Florianópolis, 13.6.16 – Sest Senat de Florianópolis foi credenciado pela Marinha do Brasil para ministrar cursos para trabalhadores nos portos de São Francisco do Sul, Itajaí e Imbituba. Oportuno, pois existe demanda de qualificação para portuários e futuros profissionais nas áreas de segurança, operação de cargas perigosas e de equipamentos. (Fonte: Diário Catarinense – Visor/Ângela Bastos)
Concessão da BR-470
O Ministério dos Transportes prorrogou pela segunda vez o prazo para a entrega dos estudos técnicos que darão subsídios para a concessão das BRs 282 e 470 à iniciativa privada. O primeiro prazo foi 25 de janeiro e pouco antes da data houve a prorrogação para 15 de junho. O novo prazo agora é 12 de agosto. A publicação no Diário Oficial da União confirma a informação que havia sido dada à Associação Empresarial de Rio do Sul (Acirs), em maio, pelo diretor de Concessões do ministério, Fábio de Freitas. Das 28 empresas habilitadas para a elaboração dos estudos, apenas uma continua interessada. O prazo de concessão é de 30 anos e o investimento previsto é de R$ 3,2 bilhões.
Ponte em mão única – A ponte que foi projetada para ser construída entre as ruas Itajaí e Paraguay pode ter mão única no sentido bairro-Centro. É o que indica uma imagem que está inserida nos anexos do edital lançado recentemente com o objetivo de contratar uma empresa para fazer algumas alterações no projeto solicitadas pela Caixa, possível financiadora da obra. Na imagem, as setas que indicam o sentido das duas faixas estão voltadas para a Rua Itajaí.
O secretário municipal de Planejamento, Juliano Gonçalves, diz que apesar da imagem estar no projeto, não há definição sobre o sentido da via. Há também a possibilidade de haver um corredor de ônibus na ponte.
Segundo Gonçalves, tudo vai depender do contexto viário da região no momento em que a obra sair do papel. Ou seja, se teremos ou não o prolongamento da Rua Chile e a outra ponte entre as ruas Rodolfo Freygang e Chile, por exemplo. Causa estranheza essa indefinição. Pensei que os financiadores aprovavam projetos tecnicamente viáveis e eficientes do ponto de vista da mobilidade, e isso só seria possível comprovar com a definição dos sentidos das vias.
Reurbanização – Foi lançada na semana passada a licitação para contratar a empresa que fará a reurbanização da Rua Nereu Ramos e da Alameda Rio Branco. O serviço tem custo estimado em pouco mais de R$ 2,8 milhões e os envelopes com as propostas serão abertos no dia 8 de julho. (Fonte: Diário Catarinense – Pancho)
Três mortes em acidente com ônibus que saiu de Florianópolis
Um acidente com um ônibus no começo da manhã de sábado, próximo de Londrina, no Paraná, deixou pelo menos três mortos – de Londrina e Joinville, e 14 pessoas feridas. Segundo informações da empresa Brasil Sul, dona do ônibus acidentado, 11 passageiros feridos continuavam internados até a noite de ontem, nenhum corria risco de morte. Outros 27 passageiros já receberam alta.
O ônibus partiu de Florianópolis na noite de sexta-feira e levava 44 passageiros e o motorista. Diversas vítimas ficaram presas às ferragens. Algumas foram encaminhadas em estado grave para hospitais da região. Por volta das 18h, a empresa identificou os três mortos: Ana Paula de Medeiros, 25 anos, Gabrielle Stumpf Lima, 22, e Jonathan Felipe Rossi, 19. Gabrielle era estudante da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis, e foi sepultada no cemitério municipal de Cornélio Procópio (PR) às 10h de domingo. Ana Paula foi sepultada em Londrina na manhã do mesmo dia. Já o corpo de Jonathan será sepultado na cidade de Joinville.
O cabo Nilson Abreu, da Polícia Rodoviária Estadual do Paraná, informou que o acidente teria ocorrido por volta das 5h30min, meia hora antes da previsão de horário para o ônibus chegar à rodoviária de Londrina. Os passageiros teriam partido de Joinville (seis), Itapema (10), Balneário Camboriú (10) e Florianópolis (19). O ônibus bateu no paredão em uma curva da PR-445. O lugar é considerado perigoso e existe um radar para inibir a alta velocidade. A polícia não sabe informar a causa do acidente. Nem se o veículo teria deslizado ou capotado.
Com sede no Paraná, a Brasil Sul tem duas linhas entre Florianópolis e Londrina.
