Florianópolis, 3.5.16 – A primeira reunião do Conselho das Federações Empresariais de Santa Catarina (Cofem) com o Fórum Parlamentar Catarinense desde o encaminhamento do processo de impedimento da presidente Dilma Rousseff foi realizada ontem na sede da Federação das Indústrias (Fiesc). Chamou a atenção o interesse dos líderes das federações empresariais sobre como será um eventual governo do vice-presidente Michel Temer. O presidente do Fórum, deputado federal Mauro Mariani (D), peemedebista próximo do vice, foi o mais questionado. Na foto, a partir da esquerda, Bruno Breithaupt, da Fecomércio; Glauco José Côrte, da Fiesc; Odacir Zonta, conselheiro; Mário Aguiar, da Fiesc; Pedro Lopes,da Fetranscesc; José Zeferino Pedrozo, da Faesc; e Alaor Tissot, da Facisc. O presidente da FCDL, Ivan Tauffer, e o representante da Fampesc também participaram.
Segundo Mariani, o cuidado com a economia será prioridade de Temer, que tem dedicado atenção especial à montagem da equipe econômica, que deverá ter à frente o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meireles. Côrte e Tissot afirmaram que veem com otimismo a entrada de um novo governo federal.
– Precisamos de um novo rumo ao País, que já não aguenta mais essa crise – disse o presidente da Fiesc, que elogiou o documento lançado pelo PMDB, Uma ponte para o futuro.
Para Tissot, se Temer montar uma equipe que inspire confiança ao mercado, poderá tirar o país da crise.
No encontro, o presidente da Fiesc entregou aos parlametnares a agenda da indústria.Entre as prioridades estão, ajuste fiscal, reformas nas legislações trabalhista e tributária, aumento das concessões para infraestrutura, avanços no comércio exterior, melhores condições de crédito.
O senador Dalírio Beber sucede Mariani na presidência do Fórum.
Pedágios – O grupo Free Flow, que discute pedágio por quilômetros para SC, também é integrado pela Ordem dos Economistas de SC. O presidente Luiz Belloni Faria participou da última reunião do grupo. (Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti)
Abril sem mortes
O Maio Amarelo, mês de conscientização contra a violência no trânsito, começa em Blumenau com uma boa notícia. Segundo os dados da Guarda Municipal, ninguém morreu em acidentes nas ruas da cidade no mês passado. É a primeira vez que isso ocorre em pouco mais de 11 anos. Antes de abril de 2016, o último mês a não registrar mortes nas vias da cidade foi o longínquo janeiro de 2005.
Nos quatro primeiros meses de 2016 foram registradas quatro mortes em acidentes nas ruas de Blumenau. É o melhor primeiro quadrimestre da série histórica que iniciou em 2000. Se conseguirmos manter o ritmo, teremos no máximo 12 mortes no ano, o que também seria um feito. De 2000 para cá, o ano com menor número de mortes foi 2002, quando 26 pessoas perderam a vida em acidentes.
Como visto, potencial para fazer deste o melhor dos anos nós temos. Cabe aos motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres fazerem o melhor possível. Respeitar a legislação e os demais, usar o bom senso em questões conflitantes e dirigir, pilotar, pedalar e caminhar defensivamente. (Fonte: Diário Catarinense – Pancho)
Pavimentação
Até o final do ano, os bairros Sambaqui e Santo Antônio de Lisboa, por onde passa a rota gastronômica de Florianópolis, terão ligação por asfalto. Faltam 800 metros para que a obra na rua Padre Rohr entre na última fase. A via terá ciclovias, calçadas, nova iluminação pública e uma linha exclusiva de ônibus. (Fonte: Diário Catarinense – Mônica Jorge)
Obras na iminência da interrupção
Acostumadas a atrasos e impasses judiciais, as obras de duplicação das BRs 101 Sul, 470 e 280 estão próximas da lentidão em Santa Catarina: a paralisação. Isso deve ocorrer nas próximas semanas se, como já é esperado, os ministérios dos Transportes, do Planejamento e da Casa Civil aprovarem a proposta do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) de interromper os contratos de supervisão e de construção rodoviária no país. A justificativa da decisão é a falta de recursos por conta de mais um corte orçamentário e atinge, ao todo, 61 contratos de construção em 31 rodovias pelo país.
A assessoria do DNIT em Santa Catarina informou ontem que a superintendência estadual ainda não foi notificada oficialmente sobre a situação, mas admitiu que, diante dos valores disponibilizados pela União, já se projetava a paralisação de obras. De acordo com a autarquia, foi liberado pouco mais de 30% do orçado para manutenção de rodovias e 25% do orçado para obras. O DNIT-SC não divulgou até o fechamento desta edição qual seria o recurso total que foi solicitado, mas com base em outras reportagens publicadas pelo Diário Catarinense no último ano, estima-se que a verba recebida não chega a R$ 65 milhões.
Proposta foi aprovada pelo colegiado do Dnit – A proposta do DNIT foi aprovada em 26 de abril pela sua Diretoria Colegiada e mostra que, do limite de R$ 6,8 bilhões para investimentos, R$ 1,7 bilhão está reservado para emendas de deputados e senadores. Outros R$ 2,5 bilhões são valores a pagar de investimentos do ano passado. Restam R$ 2,6 bilhões para saldar obras já encampadas que, somadas, chegam a R$ 19 bilhões. Em nota, o DNIT esclarece que por enquanto há apenas uma proposta que foi aprovada e encaminhada ao Ministério dos Transportes, e que para que ela tenha qualquer ação efetiva deve ser aprovada por órgãos superiores. O departamento destaca também que o plano está inserido “em um contexto amplamente conhecido de redução da disponibilidade de recursos”.
