindo sobre o efeito de droga causa um acidente e envolve a tua família esse problema te atinge – alerta o inspetor Luiz Graziano. (Fonte: Diário Catarinense – Pedro Rockenbach)

Dilma e a busca por uma base

O catarinense Vinícius Lummertz, presidente da Embratur, recebeu do ministro Henrique Eduardo Alves, em encontro ontem, a informação de que ele permanecerá na esplanada e que o ministério do turismo não será extinto ou fundido com outra pasta. Mais do que uma boa notícia para o setor econômico que injeta bilhões de reais na economia, mesmo em tempos de dólar na casa dos R$ 2,45, e a garantia de que Lummertz permanecerá à frente da poderosa empresa responsável pela divulgação do país, o fato dá a ideia de que a necessária reforma administrativa que a presidente Dilma Rousseff tem que fazer, o enxugamento da máquina e o corte de cargos comissionados, no mínimo para dar o exemplo à nação, ainda não saiu totalmente do forno.
O adiamento, mais uma vez, do anúncio da reforma administrativa atrapalha tanto Dilma quanto o país, e isso não deve ser tolerado por conta da birrinha do PMDB, que quer mais espaço nos ministérios e não abre mão de nada. O reflexo imediato na sociedade é o de que o governo federal não faz a sua parte no corte de gastos, coisa que qualquer família está cansada de exercitar. O pior quadro vem justamente da economia, castigada pela intempérie da falta de uma posição mais firme do palácio do planalto, que cedeu à pressão dos aliados, embora não se possa ignorar que foi uma vitória do governo convencer deputados e senadores de que manter os vetos de Dilma à tal pauta-bomba, aprovada por eles mesmos, era necessário para não quebrar o país.
Os problemas são tão crônicos, que o desfile de empresários e de entidades pelo ajuste nos rumos econômicos tornou-se evidente, nos últimos dias, em Brasília. Pedro Lopes, presidente da Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística de Santa Catarina (Fetrancesc), é um dos tantos que não sai mais da capital federal: ora advoga para impedir que sejam feitos os cortes no Sistema S, que afetariam programas sociais desenvolvidos pelo Sest e Senat (além de Sesi, Senai e Sesc), ora, junto com o grupo paritário de trabalho, criado pela ANTT, entrega ao coordenador do Fórum Parlamentar Catarinense, deputado Mauro Mariani (PMDB), a proposta de duplicação da BR-116, de Curitiba à divisa de Santa Catarina com o rio Grande do Sul. Afinal, o Brasil não pode depender da letargia de um governo lento e enfraquecido. (Fonte: Notícias do Dia – Roberto Azevedo)

União

Durante a reunião do Fórum Parlamentar Catarinense, ontem, em Brasília, o senador Dalírio Beber pediu que a bancada do PSDB de Santa Catarina defendesse o Sistema S, ameaçado pelo governo federal com um corte de 30% dos recursos. “Essas importantes instituições, que garantem o desenvolvimento, principalmente no nosso modelo de economia, que deve muito à qualificação de mão de obra, que é oferecida através do Sistema S”, destacou o senador tucano, aproveitando também a presença do diretor Jurídico da Fiesc, Carlos José Kurtz, que fez uma explanação aos parlamentares sobre as consequências desses cortes. (Fonte: Notícias do Dia – A Vida Segue/Paulo Alceu)

Câmbio pressionado amplia crise no país

As variações do dólar dos últimos dias, resultantes da crise política do governo Dilma Rousseff, agravam o cenário de incertezas na economia. A comunicação do Banco Central de que poderá usar as reservas amenizou os temores ontem, mas como o desequilíbrio fiscal continua e o governo não tem adotado medidas concretas para reduzir os gastos públicos, querendo transferir tudo para o contribuinte, os problemas continuam. Além disso, pesa a dúvida se a presidente continuará no cargo ou sofrerá impeachment caso surjam provas contra ela na Operação Lava-Jato. A inflação é o principal efeito negativo do dólar alto. Afeta toda a economia, mas prejudica mais os pobres. Embora a transferência aos preços seja gradual e possa demorar até um ano, alguns danos afetam cadeias produtivas do Estado imediatamente. Uma das atingidas é a do agronegócio, que já registra alta de 26% no milho e de 40% no farelo de soja em função do câmbio. Indústrias que usam insumos externos sentem a pressão logo. Há o temor da alta dos combustíveis e outros insumos cotados em dólar. Entre os efeitos positivos estão o impulso às exportações, o que não ocorre de uma hora para outra, e a vinda de turistas do exterior. Apesar disso, o cenário indica que é preciso cautela nas decisões econômicas. (Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti)