Empresa diz que veículo era novo – A assessoria de imprensa da empresa divulgou nota informando que está prestando assistência e entrando em contato com os familiares das vítimas. A empresa alegou ainda que o veículo era novo, com seis meses de uso, e estava com as revisões em dia. Também disse que estava na velocidade compatível com a sinalização e garantiu que o motorista vinha de período adequado de descanso. (Fonte: Diário Catarinense)
Movimento cresce 1% no aeroporto de Chapecó
Apesar do cenário desfavorável da economia nacional, em Chapecó o aeroporto municipal registrou um pequeno acréscimo de movimento nos primeiros cinco meses do ano, em relação ao ano passado. Em 2016 foram 177 mil embarques e desembarques, contra 175,2 mil no ano passado, numa variação de 1%.
Isso que houve uma redução de voos com escala em Florianópolis, já que a Gol passou a voar direto para São Paulo. No entanto a Avianca e a Azul passaram a operar com aeronaves maiores. E, em agosto, a Azul terá dois novos voos entre Chapecó e Florianópolis. (Fonte: Diário Catarinense – Darci Debona)
Obra parada no porto
As obras dos berços de atracação 3 e 4 do Porto de Itajaí pararam de vez por falta de pagamento. A empreitada é responsabilidade do governo federal e o último repasse à construtora ocorreu em abril, quando foram pagos os valores referentes às medições de julho a setembro do ano passado. A construtora Serveng, que venceu a licitação para os trabalhos, ainda tem R$ 8 milhões a receber. Nos últimos meses, a empresa demitiu mais da metade dos funcionários em Itajaí e o trabalho até agora seguia a conta-gotas.
A obra vai fazer com que, ao invés de quatro berços separados, Itajaí tenha um grande cais de atracação com mais de mil metros de extensão – espaço suficiente para receber os maiores navios cargueiros que atuam na costa brasileira. A empreitada começou em janeiro e tinha prazo de 18 meses para conclusão. O superintendente do Porto de Itajaí, Antônio Ayres dos Santos Junior, tem tentado convencer Brasília a liberar pelo menos o suficiente para a conclusão do berço 3, que depende apenas da instalação de defensas para ficar pronto.
No berço 4 a situação é mais complicada. No decorrer da obra, descobriu-se uma laje no fundo do rio que impede a passagem das estacas. A estrutura foi parar lá quando houve uma queda da estrutura do cais, em 1984. Como o obstáculo não estava previsto no projeto, será necessária alteração contratual. Os berços 3 e 4 fazem parte do pacote de arrendamentos do governo federal, que não tem data para ocorrer. Os portos tentam convencer o Ministério dos Transportes a liberar licitações descentralizadas, o que agilizaria os processos. O problema é que, desde que Michel Temer (PMDB) assumiu interinamente a Presidência e relocou a SEP para dentro do Ministério dos Transportes, ainda não há um nome oficializado para tratar dos portos no país.
Pressão em Brasília – Os deputados e senadores membros do Fórum Parlamentar Catarinense enviaram ao ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, um ofício em que pedem a interferência nas relações entre Ministério da Agricultura e Ministério do Meio Ambiente para emissão das licenças de pesca industrial de tainha. No texto, afirmam que o indeferimento das autorizações tem causado prejuízo irreparável e exposto tanto o governo federal, quanto a bancada. Terminam dizendo que o setor pesqueiro catarinense, responsável por mais de 70% de toda a produção nacional, está “a ponto de explodir”.
Difícil reversão – A dificuldade dos armadores para sensibilizar o governo federal em relação à pesca da tainha é um dos reflexos da Operação Enredados, que, deflagrada no ano passado, descobriu um esquema criminoso de emissão de licenças que envolvia empresários e servidores públicos. A operação, que terminou com 90 indiciamentos, em dezembro, tinha raízes no setor pesqueiro de Itajaí.
De acordo com a Polícia Federal, estima-se que o dano ambiental das licenças criminosas chegue a R$ 5 bilhões. Tanta irregularidade acendeu um holofote sobre um setor que já não navegava em mar de almirante, dadas as recentes investidas do Ministério do Meio Ambiente. Com a moral abalada, a notícia de que os armadores de tainha possam ter feito capturas em área irregular na última safra cai como uma bomba. Ainda que os empresários tenham direito de defesa, o estrago está feito. (Fonte: Diário Catarinense – Dagmara Spautz)
Nove dicas para empreendedores, por Pedro Assis*
Em 1998, quando criei minha empresa, tinha uma carteira de clientes bastante reduzida e um desafio enorme: crescer em um mercado complexo e com um concorrente de grande porte estabelecido. Hoje, a Agemed é a operadora de planos de saúde que mais cresce no Brasil. No fim de 2016, teremos cem vezes mais clientes do que naquele primeiro ano de operações.
