Clipping Imprensa – Catarinenses sugerem mudanças em base curricular

Clipping Imprensa – Catarinenses sugerem mudanças em base curricular

Florianópolis, 20.7.16 – Cerca de 300 educadores e estudantes se reuniram ontem na Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), em Florianópolis, para discutir a Base Nacional Curricular Comum, uma agenda nacional que pretende padronizar o conteúdo do ensino básico no país. A ideia do seminário, que vai até quarta- feira, é coletar sugestões para formar o documento.
O MEC já recebeu mais de 1 milhão de contribuições de pesquisadores, professores e estudantes de todo o país. O ministro da Educação, José Mendonça Bezerra Filho, participou do evento e ressaltou a importância da agenda.
– O Brasil é um país enorme e não podemos ter a visão centralizadora de Brasília comandar a discussão de um tema tão significativo como este, de forma que Estados e municípios não pudessem participar – afirmou o Ministro.
Os seminários estaduais vão até 5 de agosto. Depois, os Estados enviarão um relatório para o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e para a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, que, até o final de agosto, vão consolidar e enviar para o MEC. O Ministério, por sua vez, vai gerar uma terceira versão e enviar ao Conselho Nacional de Educação (CNE).

Um currículo para todos – A base comum vem sendo discutida desde 2015 no MEC. A importância da discussão é reduzir desigualdades. Também servirá como escopo para cursos de pedagogia e licenciaturas.
Brenno Aguiar, de 18 anos, aluno do Instituto Estadual de Educação (IEE), na capital, estava presente no seminário para debater a proposta.
– Há diferenças curriculares até mesmo dentro de uma só escola. Eu, que faço ensino integral, tenho um currículo diferente da minha colega que frequenta o convencional – diz o estudante.
Com a base comum, serão cumpridas algumas metas do Plano Nacional de Educação (PNE 2014-2024). Outros países, como Estados Unidos, Austrália (2008) e Argentina (2004) passaram pelo mesmo processo. (Fonte: Diário Catarinense – Larissa Linder)

Movimento SC pela Educação pode inspirar outros estados, diz ministro

Um dos compromissos do ministro José Mendonça Bezerra Filho, ontem, em Florianópolis, foi conhecer o Movimento SC pela Educação. Após participar da abertura de evento que discutiu a Base Nacional Comum Curricular na sede da Federação das Indústrias do Estado (Fiesc), ele teve reunião com líderes do programa e participou de almoço com a presença do governador Raimundo Colombo e lideranças do setor. O titular do Ministério da Educação foi informado pelo presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, que do início do movimento, em 2012, até agora, o número de trabalhadores da indústria com ensino fundamental completo subiu de 48% para 55% e que o Estado de Rondônia está adotando modelo semelhante. O ministro elogiou a iniciativa e disse que pode ser referência para outros Estados, com as devidas adaptações.
– Não há nenhuma nação do mundo que tenha atingido desenvolvimento avançado sem educação, trabalho e foco – afirmou Mendonça Filho, num alerta sobre a importância de evoluir na qualidade do ensino para acompanhar os principais competidores do Brasil no mundo.
O ministro afirmou ainda que se pudesse escolher uma referência positiva para reproduzir no Brasil, seria Santa Catarina, um Estado com base industrial muito sólida e com uma das distribuições de renda mais equilibradas.
Na explanação sobre o movimento, Côrte citou outros avanços como o fato de envolver quase 40% dos mais de 800 mil trabalhadores da indústria. O desafio, agora, é incluir as pequenas indústrias. A adesão ao movimento das federações do Comércio, Agricultura e Transportes (todo o sistema S), além da Secretaria de Estado da Educação e outras instituições também começa a dar resultados positivos.
Igual à OCDE – Quando se fala em qualidade do ensino fundamental para o país ser mais competitivo no mundo, a referência é a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O secretário de Educação, Eduardo Deschamps, na reunião com o ministro José Mendonça Filho, disse que SC teve uma queda na nota do Ideb em função da aprovação automática, mas destacou avanço nas séries iniciais, em que estudantes de SC atingiram nota 6, a mesma média da OCDE.

