Florianópolis, 17.11.15 – Tão apertado quanto as fitas entrelaçadas para descerramento da placa de inauguração da nova sede regional da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) em Santa Catarina é o nó que o ministro dos Transportes tem que desatar para resolver o imbróglio entre as obras emperradas e a necessidade de duplicação das rodovias catarinenses.
Sem conseguir dar explicações sobre a falta de recursos para conclusões emergentes das estradas federais, Antônio Carlos Rodrigues, foi taxativo ao chegar em Florianópolis para a inauguração da nova estrutura federal no Estado: – Eu vim falar da inauguração da ANTT. Das obras a gente fala depois – disse. Com um aparato de assessores e acompanhado do diretor-geral da Agência Nacional dos Transportes, Jorge Bastos, e do deputado federal Jorginho Mello (PR), Rodrigues inaugurou a nova sede da ANTT em São José, na Grande Florianópolis, criada para fiscalizar as concessões que devem ocorrer a partir de 2016. Após o discurso das autoridades, Rodrigues teve dificuldade de oficializar a inauguração porque o nó das fitas era apertado demais.
Em poucas palavras, ele falou sobre a importância da nova sede para Santa Catarina, mas deixou de responder sobre a continuidade das obras nas BRs470, 282 e 101. No início deste ano o governo federal anunciou cortes no orçamento das obras nas principais rodovias federais, bem como adiou de 2017 para 2022 a conclusão da duplicação da BR-470. Falta de recursos e desapropriações travam a duplicação da via considerada a mais importante economicamente e uma das mais perigosas no Estado. Outra preocupação é a duplicação da BR-282. Pelo estudo da ANTT, o trecho concedido e duplicado iria de Chapecó até o Trevo de Irani, no entroncamento com a BR-153, mas entidades catarinenses temem que a concessão ligando SC ao Paraná desloque as exportações das agroindústrias para os portos do Estado vizinho, prejudicando os portos.
Outro problema é na BR-101 sul, onde obras complementares no Morro do Formigão e a construção da ponte Cavalcanti, em Tubarão, formam um gargalo e filas no trecho. Por meio de mensagem pelo celular, a assessoria de imprensa do ministro respondeu que as prioridades para Santa Catarina são as BRs 470, 163 e 282, além de finalizar a duplicação do trecho sul da BR-101. O superintendente regional do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT) Vissilar Pretto frisou que a previsão de concluir as obras na BR-101 antes do verão não deve se concretizar por conta da chuva. Ambas ficarão para ano que vem.
Ponto de descanso em Santa Cecília – Santa Cecília, localizada no Planalto Norte de SC, terá um Ponto de Parada e Descanso (PPD). A estrutura é uma antiga reivindicação dos caminhoneiros. O local, no km 145 da BR-116, foi escolhido por ser um ponto estratégico próximo às divisas no Paraná e Rio Grande do Sul.
A área de 120 mil metros quadrados, com 126 vagas para estacionamento de caminhões, servirá para descanso dos motoristas. A maquete foi apresentada ontem durante a inauguração da agência da ANTT. O projeto que terá um custo estimado de R$ 18 milhões deverá ser modelo para a construção de pontos de parada em outras rodovias do país concedidas à iniciativa privada ou não. A obra está prevista para iniciar em março de 2016 com conclusão em outubro do mesmo ano.
A Federação das Empresas de Transportes de Cargas e Logísticas de SC (Fetrancesc) será a administradora do local que trará uma unidade do Sest/Senat, salas para palestras, odontologia e jogos. (Fonte: Diário Catarinense – Mônica Foltran)
Segurança na rodovia
Caminhoneiro há 22 anos, o paulista Aparecido Silva, 43, já dormiu em muito lugar à beira de estrada. Não bastasse a falta de segurança e o alto índice de violência em alguns dos estabelecimentos, o profissional ainda sofre com a recente “obrigação” de ter que abastecer o veículo para poder descansar no local. Em Santa Catarina, pelo menos no trecho da BR-116 que passa pelo município de Santa Cecília, na região serrana, esse problema está perto do fim.
Em solenidade na sede do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), em São José, o ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, e o diretor-geral da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), Jorge Luiz Bastos, participaram do lançamento da planta do primeiro PPD (Ponto de Parada e Descanso).
O projeto é pioneiro no Brasil e contempla as obrigações previstas nas leis 12.619/2012 e 13.103/2015. “Essa é a demonstração do respeito que temos que ter por essa profissão e por esse profissional que é tão maltratado. Um lugar decente para que eles possam parar”, disse Bastos.