Não é muito prudente simplificar em uma receita os motivos do crescimento de uma empresa. Mas julgo ter aprendido bastante ao longo da vida e tomo a liberdade de listar itens que considero importantes para quem empreende.
Goste de gente – Tenha paixão pelo que faz e gosto por liderar equipes, fazendo com que todos cresçam. Acorde todo dia pensando em algo que é preciso melhorar e inclua sua equipe na busca da conquista desse objetivo.
Tenha um diferencial – Destaque aquilo que faz seu negócio diferente. Atender bem o cliente, cumprir prazos e oferecer produtos de qualidade são pontos que podem tornar um cliente fiel.
Assuma riscos, mas não altere a receita – Empreender é sempre arriscado. É preciso mudar e inovar sempre, mas preservando as características que fazem sua empresa ser diferente das demais.
Seja transparente – A credibilidade de uma empresa se constrói com atos de justiça e honestidade. Prometer apenas o que pode ser entregue é essencial.
Visão de negócio – O empreendedor precisa olhar para o futuro, ter clareza de onde quer chegar e ter metas claras. Não veja o negócio apenas como um emprego com uma renda mensal.
Preocupe-se com o ser humano – Um negócio não deve estar baseado apenas em resultados financeiros. É preciso considerar o benefício que o produto vai gerar e saber que ele vai melhorar a vida das pessoas.
Esteja informado – Não pare de se aperfeiçoar. Tenha foco no produto e busque todo o tipo de informação relacionada às dificuldades das pessoas e dos clientes.
Saiba se reinventar – O empresário deve ter a capacidade de se reinventar após uma expectativa frustrada. Quando isso ocorre é necessário avaliar os erros e recomeçar de uma maneira diferente.
Seja paciente – Todos esperamos por resultados rápidos, especialmente no início do negócio. Mas um bom negócio não é concretizado da noite para o dia. É preciso ter paciência para encontrar a fórmula certa para cada etapa da negociação.
Presidente da Agemed* (Fonte: Diário Catarinense – Artigos)
Saúde no trabalho
O Sesi SC ampliou a troca de informações sobre saúde e segurança nos ambientes de trabalho em eventos nos EUA. A missão da Fiesc começou em Washington na segunda, com dois dias de agenda sobre saúde nos ambientes de trabalho e visitas a instituições internacionais como o BID, Bird e Niosh. Como embaixador global para Ambientes de Trabalho Saudáveis, Glauco José Côrte foi um dos articuladores da criação da Aliança Global pela Saúde nos Ambientes de Trabalho. (Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti)
Investimentos no Oeste
O governador Raimundo Colombo assinou na quinta-feira ordem de serviço para a nova estação da Celesc, em Maravilha, no valor de R$ 3,4 milhões, que deve garantir o abastecimento na região para os próximos 15 anos. A obra vai beneficiar 21 mil unidades consumidoras, de oito municípios, com acréscimo de 50% na energia disponível.
Colombo também inaugurou 20 quilômetros de pavimentação da SC-161, entre Romelândia e Anchieta, que custou R$ 32 milhões, além da revitalização da avenida Getúlio Vargas, em Chapecó. (Fonte: Diário Catarinense – Darci Debona)
MP cobra dados das planilhas
Nos próximos dias, a prefeitura de Joinville e as duas empresas concessionárias do transporte coletivo vão receber questionamentos do Ministério Público de Santa Catarina sobre a composição das planilhas técnicas usadas para os reajustes da passagem de ônibus aplicados em 2015 e 2016. Os documentos foram avaliados pelo MP em Florianópolis e agora a 17a Promotoria de Justiça cobra alguns esclarecimentos. Os dois últimos aumentos da tarifa de ônibus na cidade são alvo de inquéritos para apurar a legalidade dos reajustes.