Mais estrangeiros – A companhia aérea Avianca, com apoio da Embratur, lançou ontem um programa de passagens promocionais para turistas da Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Peru, México e Estados Unidos virem ao Brasil. Compras até 29 de julho pagam só 30% do valor dos bilhetes. Eles poderão comprar passagens para o Rio e 11 destinos do Brasil, incluindo Florianópolis. O acordo foi assinado pelo presidente da Embratur, Vinícius Lummertz (E), e Ian Gillespie (D), diretor de Vendas Internacional da Avianca Brasil. Essa extensão para as 11 cidades requer apenas o pagamento de mais US$ 60. Nesse caso é preciso solicitar o sistema turístico ad on, da Avianca. (Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti)

Mau tempo impacta resultados

Os nevoeiros de inverno provocaram o cancelamento de 174 voos no aeroporto de Navegantes entre o mês de junho e a primeira semana de julho. Ao todo, 86 pousos e 88 decolagens precisaram ser suspensos devido às condições climáticas, o que interfere na rotina dos passageiros (muitas vezes direcionados a outros terminais) e nos números do aeroporto.
É provável que os nevoeiros tenham sido a causa da redução de 8% na movimentação do terminal em junho, em relação ao mesmo período do ano passado. Foram 101 mil passageiros, contra 110 mil em junho de 2015. É a primeira vez no ano que Navegantes termina o mês com movimentação menor que a do ano anterior.
Apesar disso, o acumulado do ano ainda é 6% maior do que do mesmo período em 2015.
Minimizar os problemas com fechamentos em Navegantes passa pelo investimento em novos equipamentos. Em abril, o então coordenador-geral de Gestão da Navegação Aérea Civil da Secretaria de Aviação da Presidência da República, Max Dias, disse que o órgão estudava a implantação de instrumentos de precisão para orientação de voos em Navegantes. Uma das possibilidades era o sistema de pouso por instrumentos (ILS), de pousos orientados por satélites, que melhoram as condições de acessibilidade. Após a mudança de governo, entretanto, o assunto não voltou à tona. Em Joinville, que recebeu o ILS em 2014, o equipamento chegou a melhorar a eficiência do aeroporto em 69% nos dois primeiros meses de uso. (Fonte: Diário Catarinense – Dagmara Spautz)

Sem Zona Azul

No próximo dia 1o, se completam três anos da suspensão do serviço de estacionamento rotativo. A atual administração até chegou a fazer uma licitação em 2013, mas acabou cancelando. Somente no ano passado, após o Plano de Mobilidade apontar a necessidade, que o tema foi retomado. A Câmara recebeu o projeto do rotativo em setembro e o aprovou em janeiro de 2016. Novas instruções do Tribunal de Contas do Estado sobre concessões à iniciativa privada são as alegações da vez para novo atraso: neste momento, a prefeitura estuda o que fazer em relação às novas exigências. (Fonte: Diário Catarinense – Jefferson Saavedra)