O projeto contempla seis módulos, com área total de 120 mil m2, que serão construídos conforme a demanda. Além disso, prevê banheiros higienizados e chuveiros com água quente, pavimentação nos locais de espera e descanso, sinalização das regras de movimentação, salas de treinamento e, até, um centro social – onde haverá atendimento odontológico, fisioterapêutico e nutricional. “Já tinha que ter isso, porque não temos nada na estrada. Onde paramos, tem prostituição, golpes e assaltos, mas a gente é pai de família. Para quem quiser descansar, é uma boa ideia”, comentou Silva.
Pela lei, além da exigência à concessionária, os PPDs poderão ser construídos pela iniciativa privada, desde que não seja cobrada taxa de permanência. A resolução deve mitigar um dos problemas mais atuais de quem trabalha na estrada. “Está difícil, não tem mais parada. Os postos que têm local para encostar só permitem clientes”, contou o caminhoneiro Ivacir Colato. “Os caminhoneiros terão um ponto de parada que realmente será de descanso, com infraestrutura e segurança”, afirmou o diretor-geral da ANTT.
Sede regional da ANTT – A cerimônia no prédio do Dnit marcou, também, a inauguração da superintendência regional da ANTT em Santa Catarina, órgão que fiscaliza e regula as rodovias concessionadas. “Esse é um estado estratégico, com grande produção agropecuária e enorme potencial de crescimento. Agora, com uma sede exclusiva para cuidar das rodovias, ganha mais autonomia em suas decisões”, disse o ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues. A sede da ANTT será fundamental a partir do ano que vem, quando estão previstas concessões à iniciativa privada de mais quatro trechos das rodovias que cruzam o estado. “Dos 16 trechos que serão concedidos na segunda etapa do programa de investimento e logística, quatro estão em santa Catarina, totalizando 1.200 quilômetros”, informou rodrigues. Representando o governador Raimundo Colombo, o secretário de estado de infraestrutura, João Carlos Ecker, comemorou a instalação da sede. “Esta unidade vai acelerar processos e pleitos e fará com que nossas demandas sejam analisadas mais rápido e tenhamos respostas mais rápidas e justas”, afirmou. (Fonte: Notícias do Dia – Rafael Thomé)
Vergonha de perto
Ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, ficou assustado com a fila na Via Expressa, início da BR-282, em direção ao Continente, São José e à BR-101, próximo à hora do almoço, quando ganhou uma carona do deputado federal Jorginho Mello, do aeroporto Hercílio Luz ao Centro da Capital. O problema, diário, fez com que rodrigues perguntasse ao diretor do Dnit, Vissilar Pretto, a solução, e ouviu que não tem outra saída senão a ampliação da rodovia, a ideia de triplicar as pistas e criar corredores exclusivos de ônibus. Quem sabe agora sai do papel. (Fonte: Notícias do Dia – Roberto Azevedo)
Obras em trechos da BR-101 em Joinville exigem atenção dos motoristas
A Autopista Litoral Sul, concessionária que administra o trecho entre Curtiba (PR) e Palhoça (SC), formado pelo Contorno Leste (BR-116), BR-376 e BR-101/SC, informa que, entre os dias 16 e 22 de novembro, irá realizar obras em alguns trechos que compreendemJoinville e região. Segundo a concessionária, em caso de chuva, alguns trabalhos poderão ser reprogramados. Confira:
BR-101/SC
Garuva – Entre o km 8 e o km 9, obras de fresagem e recomposição na pista sul; com bloqueio de uma faixa para o tráfego;
– No km 11, obras de reforço e alargamento da ponte sobre o Rio Cupim; com desvio de tráfego da pista norte para sul entre os quilômetros 11,3 e 10,9 e restrição de velocidade do km 9,9 ao km 11,6 – o desvio irá operar com três faixas, sendo uma para cada sentido e outra reversível (será direcionada para o sentido que houver maior fluxo); com bloqueio de retorno no km 10,5 e interdição da estrada Barão do Rio Branco na passagem sob a ponte – com opções de retorno nos quilômetros 7 (norte) e 14,9 (sul);
– O acesso do km 10,9 (pista norte) via Estrada Barão do Rio Branco também será interditado durante os trabalhos. Dessa forma, o acesso ao bairro Urubuquara será pelo km 10,2;
– No km 8,8, obras de construção de passarela transversal às pistas norte e sul.