Acomodação ministerial

A anunciada reforma ministerial encaminha-se para mais um processo constrangedor de acomodação de políticos aliados, com o objetivo escancarado de evitar o avanço de um eventual processo de impeachment. As mudanças, que a presidente Dilma Rousseff demorou a acatar apesar dos apelos de diferentes setores da sociedade, derivam agora mais para um episódio de clientelismo político, com prejuízos para a nação. Particularmente em situações graves como as registradas hoje, era de se esperar que o Planalto não continuasse dependendo de canetaços na tentativa de assegurar governabilidade. O apoio deveria ocorrer naturalmente se o país contasse com partidos baseados mais em programas do que em interesses pessoais.
A simples tentativa do governo de definir um rumo para o país, feito que o PT até agora não conseguiu, significa algum alento para os brasileiros, frustrados pela deterioração acelerada da política e da economia. Preocupada, ao mesmo tempo, em barrar a aprovação das chamadas pautas-bomba, as tentativas de afastá-la do cargo e em dar um rumo para o país, a presidente pelo menos demonstrou alguma capacidade de reação.
O país precisa de condução firme, no momento em que as crises política e econômica se interligam, uma agravando a outra, com prejuízos inquietantes para os brasileiros. É lamentável que, sem credibilidade e desgastado pela deterioração acelerada da economia, o governo se veja refém de velhos vícios da política para agir. As mudanças ministeriais deixam isso evidente, com a indicação de políticos nem sempre incluídos entre os mais competentes para gerir as pastas para as quais são designados. (Fonte: Diário Catarinense – Editorial)

Não à volta da CPMF, por Paulo Bornhausen*

Uma velha expressão diz que, no Brasil, até o passado é incerto. Nada mais atual. Em 2007, liderei no Congresso o movimento que sepultou a CPMF. Ou era para ter sepultado. Ela tentou voltar em 2010 e o Brasil se opôs de novo.
Mas a CPMF persiste, reluta e não morre. Esta semana, desembarcou mais uma vez no Congresso, reencarnada no desespero de uma governante com sua incapacidade de governar. Confrontada com a absoluta inépcia em gerir o dinheiro que arrecada, Dilma veio reeditar o passado para dizer que você contribui pouco e deve pagar mais.
A CPMF pesa sobre os mais pobres, é um imposto cumulativo e faz sofrer mais quem tem menos. No auge de sua inépcia, o governo que criou os problemas fiscais do Brasil diz agora que só irá resolvê-los se tomar dinheiro de quem mais precisa. Não vai adiantar argumentar contra a surrada fórmula de subir imposto. Não adianta mostrar que nossa carga tributária já é das mais perversas do mundo, nem que o país patina na lanterna dos rankings que avaliam ambiente de negócios ou competitividade.
Contra a sanha arrecadatória deste governo, não serve mostrar que o aumento de tributos não levou o país a melhorar a educação ou a saúde. Muito menos tentar explicar que o caminho correto é justamente o inverso: reduzir tributos, criando um ciclo de crescimento e prosperidade, que por sua vez levaria o próprio governo a ter mais condições e recursos para investir.
Infelizmente, não vai adiantar usar a razão para impedir que o governo assalte o seu bolso porque chegamos ao estágio da irracionalidade. Viramos um sanatório geral em que a corrupção e a má gestão pública precisam drenar cada vez mais dinheiro dos cidadãos.
Contra isso, só há uma solução – e ela não está apenas no Congresso. Nosso esforço em 2007 deu resultado porque a sociedade se mobilizou. Ao derrubar a CPMF, os brasileiros entenderam que baixar imposto não quebra o país. Agora, resistiremos até o fim a essa balela de que aumentar tributos vai salvar este governo. Enquanto o aumento de impostos seguir assombrando o Brasil, só haverá um antídoto: a mobilização permanente.
Presidente do PSB-SC (Fonte: Diário Catarinense – Artigos)

BR-163

O trecho da BR-163 de São Miguel do Oeste a Dionísio Cerqueira, no Extremo-Oeste, com cerca de 60 quilômetros, é mais uma das centenas de obras federais paralisadas. Era para estar pronta em maio de 2015, mas está abandonada há um ano. A empreiteira tem R$ 50 milhões a receber. O trecho dos alargamentos está virando mato. Vários acidentes já ocorreram. O elevado de acesso a São José do Cedro é um amontoado de pedras. Ninguém se preocupa. Nem a imprensa nem governador e nem os deputados do PT que se elegeram com os votos da região. Olmiro Wendpap
Contador – São José do Cedro (Fonte: Diário Catarinense – Diário do Leitor)

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