Base curricular comum, por Eduardo Deschamps*

O filósofo Sêneca já dizia que “não há vento favorável para quem não sabe para onde deseja ir”. Ao longo dos anos houve muita resistência à implementação de uma base nacional curricular comum, a BNCC, no Brasil. Uma base comum consiste no conjunto de competências, habilidades e conteúdos essenciais que todos os brasileiros de norte a sul do país devem aprender no Ensino Fundamental e Médio, incluindo também a Educação Infantil.
Felizmente, desde 2014, o Ministério da Educação e as secretarias estaduais e municipais de Educação vêm trabalhando na sua elaboração. Depois de uma primeira versão, o MEC apresentou, em maio deste ano, a versão dois da BNCC. Mais enxuta e focada, a nova versão sofreu muitas melhorias, em especial na área de história e Educação Infantil. Porém, ainda carece de mais avanços. Discute-se, em especial, melhorias nas etapas de alfabetização e no Ensino Médio, além de uma melhor definição de seus objetivos gerais, da sua coerência e do seu tamanho, que influenciará no tempo a ser despendido em sala de aula para cada conteúdo.
Desta forma, o Conselho de Secretários Estaduais de Educação (Consed) e a União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) estão realizando em todos os Estados brasileiros seminários de análise e proposição de mudanças com a participação de educadores, especialistas, estudantes e representantes da sociedade.
Santa Catarina recebe o seminário ontem e hoje, no qual mais de 350 participantes elaboram as sugestões catarinenses que serão incorporadas a um documento a ser encaminhado ao MEC. As contribuições servirão de base para a elaboração da versão final da BNCC, que passará pela análise e aprovação final do Conselho Nacional de Educação.
O momento é histórico, pois ainda que sozinha a BNCC não resolva os problemas que nosso sistema educacional enfrenta, ela serve de farol para orientar os melhores caminhos a serem seguidos em sala de aula pelos professores para alcançar uma educação com mais equidade e que garanta que nossos estudantes aprendam aquilo que efetivamente lhes garantirá uma formação mais sintonizada com o século 21.
*Secretário da Educação de Santa Catarina e presidente do Conselho dos Secretários de Estado da Educação (Consed) (Fonte: Diário Catarinense – Artigos)

FMI prevê volta de expansão do PIB brasileiro em 2017

Ainda mais ancorado em expectativas do que em indicadores de atividade real, o Fundo Monetário Internacional (FMI), pela primeira vez em quatro anos, revisou para melhor as expectativas para o Brasil. Relatório divulgado ontem pela instituição passou a projetar retração de 3,3% no Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2016, ante perspectiva de queda de 3,8% no último documento, publicado em abril. O cenário também avançou para 2017. O Fundo espera agora alta de 0,5% na economia brasileira no próximo ano. No documento anterior, a previsão era de estabilidade.
As razões apontadas pela instituição para ficar menos pessimista são, principalmente, a recuperação de indicadores de confiança de consumidores e empresários, além da percepção de que a retração do PIB no primeiro trimestre foi menos intensa do que se imaginava. Mesmo assim, o FMI alerta que “as incertezas políticas permanecem”, o que não dá garantias de que as projeções se confirmem.
A sutil melhora das estimativas da entidade vai ao encontro do Boletim Focus, do Banco Central. Os analistas financeiros consultados na pesquisa suavizam há três semanas seguidas a previsão de recuo do PIB em 2016. Agora, a expectativa está em 3,25%.
Embora o FMI ainda tenha dúvidas sobre o desfecho da crise política, para o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, a volta de uma percepção mais otimista tem na raiz a troca do comando no Planalto.
– Dólar em queda e bolsa em alta também são sinais de crescimento da confiança. Com a expectativa de que a crise vai durar menos, as pessoas voltam a consumir, e o empresário começa a pensar em investir – diz Vale.