Joinville – No km 51,5, obras de construção de trevo em desnível transversal às pistas norte e sul; com desvio para pista operacional no sentido sul em segmento de 500 metros.
Barra Velha – Entre o km 84 e o km 84,2, obras de implantação de barreira de concreto nas pistas norte e sul; com bloqueio de uma faixa para o tráfego e do acostamento. (Fonte: A Notícia)
Suspenso edital para Zona Azul
O TCE (Tribunal de Contas do Estado) suspendeu ontem, por medida cautelar, edital à implantação da Zona Azul de São José após denúncias. A prefeitura abriria hoje os envelopes com propostas das empresas interessadas em gerenciar o sistema de estacionamento. O município informou que ainda não havia sido notificado, mas resolveu sustar a licitação de forma preventiva. É a segunda vez que o TCE suspende um edital de implantação da Zona Azul. Esta nova concorrência prevê que a empresa vencedora gerencie, por dez anos, 5.646 vagas nos bairros Kobrasol, Campinas, Barreiros, Forquilhinhas e Centro Histórico.
A suspensão foi protocolada na prefeitura e será publicada hoje pelo TCE. No último dia 3, integrantes da ONG Observatório Social de São José entraram com representação e pedido de cautelar no TCE. No documento, apontaram sete indícios de irregularidades na concorrência, lançada em outubro. De acordo com o presidente do Observatório, Jaime Luiz Klein, a decisão do relator teve por base a concordância com pelo menos cinco de sete itens apontados. “Com a medida cautelar, o município terá de reavaliar o edital. A concorrência fazia exigências como a apresentação/teste de equipamentos e sistema em até 72 horas pelas empresas selecionadas”, exemplifica. Para um dos autores da denúncia, as exigências afastariam muitas empresas interessadas.
A prefeitura emitiu uma nota sobre o assunto: “A administração aguarda a notificação para responder aos questionamentos do Tribunal e, se necessário, fazer as alterações solicitadas para a retomada do processo licitatório”. Já a área técnica do TCE irá trabalhar no caso e enviará suas conclusões ao Ministério Público de Contas. (Fonte: Notícias do Dia – Alessandra Oliveira)
País do quase
É só ligar o noticiário: parece não haver mais inocentes no mundo de hoje. Não há quem não pareça suspeito, até os insuspeitos. Atentados terroristas em cidades-símbolo da civilização. Bombas nas ruas e em eventos esportivos. Guerra entre as torcidas do futebol, esporte que parece ter perdido a sua face lúdica para assumir a do puro rancor. Policiais baldeando-se para a bandidagem e bandidos desumanos apelando para ONGs humanistas.
No Brasil, todos concordaram em discordar. Vivemos o habitual show de horrores da política. Prosperam os escândalos e os novos partidos políticos (já são 34), estimulados por uma legislação de opereta. Nesse clima de picadeiro de circo, em que denunciados presidem inquéritos, instala-se no horizonte moral do país um inevitável efeito Orloff: o diretor de estatal de hoje é o delator premiado de amanhã….
Como a credibilidade geral anda escassa, sacar a acusação primeiro que o adversário é vital para ganhar o cobertor da mídia e a simpatia da opinião pública. O efeito já é conhecido: a repulsa do eleitor, que vota com o nariz premido entre o indicador e o polegar. Instala-se, então, um desconcertante enredo bíblico: todo mundo é pecador como Maria Madalena, mas todo mundo atira a primeira pedra _ mesmo tendo culpa em cartório.
O brasileiro envergonhado tem sido obrigado a conviver com uma nação traumatizada nas ruas pelo domínio das gangues, estejam presas ou não. E infelicitada pelos gabinetes de suas elites dirigentes, facínoras de outro matiz, viciados na cleptomania e na compulsão de apropriar-se do Estado, a fim de saqueá-lo. Para os políticos, tudo se resume na próxima eleição, pouco importando se as listas do partido abrigam sugadores de propina, bandidos ou traficantes. O que importa é chegar, “legalmente”, perto da chave do cofre.
O Brasil é um país quase civilizado. É como diagnosticou Nelson Rodrigues, num Rio de Janeiro ainda nem tão violento:
“Estamos sempre nos subúrbios de uma plenitude e nunca chegamos lá. Quase fazemos as coisas vitais e realmente nunca as fazemos”.