Estado teme reflexo nas concessões – O governo do Estado também acompanha os desdobramentos dos cortes no orçamento federal. O secretário de Estado de Planejamento, Murilo Flores, alerta para outro impacto que a paralisação das obras pode gerar, além dos problemas de logística e da manutenção das dificuldades de mobilidade e de infraestrutura em Santa Catarina:
– Nossa preocupação é que, com esses ajustes no orçamento federal, eles tendam a transferir para as concessões privadas as obras de duplicação. Se isso acontecer, certamente os pedágios terão preços elevados. A BR-101 Norte tem um valor de pedágio barato porque já estava duplicada – argumenta Flores.
O secretário de Estado também reforça a importância das rodovias afetadas pela decisão do DNIT, além da BR-282, no Oeste, para o escoamento da produção e para que a economia estadual tenha força e competitividade.
– O fato concreto é que elas (as obras) já são muito lentas. São obras-chave para o presente e o futuro, que se não acontecerem anulam muitos avanços – pontua Flores, que também destaca o papel da pressão política, incluindo governo do Estado e bancada no Congresso Nacional, para tentar minimizar os impactos ou encontrar alternativas. (Fonte: Diário Catarinense – Victor Pereira)
Previsível
A inclusão da duplicação da BR-280 entre as obras com possibilidade de serem suspensas nas próximas semanas nem chega a surpreender, afinal, o orçamento reduziu o repasse e os recursos teriam de ser complementados. Como isso não vai ocorrer, a paralisação é praticamente inevitável. Os dois lotes (o trecho entre São Francisco do Sul e Araquari nem tem data para iniciar) em andamento estão na lista interna produzida pelo DNIT de obras passíveis de paralisação por falta de dinheiro. O Ministério dos Transportes ainda não se manifestou sobre a proposta.
Alto da Serra – A queda nas temperaturas provocou geada no domingo na Estrada Laranjeiras, em uma das áreas mais elevadas da Serra Dona Francisca, em Joinville, perto de Campo Alegre. (Fonte: Diário Catarinense – Jefferson Saavedra)
Deslizamentos na Serra
Uma situação que preocupa e deixa a Defesa Civil em alerta. Um novo deslizamento de rochas deixou a Serra do Rio do Rastro parcialmente interditada, novamente no domingo, no quilômetro 413, próximo ao pé da Serra. O Departamento de Infraestrutura do Estado (Deinfra) foi acionado e fez a retirada das rochas. O trabalho levou 40 minutos para terminar. Com o movimento maior na região, filas se formaram nos dois sentidos da rodovia. Por causa do frio muita gente decidiu passear na serra, segundo a Polícia Militar Rodoviária, o número de veículos aumentou em cem por cento neste fim de semana. Esta é a quarta vez que acontece um deslizamento de rochas na Serra só neste ano. Em uma dessas quedas, um casal de moto chegou a cair, porque bateu nas pedras que estavam na pista. Como as quedas de rochas e terra têm acontecido bastante na região, aumenta a preocupação da Defesa Civil. O responsável pelo Deinfra no Sul do Estado, Lourival Pizzolo, disse que por enquanto, o departamento não tem previsão de alguma obra de contenção. Esta semana, a SC-390, entre Orleans e Lauro Müller, cortando a Serra do Rio do Rastro, comemora dois anos sem acidentes com mortes na rodovia. (Fonte: Diário Catarinense – Ricardo Dias)
Pedala Floripa!
Florianópolis começa a ver em suas ruas um novo modelo de mobilidade urbana: o compartilhamento remunerado de bicicletas. Bikes com a marca estão espalhadas por diversos pontos da cidade e podem ser utilizadas por qualquer pessoa. O acesso às bikes é feito por meio do aplicativo, disponível para android na loja Google Play. Os usuários do App podem visualizar no mapa as bikes disponíveis e obter a senha de liberação com poucos cliques. Depois de pedalar, na hora de devolver a bicicleta, o usuário precisa apenas encontrar um local público para travar a bike com segurança e fazer o checkout no aplicativo. Como em Londres. (Fonte: Diário Catarinense – Cacau Menezes)
Chega de marola
Para firmar posição, para constranger Michel Temer, para ter uma bandeira até o fim do processo de impeachment. Essas são as justificativas utilizadas por petistas e aliados para defender o projeto das Diretas Já. Poucos são aqueles que de fato acreditam que a ideia possa ser viável. Na prática, se a presidente Dilma resolver enviar a proposta de emenda à Constituição ao Congresso, a medida começará a ser analisada pela Câmara. Rei da manobra em situações até mais difíceis, é claro que o presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) daria um jeito de congelar essa PEC. Ministros que gostam da proposta, como Jaques Wagner, acreditam que em dois meses o governo Temer estará derretendo e o clamor popular será por eleições diretas. Eles só esquecem que empresários e trabalhadores estão cansados da paralisia geral. O melhor para o país, agora, é que o governo de transição funcione e que este não seja mais um ano perdido. Chega uma hora que a marola cansa.
Singelo – A bancada do PR na Câmara encaminhou ao Palácio do Jaburu reivindicação bem objetiva: quer ficar com o ministério que reunirá Transportes e Portos. A alegação é que os 26 deputados que votaram a favor do impeachment foram decisivos para o resultado final. O deputado Jorginho Mello está entre os nomes oferecidos para análise da equipe de Michel Temer.
Tudo parado – Técnicos do DNIT estão na expectativa das definições do governo de transição para saber como ficarão os investimentos em infraestrutura. Como a aprovação da admissibilidade do impeachment é considerada certa, quem depende do orçamento parou com tudo e aguarda o titular dos Transportes. (Fonte: Diário Catarinense – Carolina Bahia)