Ritmo menor da inflação tem um efeito benéfico – Vale aponta que alguns indicadores de atividade, embora ainda incipientes, começam a apresentar sinais de recuperação. Um é o da produção industrial, que não cai há três meses e pode mostrar número animador em junho, avalia o economista. Outro dado alentador, acrescenta, é a venda de papelão ondulado, considerado um termômetro por ser utilizado em embalagem de produtos industriais. Em junho, subiu 1,5% sobre maio e 3,4% ante o mesmo mês do ano passado.
De acordo com a economista-chefe da Rosenberg Associados, Thaís Marzola Zara, a desaceleração inflacionária é outro fator que ajuda na retomada da confiança e pode trazer impacto positivo na economia real.
– A queda da inflação melhora a renda disponível e tem efeito benéfico sobre as expectativas – observa a economista, que também aponta o fator político como essencial para a recuperação.
Os movimentos do mercado financeiro, que costumam antecipar as mudanças de cenário na economia que passam a ser palpáveis apenas em um prazo mais longo, também são sinais de uma melhor percepção dos estrangeiros em relação ao país, avalia Thaís. Mesmo assim, a aposta da Rosenberg é de uma recuperação lenta.
Apesar da melhora momentânea das expectativas, o governo federal ainda tem algumas tarefas árduas pela frente para reencontrar o equilíbrio fiscal, apontam os economistas. Dois importantes testes serão a aprovação da proposta que limita o crescimento dos gastos à variação da inflação e o encaminhamento de uma reforma da Previdência. (Fonte: Diário Catarinense – Caio Cigana)

O calendário Maia

A Câmara voltará do recesso, em agosto, com a renegociação da dívida dos Estados com a Un
ão como prioridade. Aprovadas cinco medidas provisórias, será o primeiro projeto levado ao plenário. O acordo deve ser votado na segunda ou terceira semana do mês. A previsão saiu da reunião entre o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e líderes da base do governo Temer. Depois da dívida, virão dois projetos, o que muda a legislação dos fundos de pensão e o que desobriga a Petrobras de participar dos leilões do pré-sal. Se aprovar as três propostas em agosto, Maia estará satisfeito. Em seu mandato tampão, ele quer passar a imagem de uma Câmara ativa, algo difícil com eleições municipais em outubro. Em troca da presença dos colegas, Maia não deve chamar votações na segunda quinzena de setembro. Sobre a cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ele só pautará o caso com, pelo menos, 400 dos 513 deputados na Casa. O ex-presidente tentará esvaziar o plenário. (Fonte: Diário Catarinense – Carolina Bahia)

A importância da pequena indústria

Quando falamos da indústria, a maioria das pessoas imagina algumas das enormes linhas de montagem que fizeram Santa Catarina ser destaque nacional no setor. Poucos lembram da padaria ou da oficina perto de casa, que também são indústrias essenciais para o desenvolvimento, para a geração de emprego e para a realização de sonhos. O micro e o pequeno negócio desempenham papel fundamental na economia estadual e nacional. Santa Catarina detém 7% das micro e pequenas empresas brasileiras da construção e 10% das industriais. Junto a São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná, estamos entre os Estados com maior representatividade no segmento.
Entre janeiro e maio de 2016, Santa Catarina liderou a geração de novos empregos em micro e pequenas indústrias, com 4,4 mil vagas, mais que o triplo do registrado pelo segundo colocado, o Rio Grande do Sul (1,5 mil). Temos mais de 50 mil micro e pequenas indústrias, o que representa 98% dos estabelecimentos industriais catarinenses. Essas empresas empregam 404 mil trabalhadores, ou seja, metade dos empregos industriais do Estado. Um segmento tão importante precisa de estratégias específicas de desenvolvimento, acesso ao crédito e oportunidades de parceria.
Entre as prioridades para a competitividade das pequenas, está a elevação da produtividade. No Brasil, ela corresponde a 30% da observada nas grandes empresas, reflexo, em grande parte, dos naturais ganhos de conhecimento e escala destas últimas. O exemplo da Alemanha, onde o micro e o pequeno negócio apresentam 70% da produtividade do grande negócio, nos mostra que temos muito a evoluir.
É por isso que a Fiesc acaba de lançar a Câmara das Micro e Pequenas Indústrias, presidida pelo industrial Célio Bayer. Vamos propor medidas concretas (como é o caso do Simples Trabalhista) para o desenvolvimento do segmento, ampliando o seu desempenho e a sua rentabilidade por meio da facilitação dos negócios e do estímulo à produtividade. Glauco José Côrte, presidente da Fiesc. (Fonte: Diário Catarinense – Artigos)

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