Somos como aquela aldeia do Nonsense, onde os homens são quase capazes, a Polícia é quase honesta, a renda per capita &eacu
e; quase de primeiro mundo. Neste país do quase, estamos de volta à Idade Média. (Fonte: Diário Catarinense – Sérgio da Costa Ramos)
Débora Remor: Preço da gasolina diminui em Jaraguá do Sul
Os motoristas de Jaraguá do Sul perceberam que os preços estão mais baixos do que no início de novembro. Diferente de outros municípios catarinenses, que reajustaram para cima, as bombas de Jaraguá do Sul só devem ver um aumento de valores entre a última semana do mês e o início de dezembro, quando da expectativa de negociações salariais com os petroleiros.
Na região central, dois postos – tradicionalmente os mais baratos – comercializam a gasolina a R$ 3,29 desde o início de novembro, enquanto o preço médio segundo o Procon era de R$ 3,48, com picos de R$ 3,59. Na semana passada, quase todos os estabelecimentos do Centro e também dos bairros atualizaram os valores para baixo, e o preço praticado fica entre R$ 3,29 e R$ 3,39, segundo uma pesquisa feita pelo A Notícia. Em muitos locais, ouve-se inclusive que pode haver nova diminuição nos próximos dias.
A justificativa para a redução nos preços nas bombas, segundo o Núcleo setorial da Acijs, é que o volume de vendas teria caído em torno de 10% desde o início do ano e, por isso, as distribuidoras baixaram os preços de venda para os postos.
– Não é o posto que determina o preço final, dependemos muito do valor cobrado pelas distribuidoras. Agora elas estão custeando a diferença – alegou o presidente do Núcleo, Danilo Pillon.
Comparativo – A pesquisa da ANP em 13 regiões metropolitanas catarinenses, de 8 a 14 de novembro, colocou Jaraguá do Sul como o segundo melhor preço da gasolina se comparado o valor mínimo praticado – perdia para Itajaí, R$ 3,14 e R$ 3,22. Por preço médio, Jaraguá do Sul vendia a R$ 3,45 e ficava com o quinto lugar, atrás de Itajaí (R$ 3,34), Joinville, Criciúma e Brusque. A pesquisa é atualizada semanalmente. (Fonte: A Notícia)
Trânsito seguro começa na infância
Passei por acaso em frente a uma escola infantil, dias atrás, olhei para o pátio e gostei muito do que vi. As crianças, bem pequenas, estavam tendo lições de como se comportar no trânsito. As professoras desenharam faixas de segurança, semáforos, calçadas, Os pequenos dirigiam bicicletas, triciclos e carrinhos, enquanto recebiam noções do que é certo e do que é errado. Acredito que somente a educação poderá, um dia, mudar esta carnificina que se tornou o trânsito em nossas cidades e estradas. E as crianças podem, também, ajudar a conscientizar seus pais para um trânsito mais seguro.
Os pequenos são vítimas indefesas das nossas irresponsabilidades no trânsito. Em todo o mundo, a cada quatro minutos uma criança morre vítima de acidente, segundo dados da Ong Criança Segura. No Brasil, de acordo com o Datasus, morrem quase cinco mil crianças, sendo 40% vítimas de atropelamento. Por isso, é tão importante educar as crianças para o trânsito. Elas precisam compreender desde cedo a necessidade de terem atitudes responsáveis para que não coloquem em risco as suas vidas.
Para a especialista em mobilidade Idaura Lobo Dias, além de conscientizar os motoristas, é importante orientar as crianças sobre como se comportar quando pedestre e ocupante de veículo. “Atividades lúdicas ajudam a criança a entender e a reconhecer o comportamento adequado para cada situação”, diz ela. Noções de sinalização, as cores do semáforo, cuidados ao atravessar a rua e a importância da faixa de pedestres e de usar a cadeirinha no carro são ensinamentos que devem ser repassados aos pequenos.
A psicóloga especialista em comportamento de trânsito Julieta Arsênio explica que a partir do terceiro ou quarto ano de vida, que é quando se forma o senso crítico de cada indivíduo, já é possível educar os pequenos para o trânsito. A dica da especialista para formar cidadãos mais conscientes é começar em casa. “Se nos comportamos adequadamente no meio em que vivemos, com certeza seremos cidadãos mais conscientes e cordiais no trânsito. Não se educa com exemplos negativos e sim com bons exemplos”. Resumindo, somos todos responsáveis pelo trânsito que teremos no futuro. (Fonte: Diário Catarinense – Viviane Bevilacqua)