O motivo – A análise de pedidos de impugnação do edital, feitos por empresas, foi o motivo de a Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania suspender temporariamente pela segunda vez a licitação para aluguel de escâneres corporais para cadeias do Estado. Em Joinville, o Presídio Regional e a Penitenci&aacu
e;ria Industrial estão na lista. (Fonte: Diário Catarinense – Jefferson Saavedra)
Cunha e os interesses
Eduardo Cunha (PMDB-RJ) nega suas manobras, sua tropa de choque nega a interferência do deputado e o Palácio do Planalto nega qualquer socorro ao timoneiro do Centrão. Todos negam, e o Conselho de Ética não resolve o caso das contas secretas do presidente afastado da Câmara por intrometimento divino. As negativas zombam da inteligência alheia. Amanhã, o conselho tenta votar o parecer sobre o futuro de Cunha: cassação, suspensão ou anistia. A tropa do peemedebista só deixará votar se tiver certeza da vitória no colegiado ou no plenário, sempre com a bênção de Michel Temer. Como Cunha dirige uma bancada grande, o interino precisa de seu apoio nas votações. Curioso que o PT não faz força para derrubar seu algoz. Ganha fôlego a opinião de que a impunidade beneficia o partido, pois desmoraliza a Câmara que ajudou a afastar Dilma Rousseff. Neste jogo, cada lado tem seu interesse: sobrevivência, maioria parlamentar ou argumento de vítima. Quem sabe, só o Supremo Tribunal Federal resolverá o que a política não resolve por gosto.
Afastados – Dilma Rousseff e Edinho Silva (PT-SP) estão distantes. Ministro do núcleo palaciano de Dilma e tesoureiro de sua campanha em 2014, Edinho retornou a São Paulo e não tem falado com a presidente afastada. A relação dos dois já não era boa na véspera da despedida do Planalto.
No ataque – Lula defende que petistas de alta proa entrem nas disputas por prefeituras. Teme que o partido fique acuado e não responda críticas. Lula deseja que Humberto Costa concorra em Recife e Patrus Ananias, em Belo Horizonte.
Saia justa – O Itamaraty teme uma saia justa caso Dilma Rousseff queira comparecer à abertura da Olimpíada, em 5 de agosto. Ela estará como presidente afastada, enquanto Michel Temer será presidente em exercício. Diplomatas consideram um risco barrar a petista.
Escalados – Edinho Bez (PMDB) é o representante solo da bancada catarinense na CPI que vai apurar eventuais irregularidades no uso de dinheiro público repassado à União Nacional dos Estudantes (UNE). As bancadas da bala e da bíblia povoaram a comissão. (Fonte: Diário Catarinense – Guilherme Mazui)
Ilha, festa imóvel
Ninguém ia às praias do norte da Ilha, a não ser para confinar-se no único hotel existente em praias de Florianópolis: o Canasvieiras Hotel, cercado por pitangueiras e goiabeiras.
Havia trapiches nas duas baías, e a cidade vivia em conjunção carnal com o mar. Afinal, em qualquer outro país do mundo Florianópolis seria um excelente porto. Era só mandar dragar o canal entre as baías, no ponto conhecido como o “Estreito”.
Transatlânticos de grande calado navegam pela laguna de Veneza, deslizando praticamente ao lado da Piazza di San Marco. Aqui, já vão longe os tempos em que os navios de médio porte – os vapores, como se dizia – podiam navegar sob a ponte Hercílio Luz e atracar no trapiche da Florestal, no continente, em sítio próximo ao Parque de Coqueiros.
Vivemos, os sessentões, essa traumática mudança da paisagem urbana, como o doente que se entrega a uma cirurgia sem o benefício da anestesia. E que acorda em outra cidade, esteticamente desfigurada. Dela roubaram o mar. E em vez de cultivarem um plano de gerenciamento costeiro (temos um, esquecido e não aplicável), cultivam um bem nutrido labirinto sobre quatro rodas.
Como reclamar da mobilidade urbana se a própria vítima – o ilhéu – não se move para cobrar trabalho às autoridades motivadas unicamente pelo evento chamado “eleições”?
Agora mesmo surgem os candidatos e as promessas. Floripa não conhece obras estruturantes – que façam boa diferença no labirinto urbano – há décadas. Nesse sentido, o melhor prefeito da cidade ainda é o ex-governador Colombo Machado Salles, que asfaltou e rasgou estradas ao norte e ao sul da Ilha.
Não haverá visão prospectiva do futuro sem um plano de mobilidade que inclua, por exemplo, a quarta ponte Ilha-continente e um projeto sério de transporte marítimo, interligando modais em terra firme e na Ilha. Difícil, mas com tanta água, não me conformo com a inviabilidade do mar como estrada.
Em Floripa, hoje, tudo é a própria negação daquele inspirado título da autobiografia de Hemingway: “Paris is a moveable feast”. Pois Paris, apesar de recordista em turistas – e do medo do terrorismo – ainda se move.
A Ilha é uma festa em dias de sol. Mas uma festa cada vez mais imóvel. (Fonte: Diário Catarinense – Sérgio da Costa Ramos)